Uma devoção em honra aos mistérios da infância de Cristo



Esta devoção, ainda pouco conhecida e difundida no Brasil, é constituída de súplicas ao Menino Jesus a fim de que, pelos doze principais mistérios de sua divina infância, Ele se digne abençoar-nos e ter piedade de nós.

A seguinte devoção, dedicada aos mistérios da infância de Nosso Senhor, teve origem na França e costuma ser atribuída ao cardeal Pierre de Bérulle (1575-1629), fervoroso defensor do culto ao Menino Jesus. A pedido de inúmeros bispos e pastores, o Papa Pio VII enriqueceu-a de muitas indulgências, a fim de estimular os fiéis a imitarem as amáveis virtudes do divino Infante.
A devoção, da qual oferecemos abaixo uma nova tradução ao português, divide-se em três partes, cada uma das quais consta de quatro invocações ao Menino Jesus, fazendo-nos percorrer os doze principais mistérios da infância de Cristo. Queira Deus que este piedoso exercício, talvez pouco conhecido, ganhe mais espaço entre as devoções do povo fiel, sobretudo na época do Natal.



V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Apressai-vos, Senhor, em me socorrer.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Pai-Nosso.

1.º A Encarnação. Ó dulcíssimo Menino Jesus, que para nossa salvação descestes do seio do Pai e, concebido do Espírito Santo, não rejeitastes o útero da Virgem; e, sendo Verbo encarnado, tomastes a forma de servo, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

2.º A visitação. Ó dulcíssimo Menino Jesus, que por meio de vossa Virgem Mãe, ao visitardes Isabel, enchestes a São João Batista, vosso Precursor, do Espírito Santo e o santificastes ainda no ventre materno, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

3.º À espera do parto. Ó dulcíssimo Menino Jesus, encerrado no útero por nove meses, aguardado ansiosamente pela Virgem Maria e por São José, oferecido a Deus Pai pela salvação do mundo, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

4.º O nascimento. Ó dulcíssimo Menino Jesus, nascido da Virgem Maria em Belém, envolto em faixas, posto numa manjedoura, anunciado pelos anjos, visitado pelos pastores, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

A vós, Jesus, que nascestes da Virgem,
seja dada toda glória,
com o Pai e o Espírito criador.
Pelos séculos dos séculos. Amém.
V. Cristo está entre nós.
R. Vinde, adoremos.

Pai-Nosso.

5.º A circuncisão. Ó dulcíssimo Menino Jesus, circuncidado aos oito dias, chamado com o glorioso nome de Jesus e profetizado, no nome e também no sangue, como o nosso Salvador, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

6.º A Epifania. Ó dulcíssimo Menino Jesus, manifestado aos reis magos pela Estrela guia, adorado no colo da Mãe, presenteado com os dons místicos do ouro, do incenso e da mirra, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

7.º Apresentação no Templo. Ó dulcíssimo Menino Jesus, apresentado no Templo pela Virgem Mãe, abraçado por Simeão, revelado a Israel pela profetisa Ana, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

8.º Fuga para o Egito. Ó dulcíssimo Menino Jesus, perseguido pelo iníquo Herodes, deportado para o Egito com vossa Mãe por São José, salvo de uma morte cruel e glorificado pelo testemunho dos Santos Inocentes, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

A vós, Jesus, que nascestes da Virgem,
seja dada toda glória,
com o Pai e o Espírito criador.
Pelos séculos dos séculos. Amém.
V. Cristo está entre nós.
R. Vinde, adoremos.

Pai-Nosso.

9.º Permanência no Egito. Ó dulcíssimo Menino Jesus, que permanecestes no Egito com Maria Santíssima e o patriarca São José até a morte de Herodes, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

10.º De volta a Israel. Ó dulcíssimo Menino Jesus, que voltastes do Egito para a terra de Israel com vossos pais suportando muitas dificuldades no caminho e entrastes na cidade de Nazaré, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

11.º A vida em Nazaré. Ó dulcíssimo Menino Jesus, que vivestes santamente na bendita casa de Nazaré, obediente a vossos pais, cansado pela pobreza e muitos trabalhos, mas confortado por vosso crescimento em sabedoria, idade e graça, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

12.º O reencontro no Templo. Ó dulcíssimo Menino Jesus, conduzido a Jerusalém aos doze anos, procurado com dor por vossos pais e, três dias depois, encontrado com alegria entre os doutores da Lei, tende piedade de nós!
R. Tende piedade de nós, Menino Jesus, tende piedade de nós!

Ave, Maria.

A vós, Jesus, que nascestes da Virgem,
seja dada toda glória,
com o Pai e o Espírito criador.
Pelos séculos dos séculos. Amém.


No Natal e sua Oitava (ao longo do ano, omite-se o Aleluia):
V. O Verbo se fez carne, aleluia
R. E habitou entre nós, aleluia.

Na Epifania e sua Oitava:
V. Cristo se manifestou a nós, aleluia
R.Vinde, adoremos, aleluia.

Oremos. 
Ó Deus eterno e todo-poderoso, Senhor do céu e da terra, que vos revelais aos pequeninos, concedei-nos, nós vo-lo pedimos, que, venerando com dignas homenagens os santos mistérios da infância do vosso Filho Jesus e imitando-os como convém, possamos chegar ao Reino dos Céus prometido aos pequeninos. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso.

R. Amém.

Fonte: - Site Padre Paulo Ricardo.

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa: um sinal em meio ao caos

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa: um sinal em meio ao caos




Celebramos em 27 de novembro a Virgem da Medalha Milagrosa, cujas aparições aconteceram durante uma enorme crise social, política e econômica

França, início do século XIX. De família humilde, nasce Catherine Labouré, que, ainda jovem, ingressa ao noviciado das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo e, ainda noviça, recebe a graça de ver Nossa Senhora em pessoa.
Maria lhe aparece na capela das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris. A capital da França está em crise: a Revolução de Julho de 1830 destituiu o monarca e deixado os trabalhadores à deriva: desempregados e furiosos, eles organizaram mais de 4.000 barricadas pela cidade.
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Mãe de Deus apareceria diversas vezes em visões para a jovem noviça, que hoje conhecemos como Santa Catarina Labouréou, pelo seu nome em francês, como Santa Catherine Labouré.
Na segunda aparição, Nossa Senhora está de pé sobre uma esfera branca, esmagando com os pés uma serpente e trazendo nas mãos um globo. De repente, o globo desaparece e os braços da Virgem se estendem para a terra. Seus dedos estão ornados com anéis de pedrarias, dos quais são emanados raios de luz que simbolizam as graças concedidas a quem as pede. Porém, algumas pedras não emitem luminosidade alguma: elas simbolizam as pessoas que nunca pedem nenhuma graça a Maria. Em seguida, em formato oval, aparece esta inscrição:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
Na visão de Catarina, o verso dessa imagem mostra a letra “M”, encimada por uma cruz, e, abaixo, dois corações. O Sagrado Coração de Jesus está coroado por espinhos; o  está cercado por rosas e trespassado por uma espada.
Imaculado Coração de Maria
TAJEMNICA MARYI
Xhienne/Wikimedia Commons | CC BY-SA 3.0
Uma voz lhe afirma claramente:
“Manda cunhar uma medalha a partir deste modelo”.
Além de instruir Catarina a fazer a medalha baseada nessa visão, Nossa Senhora promete abundantes graças para todos os que a usarem com confiança.

A medalha e os relatos de milagres

Dois anos depois, uma avassaladora epidemia de cólera arranca a vida de mais de 20.000 parisienses. As religiosas distribuem a medalha milagrosa e logo começam a ser relatados vários casos de cura, bem como de proteção contra a doença.
A medalha de Maria também desata alguns eventos surpreendentes. Oito anos após a epidemia, a capela da Rue du Bac volta a receber aparições. A Mãe de Deus aparece desta vez para a irmã Justine Busqueyburu, confiando a ela o Escapulário Verde do seu Coração Imaculado para a conversão dos pecadores, em particular dos que não têm fé.
Dois anos depois, o banqueiro francês Alphonse Ratisbonne, ateu, membro de uma destacada família judaica, se converte ao catolicismo. Ratisbonne tinha visitado Roma usando por brincadeira a medalha milagrosa. Ao visitar a famosa igreja barroca de Sant’Andrea delle Fratte, em 20 de janeiro de 1842, ele próprio recebe uma aparição de Maria. Ratisbonne se converte ali mesmo.
“Ele não conseguia explicar como tinha passado do lado direito da igreja para o altar lateral oposto… Tudo o que ele sabia era que, de repente, estava de joelhos perto daquele altar. No começo, conseguiu ver claramente a Rainha do Céu em todo o esplendor da sua beleza imaculada, mas não pôde continuar olhando para o brilho daquela luz. Por três vezes tentou olhar novamente para a Mãe de Misericórdia; por três vezes foi incapaz de levantar os olhos para além das mãos abençoadas de Maria, da qual fluía, em raios luminosos, uma torrente de graças”.
Alphonse Ratisbonne se torna sacerdote jesuíta e, mais tarde, funda a congregação religiosa dos Padres e Irmãs de Sião em Jerusalém.
Catarina Labouré morre mais de trinta anos depois, ainda como freira de clausura no convento de Paris. Seus restos mortais são encontrados incorruptos em 1933 e ela é canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.
Nossa Senhora das Graças, a Virgem da Medalha Milagrosa, é celebrada pela Igreja no dia 27 de novembro. 
Fonte: Aletéia

Como ler e entender a Bíblia?



O estudo da Sagrada Escritura é uma parte do estudo da Teologia. A Sagrada Escritura só existe, assim como a teologia só existe, na Igreja. A Igreja é a Coluna e Fundamento da Verdade.

O texto inspirado da Sagrada Escritura, que é parte da Tradição que vive na Igreja e só pode ser entendida dentro dela, não tem “vida própria”. Não é uma coisa que se estude independentemente da teologia, a não ser que se queira fazer estudos, sei lá, de sintaxe grega ou hebraica. É por isso que a crítica textual foi condenada repetidamente: ela abandona os princípios básicos de uma exegese ortodoxa, que é forçosamente baseada não na Escritura como algo isolado, mas na percepção da Escritura como parte do Depósito da Fé.

Esta parte do Depósito foi sujeita a perversões inomináveis nos últimos 500 anos, tanto em termos de traduções errôneas quanto em termos de exegeses delirantes, sempre a partir da ideia de jerico de se tomar a Escritura como algo que pode ser abordado independentemente do resto do Depósito da Fé.

Há, assim, hoje (na verdade, nos últimos 500 anos) um perigo constante de erros graves e que colocam a alma em risco ao tomar a Escritura como objeto de estudo isolado. É por isso que eu digo que não se deve sequer abrir a Escritura para estudo (em contraposição à oração dos salmos, meditação da Paixão, etc.) sem que se tenha um excelente domínio da teologia. O domínio da teologia é o domínio do contexto fora do qual é simplesmente impossível ter bom proveito do estudo da Sagrada Escritura. Fora deste contexto teológico, sem este conhecimento, o que se tem é o que S. Pedro alertou: os ignorantes e indoutos (não malvados!, apenas ignorantes e indoutos…) distorcem as escrituras para sua própria perdição.

Para que haja um estudo proveitoso da Sagrada Escritura, assim, é necessário que se tenha no mínimo um nível de conhecimento teológico que ultrapassa em muito o simples catecismo. Sem isso, é criança brincando com um lança-chamas: não pode dar certo.

Além deste pressuposto básico, é necessário que se use a Escritura verdadeira, não versões falsificadas e tendenciosas. E é por isso que a Igreja manda **queimar** as traduções protestantes. Tendo-se o contexto, o “locus” que é a íntegra do Depósito da Fé, é necessário que se tenha a Escritura verdadeira. E é por isso e para isso que a Igreja nos dá a Vulgata. Os textos gregos e hebraicos – bem como boas traduções da Vulgata – podem servir para acrescentar algo, iluminar uma dificuldade, mas o padrão é a Vulgata.

Resumindo, assim, o que eu tenho a dizer é o seguinte: que se estude teologia, muita teologia, estudando-se primeiro o catecismo, depois as definições magisteriais (no Denzinger, por exemplo), depois lendo os Doutores da Igreja, para aí passar aos Padres da Igreja, e só então abordar o mais difícil, que é a Sagrada Escritura. E na hora de abordar a Sagrada Escritura, que se use a Vulgata primordialmente, com os textos da septuaginta e massoréticos servindo como “cereja de bolo”. Se não se sabe latim, grego e hebraico, que se use apenas e tão-somente uma boa tradução da Vulgata para uma língua que se domine, e que não se tente “estudar a Bíblia”. Não se vai estar estudando a Bíblia ao ler traduções; se vai estar estudando traduções. E ao ler traduções condenadas pela Igreja, se vai estar envenenando a alma. É bom ler uma tradução **recomendada pela Igreja** como meditação, como oração, etc., mas para fazer exegese, é preciso antes de qualquer outra coisa, antes de abrir a Bíblia, uma excelente formação teológica e um profundo conhecimento da Tradição, e, em seguida, um texto que se saiba *ser a Bíblia*. E este texto é a Vulgata. Não é o texto de manuscritos gregos e hebraicos tardios, nem muito menos traduções vernáculas destes textos tardios, nem muito menos, evidentemente, traduções errôneas e tendenciosas destes textos feitas por hereges. Estas devem ser **queimadas**, não estudadas. São como pratos de veneno disfarçado de comida cheirosa.

Ficar lendo “bíblia” de hereges e se metendo a “biblista”, mais ainda, sem ter tido uma excelente preparação teológica anterior, é como uma criança brincar com um lança-chamas no pátio do posto de gasolina: se não der uma caca muito grande, é porque o anjo da guarda ficou de cabelo branco tentando evitar.

A quem já se habituou a confundir qualquer “bíblia” com a Sagrada Escritura, é melhor afastar de vez o perigo, fazendo uma enorme fogueira com esses horrores todos e assando uma leitoa gorda por cima.

***
Prof. Carlos Ramalhete
http://www.pr.gonet.biz

Ensinamentos da Bíblia para as horas difíceis



- “Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu!” (Is 43,2).
- “Uns põem sua força nos carros, outros nos cavalos: Nós, porem, a temos em o Nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 19,8).
- “E toda essa multidão saberá que não é com espada e nem com lança que o Senhor triunfa, pois a batalha é do Senhor, e ele vos entregou em nossas mãos” (1Sm 17,47).
- “Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” (Jr 17,7).
- “Não temais, não vos deixais atemorizar diante dessa multidão imensa, pois a guerra não compete a vós, mas a Deus” (2Cr 20,15).
- “Não vos assusteis, não tenhais medo deles. O Senhor, vosso Deus, que marcha diante de vós, combaterá Ele mesmo em vosso lugar, como sempre o fez sob os vossos olhos” (Dt 1,29-30).
- “Não os temas, lembra-te do que fez o Senhor, teu Deus, ao Faraó e a todos os egípcios” (Dt 7,18).
- “Coragem! e sede forte. Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso Deus que marcha a vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará” (Dt 31,6).
- “Porque a vitória no combate não depende do número, mas da força que desce do céu… O próprio Deus os esmagará aos nossos olhos. Não os temais” (1Mac 3,19-22).
- “Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1Jo 5,4).

Prof. Felipe Aquino

Qual o significado do nome de Maria?


Você precisa refletir sobre essas belíssimas palavras…

Este nome não nos pode ser indiferente; antes, deve interessar-nos muito saber conhecê-lo e pronunciá-lo com fervor, é muito importante que nos detenhamos a examinar e a meditar o que ele significa.

É difícil acertar com o seu verdadeiro significado… Dão-se mais de trezentas significações a este, e foi providência do Senhor que significasse muitas coisas e todas muito boas, para dar-nos a entender que na Santíssima Virgem se reúnem todas as excelências e perfeições.

De todas estas interpretações vejamos as mais prováveis que são as seguintes:

1. Formosa

Melhor ainda, “a Formosura”, por excelência, como se quisesse significar que só Ela é “a formosura” e que qualquer outra fora d’Ela não existe senão na aparência. “Formosa como a lua”, canta a Igreja; porque assim como nas trevas da noite, onde tudo é feio e triste, aparece a luz plácida, serena e bela da lua, realçando no meio das trevas e brilhando mais que todas as estrelas juntas… assim Maria destaca-se e eleva-se pela sua branca formosura e comunica-se a todos os que d’Ela querem participar.

A Igreja também a chama – Tota Pulchra. – Toda formosa, pois que n’Ela não há nada que não seja formoso: seu corpo, sua alma, seus olhos, seus sentidos, seu coração… tudo; porque n’Ela não há nada feio, ou manchado com alguma coisa que embace essa formosura.

Pensa no que o mundo chama formoso e se convencerá de que ele nem sequer conhece a sombra do que é a formosura. A uma beleza corporal, muitas vezes artificial, sempre aparente, pois apenas é uma coisa exterior e nada mais… a isso chama ele formosura…; com essa formosura se contenta…, não conhece outra. Ao contrário, olha para Maria e a todo o momento a verás formosíssima, e Toda Formosa. Que bem quadra este nome a Maria, se o significado de Maria é este!

2. Senhora e Dominadora

E é de fato verdadeira Senhora. Nunca foi escrava, nem serva do demônio… do pecado… das paixões. Escrava só do Senhor…, e por isso mesmo Rainha e Senhora. O povo cristão assim o entende e por isso a chama Nossa Senhora. Recorda como é Senhora dos anjos, que se gloriam de poder servi-la. Eles foram muitas vezes seus servos; na Anunciação, na fugida para o Egito, na gruta de Belém… no mesmo Calvário, anjos de dor foram a ampará-la e a chorar com Ela. E dominadora dos próprios demônios que a temem só com ouvir-lhe o nome. A este santo nome ajoelham os céus, a terra e os abismos. O demônio teme a Senhora, pois assim quis Deus para que a humilhação fosse maior e mais admirável o triunfo de Maria.

E, finalmente, Senhora dos homens. Mas senhora e Rainha de Misericórdia. Jesus dividiu o seu reino e o seu cetro, e ficando Ele com a justiça, como Juiz que é dos vivos e dos mortos, deu a Maria o poder da Misericórdia. A sua grandeza e majestade não ofende, não aterra; pelo contrário, arrasta amorosamente com mais força, ainda que seja muito suave esta força.

Vê, não sentes em ti isto mesmo ao prostrar-te aos pés desta grande Senhora? Por isso é Rainha e Senhora dos corações. Ninguém senão Ela, tem direito a mandar nos nossos corações.

Examina se é Ela que realmente manda e dispõe, como Senhora absoluta do teu coração.

3. Mar e Estrela do Mar

O mar é o conjunto de todas as águas da terra e do céu que caem por meio da chuva e que sempre nele vão parar.

Assim, diz o Gênesis que ao criar Deus a terra, reuniu todas as águas num ponto e chamou-as – Mar. Do mesmo modo sucedeu com Maria; todas as graças que o Senhor repartiu pelas criaturas, anjos e homens, reuniu-as em Maria – e por isso, é o mar de graças onde se encontram todas as que queiramos buscar.

Do mar se levantam as nuvens, que logo caem em forma de chuva a fecundar a terra; assim derrama Maria do Oceano imenso das suas graças, as que fazem frutificar as almas em virtude e santidade. As águas do mar são amargas, como foram amargas as penas do Coração de Maria, verdadeiro mar de amarguras, pois sofreu mais do que todos os corações juntos, na Paixão de seu Filho. Por isso, se chama a Rainha dos Mártires, por ter padecido mais que todos eles.

Finalmente, é Estrela do Mar, porque é a luz que guia os navegantes no mar deste mundo…, do mar das paixões, que é no que mais facilmente podemos naufragar…, no qual navegamos geralmente às escuras, pois que a todo o instante nos cega o amor próprio e a força da paixão dominante. Ela é a Estrela que está no alto para que sempre a possamos ver…, para que a possamos encontrar sempre. Por isso a colocou Deus tão alto, para que de qualquer parte a vejamos; mas também por isso mesmo, não a podemos ver sem levantarmos os olhos…, quanto mais os abaixares para veres as coisas da terra menos a encontrarás.

Vês como fica bem à Virgem Santíssima este nome em todos e em cada um destes significados! Compreendes, portanto, porque só a Ela convém nome tão excelso? Trabalha por imitá-la e tê-la sempre presente, repetindo sem cessar este dulcíssimo nome, como se gosta de repetir o nome duma pessoa que se ama.

Retirado do livro: “Pontos de Meditação Sobre a Vida e Virtudes de Nossa Senhora”. D. Ildefonso Rodriguez Villar, 1954.


7 características do Santíssimo Nome de Maria explicadas pelos santos


Por volta do século XVIII adeptos da heresia jansenista começaram a divulgar que a devoção a Santa Maria era uma superstição. Santo Alfonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja, saiu em defesa da Mãe de Deus e publicou seu famoso livro “As Glórias de Maria”.

Podemos encontrar no capítulo 10 desta obra, as 7 importantes características do Santo Nome de Maria que todo cristão sempre deve recordar:

1. Nome Santo
“O nome augusto de Maria, como Mãe de Deus, não era coisa terrena, ou inventada pela mente humana ou escolhido por decisão humana, como acontece com todos os outros nomes que são impostos. Este nome foi escolhido pelo céu e imposto pelo arranjo divino, como evidenciou São Jerônimo, Santo Epifânio e outros santos”.

2. Cheio de doçura

“O glorioso Santo Antônio de Pádua, reconheceu no nome de Maria, a mesma doçura de São Bernardo, no nome de Jesus. “O nome de Jesus “, disse ele,” o nome de Maria “, disse um deles,” é alegria para o coração, mel para a boca, melodia para o ouvido de seus devotos”. “Lemos no Cântico dos Cânticos, na Assunção de Maria, os anjos perguntaram três vezes: “Quem é esta que vem subindo do deserto, como colunas de fumaça? Quem é esta que está a aurora? Quem é esta que sobe do deserto repleto de alegria? “(Ct 3, 6, 6, 9, 8, 5).

“Pergunta Ricardo de São Lourenço: “Por que os anjos muitas vezes perguntam o nome da rainha?” E ele respondeu: “. Foi tão doce ouvir os anjos pronunciarem o nome de Maria, por isso fazem tantas perguntas. Mas eu quero falar sobre a doçura saudável, conforto, amor, alegria, confiança e força que o nome de Maria concede àqueles que o pronunciam com fervor”.

3. Alegra e inspira amor

“Vosso nome, ó Mãe de Deus, como disse São Metódio, é cheio de graça e de bênçãos divinas. Assim, como São Boaventura disse, não podemos pronunciar o vosso nome sem receber alguma graça ao invocá-lo devotamente. Quando um coração está endurecido, como vós podeis imaginar, e todos desesperados, se ele vos chama, ó Virgem cheia de graça, tal é o poder do vosso nome, que suavizarás a sua dureza, porque sois quem conforta os pecadores com a esperança do perdão e da graça.

4. Concede fortaleza

“Pelo contrário, os demônios, diz Tomás de Kempis, tanto receiam a Rainha do Céu que, como do fogo, fogem de quem invoca o seu grande nome. A própria Virgem revelou o seguinte a Santa Brígida: “Por mais endurecido que seja um pecador, imediatamente o abandona o demônio, se invoca meu nome com o propósito de emendar-se”.
Isso mesmo lhe confirmou em outra revelação, dizendo: “Todos os demônios têm um grande pavor e respeito diante de meu nome. Assim que o ouvem invocar, largam de pronto a alma presa em suas garras. E se os anjos maus se afastam dos pecadores que chamam pelo nome de Maria, os anjos bons tanto mais se chegam às almas justas que o pronunciam com devoção”.

5. Promessas de Jesus

“São maravilhosas as graças prometidas por Jesus Cristo aos devotos do nome de Maria, como disse Santa Brígida, conversando com a sua Mãe, revelando que todo aquele que invocar o nome de Maria com confiança e propósito de emenda, receberá estas graças especiais: dor de coração pelos pecados e a fortaleza para alcançar a perfeição e, finalmente, a glória do paraíso. Porque, disse o Divino Salvador, são para mim tão doces e queridas suas palavras, ó Maria, que não posso negar-vos o que pedistes.
“Em suma, Santo Efrem também disse que o nome de Maria é a chave que abre a porta do céu para aquele que o invoca com devoção”.

6. Oferece consolo

“São Camilo de Lellis, recomendou fortemente aos seus religiosos que ajudassem os moribundos com frequência a invocar os nomes de Jesus e de Maria como ele mesmo sempre fazia; e praticou consigo mesmo na hora da morte, como relata em sua biografia, repetindo os nomes tão docemente, tão amados por ele, de Jesus e de Maria, que inflamavam de amor a todos os que o ouviam”.
“E finalmente, com os olhos fixos naquelas amadas imagens, com os braços abertos, pronunciando pela última vez os doces nomes de Jesus e de Maria, o santo expirou com uma paz celestial”.

7. O que dizia São Boaventura

“Roguemos, pois, meu amado e devoto leitor; roguemos a Deus que nos conceda a graça de ser o nome de Maria a última palavra que a nossa língua pronuncie, como Lhe pediu São Germano”.
“Para a glória do vosso nome, ó bendita Senhora, quando minha alma sair deste mundo, vinde-lhe ao encontro e tomai-a em vossos braços. Dignai-vos vir consolá-la com a vossa doce presença; sede o seu caminho para o Céu, alcançai-lhe a graça do perdão e o eterno descanso. Ó Maria, advogada nossa, a vós pertence defender os vossos devotos, e tomar a vosso encargo a sua causa diante do tribunal de Jesus Cristo”.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/7-caracteristicas-do-santissimo-nome-de-maria-explicadas-pelos-santos-37855

O Santíssimo Nome de Maria



A Igreja celebra no dia 12 de setembro a festa do Santo Nome de Maria. Deus sempre valorizou o nome das pessoas e esses nomes estiveram ligados à identidade e à missão delas.
Por exemplo, Jesus mudou o nome de Simão (cf. Jo 1, 40s) para Képhas (= Pedro); uma vez que ele seria a Pedra sobre a qual o Senhor edificaria a sua Igreja (cf. Mt 16,18). “Tu és Pedro…”
A Sagrada Escritura sempre valorizou muito o nome dos personagens do povo de Deus. O próprio nome de Jesus indica a sua identidade: “Deus salva”, e o Anjo Gabriel o deu a Maria e a José: “Ela dará à luz um filho a quem tú porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1, 21).
Certamente, devemos concluir que o santo nome da Virgem Maria não foi dado sem um sentido, e certamente foi dado por Deus por inspiração a seus pais Santa Ana e São Joaquim. E o Arcanjo Gabriel pronuncia o seu nome: “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1,30).
Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz mery, da língua egípcia que significa mui amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas, a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros.
Não importa, contudo, o real significado, mas o que se tornou a partir do momento que a Mãe do Redentor o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre.
Todo católico ama e pronuncia muitas vezes o santo nome de sua Mãe Santíssima, Virgem, Imaculada e Assunta ao céu. Quando rezamos o santo Rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…” E o bom povo brasileiro gosta de colocar em suas filhas este sagrado nome: Maria Isabel, Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria… Maria… Maria… Que povo devoto à Virgem Maria!
O Padre Antônio Vieira, em um dos seus mais inspirados escritos, diz:
“Só vos digo que invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida…;
Quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos;
Quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito, e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho;
Quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada, e com ela a salvação.
E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”.
São Bernardo, Doutor da Igreja, dizia de Maria:
“Ó tu, que te sentes, longe da terra firme, levado pelas ondas deste mundo, no meio dos temporais e das tempestades, não desvies o olhar da luz deste Astro, se não quiserdes perecer.

Se o vento das tentações se elevar, se o recife das provações se erguer na tua estrada, olha para a Estrela, chama por Maria.
Se fores sacudido pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, do ciúme, olha para a Estrela, chama por Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, que não se afaste de teu coração; e, para obter o auxílio da sua oração, não te descuides do seu exemplo de vida.
Seguindo-a, terás a certeza de não te desviares; suplicando-lhe, de não desesperar; consultando-a, de não te enganares. Se ela te segurar, não cairás; se te proteger, nada terás de temer; se te conduzir, não sentirás cansaço; se te for favorável, atingirás o objetivo”.
Todos os santos, sem exceção, engrandeceram o sagrado nome da Virgem Maria e por isso a Igreja celebra a festa do seu santo nome.

Santa Maria, rogai por nós!

Prof. Felipe Aquino

Maria, rogai por nós Santa Mãe de Deus




Sancta Maria ora pro nobis
Sancta Dei Genitrix ora pro nobis

"Poder nas minhas Mãos" - Filme sobre Rosário

"Poder nas minhas Mãos" - Filme sobre Rosário



Está sendo lançado nos Estados Unidos o filme "Power in my Hands" 
(Poder nas minhas Mãos), sobre o poder das orações no Rosário. 
O filme foi produzido pelo Rosary Evangelization, escrito por Margue 
Mandli e dirigido por John Shoemaker e Ryan Freng.


Vejam o trailer acima. Não creio que deva chegar no Brasil, é mais 
um exemplo de filme que devemos comprá-lo na internet para poder assistí-lo.





E na explicação do site Catholic Exchange, vejam uma parte abaixo:
https://catholicexchange.com/power-hands-new-film-sheds-new-light-rosary

O poder em minhas mãos: novo filme lança nova luz sobre o rosário
BECKY ROACH

Em cinemas selecionados em toda a América, as pessoas foram inspiradas a 
rezar o rosário por causa do novo filme Power In My Hands. Este revolucionário 
documentário apresenta o mundo à beleza, intemporalidade e poder do 
rosário, compartilhando as histórias de famílias comuns e indivíduos que 
experimentaram milagres como resultado de sua devoção a esta forma de oração.
Produzido pelo Rosário Evangelization Apostolate, escrito por  Margie Mandli, e 
dirigido por John Shoemaker e Ryan Freng, “Power In My Hands” procura revita-
lizar a América - uma sociedade em crise espiritual - e incutir uma resposta ativa 
ao apelo da Mãe Bendita pela oração. através da realização deste filme. 
O objetivo final é levar os outros  a conhecer a esperança que só Jesus Cristo 
pode nos oferecer.“Quem medita os mistério de Cristo - e este é claramente o 
objetivo do Rosário - aprende o segredo da paz e faz dele o projeto de sua vida” 
(São João Paulo II, Rosarium Virginis Mariae).
São João Paulo II, o Papa Bento XVI e o Papa Francisco têm sido defensores do 
rosário, encorajando-nos a rezar pela paz e por nossas famílias.
 Até mesmo a Mãe de Jesus convidou a humanidade a oferecer o rosário para a 
salvação do mundo através de muitas aparições  aprovadas pela  Igreja que são 
destacadas no filme. No entanto, a maioria das pessoas não respondeu a essas 
mensagens.
O Power In My Hands busca atingir homens e mulheres, de maneira criativa e 
eficaz, com essa mensagem de uma forma nunca antes feita. 
As audiências são atraídas pelas histórias cativantes e relatáveis ​​das pessoas 
apresentadas no filme, bem como pela visão teológica apresentada.
São histórias como a de Nancy Salerno que realmente convencem as pessoas 
do poder do rosário. 
Nancy compartilha sobre a dor que sentia quando  era  uma jovem mãe quando 
perdeu um dos gêmeos que estava carregando e o outro nasceu com paralisia 
cerebral. Lutando para lidar com a dor de sua perda, enquanto  criava seus três 
filhos pequenos e cuidava de um bebê recém-nascido que precisava de atenção
médica, Nancy meditava o Santo Rosário.  Nancy exala  paz e  alegria  ao longo 
do filme. O tipo de paz e alegria que supera todo entendimento e é muito atraente
para aqueles que enfrentam provações próprias.

Nossa Senhora Auxiliadora



Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.
A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.
No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.
O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.
Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.
O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.
No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.
A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.
Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.
Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar
Santíssima Virgem Maria a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos,
nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades,
dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante,
a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus
e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz.
Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.
Amém. (fonte - Canção Nova)

Ano A - Mateus 9,9-13

  S ÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA Festa – Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência. – A alegria da voca...