Maria no Mistério de Cristo


Por João Paulo II

7.  “Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual no alto dos céus, nos abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo” (Ef 1, 3). Estas palavras da Carta aos Efésios revelam o eterno desígnio de Deus Pai, o seu plano de salvação do homem em Cristo. É um plano universal, que concerne todos os homens criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Gén 1, 26). Todos eles, assim como “no princípio” estão compreendidos na obra criadora de Deus, assim também estão eternamente compreendidos no plano divino da salvação, que se deve revelar cabalmente na “plenitude dos tempos”, com a vinda de Cristo. Com efeito, “n’Ele”, aquele Deus, que é “Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” – são as palavras que vêm a seguir na mesma Carta – “nos elegeu antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados aos seus olhos. Por puro amor Ele nos predestinou a sermos adoptados por Ele como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade, para louvor da magnificência da sua graça, pela qual nos tornou agradáveis em seu amado Filho. N’Ele, mediante o seu sangue, temos a redenção, a remissão dos pecados segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1, 4-7).
O plano divino da salvação, que nos foi revelado plenamente com a vinda de Cristo, é eterno. Ele é também – segundo o ensino contido na mesma Carta e noutras Cartas paulinas (cf. Col 1, 12-14; Rom 3, 24; Gál 3, 13; 2 Cor 5, 18-29) – algo que está eternamente ligado a Cristo. Ele compreende em si todos os homens; mas reserva um lugar singular à “mulher” que foi a Mãe d’Aquele ao qual o Pai confiou a obra da salvação. 19 Como explana o Concílio Vaticano II, “Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente, feita aos primeiros pais caídos no pecado”, segundo o Livro do Génesis (cf. 3, 15). “Ela é, igualmente, a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, cujo nome será Emanuel” segundo as palavras de Isaías (cf. 7, 14). 20 Deste modo, o Antigo Testamento prepara aquela “plenitude dos tempos”, quando Deus haveria de enviar “o seu Filho, nascido duma mulher …, para que nós recebêssemos a adopção como filhos”. A vinda ao mundo do Filho de Deus e o acontecimento narrado nos primeiros capítulos dos Evangelhos segundo São Lucas e segundo São Mateus.
8. Maria é introduzida no mistério de Cristo definitivamente mediante aquele acontecimento que foi a Anunciação do Anjo. Esta deu-se em Nazaré, em circunstâncias bem precisas da história de Israel, o povo que foi o primeiro destinatário das promessas de Deus. O mensageiro divino diz à Virgem: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28). Maria “perturbou-se e interrogava-se a si própria sobre o que significaria aquela saudação” (Lc 1, 29): que sentido teriam todas aquelas palavras extraordinárias, em particular, a expressão “cheia de graça” (kecharitoméne). 21
Se quisermos meditar juntamente com Maria em tais palavras e, especialmente, na expressão “cheia de graça”, podemos encontrar uma significativa correspondência precisamente na passagem acima citada da Carta aos Efésios. E se, depois do anúncio do mensageiro celeste, a Virgem de Nazaré é chamada também a “bendita entre as mulheres” (cf. Lc 1, 42), isso explica-se por causa daquela bênção com que “Deus Pai” nos cumulou “no alto dos céus, em Cristo”. É uma bênção espiritual, que se refere a todos os homens e traz em si mesma a plenitude e a universalidade (“toda a sorte de bênçãos”), tal como brota do amor que, no Espírito Santo, une ao Pai o Filho consubstancial. Ao mesmo tempo, trata-se de uma bênção derramada por obra de Jesus Cristo na história humana até ao fim: sobre todos os homens. Mas esta bênção refere-se a Maria em medida especial e excepcional: ela, de facto, foi saudada por Isabel como “a bendita entre as mulheres”.
O motivo desta dupla saudação, portanto, está no facto de se ter manifestado na alma desta “filha de Sião”, em certo sentido, toda a “magnificência da graça”, daquela graça com que “o Pai … nos tornou agradáveis em seu amado Filho”. O mensageiro, efectivamente, saúda Maria como “cheia de graça”; e chama-lhe assim, como se este fosse o seu verdadeiro nome. Não chama a sua interlocutora com o nome que lhe é próprio segundo o registo terreno: “Miryam” ( = Maria); mas sim com este nome novo: “cheia de graça”. E o que significa este nome? Por que é que o Arcanjo chama desse modo à Virgem de Nazaré?
Na linguagem da Bíblia “graça” significa um dom especial, que, segundo o Novo Testamento, tem a sua fonte na vida trinitária do próprio Deus, de Deus que é amor (cf. 1 Jo 4, 8). É fruto deste amor a “eleição” – aquela eleição de que fala a Carta aos Efésios. Da parte de Deus esta “escolha” é a eterna vontade de salvar o homem, mediante a participação na sua própria vida divina (cf. 2 Pdr 1, 4) em Cristo: é a salvação pela participação na vida sobrenatural. O efeito deste dom eterno, desta graça de eleição do homem por parte de Deus, é como que um gérmen de santidade, ou como que uma nascente a jorrar na alma do homem, qual dom do próprio Deus que, mediante a graça, vivifica e santifica os eleitos. Desta forma se verifica, isto é, se torna realidade aquela “bênção” do homem “com toda a sorte de bênçãos espirituais”, aquele “ser seus filhos adoptivos … em Cristo”, ou seja, n’Aquele que é desde toda a eternidade o “Filho muito amado” do Pai.
Quando lemos que o mensageiro diz a Maria “cheia de graça”, o contexto evangélico, no qual confluem revelações e promessas antigas, permite-nos entender que aqui se trata de uma “bênção” singular entre todas as “bênçãos espirituais em Cristo”. No mistério de Cristo, Maria está presente já “antes da criação do mundo”, como aquela a quem o Pai “escolheu” para Mãe do seu Filho na Incarnação – e, conjuntamente ao Pai, escolheu-a também o Filho, confiando-a eternamente ao Espírito de santidade. Maria está unida a Cristo, de um modo absolutamente especial e excepcional; e é amada neste “Filho muito amado” desde toda a eternidade, neste Filho consubstancial ao Pai, no qual se concentra toda “a magnificência da graça”. Ao mesmo tempo, porém, ela é e permanece perfeitamente aberta para este “dom do Alto” (cf. Tg 1, 17) Como ensina o Concílio, Maria “é a primeira entre os humildes e os pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem d’Ele a salvação”. 22
9. A saudação e o nome “cheia de graça” dizem-nos tudo isto; mas, no contexto do anúncio do Anjo, referem-se em primeiro lugar à eleição de Maria como Mãe do Filho de Deus. Todavia, a plenitude de graça indica ao mesmo tempo toda a profusão de dons sobrenaturais com que Maria é beneficiada em relação com o facto de ter sido escolhida e destinada para ser Mãe de Cristo. Se esta eleição é fundamental para a realização dos desígnios salvíficos de Deus, a respeito da humanidade, e se a escolha eterna em Cristo e a destinação para a dignidade de filhos adoptivos se referem a todos os homens, então a eleição de Maria é absolutamente excepcional e única. Daqui deriva também a singularidade e unicidade do seu lugar no mistério de Cristo.
O mensageiro divino diz-lhe: “Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo” (Lc 1, 30-32). E quando a Virgem, perturbada por esta saudação extraordinária, pergunta: “Como se realizará isso, pois eu não conheço homem?”, recebe do Anjo a confirmação e a explicação das palavras anteriores. Gabriel diz-lhe: “Virá sobre ti o Espírito Santo e a potência do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso mesmo o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35).
A Anunciação, portanto, é a revelação do mistério da Incarnação exactamente no início da sua realização na terra. A doação salvífica que Deus faz de si mesmo e da sua vida, de alguma maneira a toda a criação e, directamente, ao homem, atinge no mistério da Incarnação um dos seus pontos culminantes. Isso constitui, de facto, um vértice de todas as doações de graça na história do homem e do cosmos. Maria é a “cheia de graça”, porque a Incarnação do Verbo, a união hipostática do Filho de Deus com a natureza humana, se realiza e se consuma precisamente nela. Como afirma o Concílio, Maria é “Mãe do Filho de Deus e, por isso, filha predilecta do Pai e templo do Espírito Santo; e, por este insigne dom de graça, leva vantagem a todas as demais criaturas do céu e da terra”. 23
10. A Carta aos Efésios, falando da “magnificência da graça” pela qual “Deus Pai … nos tornou agradáveis em seu amado Filho”, acrescenta: “N’Ele temos a redenção pelo seu sangue” (Ef 1, 7). Segundo a doutrina formulada em documentos solenes da Igreja, esta “magnificência da graça” manifestou-se na Mãe de Deus pelo facto de ela ter sido “redimida de um modo mais sublime”. 24 Em virtude da riqueza da graça do amado Filho e por motivo dos merecimentos redentores d’Aquele que haveria de tornar-se seu Filho, Maria foi preservada da herança do pecado original. 25 Deste modo, logo desde o primeiro instante da sua concepção, ou seja da sua existência, ela pertence a Cristo, participa da graça salvífica e santificante e daquele amor que tem o seu início no “amado Filho”, no Filho do eterno Pai que, mediante a Incarnação, se tornou o seu próprio Filho. Sendo assim, por obra do Espírito Santo, na ordem da graça, ou seja, da participação da natureza di vina, Maria recebe a vida d’Aquele, ao qual ela própria, na ordem da geração terrena, deu a vida como mãe. A Liturgia não hesita em chamá-la “genetriz do seu Genitor” 26 e em saudá-la com as palavras que Dante Alighieri põe na boca de São Bernardo: “filha do teu Filho” 27. E, uma vez que Maria recebe esta “vida nova” numa plenitude correspondente ao amor do Filho para com a Mãe, e por conseguinte à dignidade da maternidade divina, o Anjo na Anunciação chama-lhe “cheia de graça”.
11. No desígnio salvífico da Santíssima Trindade o mistério da Incarnação constitui o cumprimento superabundante da promessa feita por Deus aos homens, depois do pecado original, depois daquele primeiro pecado cujos efeitos fazem sentir o seu peso sobre toda a história do homem na terra (cf. Gén 3, 15). E eis que vem ao mundo um Filho, a “descendência da mulher”, que vencerá o mal do pecado nas suas próprias raízes: “esmagará a cabeça” da serpente. Como resulta das palavras do Proto-Evangelho, a vitória do Filho da mulher não se verificará sem uma árdua luta, que deve atravessar toda a história humana. “A inimizade”, anunciada no princípio, é confirmada no Apocalipse, o livro das realidades últimas da Igreja e do mundo, onde volta a aparecer o sinal de uma “mulher”, desta vez “vestida de sol” (Apoc 12, 1).
Maria, Mãe do Verbo Incarnado, está colocada no próprio centro dessa “inimizade”, dessa luta que acompanha o evoluir da história da humanidade sobre a terra e a própria história da salvação. Neste seu lugar, ela, que faz parte dos “humildes e pobres do Senhor”, apresenta em si, como nenhum outro dentre os seres humanos, aquela “magnificência de graça” com que o Pai nos agraciou no seu amado Filho; e esta graça constitui a extraordinária grandeza e beleza de todo o seu ser. Maria permanece, assim, diante de Deus e também diante de toda a humanidade, como o sinal imutável e inviolável da eleição por parte do mesmo Deus, de que fala a Carta paulina: “em Cristo nos elegeu antes da criação do mundo … e nos predestinou para sermos seus filhos adoptivos” (Ef 1, 4. 5). Esta eleição é mais forte do que toda a experiência do mal e do pecado, do que toda aquela “inimizade” pela qual está marcada toda a história do homem. Nesta história, Maria permanece um sinal de segura esperança.
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A Palavra de Deus é viva e eficaz!


“Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de Cristo.” 
São Francisco de Assis
Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca envelhece, nem caduca; 
ela fala-nos hoje como para além dos séculos. Cristo é o centro da 
Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na 
esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.
Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para 
os homens e pelos homens;logo, ela apresenta duas faces: a divina e 
a humana.
Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento 
da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.
Nas Sagradas escrituras encontramos força e ensinamentos para diversas
 situações em nossas vidas.
Leia hoje, um CONSELHO de DEUS para você, QUE:
Está perdendo as esperanças: Rm 12, 12-16; Sl 125,6; Sl 55,5
O remorso o corrói:  Fl 3, 13 -14
Está passando por humilhações: Eclo 2, 2-4; 1 Pe 5,5-6
Sente-se abatido pelos inimigos: Mt 5,38-39.44; 6,14
Precisa dar o perdão a alguém: Mt 18,21-22
Sente-se desanimado: Fl 4,13, Mac 3,18
Sente enfraquecida sua fé: Rm 1, 17, Hb 12,6
Sente-se fraco e abatido: 2Cor 12,9-10; Mc 9,23
Passa por um momento de dúvidas: Jo 11,40; Sl 16, 3; 36,3-7
Está aflito: Mt 11,28-30
Passa por grande sofrimento: Lc 9,23; Rm 8,18
Permite que a raiva invada seu coração: Tg 1,19-20; Rm 12,14;Ef 4,26
Deixa-se dominar pelo medo: Lc 8,50; Rm 8,31; Sl 26,1
Sente-se sufocado pelas preocupações  da vida: 1 Pd 5,7; Mt 6,30-31
Luta contra a tentação: 1Cor 10,13
Sente-se provado em sua fé: Tg 1,12; 1 Pd 4,12; Eclo 2,5
Está triste: Fl 4,4; Eclo 30, 22-26
Tem um coração agradecido: 1Ts 5, 16
Prof. Felipe Aquino

As consequências da fé



Crer em Deus, e amá-lo com todo o coração, tem consequências para toda a nossa vida.
A fé nos leva a conhecer a grandeza e a majestade de Deus.
“Deus é grande demais para que o possamos conhecer” 
(Jó 36,26). É por isso que Deus deve ser o primeiro a ser 
amado e servido. Amar a Deus sobre todas as coisas, manda 
o Primeiro Mandamento.
A fé nos leva a viver em ação de graças. Se Deus é o 
Único, tudo o que somos e possuímos vem dele:
“Que é que possuis, que não tenhas recebido?” (1 Cor 4,7).
“Como retribuirei ao Senhor todo o bem que me fez?”(Sl 115,3).
A fé nos leva também a conhecer a unidade e a dignidade de 
todos os homens. Todos eles foram criados “à imagem e 
semelhança de Deus” (Gn 1,27), são filhos do mesmo Deus e irmãos.
A fé nos leva a usar corretamente das coisas criadas. Nos leva 
a usar de tudo na medida em que isso nos aproxima de Deus, 
e a desapegar-nos das coisas, na medida em que nos desviam dele. 
Dizia São Nicolau de Flue:
“Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós.
Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de vós.
Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para 
doar-me por inteiro a vós” (Oração).
A fé nos leva a confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo
 na adversidade. Santa Teresa de Jesus exprime-o de maneira admirável 
nesta oração:
“Nada te perturbe, nada te assuste. 
Tudo passa, Deus não muda. 
A paciência tudo alcança. 
Quem a Deus tem nada lhe falta. 
Só Deus basta.”

A importância da oração do rosário em família

O Rosário em família,uma arma para combater as crises - 940x500



É fundamental que a família cristã reze o rosário todos os dias
Segundo uma tradição, São Domingos de Gusmão, espanhol,
recebeu de Nossa Senhora a devoção do santo rosário, que ele 
rezava continuamente em suas caminhadas pela conversão dos 
hereges cátaros que agitavam a vida da Igreja na França.
Em suas aparições, em Fátima e Lourdes, Nossa Senhora pediu
insistentemente aos videntes para que rezassem o terço sempre. 
Ela disse aos pastorinhos, em Fátima, que “não há problema 
de ordem pessoal, familiar, nacional e internacional, que
 o santo terço não possa ajudar a resolver”. Por isso,
o terço e o rosário tornaram-se orações amadas pelo povo de
Deus. O Papa João Paulo II disse que essa era “a sua oração
 predileta”; sempre o víamos rezando-a.
Bento XVI o recomendou fortemente. Disse: “O rosário é oração
bíblica, toda tecida da Escritura Sagrada. É a oração do coração, 
em que a repetição da Ave-Maria orienta o pensamento e o afeto 
para com Cristo, tornando-se súplica confiante na nossa Mãe”.
“O terço, quando rezado de modo autêntico, não mecânico ou
superficial, mas profundo, traz paz e reconciliação. Contém em si 
a potência curadora do nome santíssimo de Jesus, invocado com 
fé e com amor no centro de cada Ave-Maria” (5 de maio de 2008 
-ZENIT.org).
Na sua Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, de 2005, São
João Paulo II disse: “Uma oração tão fácil e, ao mesmo tempo, tão 
rica merece verdadeiramente ser descoberta de novo pela 
comunidade cristã”.
Muitos Papas recomendaram o rosário: Leão XIII, em 1883, na
Encíclica Supremi apostolatus officio, apresentou-o como “um 
instrumento espiritual eficaz contra os males da sociedade”
São Pio V, em 1571, estabeleceu a invocação a Nossa Senhora 
do Rosário, como agradecimento à Virgem pela vitória da cristandade, 
na batalha de Lepanto, contra os turcos otomanos muçulmanos
 que pretendiam destruir o Cristianismo na Europa.
Além dos inúmeros Papas, também muitos santos se destacaram
pelo amor ao rosário: São Luís Maria Grignion de Montfort, Santo 
Afonso de Ligório, São Pio de Pietrelcina e muitos outros. Essa 
devoção tem como base o fato de que, do alto da cruz, Jesus 
Cristo, num ato de amor, nos deu Maria como Mãe (cf. Jo 19,26). 
Se Jesus no-la deu como Mãe, é porque precisamos dela para 
nossa vida e salvação. Então, cada cristão e cada família cristã 
precisa da proteção materna de Nossa Senhora para enfrentar 
a luta da vida, as tentações, provações etc. A Igreja sempre 
ensinou que “família que reza unida permanece unida”, 
sobretudo quando reza o terço.
Na oração do santo rosário, a Virgem Maria nos ensina e nos
anima na vida de Cristo, partilhando conosco aquelas coisas 
que “ela guardava no seu coração” (cf. Lc 2,52). “É uma 
oração contemplativa, não pode ser apenas uma repetição 
mecânica de fórmulas”, disse o Papa Paulo VI na Exortação
Apostólica Marialis cultus.
Lembro-me, com saudade, de que minha mãe, todos os dias,
reunia seus nove filhos, às 18h em ponto, para rezar o terço. 
Era algo que não falhava. Hoje, vejo todos os meus irmãos 
na Igreja, todos casados, nenhum separado. Não me lembro
de um dia de desespero em nosso lar, embora tivéssemos
todos os problemas que toda família tem. O santo terço diário 
foi sempre a nossa força, o nosso consolo.
Nunca o deixei de rezar, mesmo nos meus tempos de cadete
do Exército, durante três anos na Academia Militar.
Sobretudo hoje, em que se multiplicam os problemas e os
pecados, a ofensa a Deus, e os filhos estão muito 
mais sujeitos aos maus exemplos, é fundamental que a 
família cristã reze, todos os dias, o santo terço para 
se colocar debaixo da poderosa intercessão de Nossa 
Senhora. Então, terão paz, mesmo neste
mundo tão conturbado. (Prof Felipe Aquino)

Como melhorar meu relacionamento com Deus?


Deus habita em nossa alma. Quer estar conosco. Quem ama quer estar com o amado!
Deus é muito mais interessado por nós do que nós somos por Ele, porque nos criou para Ele. O salmista diz: “Sabei que o Senhor é Deus: Ele nos fez e a Ele pertencemos. Somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho”. (Sl 99,3). “Ele nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo” (Ef 1,1). Deu-nos a Sua imagem e semelhança; e nos colocou em um mundo maravilhoso, repleto de flores, frutos, perfumes, belezas naturais que enchem nossos olhos, ouvidos e paladar de encantos. É o Seu amor por nós.
E quando perdemos o Paraíso, “não nos abandonou ao poder da morte”, foi atrás de nós numa longa história da salvação que foi selada com a oblação do Seu Filho Único na cruz, “para que todo que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Depois de nos ter criado de maneira maravilhosa, nos redimiu e recriou de maneira mais maravilhosa ainda.
São Tiago diz que Deus nos ama até o ciúme: “Sois amados até o ciúme pelo Espírito que habita em vós” (Tg 4,5). Deus é louco de amor por nós. São João Maria Vianney, disse que se experimentássemos o amor de Deus por nós, morreríamos de emoção. Por quem você morreria numa cruz, como Cristo morreu? Só por quem você amasse sem limites.
É por isso que Deus habita em nossa alma. Quer estar conosco. Quem ama quer estar com o amado. A grande “dor do amor” é ter que ficar longe do amado, ou ser rejeitado por ele. “Não sabeis que sois o Templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Cor 3,16).
Esta é, infelizmente, uma bela realidade que a maioria dos cristãos ainda não tomou consciência: Deus habita em nós. São João Batista, falando ao povo de Jesus, disse-lhes: “Está no meio de vós Alguém que não conheceis” (João 1,26). Deus é um desconhecido para a maioria, no próprio coração. E Ele sofre por isso.
“Quantas almas soltarão, um dia, um grito de surpresa, ao descobrir o que tinham no seu interior, sem o saberem!”, diz o Monsenhor d´Hulst.
A finalidade da piedade é a intimidade com Deus. Ele está presente em nós pelo estado da graça. É dogma de fé, e dos mais importantes. A maioria tem uma vida espiritual anêmica porque busca Deus onde Ele não está e não o encontra na própria alma.
Deus só nos abandona se estivermos em pecado mortal. Então, é preciso procurar Deus dentro de nós, onde habita, onde nos chama, onde nos espera, e onde sofre as nossas ausências e esquecimentos. É assim que os santos chegaram a santidade: S. Teresinha, S. Teresa, S. João da Cruz, etc.
O maior dom que o homem recebeu ao ser criado é da participação amorosa da vida mesma da Santíssima Trindade. Jesus disse que “Meu Pai e Eu o amaremos, viremos a ele, e faremos nele a nossa morada” ( Jo 14, 23). Deus tem sede de viver em nós; por isso Jesus aceitou se fazer pão para estar em nós substancialmente.
“Somos um céu”, disse Santo Agostinho ( Sl 88). A beata Elizabeth da Trindade falava do “céu de minha alma o onde Deus habita”.
Jesus disse: “Permanecei em mim e eu em vós, porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Essa é uma das razões porque Ele quer habitar e permanecer em nós: sem Ele somos nada.
Compreendo como Santa Teresa caía em êxtase à vista de uma alma em estado de graça. Via-se no céu. “O céu escrevia ela, não é a única morada de Nosso Senhor; Ele tem outra também em nossa alma, que se pode chamar outro céu”.
“Cristo, diz Santo Agostinho, está no centro do nosso interior, e de lá vê o que faz nossa mão, o que diz nossa língua, o que pensa nosso espírito e quais são nossos sentimentos íntimos. Com que vigilância, piedade e castidade devemos viver, uma vez que estamos sempre sob os olhares deste Senhor santíssimo”. (De Ascensione, Sermão XI).
Santo Anselmo acrescenta: “Com que vigilância, com que respeito devemos usar de todos os nossos sentidos e de todos os membros de nosso corpo, se é o Senhor em pessoa que neles vive, que os possui e observa todas as suas ações!”.
São Paulo disse que “Deus nos predestinou para sermos conformes a imagem de Seu Filho (Rom 8,29). É Deus mesmo que em nossa alma molda-nos à imagem de Cristo, conforme fomos criados.
Então, para se relacionar bem com Deus é preciso fazer silêncio; e no silêncio do coração encontrá-lo. Ele irá nos falar pela Sua Palavra, pelos acontecimentos da vida, pelos sofrimentos e alegrias, pela beleza das flores e tudo que vemos. E, nesta intimidade, podemos abrir-lhe o coração e falar das nossas lutas, angústias, lutas… E Ele nos responderá na Sua linguagem que não é a nossa. Reze com calma, com paz, sem pressa. Importa a qualidade, mais que a quantidade.
Como disse o Pe. Raul Plus: “Assim como uma gota insignificante é capaz de refletir a luz e a beleza do astro rei, cada um de nós, tão pequeno dentro do universo, é chamado a resplandecer a luz infinita e superior de Deus.”
Prof. Felipe Aquino

O SS NOME DE JESUS

Quando a Igreja Celebra a Festa do Nome de JESUS?


“Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor” (Fil 2, 9-11).
 Depois da Oitava de Natal, a Igreja celebra a importante festa do Santíssimo Nome de Jesus, no dia 2 de janeiro. É uma festa muito importante, mas que às vezes passa despercebida.
Sabemos que segundo a Lei de Moisés, todo menino era circuncidado no oitavo dia  e era o pai quem lhe dava o nome. São José teve a honra de ser encarregado por Deus para dar o nome ao divino Menino. O arcanjo Gabriel disse à Virgem Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31).
E depois o mesmo Arcanjo o confirma em sonho a José: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1, 20-21).  “Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o Nome de Jesus” (Lc 2, 21).
Assim, o Santíssimo Nome de Jesus foi dado pelo céu; por isso tem poder. Santa Joana D´Arc morria na fogueira repetindo o nome de Jesus. O nome Jesus representa a Pessoa divina do Verbo encarnado.
Note que São Gabriel deixou claro a José a razão deste nome: “porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. A palavra Jesus em Hebraico quer dizer “Deus Salva” ou Salvador. Então, pronunciar o nome de Jesus com fé, é toma-lo como divino salvador.
É no Nome de Jesus que os pecados são perdoados. “O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2, 10). Ele pode dizer ao pecador: “Teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5). E ele transmite esse poder aos homens – os Apóstolos – (Jo 20, 21-23) para que o exerçam em seu Nome.
A Igreja põe à nossa disposição a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com frequência (anexo).
A Ressurreição de Jesus glorifica o nome do Deus Salvador, pois a partir de agora é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do “nome acima de todo nome”. Os espíritos maus temem Seu nome, e é em nome d’Ele que os discípulos de Jesus operam milagres, pois tudo o que pedem ao Pai em seu Nome o Pai lhes concede. É no Nome de Jesus que os enfermos são curados, é em seu nome que os mortos ressuscitam, os coxos andam, os surdos ouvem, os leprosos ficam curados… Esse nome bendito tem poder!
Depois que o pecado atingiu a humanidade, somente o Nome do Deus Redentor pode salvar o homem. E este Nome é Jesus. É pelo Nome de Jesus que os Apóstolos operaram maravilhas. “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu Nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16,17-18). Portanto, o Nome Santo de Jesus tem poder e deve ser invocado com respeito, veneração e fé.
“O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na Pessoa de seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. E o único nome divino que traz a salvação e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação, de sorte que “não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12). (n.432)
Os fariseus e doutores da lei quiseram impedir os Apóstolos de pregar em Nome de Jesus: “Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus” (At 4, 17-18). Mas eles se negam a deixar de pronunciar este santo Nome, porque sabem que não há salvação em nenhum outro.
O Nome de Jesus está no cerne da oração cristã. Todas as orações litúrgicas são concluídas pela fórmula “por Nosso Senhor Jesus Cristo…”. A “Ave-Maria” culmina no “bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. O nome de Jesus está no centro da oração mariana; o Rosário é centrado no Nome de Jesus, por isso tem poder.
Aquele ceguinho de Jericó clamou com fé o nome de Jesus e ficou curado: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!” É o que cada um de nós precisa fazer em todas as dificuldades da vida.

LADAINHA DO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
SENHOR, tende piedade de nós.
JESUS CRISTO, tende piedade de nós.
SENHOR, tende piedade de nós.
JESUS CRISTO, ouvi-nos.
JESUS CRISTO, atendei-nos.
PAI CELESTE, que sois DEUS, tende piedade de nós.
FILHO, Redentor do mundo, que sois DEUS, tende…
SANTÍSSIMA TRINDADE, que Sois um só DEUS,
JESUS, filho de DEUS vivo,
JESUS, pureza da luz eterna,
JESUS, rei da glória,
JESUS, sol de justiça,
JESUS, filho da Virgem Maria,
JESUS amável,
JESUS, admirável,
JESUS, DEUS forte,
JESUS, pai do futuro século,
JESUS, anjo do grande conselho,
JESUS, poderosíssimo,
JESUS, pacientíssimo,
JESUS, obedientíssimo,
JESUS, manso e humilde de coração,
JESUS, amante da castidade,
JESUS, amador nosso,
JESUS, DEUS da Paz,
JESUS, autor da vida,
JESUS, exemplar das virtudes,
JESUS, zelador das almas,
JESUS, nosso refúgio,
JESUS, pai dos pobres,
JESUS, tesouro dos fiéis,
JESUS, boníssimo pastor,
JESUS, luz verdadeira,
JESUS, sabedoria eterna,
JESUS, bondade infinita,
JESUS, nosso caminho e nossa vida,
JESUS, alegria dos anjos,
JESUS, rei dos patriarcas,
JESUS, mestre dos apóstolos,
JESUS, doutor dos evangelistas,
JESUS, fortaleza dos mártires,
JESUS, luz dos confessores,
JESUS, pureza das virgens,
JESUS, coroa de todos os santos.
Sede-nos propício, perdoai-nos, JESUS.
Sede-nos propício, ouvi-nos JESUS.
De todo o mal, livrai-nos JESUS.
De todo o pecado, livrai-nos JESUS.
De Vossa ira,
Das ciladas do demônio,
Do espírito da impureza,
Da morte eterna,
Do desprezo das Vossas inspirações,
Pelo mistério da Vossa Santa Encarnação,
Pela Vossa natividade,
Pela Vossa infância,
Pela Vossa santíssima vida,
Pelos Vossos trabalhos,
Pela Vossa agonia e paixão,
Pela Vossa cruz e desamparo,
Pelas Vossas angústias,
Pela Vossa morte e sepultura,
Pela Vossa ressurreição,
Pela Vossa ascensão,
Pela Vossa instituição da Santíssima Eucaristia,
Pelas Vossas alegrias,
Pela Vossa glória,
Cordeiro de DEUS, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, JESUS.
Cordeiro de DEUS, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos,JESUS.
Cordeiro de DEUS, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, JESUS.
JESUS, ouvi-nos JESUS atendei-nos.
OREMOS: Senhor JESUS CRISTO, que dissestes: pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos suplicamos que concedais a nós, que vo-Lo pedimos, os sentimentos afetivos de Vosso divino amor, a fim de que nós Vos amemos de todo o coração e que esse amor transcenda por nossas ações. Permiti que tenhamos sempre, Senhor, um igual temor e amor pelo Vosso Santo Nome, pois não deixais de governar aqueles que estabeleceis na firmeza do Vosso  amor. Vós que viveis e renais para todo o sempre. Amém.

Peçamos a Proteção de Maria para 2015




Que por todos os dias deste ano que está se inaugurando, 
estejam conosco a intercessão, a proteção, o exemplo e o 
modelo da Bem-aventurada sempre Virgem Maria.
Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, 
nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei” (Gl 4, 4).
Nós estamos hoje no primeiro dia do ano, celebrando a Solenidade 
de Santa Maria Mãe de Deus. Nós hoje queremos contemplar Jesus 
o Filho de Deus, Aquele que se encarnou no ventre de Maria e veio 
para nos resgatar.
O mistério de hoje não engrandece a pessoa de Maria, mas 
engrandece aquilo que Deus realizou nela: o Filho de Deus. 
O Verbo eterno de Deus assumiu a condição humana sem deixar 
de ser divino, sem deixar de ser Deus. Uma vez que nós reconhece-
mos que Jesus é Nosso Senhor, é Nosso Deus e Nosso Salvador 
e na condição humana nasceu da Virgem Maria; se reconhecemos 
que Ele é Deus, a Sua Mãe, na condição humana, é a Mãe de Deus.
Maria não veio antes de Deus, ela é uma criatura de Deus, como 
eu e você! Ela foi concebida no coração de Deus, Pai criador de 
todas as coisas, mas no mistério salvífico de Deus quis 
reinaugurar, recomeçar a história da humanidade numa nova terra.
Nossa Senhora foi concebida para gerar a nova criação de Deus 
e essa nova criação feita no princípio, com a Palavra de Deus 
é feita novamente, por esse mesmo Verbo, por essa mesma Palavra 
no ventre de Maria.
Hoje nós contemplamos o nascimento de uma nova humanidade, 
o nascimento dos filhos e filhas de Deus que não nasceram da 
carne, mas nasceram no Espírito, nasceram de Cristo Jesus, Nosso 
Senhor no ventre de Maria.
Com Maria, aquela que deu seu “sim” para o início de uma nova 
humanidade, nós queremos com ela iniciar uma nova etapa da 
nossa vida, queremos iniciar mais um ano da nossa existência dando 
o nosso “sim” a Deus, pedindo a bênção, a graça e a luz de Deus, 
mas suplicando que, por todos os dias deste ano que está se 
inaugurando, estejam conosco a intercessão, a proteção, o exemplo 
e o modelo da Bem-aventurada sempre Virgem Maria.
É a ti, Mãe de Deus e Mãe Nossa, que nós consagramos, que nós 
entregamos, que colocamos debaixo de sua proteção o novo ano 
de nossas vidas. Que tu estejas conosco, que a tua graça esteja 
caminhando conosco por todos estes dias de mais um ano!
Deus abençoe você! (Pe. Roger Araujo)



Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus




Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus



Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que graça para nós começarmos o primeiro dia
ano contemplando este mistério da encarnação
que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, 
em 325 o Concílio de Nicéia, e em o de Constantinopla. Estes dois 
concílios trataram de responder a respeito desse mistério da 
consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro 
Deus e verdadeiro homem.
No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio:
“A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza 
humana. 
Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verda-
deiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, 
nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a 
relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a 
condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou 
na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio 
de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem 
diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. 
Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, 
a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.
No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a
Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como
Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada
que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma huma-
na; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus
Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma 
natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.
Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!

Ano A - Mateus 9,9-13

  S ÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA Festa – Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência. – A alegria da voca...