Confiança em Maria


Estejamos confiantes, sempre confiantes, quando invocarmos a Maria. “Ó Virgem fidelíssima – diz Santo Efrém – não temos, nem podemos ter confiança senão em Vós. Se nos abandonardes, que será de nós?” E São Germano põe as seguintes palavras nos lábios de Nossa Senhora: “Eu sou o grande hospital para os enfermos do pecado. Sou a fonte perene da saúde, a ruína do demônio, cidade do refúgio para os que a mim percorrem. Chegai-vos, hauri em mim, com fé, toda abundância das graças”.
Santo Ildefonso, outra voz autorizada, assim se dirige à Virgem: “A Divina Majestade resolver confiar às tuas mãos, ó Maria, todas as graças que determinou conceder-nos”.
Não é, pois, Maria a mediadora de todas as graças? Confiemos muito na sua proteção. Nas tristezas do exílio, desamparados das criaturas que nos desprezam, de nós se esquecem e nos ferem o coração, só Maria Santíssima, só Ela, Mãe carinhosa, não nos abandona! Confiança, confiança em Maria!
“Por que recearmos – escreve São Bernardo – de nos aproximar de Maria? Somos fracos? Ela se mostra doce e suave aos mais pobres e miseráveis. A todos abre o seio da sua Misericórdia. Ao prisioneiro dá liberdade, ao doente, saúde, ao pecador, perdão, ao justo a graça. Ninguém se pode subtrair ao império da sua Misericórdia. Podemos desconfiar ainda, sem a ofender?”
Oh! Hei de bradar sempre: “Maria! Maria” Confio em Vós!”
Trecho retirado do livro: O Breviário da Confiança

Maria é a mulher que na fé venceu todas as barreiras e foi coroada no Céu



Há um livro que nos ensina a viver como Maria: “Imitação de Maria”. São tantas as virtudes da Virgem Maria, que não basta um artigo para descrevê-las. Maria é Aquela que “achou graça diante do Senhor”, a cheia de graça divina: “Entrando o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28).
Por ter sido escolhida por Deus, desde toda a eternidade, para ser a Mãe do Seu Filho encarnado, a Virgem Maria foi concebida sem pecado original e foi assunta ao Céu de corpo e alma. São Luiz de Montfort disse que “Deus reuniu todas as águas e deu o nome de mar; reuniu todas as graças e deu o nome de Maria”. Ela é Mãe de Deus: “Donde me vem esta honra de vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (Lc 1, 43), proclama Isabel, cheia do Espírito Santo.
A primeira lição que a Virgem nos dá é a da entrega absoluta de sua vida a Deus, na fé: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Maria é a mulher que faz a vontade de Deus. Ela não pensou em nada, em si mesma, quando o Anjo anunciou a encarnação do Verbo. Com esta sua doação total ela fere a cabeça do demônio (Gn 3,15) e começa a devastar o seu reino de morte, que será destruído totalmente pelo seu Filho Jesus. Imitemos Maria na entrega de nossa vida a Deus, sem medo dos problemas e das preocupações, na certeza de que Deus cuida de nós como cuidou dela.
Maria é a mais humilde serva do Senhor. Foi sua humildade que atraiu sobre ela os olhos de Deus. “Ele olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,48). Santo Irineu disse que Maria, com sua humildade e obediência, desatou o nó da desobediência de Eva. Ela é para nós, modelo e exemplo de humildade, a virtude mais importante. “Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes” (1 Pe 5,5). Ela é a mulher que mais poderia fazer exigências de glória e de elogios; é a Mãe do Messias salvador, mas se esconde, e se põe a servir.
E, como Deus exalta os humildes, ela cantou: “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1, 48). Imitemos a humildade de Maria, no escondimento, fugindo das glórias e honras humanas, sem querer aparecer e receber elogios e aplausos. Que a nossa glória venha só de Deus. Como disse Santa Catarina de Sena: “Não sejamos ladrões da glória de Deus”. O Salmista disse: “Não a nós Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai glória” (Sl 113,9 ou 115,1 – hebraico).
Deus realizou maravilhas em Maria, fez dela o primeiro Sacrário da Terra, o primeiro templo de Cristo. “Realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome é Santo” (Lc 1,49). E pode fazer também maravilhas em nós, se imitarmos a humildade, fé, abandono e o desprendimento de Maria. Quantos imitaram Maria e fizeram maravilhas para Deus! Seu único apego era Jesus, nada mais. Quando o perdeu em Jerusalém, ficou aflita: “Meu filho, por que fizestes isso, teu pai e eu estávamos aflitos” (Lc 3,48).
Deus é a alegria e o júbilo de Maria. Que seja também o nosso: “Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1,1). Que nossa alegria seja estar perto de Deus, ter Deus como Tudo em nossa vida. “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos. O Senhor está perto…” (Fil 4,4).
Maria é a mulher toda pura, Virgem perpétua, diz o Catecismo (n. 499). “Virgem antes, durante, e depois do parto”, diz Santo Agostinho. Ela é a mãe da pureza e da castidade. Neste mundo enlameado de tanta pornografia, homossexualidade, adultério, fornicação, orgias e coisas semelhantes, a Virgem Maria continua sendo um baluarte da pureza e santidade. Recorramos a ela e imitemos sua pureza para agradar a Deus.
Maria é modelo de mansidão e misericórdia. Mesmo vendo seu Filho divino, santo, ser massacrado pelos criminosos, não levantou a voz para amaldiçoa-los. Apenas entregava Seu Filho à Justiça divina em seu holocausto sangrento. Por isso, Ela é modelo de fé. Mesmo na maior dor, quando a espada de Simeão penetrou seu coração até o fundo, ela não se desesperou, confiou em Deus que de todo mal sabe tirar o bem (cf. Rom 8,28). E entregou-se nas mãos de Deus na hora de sua compaixão diante da paixão de Jesus. Estava de pé aos pés da Sua Cruz, para receber de Jesus cada um de nós como filho seu. “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’” (Jo 19, 26-27).
Se Jesus é o “Homem das dores”, como disse Isaías, Nossa Senhora é a “Mulher das dores”. Desde o início de sua vida, ouviu esta dura sentença do profeta: “E uma espada transpassará a tua alma” (Lc 2, 35). Esta espada a acompanhou durante toda a vida. Nos primeiros dias de vida de Jesus teve de fugir para o Egito (Nossa Senhora do desterro!); atravessando o deserto do Sinai com uma criancinha recém nascida… Um dia perdeu Seu Jesus em Jerusalém e experimentou a aflição por três dias. No caminho do Calvário o encontrou flagelado, coroado de espinhos, carregando uma cruz onde o verá ser crucificado, levantado por três horas na agonia da morte. Que mulher forte! Ela o recebe destruído em seus braços; nem mesmo o pode velar porque era a véspera do Sábado sagrado dos judeus. O sepulta às pressas… e vive a dor da solidão e da saudade! (Nossa Senhora da Soledade!)
Uma lança transpassou o coração do Cristo na Cruz. Uma espada de dor transpassou o coração de Maria no Calvário! (Nossa Senhora do Calvário). Ela nos ensina a sofrer na fé, sem desespero, certa de que “Deus não perde batalhas”. Depois da morte de Jesus, o viu ressuscitado, recebeu o Espírito Santo com os Apóstolos e se tornou Mãe da Igreja. Peçamos a Ela que nos faça pacientes e fervorosos diante dos mais dolorosos sofrimentos de nossa vida, sem nunca desanimar.
Maria é a mulher que serve, diligente. Tão logo recebeu a visita do Anjo e a notícia de que a velha parenta Santa Isabel estava grávida, deixou Nazaré e foi a casa de Isabel, em Ain Karen, para prestar-lhes seus serviços, até que a idosa prima desse a luz. Nas bodas de Caná, ela percebeu o constrangimento do casal. “Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles não tem mais vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse então sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser” (Jo 2, 3-5). E Jesus fez o milagre antes da hora. Ela confia no Seu Filho, sabe que Ele vai fazer alguma coisa. Que nós tenhamos esse mesmo espírito serviçal de Maria, de fé, e de compaixão pelos que estão em dificuldade.
Maria é o exemplo de discípula, que aprende com o Mestre e medita Suas palavras. Por isto, como doce discípula Maria “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2, 19.51). Meditava e as guardava!
Maria é a mulher que na fé venceu todas as barreiras e foi coroada no Céu: “Apareceu em seguida um grande sinal no Céu: uma Mulher revestida de sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1). O Apocalipse descreve que esta mulher “estava grávida e (…) deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações…” (Ap 12, 2.5). “Os justos resplandecerão como o sol” (Mt 13, 43). Como Maria.
Prof. Felipe Aquino

Consagre-se a Maria



Consagre-se a Maria todos os dias
O mais lindo título com que os nossos irmãos da Igreja oriental saúdam Nossa
Senhora é Santa Mãe de Deus. Há quem diga que “Santa Maria”, a segunda
parte da oração ave-maria, é uma invenção da Igreja. Chegam até a dizer que
nem se deve rezá-la. Posso afirmar, porém, que é uma bem-aventurada “invenção”
da Igreja. Mas entenda bem o sentido que quero dar à palavra “invenção”.
Você não acha linda a invenção do rádio? A invenção da televisão? A descoberta
da cirurgia do coração? Quanta gente já estaria fatalmente morta se não tivessem
sido descobertos todos os procedimentos da cirurgia do coração e se não inventassem
os aparelhos adequados para realizá-la? Pode-se dizer: santas invenções! Até mesmo
a invenção da penicilina e de todos os antibióticos…
Consagre-se a Maria todos os dias

O que aconteceu? Nestório, patriarca de Constantinopla, afirmava
que Maria Santíssima não era Mãe de Deus, mas somente mãe da
pessoa humana de Jesus Cristo. No Concílio de Éfeso, a maternidade
da Santíssima Virgem e a unidade das duas naturezas numa só pessoa
em Jesus Cristo foram definitivamente proclamadas: Jesus Deus e
homem. São Cirilo, bispo de Alexandria e presidente do Concílio de
Éfeso, defendeu essa verdade no cristianismo contra as investidas
dos hereges no ano 431.
No dia do encerramento do Concílio, foi lido o decreto Dogma
da Maternidade Divina de Maria Santíssima. O papa Celestino I,
que estava presente, emocionado e com lágrimas nos olhos,
ajoelhou-se e respeitosamente saudou Nossa Senhora assim:
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e
na hora da nossa morte. Amém!”
Todo Concílio ouviu e respondeu com um grande “Amém!”
Essa foi a origem da segunda parte da ave-maria. Foi ou não uma
linda invenção? Ao anoitecer, levaram o resultado ao povo. Assim
que todo ele tomou conhecimento da conclusão do Concílio, saiu
em procissão com velas, com tochas, pela cidade de Éfeso. O que
mais o povo proclamou naquela noite foi: “Santa Maria, Mãe de
Deus, rogai por nós pecadores, agora, e na hora da nossa morte”.
Nunca mais deixou de unir a primeira parte da ave-maria à segunda.
Fui para o seminário muito menino, com treze anos, pois naquele
tempo o costume era esse. Ao chegar, deparei-me com aquela vida
de pureza, justa, vivida com a insistência que era necessária para
que vivêssemos assim. Mas, infelizmente, tinha
trazido todas as consequências da minha infância de menino da periferia de São Paulo.
Graças a Deus, tinha uma boa família, mas ao lado da minha casa, do meu colégio,
havia muitos meninos com quem aprendi coisa errada. E para o seminário eu fui,
assim, com muita bobagem na cabeça.
Tinha uma dificuldade enorme de viver a pureza, e não fazia por maldade, era fraqueza
mesmo. Quando o meu diretor, observando minha sinceridade ainda naquele primeiro
 ano, disse-me: “Consagre-se a Nossa Senhora e todos os dias, antes de se deitar,
ao pé de sua cama, reze três ave-marias e você vai ver como ela lhe dará a vitória”.
Com aquela simplicidade de menino – mas menino que queria vencer e não tinha
forças –, eu fiz do jeitinho que o meu diretor falou. Dou graças a Deus: com treze
anos, eu me consagrei a Nossa Senhora.
Eu não sabia dessa frase que, depois, João Paulo II iria usar: Totus Tuus, que
quer dizer: Todo Teu. Mas, mesmo sem saber, eu havia me consagrado todo a ela,
na minha simplicidade de criança. Comecei, a partir daquele dia – todas as noites,
antes de me deitar – a rezar três ave-marias.
Foi como se passasse, primeiramente, um escovão na minha vida. Depois um pano
úmido para limpar tudo. “Aquelas coisas” desapareceram. Durante um tempo longo.
Só bem mais tarde, quando entrei numa época de crise, é que essas coisas voltaram
a me atacar. Mas, durante todo aquele tempo de menino no seminário, de adolescente,
de jovem, nada mais daquilo me atingiu.
Não foi por merecimento e nem por minha força, não! Eu pude experimentar,
ainda menino, a eficácia daquilo que o meu diretor falou. Hoje, é o que temos de
dizer a todos aqueles que querem lutar e vencer. A todos aqueles que se sentem
sozinhos e não são capazes de vencer. Eu digo a você: não deixe para depois.
Faça isso hoje. Faça como João Paulo II fez: Totus tuus – sou Todo teu. Vai ser
como um nome novo que assumimos: “Todo teu”.
Consagre-se a ela. Hoje, consagrar-se é justamente colocar-se ao seu lado e entregar-se
a ela. Ser como uma criança que se confia ao coração dela, que se joga em seus
braços, que se põe debaixo de seu manto. Como uma criança assustada, como um
menino necessitado que vem correndo para a mãe, que se atira no colo, que se
joga no coração dela, que se põe debaixo do manto. Uma criança guardada, protegida.
Que vence sob o manto dela.
Tenha a certeza de que vencerá! Eu aprendi, graças a Deus, ainda muito cedo:
realmente ela é a Auxiliadora dos Cristãos. A vitoriosa das batalhas de Deus. Na
sua luta pessoal contra o pecado, na sua luta para ser cidadão do Céu, para imunizar-se
de todo pecado, você precisa dela como a sua Mãe, sua protetora, sua advogada.
Monsenhor Jonas Abib
Trecho retirado do livro: Maria, mulher do Gênesis ao Apocalipse

A preciosa bênção dos pais


A Sagrada Escritura nos alerta sobre a necessidade dessa bênção
Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa. Era um apressado “bênça, pai!”, bênça, mãe!”,” tão apressado que quase não se ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos.… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordarmos, ao irmos para a escola, ao voltarmos da escola e ao nos deitarmos.
Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta sobre a necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue a eles [filhos].
O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: “”Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus”” (Dt 5,16). Dessa forma, o Senhor promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é “o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus” (Ef 6,2).
Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: “”A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces”” (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Sagrada Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. O Senhor quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos genitores. Analisemos estas passagens marcantes:
“Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos, pois Deus quis honrar os pais pelos filhos e, cuidadosamente, fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!” (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).
Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais já não sentem a prerrogativa de que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muitos já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.
Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas divinas. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.
Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de lhes beijar as mãos e lhes pedir a bênção, para que Deus o abençoe, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que, enquanto “a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11). (fonte: Canção Nova - Prof Felipe Aquino)

Dois Mil Anos de Igreja Católica


“Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja… e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela.” (Mt 16,18).
Pela História da Igreja podemos ver com clareza a sua transcendência e divindade. Nenhuma instituição humana sobreviveu a tantos golpes, perseguições, martírios e massacres durante 2000 mil anos; e nenhuma outra instituição humana teve uma seqüência ininterrupta de governantes. Já são 265 Papas desde Pedro de Cafarnaum.
Esta façanha só foi possível porque ela é verdadeiramente divina; divindade esta que provém Daquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo. Ele fez da Igreja o Seu próprio Corpo (cf. Cl 1,18), para salvar toda a humanidade.
 Podemos dizer que, humanamente falando, a Igreja, como começou, “tinha tudo para não dar certo”. Ao invés de escolher os “melhores” homens do Seu tempo, generais, filósofos gregos e romanos, etc., Jesus preferiu escolher doze homens simples da Galileia, naquela região desacreditada pelos próprios judeus.
 “Será que pode sair alguma coisa boa da Galileia?” Isto, para deixar claro a todos os homens, de todos os tempos e lugares, que “todo este poder extraordinário provém de Deus e não de nós” (2Cor 4,7); para que ninguém se vanglorie do serviço de Deus.
 Aqueles Doze homens simples, pescadores na maioria, “ganharam o mundo para Deus”, na força do Espírito Santo que o Senhor lhes deu no dia de Pentecostes. “Sereis minhas testemunhas… até os confins do mundo” (At 1, 8).
 Pedro e Paulo, depois de levarem a Boa Nova da salvação aos judeus e aos gentios da Ásia e Oriente Próximo, chegaram a Roma, a capital do mundo, e ali  plantaram o Cristianismo para sempre. Pagaram com suas vidas sob a mão criminosa de Nero, no ano 67, juntamente com tantos outros mártires, que fizeram o escritor cristão Tertuliano de Cartago(†220) dizer que: “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”. Estimam os historiadores da Igreja em cem mil mártires nos três primeiros séculos.  Talvez isto tenha feito os Padres da Igreja dizerem que “christianus alter Christus” (o cristão é um outro Cristo), que repete o caminho do Mestre.
 Mas estes homens simples venceram o maior império que até hoje o mundo já conheceu. Aquele que conquistou todo o mundo civilizado da época, não conseguiu dominar a força da fé. As perseguições se sucederam com os 12 Césares romanos: Décio, Dioclesiano, Valeriano, Trajano, Domiciano, etc., até que Constantino, cuja mãe se tornara cristã, Santa Helena, se converteu ao Cristianismo. No ano 313 ele assinava o edito de Milão, proibindo a perseguição aos cristãos, depois de três séculos de sangue. E nem mesmo o imperador Juliano, por volta do ano 390, o apóstata, conseguiu fazer recuar o cristianismo, e no leito de morte exclamava: “Tu venceste, ó galileu!”.
 O grande Império se ajoelhou diante de Cristo; a orgulhosa espada romana se curvou diante da Cruz.
A marca impressionante desta Igreja invencível e infalível, esteve sempre na pessoa do sucessor de Pedro, o Papa. Os Padres da Igreja cunharam aquela frase que ficou célebre: “Ubi Petrus, ibi ecclesia; ubi ecclesia ibi Christus” (Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Cristo). Já é um cadeia de 266 Papas, ininterrupta. Jamais se viu isso em qualquer outra Instituição humana. Os Impérios acabaram: Egípcio, Babilônico, Caldeu, Persa, Grego, Romano, Mongol… mas a marcha inexorável da Santa Igreja continua.
 “Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja… e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).
 Depois da perseguição romana, vieram as terríveis heresias. Já que o demônio não conseguiu destruir a Igreja, a partir de fora, tentava agora fazê-lo a partir de dentro. De alguns patriarcas das grandes sedes da Igreja, Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Jerusalém, e outras partes , surgiam as falsas doutrinas, ameaçando dilacerar a Igreja por dentro. Era o pelagianismo, o maniqueísmo, o gnosticismo, o macedonismo, nestorianismo, etc.. Mas o Espírito Santo incumbiu-se de destruir todas elas,  e o barco da Igreja continuou o seu caminho até nós.
 Os grandes defensores da fé e da sã doutrina, foram os “Padres” da Igreja: Inácio de Antioquia (†107), Clemente de Roma (†102), Irineu de Lião (†202),  Cipriano de Cartago(† 258), Hilário de Poitiers (†367), Cirilo de Jerusalém (†386), Anastácio de Alexandria (†373), Basílio (†379), Gregório de Nazianzo (†394), Gregório de Nissa (†394), João Crisóstomo de Constantinopla (†407), Ambrósio de Milão (†397), Agostinho de Hipona (†430), Jerônimo (420), Éfrem (†373), Paulino de Nola (†431), Cirilo de Alexandria (†444), Leão Magno (†461), e tantos outros que o Espírito Santo usou para derrotar as heresias nos diversos Concílios dos  primeiros séculos.
 Cristo deixou a Sua Igreja na terra como “a coluna e o sustentáculo da verdade” 1Tm 3,15). Todas as outras comunidades cristãs foram  derivadas da Igreja Católica; as ortodoxas romperam em 1050; as protestantes em 1517; a anglicana, em 1534, etc.
 Depois que desabou o Império Romano do ocidente, coube à Igreja o papel de mãe destes filhos abandonados nas mãos dos bárbaros. S.Leão Magno, Papa e doutor da Igreja, enfrentou Átila, rei dos hunos, às portas de Roma, e impediu que este bárbaro, o “flagelo da História”, destruísse Roma; o mesmo fez depois com Genserico. Aos poucos a Igreja foi cristianizando os bárbaros, até que o rei e a rainha dos francos, Clovis e Clotilde, recebessem o batismo no ano 500. Era a entrada maciça dos bárbaros no cristianismo. Nascia a França católica; “a filha mais velha da Igreja”. Papel importantíssimo nesta conquista lenta e silenciosa coube aos monges e seus mosteiros espalhados em toda a Europa, especialmente os beneditinos, que preservaram a cultura do Ocidente. A Igreja salvou o mundo da destruição dos Bárbaros.
 Mais adiante, no Natal do ano 800, na Catedral de Reims, na França, o rei franco Carlos Magno era coroado pelo Papa. Também os bárbaros se rendiam à fé de Cristo. Isto foi possível graças aos milhares de evangelizadores que percorreram toda a Europa anunciando a salvação trazida por Jesus ao mundo.
 Em toda a Idade Média imperou a marca do cristianismo na Europa. Aspirava-se e respirava-se a fé. Surgiram as Catedrais como a bela expressão da fé; as Cruzadas ao Oriente no zelo de libertar a Terra Santa profanada; as Universidades cristãs, Bolonha, Sorbonne, Oxford, Salamanca, Coimbra, La Sapienza, etc, todas fundadas pela Igreja de Cristo. A Igreja é a mãe da cultura e do saber no Ocidente.
 Mas a fé sempre esteve ameaçada; nos tempos modernos levantaram-se contra a Igreja as forças do materialismo, do comunismo, do nazismo, do racionalismo e iluminismo ateu; e fizeram milhares de mártires cristãos, especialmente neste triste século vinte que há pouco findou.
 Certa vez, Stalin, ditador soviético, para desafiar a Igreja, perguntou “quantas legiões de soldados tinha o Papa”; é pena que não sobrevivesse até hoje para ver o que aconteceu com o comunismo. Mas a Igreja continua como nunca, até o final da História, quando Cristo voltará para assumir a Sua Noiva. Será as Bodas definitivas e  eternas do Cordeiro com a Sua  Igreja.

 Prof. Felipe Aquino

Salve, ó Virgem Mãe de Deus!


Por São Cirilo de Alexandria

Causa-me profunda admiração haver alguns que duvidam em dar à Virgem Santíssima o título de Mãe de Deus. Realmente, se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, por que motivo não pode ser chamada de Mãe de Deus a Virgem Santíssima que o gerou? Esta verdade nos foi transmitida pelos discípulos do Senhor, embora não usassem esta expressão.
Assim fomos também instruídos pelos santos Padres. Em particular Santo Atanásio (295 -373), nosso pai na fé, de ilustre memória, na terceira parte do livro que escreveu sobre a santa e consubstancial Trindade, dá frequentemente à Virgem Santíssima o título de Mãe de Deus.
Vejo-me obrigado a citar aqui as suas palavras, que têm o seguinte teor: “A Sagrada Escritura, como tantas vezes fizemos notar, tem por finalidade e característica afirmar de Cristo Salvador essas duas coisas: que Ele é Deus e nunca deixou de o ser, visto que é a Palavra do Pai, seu esplendor e sabedoria; e também que nestes últimos tempos, por causa de nós, se fez homem, assumindo um corpo da Virgem Maria, Mãe de Deus”. E continua mais adiante: “Houve muitos que já nasceram santos e livres de todo pecado: Jeremias foi santificado desde o seio materno; também João, antes de ser dado à luz, exultou de alegria ao ouvir a voz de Maria Mãe de Deus”. Estas palavras são de um homem inteiramente digno de lhe darmos crédito, sem receio, e a quem podemos seguir com toda segurança. Com efeito, ele jamais pronunciou uma só palavra que fosse contrária às Sagradas Escrituras.
De fato, a Escritura, verdadeiramente inspirada por Deus, afirma que a Palavra de Deus se fez carne, uniu-se à alma dotada de alma racional. Portanto, a Palavra de Deus assumiu a descendência de Abraão e, formando para si um corpo vindo de uma mulher, tornou-se participante da carne e do sangue. Assim, já não é somente Deus mas também homem, semelhante a nós, em virtude da sua união com a nossa natureza. Por conseguinte, o Emanuel, Deus conosco, possui duas realidades, isto é, a divindade e a humanidade. Todavia é um só Senhor Jesus Cristo, único e verdadeiro Filho por natureza, ainda que ao mesmo tempo Deus e homem.

Não é apenas um homem divinizado, igual àqueles que pela graça se tornam participantes da natureza divina; mas é verdadeiro Deus que, para nossa salvação, se tornou visível em forma humana, conforme Paulo testemunha com as seguintes palavras: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva” (Gal 4, 4-5).

Ouvir Jesus, não as novelas e fofocas, pede Papa



Francisco lembrou a importância de contemplar Jesus no 
Evangelho, em vez de perder tempo com fofocas e novelas
Da Redação, com Rádio Vaticano
Na homilia desta terça-feira, 3, o foco do Papa Francisco foi para a
oração de contemplação. O Santo Padre voltou a convidar os fiéis
 a lerem cotidianamente o Evangelho, mesmo que por alguns minutos,
pois isso ajuda a ter esperança e a manter o olhar fixo em Jesus, em
vez de perder tempo com novelas e fofocas do vizinho.
Papa pede aos fiéis que façam oração de contemplação / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano












Papa pede aos fiéis que façam oração de contemplação 
As reflexões partiram de um trecho da Carta aos Hebreus, que
se concentra na esperança. Francisco destacou que, sem escutar Deus,
talvez a pessoa possa ter otimismo, ser positiva, mas a esperança se
aprende somente olhando para Jesus.
Lembrando a importância de orações como o Rosário e o diálogo que
se deve ter com Deus, o Papa enfatizou a oração de contemplação,
que só pode ser feita com o Evangelho em mãos. Ele deu um exemplo:
no Evangelho de hoje, que fala de Jesus em meio ao povo, aparece
cinco vezes a palavra “multidão”. É um convite a pensar na vida de Cristo
 sempre com o povo.
“Jesus estava continuamente entre o povo. E se olho para Ele assim,
contemplo-O assim e O imagino assim. E digo a Jesus aquilo que me
vem à mente dizer-lhe.”
Jesus não somente entende a multidão, mas sente o coração de cada
um bater e toma conta de todos, disse o Papa, citando o trecho do
Evangelho em que Jesus se sente tocado ao ver uma mulher doente em
meio à multidão. O Pontífice destacou a paciência de Jesus e o fato
de que Ele sempre considerava até mesmo os pequenos detalhes.
“O que eu fiz com este Evangelho é justamente a oração de contemplação:
pegar o Evangelho, ler e imaginar-me nas cenas, imaginar o que acontece
e falar com Jesus, como me vem ao coração. E com isso nós fazemos
crescer a esperança, porque temos o olhar fixo no Senhor”.
Francisco convidou os fiéis a fazerem essa oração de contemplação, mesmo
que seja por 15 minutos apenas. “Assim, o teu olhar estará fixo em Jesus
e não tanto na telenovela, por exemplo. O teu ouvido estará fixo nas palavras
de Jesus e não tanto nas fofocas do vizinho.”
A oração de contemplação, segundo o Papa, ajuda a ter esperança e
a viver da sustância do Evangelho. A partir dessa oração, a vida cristã se
move entre a memória e a esperança, disse.
“Memória de todo o caminho passado, de tantas graças recebidas do Senhor.
E esperança, olhando para o Senhor, que é o único que pode me dar a
esperança. E para olhar para o Senhor, para conhecê-Lo, peguemos o
Evangelho e façamos esta oração de contemplação”.

Ano A - Mateus 9,9-13

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