Sentenças Diversas, das Cartas de Santo Antão e sobre as Virtudes Teologais.

 


Se tiverdes fé como um grão
de mostarda,
direis a este monte:

`Muda-te daqui para ali',

e ele se mudará,
e nada vos será impossível.

 

Mt. 17,20

Se a vossa justiça não exceder
a dos escribas e a dos fariseus,
não entrareis no Reino dos Céus.

Ouvistes o que foi dito aos antigos:

`Não matarás'.

Eu, porém, vos digo:
todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão
será réu em juízo.

Ouvistes (também) o que foi dito:

`Não cometerás adultério'.

Eu, porém, vos digo:
todo aquele que olha
para uma mulher para cobiçá-la,
já cometeu adultério com ela
em seu coração.

Entrai pela porta estreita,
porque larga é a porta
e espaçoso o caminho
que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ele.

 

Mt. 5,1; 20-27; 7,13.

 

 

1 Quem se aproxima das lições das Sagradas Escrituras com o desejo de aprender, deve considerar primeiro qual é o assunto de que tratam, pois assim poderá alcançar mais facilmente a verdade e a profundidade de suas sentenças.

A matéria de todas as Sagradas Escrituras é a obra da restauração humana.

2 O fim a que deve aspirar cada cristão é, segundo o permitirem as próprias forças, observar exatamente a lei divina e os conselhos evangélicos, cuidando, neste sentido, excluídos os casos de extrema necessidade, em primeiro lugar de si próprios e em seguida do próximo, naqueles ministérios de caridade que, de acordo com os tempos e lugares, devem ser executados para buscar a maior glória de Deus e o próprio adiantamento espiritual, as quais duas coisas não devem afastar-se jamais da mente e do coração de cada um.

3 O maior mandamento do Cristianismo é o da caridade para com Deus:

"Amarás o Senhor teu Deus
com todo o teu coração,
com toda a tua alma,
com toda a tua mente,
e com todas as tuas forças".

 

Mc. 12,28

4 A Escritura nos manifesta o quanto devemos amar o nosso bem que é Deus. Não preceituou apenas que o amássemos, ou que amássemos apenas a Deus, mas que o amássemos o quanto pudéssemos.

A tua possibilidade será a tua medida; quanto mais o amares, mais o terás.

5 O mandamento da caridade divina é a nova aliança que o Senhor fêz, escrevendo sua lei em nossa mente e em nosso coração e fazendo de nós templos do Espírito Santo.

Cada cristão o explicará aos seus filhos, meditará nele quando sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao dormir e ao levantar, o ligará como um sinal às suas mãos, estará e se moverá entre seus olhos, e o escreverá no limiar e nas portas de sua casa.

6 Quem desejar cumprir verdadeiramente o mandamento da caridade divina deve, primeiramente, renunciando a si próprio, decidir-se a abandonar toda obra e ocupação que tenha caráter pessoal e dedicar-se exclusivamente àquelas ocupações que tenham razão de caridade.

7 A primeira e mais fundamental de todas as ocupações que têm razão de caridade é a oração.

A oração é uma elevação da mente a Deus, para lhe pedir a fé e a graça do Espírito Santo.

Por meio da fé aprendemos a desprezar as coisas visíveis enquanto visíveis. Sem fé é impossível crescer no mandamento do amor.

Antes de tudo o mais, deve-se orar incessantemente sem jamais desanimar, e dar graças a Deus por tudo aquilo que em nossa vida ocorreu e por tudo aquilo que há de ocorrer.

Quando alguém se entrega a Deus pela oração, Deus tem piedade dele e lhe concede o Espírito de conversão.

 

8 Depois da oração, deve-se renunciar a todas as demais obras, grandes e pequenas, que não tenham razão de caridade e, em todas as demais obras além da oração, deve-se pedir a Deus para não as fazer apenas por um amor virtual, mas também por um amor atual a Deus, de tal modo que, fazendo-as, isto contribua para elevar a memória até Deus, conforme diz o salmista:

"Cantai ao Senhor um cântico novo,
louvai o seu nome entre danças".

9 Diz o Senhor:

"Deixemos os mortos
sepultar os seus mortos".

É preciso, pois, que muito nos acautelemos da malícia e da sutilidade de Satanás, que não quer que o homem eleve o seu espírito e coração para o Senhor seu Deus. Ele nos espreita sem cessar, e gostaria, sob as aparências de uma recompensa ou vantagem, atrair para o seu lado o coração do homem e sufocar-lhe na memória a palavra e os preceitos do Senhor, e obcecar-lhe o coração por meio das solicitudes e cuidados mundanos e nele habitar.

Na verdade, acontece que habitamos na própria morada do ladrão.

Nela estamos presos pelas cadeias da morte.

Importa, pois, se nós compreendemos a nossa morte espiritual, que muito nos vigiemos a nós mesmos, a fim de não perdermos ou desviarmos do Senhor a nossa mente e o nosso coração sob a aparência de uma recompensa ou obra ou vantagem. Mas na santa caridade que é Deus, que todos removam todos os obstáculos e posterguem todos os cuidados para, com o melhor de suas forças, servir, amar, adorar e honrar de coração reto e mente pura o Senhor nosso Deus, pois é isso o que Ele deseja sem medida.

E que Deus abençoe a todos os que isto ensinarem, aprenderem, guardarem, recordarem e praticarem.

10 A obra pela qual o homem pode agradar a Deus é a lei e a obra da caridade.

Ela é a boa vontade, que perfeitissimamente agrada a Deus.

Cumpre-a aquele que incessantemente louva a Deus com pensamentos puros, que produzem a memória de Deus e a memória dos bens que Ele nos prometeu, e que em nós cumpriu por obras, e de sua grandeza. Da memória destas coisas se origina no homem aquele amor perpétuo que nos foi prescrito: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e com toda a tua força". Está também escrito: "Como a corça que suspira pelas águas da torrente, assim minha alma suspira por vós, ó Senhor".

Assim é necessário que cumpramos para com o Senhor esta obra e esta lei, para que em nós se cumpra aquela sentença do Apóstolo: "Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? Certamente nem as tribulações, nem as tristezas, nem a fome, nem a nudez, nem as angústias, nem a espada, nem o fogo".

11 Deve-se considerar que, se se age assim, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

12 Não se deve preocupar com a própria vida, nem pelo que haverá para se comer, ou pelo que haverá para se beber, e nem pelo corpo, pelo que haverá para se vestir. Deve-se preocupar, ao contrário, em primeiro lugar, em buscar o Reino de Deus. Todas as demais coisas serão acrescentadas, porque o trabalhador tem direito ao seu sustento.

13 Se pudéssemos ver os fios sutis com que a providência urde a tela de nossa vida, apoderar-se-iam de nós sentimentos de gratidão e amor para com nosso bom pai celestial e, deixando nas suas mãos todo o cuidado sobre o nosso futuro, contentar-nos-íamos de ser a pequena lançadeira que doce e calmamente desliza entre os fios da urdidura divina.

14 Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só, como é; mas, se morrer, produz abundante fruto.

Jo. 12,24

15 Pela glória de Deus, pela sua salvação, e pela dos próximos, deve- se estar verdadeiramente dispostos a padecer muito, ser burlado, desprezado e sofrer voluntariamente trabalhos e tribulações.

16 Deve-se, finalmente, agir de tal maneira que a principal ocupação seja sempre a oração; para que Deus habite permanentemente em nós pela caridade, devemos também construir em nós uma casa para a fé, para que se realizem as palavras de São Paulo:

"Já que ressuscitastes com Cristo,
procurai as coisas do alto,
pensai nas coisas do alto,
não vos interesseis pelas terrenas,
já que vós morrestes,
e vossa vida está escondida
com Cristo em Deus";

e também as de Cristo:

"A tua fé te salvou".

 

Lc. 8,4


Como lidar com as distrações durante a oração?

 


Antes de tudo, de nada serve exasperar-se contra si, impacientar-se ou mesmo afligir-se. Nem o corpo, nem a alma são responsáveis pelas divagações.

É preciso transformar a necessidade em virtude, aceitar pela vontade o estado de impotência, alegrar-se perante Deus por ser incapaz por si só de todo bom pensamento, refugiar-se na alma da Santíssima Virgem, e encarrega-la de amar nosso Senhor no seu lugar. Ao mesmo tempo, é necessário levar a luta contra as distrações, com denodo e sem se cansar.

Assim que percebemos que a inteligência ou a imaginação fugiram, é necessário reconduzi-las com mansidão, porém resolutamente. Devêssemos recomeçar cem vezes durante uma meditação, sem nos queixarmos nem lamentarmos.

Cada olhar voluntário para Deus é um ato de amor, conquistado a ponta de espada. Cada um deles produz na alma o seu fruto, como sejam suaves colóquios com Deus.

Devemos persuadir-nos bem: a única coisa que desagrada a Deus é a vontade afastando-se d’Ele voluntariamente.

A distração, não aceita voluntariamente, não afasta a alma de Deus.

Não é pelas ideias que agradamos a Deus, mas pela conformidade da nossa vontade ao seu beneplácito.

Diante de Deus só a vontade vale, em bem ou em mal. Quem não chega a compreender esse princípio, nunca terá paz.

Deus não pode pedir contas do que está em nós, porque é justo. Não quer pedir-nos conta, porque é bom e cheio de misericórdia.

Se fosse a vontade de Deus ser servido sem distrações, ter-nos-ia dado uma natureza semelhante à dos anjos, uma natureza espiritual livre das necessidades do corpo e liberta de toda impressão sensível. Não o fez, encontrando tanta glória em ser adorado e amado por uma criatura feita de barro, como pelos puros espíritos livres de distrações.

É necessário mesmo, por delicadeza, não se queixar a Nosso Senhor de ter distrações involuntárias no seu serviço.

Queixar-se, afligir-se, significaria um desejo de ser diferente, e uma certa vergonha de estar sujeito às enfermidades humanas, o que insinuaria que serviríamos mais perfeitamente a Deus e com mais glória para Ele, se fôssemos anjos.

Não digamos isto! Não o pensemos; não contristemos Jesus fazendo-lhe crer que não estamos contentes.

Sirvamo-lo onde Ele nos colocou, de boa vontade, da maneira que uma criatura de barro pode servi-lo, porém com o coração alegre e o rosto sereno.

Demos-lhe a satisfação de fazer desse verme da terra um serafim de amor, chamado para ocupar dignamente seu lugar entre os mais elevados espíritos.

Que alegria para uma alma humildemente confiante ver as misérias da sua natureza humana e poder dizer-se objeto de uma solicitude infinita por parte de Deus todo poderoso; saber que esse soberano Senhor fica tão comovido vendo nossos pobres esforços para afastar as distrações como escutando o arrebatador concerto dos anjos no céu!

8 passos simples para trilharmos um caminho de amizade com Deus através da oração



Santa Teresa D’Ávila nos ensina que a oração é um trato de amizade com Deus. Orar é construir uma relação de amizade com nosso Senhor Jesus Cristo.

E para que você possa crescer nesse caminho, queremos compartilhar 8 passos para crescer na vida de oração.

1- Prepare sua mente e coração. Suplique a Deus a presença do Espírito Santo.

2- Não busque usar palavras “bonitas”. Seja sincero e espontâneo.

3- Procure um local adequado para orar.

4- Concentração exige disciplina: treine para se concentrar.

5- A oração precisa ter qualidade, mesmo que seja curta.

6- Reze com frequência, de preferência tenha um horário fixo para rezar.

7- Busque o silêncio, tanto interior quanto exterior.

8- Ignore as distrações. (Coloque o telefone no modo offline para não receber mensagens enquanto reza).


 


5 razões por que os leigos deveriam saber rezar a Liturgia das Horas

 


As rotinas são difíceis de começar e geralmente mais complicadas de manter. Se você está enfrentando dificuldades na vida de oração ou buscando fazer algo a mais do que já faz, a Liturgia das Horas pode ser a resposta!

O que é a Liturgia das Horas?

É uma das formas mais antigas de oração na Igreja. Foi cultivada por padres do deserto e mais tarde desenvolvida por São Bento de Núrsia no século X.

Desde que a prática foi adotada, a Liturgia das Horas serviu como meio para encontrar a Cristo durante todo o dia.

Seguindo as palavras de São Paulo de “orar sem cessar” (1 Tes 5,17), a Igreja definiu que a Liturgia das Horas fosse dividida em cinco partes, ou horas de oração.

Estas horas incluem o Ofício de Leitura, Oração da manhã (Laudes), Hora Terça, Hora Sexta, Hora Nona, Oração da tarde (Vésperas) e Oração da noite (Completas). No entanto, para os leigos, é suficiente e honroso rezar as Laudes e as Completas.

Hoje pode-se encontrar tanto o breviário físico nas livrarias como também pela internet, em versão completa ou resumida, além de aplicativos para celulares.

Aqui estão cinco razões pelas quais todo leigo devia considerar aderir a prática:

1. A Igreja incentiva

No documento do Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, a Igreja declarou que “anima os leigos… a recitar o ofício divino, seja com sacerdotes, entre eles ou inclusive de forma individual” (IV.100). O Catecismo diz que a Liturgia das Horas é verdadeiramente a voz da Esposa dirigida ao seu Esposo. É a mesma oração que Cristo, junto ao seu Corpo, dirige ao Pai” (1174).

2. Proporciona uma base para a sua vida de oração

Um dos obstáculos comuns para cultivar a vida de oração é a ausência de uma rotina. A Liturgia das Horas é perfeita porque te proporciona um horário de oração para o dia. As Laudes e as Completas oferecem um meio constante para santificar o dia, louvando a Deus pela manhã e agradecendo à noite.

3. Mergulha sua oração nas Escrituras

São Jerônimo disse uma vez: “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”. Nelas, encontramos com Aquele que é o Verbo feito carne. Toda a vida cristã está orientada para um encontro com Jesus e a união com Ele. A Liturgia das Horas mostra constantemente parte das Escrituras e reflete sobre elas.

4. Segue o Ano Litúrgico

Existem muitas celebrações no Calendário Litúrgico e a Liturgia das Horas nos guia em todas elas. Cada uma das estações da Igreja foca intencionalmente em momentos específicos da vida de Cristo e na história da salvação. Ela nos proporciona um meio para contemplarmos esses tempos próprios em oração.

5. É ótimo para viagens

Sempre que viajamos, nossos horários de oração ficam desordenados. A Liturgia das Horas ajuda a manter a vida unida com a oração a todo momento. Seu formato permite à pessoa permanecer em oração em qualquer ambiente.

Você é leigo e reza a Liturgia das Horas? Compartilhe conosco a sua experiência!

7 orações que todo católico deveria saber (além do Pai Nosso e Ave Maria)

 


“Um católico sem oração é como um soldado sem armas”, já dizia São Josemaría Escrivá. Então como você está alimentando a sua vida espiritual diariamente?

Nesta semana, Ryan DellaCrosse, Ryan Scheel e o Pe. Rich Pagano, do podcast “The Catholic Talk Show” falaram sobre sete orações que todo católico deveria saber, além do Pai Nosso e Ave Maria.

7 orações que todo católico deveria saber (além do Pai Nosso e Ave Maria)

1) Liturgia das Horas

Estas horas incluem o Ofício de Leitura, Oração da manhã (Laudes), Hora Terça, Hora Sexta, Hora Nona, Oração da tarde (Vésperas) e Oração da noite (Completas). No entanto, para os leigos, é suficiente e honroso rezar as Laudes e as Completas.

Hoje pode-se encontrar tanto o breviário físico nas livrarias como também pela internet, em versão completa ou resumida, além de aplicativos para celulares.

2) Credo Niceno-Constantinopolitano

Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, / de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, consubstancial ao Pai. / Por ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do Pai. / E de novo há de vir, / em sua glória, / para julgar os vivos e os mortos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no Espírito Santo, / Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batismo para remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mortos / e a vida do mundo que há de vir. Amém.

3) Credo (Símbolo dos Apóstolos)

Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

4) Lembrai-vos (Virgem Maria)

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob os pesos dos meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas. Ó Mãe do Filho de Deus humanado, dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos peço. Amém.

5) Terço da Divina Misericórdia

Início:
Pai-Nosso, Ave-Maria, Creio

Nas contas grandes:
Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação de nossos pecados e os do mundo inteiro.

Nas contas pequenas:
Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

Ao final de cada mistério rezar:
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós.

Ao final do terço, rezar três vezes:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.

6) Ato de Contrição

Meu Deus, eu me arrependo, de todo coração de todos meus pecados e os detesto, porque pecando não só mereci as penas que justamente estabelecestes, mas principalmente porque Vos ofendi a Vós, sumo bem e digno de ser amado sobre todas as coisas. Por isso, proponho firmemente, com a ajuda da vossa graça, não mais pecar e fugir das ocasiões próximas de pecar. Amém.

7) Oração de São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Preciosíssimo Sangue de Cristo

 

O mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. São João Batista apresentou Jesus ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação.


São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).



CONHEÇA AS ORIGENS DESSA DEVOÇÃO

Existe uma devoção particular na Igreja Católica que está ligada à Paixão de Jesus Cristo: é a honra do seu Precioso Sangue.

Trata-se de um reconhecimento do sacrifício de Jesus e como ele derramou seu sangue para a salvação da humanidade. Além disso, este sangue é feito presente através do dom da Eucaristia e é algo que podemos comungar na Missa, juntamente com o corpo de Cristo, sob a aparência de pão e vinho.

Com o passar do tempo, a Igreja desenvolveu várias festas do Preciosíssimo Sangue, mas foi no século 19 que uma festa universal foi estabelecida.

Durante a Primeira Guerra Italiana pela Independência, em 1849, o Papa Pio IX foi para o exílio em Gaeta. Ele estava com Don Giovanni Merlini, terceiro superior geral dos Padres do Preciosíssimo Sangue.

Enquanto a guerra ainda estava em fúria, Merlini sugeriu ao Papa Pio IX que ele criasse uma festa universal ao Precioso Sangue para implorar a ajuda celestial de Deus para acabar com a guerra e trazer a paz a Roma. Pio IX, posteriormente, fez uma declaração em 30 de junho de 1849 que ele pretendia criar uma festa em honra ao Precioso Sangue. A guerra logo terminou e ele retornou a Roma pouco depois.

Em 10 de agosto, ele oficializou e proclamou que o primeiro domingo de julho seria dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo. Mais tarde, o Papa Pio X atribuiu o dia 1º de julho como a data fixa dessa celebração.

Depois do Vaticano II, a festa foi removida do calendário, mas uma Missa votiva em honra do Preciosíssimo Sangue foi estabelecida e pode ser celebrada no mês de julho (assim como na maioria dos outros meses do ano).

Por estas razões, todo o mês de julho é tradicionalmente dedicado ao Preciosíssimo Sangue, e os católicos são encorajados a meditar sobre o profundo sacrifício de Jesus e o derramamento de seu sangue para a humanidade.

Abaixo está a oração de abertura da Missa votiva, bem como uma oração adicional que pode ser usada como meditação pessoal ou oração durante o mês de julho:

“Ó Deus, que pelo Precioso Sangue do teu Filho Unigênito redimiu o mundo inteiro, preserva em nós o trabalho de tua misericórdia, para que, sempre honrando o mistério da nossa salvação, possamos merecer obter bons frutos. Por nosso senhor Jesus Cristo, teu filho, que vive e reina na unidade do Espírito Santo, um só Deus, para todo o sempre. Amém.”

“Admitidos à vossa mesa sagrada, ó Senhor, com alegria extraímos água das fontes do Salvador: que o vosso sangue, pedimos a vós, torne dentro de nós uma fonte de água que salta para a vida eterna. Amém.”

Na Diocese de Bom Jesus do Gurgueia esta devoção é vivenciada através das adorações semanais ao Santissimo Sacramento, nas Santas Missas e orações !  

 

ORAÇÃO DA CONSAGRAÇÃO AO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS:

 

Senhor Jesus Cristo, em Vosso nome e com o poder de Vosso Sangue Precioso, selamos cada pessoa, fato ou acontecimento por meio dos quais o inimigo nos queira prejudicar.

Com o poder do Sangue de Jesus, selamos toda potência destruidora no ar, na terra, na água, no fogo, abaixo da terra, nos abismos do inferno e no mundo do qual hoje nos moveremos.

Com o poder do Sangue de Jesus, rompemos toda interferência e ação do maligno. Nós Vos pedimos, Senhor, que envieis ao nosso lar e local de trabalho a Santíssima Virgem Maria acompanhada de São Miguel, São Gabriel, São Rafael e toda sua corte de santos anjos.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos nossa casa, todos os que nela habitam (nomear cada um), as pessoas que o Senhor a ela enviará, assim como todos os alimentos e os bens que generosamente nos concede para nosso sustento.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos terras, portas, janelas, objetos, paredes e pisos, o ar que respiramos, e na fé colocamos um círculo de Seu Sangue ao redor de toda nossa família.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos os lugares onde vamos estar, neste dia, e as pessoas, empresas e instituições com quem vamos tratar.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos nosso trabalho material e espiritual, os negócios de nossa família, os veículos, estradas, ares, ruas e qualquer meio de transporte que haveremos de utilizar.

Com Vosso Preciosíssimo Sangue, lacramos atos, mentes e corações de nossa Pátria, a fim de que Vossa paz e Vosso Coração nela reinem.

Nós Vos agradecemos, Senhor, pelo Vosso Preciosíssimo Sangue, pelo qual nós fomos salvos e preservados de todo mal. Amém.

Ano A - Mateus 9,9-13

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