quinta-feira, 12 de março de 2015

Consagre-se a Maria



Consagre-se a Maria todos os dias
O mais lindo título com que os nossos irmãos da Igreja oriental saúdam Nossa
Senhora é Santa Mãe de Deus. Há quem diga que “Santa Maria”, a segunda
parte da oração ave-maria, é uma invenção da Igreja. Chegam até a dizer que
nem se deve rezá-la. Posso afirmar, porém, que é uma bem-aventurada “invenção”
da Igreja. Mas entenda bem o sentido que quero dar à palavra “invenção”.
Você não acha linda a invenção do rádio? A invenção da televisão? A descoberta
da cirurgia do coração? Quanta gente já estaria fatalmente morta se não tivessem
sido descobertos todos os procedimentos da cirurgia do coração e se não inventassem
os aparelhos adequados para realizá-la? Pode-se dizer: santas invenções! Até mesmo
a invenção da penicilina e de todos os antibióticos…
Consagre-se a Maria todos os dias

O que aconteceu? Nestório, patriarca de Constantinopla, afirmava
que Maria Santíssima não era Mãe de Deus, mas somente mãe da
pessoa humana de Jesus Cristo. No Concílio de Éfeso, a maternidade
da Santíssima Virgem e a unidade das duas naturezas numa só pessoa
em Jesus Cristo foram definitivamente proclamadas: Jesus Deus e
homem. São Cirilo, bispo de Alexandria e presidente do Concílio de
Éfeso, defendeu essa verdade no cristianismo contra as investidas
dos hereges no ano 431.
No dia do encerramento do Concílio, foi lido o decreto Dogma
da Maternidade Divina de Maria Santíssima. O papa Celestino I,
que estava presente, emocionado e com lágrimas nos olhos,
ajoelhou-se e respeitosamente saudou Nossa Senhora assim:
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e
na hora da nossa morte. Amém!”
Todo Concílio ouviu e respondeu com um grande “Amém!”
Essa foi a origem da segunda parte da ave-maria. Foi ou não uma
linda invenção? Ao anoitecer, levaram o resultado ao povo. Assim
que todo ele tomou conhecimento da conclusão do Concílio, saiu
em procissão com velas, com tochas, pela cidade de Éfeso. O que
mais o povo proclamou naquela noite foi: “Santa Maria, Mãe de
Deus, rogai por nós pecadores, agora, e na hora da nossa morte”.
Nunca mais deixou de unir a primeira parte da ave-maria à segunda.
Fui para o seminário muito menino, com treze anos, pois naquele
tempo o costume era esse. Ao chegar, deparei-me com aquela vida
de pureza, justa, vivida com a insistência que era necessária para
que vivêssemos assim. Mas, infelizmente, tinha
trazido todas as consequências da minha infância de menino da periferia de São Paulo.
Graças a Deus, tinha uma boa família, mas ao lado da minha casa, do meu colégio,
havia muitos meninos com quem aprendi coisa errada. E para o seminário eu fui,
assim, com muita bobagem na cabeça.
Tinha uma dificuldade enorme de viver a pureza, e não fazia por maldade, era fraqueza
mesmo. Quando o meu diretor, observando minha sinceridade ainda naquele primeiro
 ano, disse-me: “Consagre-se a Nossa Senhora e todos os dias, antes de se deitar,
ao pé de sua cama, reze três ave-marias e você vai ver como ela lhe dará a vitória”.
Com aquela simplicidade de menino – mas menino que queria vencer e não tinha
forças –, eu fiz do jeitinho que o meu diretor falou. Dou graças a Deus: com treze
anos, eu me consagrei a Nossa Senhora.
Eu não sabia dessa frase que, depois, João Paulo II iria usar: Totus Tuus, que
quer dizer: Todo Teu. Mas, mesmo sem saber, eu havia me consagrado todo a ela,
na minha simplicidade de criança. Comecei, a partir daquele dia – todas as noites,
antes de me deitar – a rezar três ave-marias.
Foi como se passasse, primeiramente, um escovão na minha vida. Depois um pano
úmido para limpar tudo. “Aquelas coisas” desapareceram. Durante um tempo longo.
Só bem mais tarde, quando entrei numa época de crise, é que essas coisas voltaram
a me atacar. Mas, durante todo aquele tempo de menino no seminário, de adolescente,
de jovem, nada mais daquilo me atingiu.
Não foi por merecimento e nem por minha força, não! Eu pude experimentar,
ainda menino, a eficácia daquilo que o meu diretor falou. Hoje, é o que temos de
dizer a todos aqueles que querem lutar e vencer. A todos aqueles que se sentem
sozinhos e não são capazes de vencer. Eu digo a você: não deixe para depois.
Faça isso hoje. Faça como João Paulo II fez: Totus tuus – sou Todo teu. Vai ser
como um nome novo que assumimos: “Todo teu”.
Consagre-se a ela. Hoje, consagrar-se é justamente colocar-se ao seu lado e entregar-se
a ela. Ser como uma criança que se confia ao coração dela, que se joga em seus
braços, que se põe debaixo de seu manto. Como uma criança assustada, como um
menino necessitado que vem correndo para a mãe, que se atira no colo, que se
joga no coração dela, que se põe debaixo do manto. Uma criança guardada, protegida.
Que vence sob o manto dela.
Tenha a certeza de que vencerá! Eu aprendi, graças a Deus, ainda muito cedo:
realmente ela é a Auxiliadora dos Cristãos. A vitoriosa das batalhas de Deus. Na
sua luta pessoal contra o pecado, na sua luta para ser cidadão do Céu, para imunizar-se
de todo pecado, você precisa dela como a sua Mãe, sua protetora, sua advogada.
Monsenhor Jonas Abib
Trecho retirado do livro: Maria, mulher do Gênesis ao Apocalipse

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