A devoção a Nossa Senhora da Esperança

 


Peça a intercessão de Nossa Senhora quando sua fé vacilar ou o desespero estiver batendo na sua porta

Maria sempre é invocada na esperança de que ela ajude os fiéis a resolver seus problemas pessoais.

O título de Nossa Senhora da Esperança não é novo. A Mãe de Deus, na liturgia, tem sido denominada de “Esperança dos desesperados”. Quando recitamos a Salve Rainha, dizemos que Maria é “Esperança nossa” e pedimos que ela nos ouça pois é nela que depositamos todas as nossas esperanças, sejam elas as mais impossíveis.

A devoção a Nossa Senhora da Esperança

A devoção à Maria com o título de Nossa Senhora da Esperança é o mais antigo que se tem notícias. Teria surgido em Meziéres, na França, onde ainda hoje se conserva um belíssimo santuário construído no ano de 930. A devoção se  espalhou por toda Europa, sendo mais popularizada na Espanha e em Portugal.

Em Portugal o culto a Nossa Senhora da Esperança, desenvolveu muito na época dos descobrimentos, das grandes viagens marítimas, figurando entre seu fervorosos devotos o Comandante Pedro Álvares Cabral, que tinha em seu poder uma linda imagem que ainda hoje esta conservada na Igreja Paroquial de Belmonte, terra Natal de nosso descobrimento.

No Brasil, a devoção vem desde o descobrimento: Cabral ao empreender sua viagem as Índias o que acabou descobrindo o Brasil, levava em sua nau a referida imagem de Nossa Senhora da Esperança.

Oração a Nossa Senhora da Esperança

SENHORA DA ESPERANÇA, tua alegria era fazer a vontade do pai.
Tua vida era estar atenta às necessidades dos outros.
Intercede por nós!
Quando nossa fé vacila.
Quando somos tentados a desesperar.
SENHORA DA ESPERANÇA, intercede por nós!
Quando  fechamos o coração.
Quando consentimos à injustiça.
SENHORA DA ESPERANÇA, intercede por nós!
Quando parece ser difícil seguir teu filho.
Quando nos cansamos de fazer o bem.
SENHORA DA ESPERANÇA, intercede por nós!
Quando o não se antecipa ao nosso sim.
Leva-nos a JESUS CRISTO, nossa esperança.
Amém.

O que é a comunhão espiritual?

 


O Concílio de Trento ensina que podemos receber o Santíssimo Sacramento de três modos

A respeito da comunhão espiritual, apresentamos o seguinte texto de São Leonardo de Porto Maurício (1676-1751), em “As Excelências da Santa Missa”.

Quanto à maneira de fazer a comunhão espiritual de que falei antes, é preciso conhecer a doutrina do santo Concílio de Trento, o qual ensina que se pode receber o Santíssimo Sacramento de três modos:

  • Sacramentalmente;
  • Espiritualmente;
  • Sacramentalmente e espiritualmente ao mesmo tempo.

Não se fala aqui do primeiro modo, que se verifica também nos que comungam em estado de pecado mortal, como fez Judas; nem do terceiro, comum a todos os que comungam em estado de graça; mas trata-se aqui do segundo, adequado àqueles que, tomando as palavras do santo Concílio, impossibilitados de receber sacramentalmente o Corpo de Nosso Senhor, “o recebem em espírito, fazendo atos de fé viva e ardente caridade, e com um grande desejo de se unirem ao soberano Bem, e, por meio disto, se põem em estado de obter os frutos do Divino Sacramento” – “Qui voto propositum illum caslestem panem edentes fide viva quae per dilectionem operatur, fructum ejus et utilitatem sentium” (Sess. XIII, c.8.).

Para facilitar-vos tão excelente prática, pesai bem o que vou dizer-vos. No momento em que o sacerdote se dispõe a comungar, na Santa Missa, recolhei-vos no vosso íntimo, tomando a mais modesta posição; formulai em seguida, em vosso coração, um ato de sincera contrição e, batendo humildemente no peito, em sinal de que vos reconheceis indignos de tão grande graça, fazei todos os atos de amor, oferecimento, humildade e os demais que costumais fazer quando comungais sacramentalmente: desejai, então, vivamente receber o adorável Jesus, oculto por vosso amor, no Santíssimo Sacramento.

Para excitar em vós o fervor, imaginai que a Santíssima Virgem ou um de vossos santos padroeiros vos dá a santa comunhão: suponde recebê-la realmente e, estreitando Jesus em vosso coração, repeti-Lhe muitas e muitas vezes com ardente amor: “Vinde, Jesus adorável, vinde ao meu pobre coração; vinde saciar meu desejo; vinde meu adorado Jesus, vinde ó dulcíssimo Jesus!” E depois ficai em silêncio, contemplando vosso Deus dentro de vós, e, como se tivésseis todos os atos que habitualmente fazeis depois da comunhão sacramental.

Ora, sabei que esta santa e bendita comunhão espiritual, tão pouco praticada pelos cristãos de nossos dias, é um tesouro que cumula a alma de bens incalculáveis; e, no sentir de muitos autores, é de tal modo eficaz que pode produzir as mesmas graças que a comunhão sacramental. Com efeito, se vê que a comunhão sacramental, na qual se recebe a santa Hóstia, seja por sua natureza de maior proveito, porque como sacramento age “ex operare operato”, é possível, no entanto, que uma alma faça a comunhão espiritual com tanta humildade, amor e fervor, que obtenha mais graças que não obteria outra, comungando sacramentalmente, mas com disposição menos perfeita.

Nosso Senhor, outrossim, ama tanto este modo de fazer a comunhão espiritual, que muitas vezes se dignou atender com milagres visíveis os piedosos desejos de seus servos, dando-lhes a comunhão ou por sua própria Mão, como fez à bem-aventurada Clara de Montefalco, a Santa Catarina de Sena, e a Santa Lidvina; ou pela mão dos santos anjos, como aconteceu a São Boaventura e aos santos bispos Honorato e Firmino; ou ainda, mais frequentemente, por meio da augusta Mãe de Deus, que se dignou dar a comunhão ao bem aventurado Silvestre.

Não vos admireis desta condescendência tão terna, pois a comunhão espiritual abrasa a alma no Amor a Deus, une-a Ele, e dispõe-na a receber as graças mais insignes.

Se refletísseis, portanto, nestas coisas, seria possível permanecerdes frios e insensíveis? Que desculpa poderíeis invocar para isentar-vos de tão devota prática? Tomai a resolução de vos habituardes a ela; e notai que a comunhão espiritual tem sobre a sacramental esta vantagem, que esta só se pode fazer uma vez ao dia, enquanto aquela podeis fazê-la em todas as Missas que quiserdes, e ainda, de manhã, à tarde, o dia todo ou de noite, em casa como na igreja, sem necessitar permissão de vosso confessor.

Em resumo, quantas vezes fizerdes a comunhão espiritual, outras tantas vos enriquecereis de graças, de méritos e de toda sorte de bens.

Ora, o fim deste pequeno livro é despertar no coração de todos os que o lerem um santo ardor para que se introduza entre os fiéis o costume de assistir todo dia piedosamente à Santa Missa e de fazer ai a comunhão espiritual. Oh, que felicidade, se fosse obtido este resultado! Teria, então, a esperança de ver refletir em toda a Terra este santo fervor que se admirava na Idade de ouro da primitiva Igreja. Nesse tempo os fiéis assistiam diariamente ao Santo Sacrifício, e diariamente recebiam a comunhão sacramental. Se dignos não sois de imitá-los, ao menos assisti a todas as Santas Missas que puderdes e comungai espiritualmente. Se eu tivesse a dita de persuadir-vos, creria ter ganho o mundo inteiro, e daria por bem recompensados os meus débeis esforços.

Enfim, para desfazer todos os pretextos que se apresentam ordinariamente, a fim de não assistir à Santa Missa, darei nos capítulos seguintes diversos exemplos que interessam a toda sorte de pessoas. Por aí cada um compreenderá que, se se priva de tão grande bem, é por sua culpa, por sua preguiça e seu pouco zelo pelas coisas santas, e que assim se prepara amargo arrependimento na hora da morte.

Fonte.: https://catequizar.com.br/

A Comunhão Espiritual


Às vezes nos encontramos diante do Senhor sacramentado e passamos momentos de aridez, sem perceber sua voz nem chegar a dizer-lhe nada. O que fazer? Eis aqui uma maneira excelente para ocupar parte do tempo nas visitas ao Santíssimo: fazer uma comunhão espiritual.

Chamamos comunhão sacramental o receber o corpo de Cristo debaixo das espécies eucarísticas na Missa ou fora dela. É este um momento inefável de união e intimidade com Deus, por certo o momento (ou o acontecimento) mais importante do dia ou da semana.

Mas resulta que podemos também nos encontrar com Nosso Senhor fazendo uma comunhão espiritual que poderá ter tanto ou até maior fruto que a mesma comunhão eucarística, dependendo do fervor com que o fiel se empenhe e da liberalidade de Deus.

A comunhão sacramental pode ser recebida várias vezes por dia, se a segunda vez que comungo o faço participando de um Missa, segundo estipula o Código de Direito Canônico, cânon 917.

A comunhão espiritual entretanto pode ser feita em qualquer momento, em qualquer lugar, quantas vezes quiser.

No que consiste a comunhão espiritual?

Santo Afonso Maria de Ligório nos explica muito claramente: “consiste no desejo de receber a Jesus Sacramentado e em dar-lhe um amoroso abraço, como se já o tivéssemos recebido”.

Esta devoção é muito mais proveitosa do que se pensa e muito fácil de realizar. Há fórmulas que nos ajudam a fazê-la como, por exemplo esta, que é da lavra do mesmo santo:

“Oh Jesus meu, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento, te amo sobre todas as coisas e desejo receber-te em minha alma. Já que agora não posso fazê-lo sacramentalmente, venha ao menos espiritualmente a meu coração. Como se já tivesse recebido, te abraço e me uno todo a Ti, não permitais, Senhor, que volte jamais a abandonar-te. Amém”.

Mas cada um pode meditar e realizar a comunhão espiritual sem necessidade de restringir-se a uma oração específica, mas para que seja bem feita, recomenda-se que se faça:

-um ato de Fé na Eucaristia (creio que estas presente na Eucaristia);
-um ato de amor (te amo sobre todas as coisas);
-um ato de desejo (desejo receber-te em minha alma);
-Por fim, um pedido: (venha espiritualmente a meu coração, permanece em mim e faça que nunca te abandone).

Quantas vezes pensamos e até sonhamos com coisas que queremos ou que gostamos. É um imperativo de nosso ser racional e volitivo. E como não vamos ter em vista essa presença tão benéfica que é, além disso, traje de vida eterna?

Pode se dizer que a comunhão espiritual é um termômetro de nossa fé e de nosso amor a Eucaristia. E se não temos claro a factibilidade desta prática devocional, compreende-se que não tenhamos recorrido a ela; mas uma vez que temos compreendido quão beneficiosa é para a alma, não temos mais que fazê-la parte de nossos hábitos cotidianos.

Disse Jesus no Evangelho que é preciso “orar em todo tempo e não desfalecer” (Lc 18, 1). A comunhão espiritual é uma forma excelente de oração que está sempre ao nosso alcance.

“Ecclesia de Eucharistía” é o título de uma encíclica do beato João Paulo II. “A Igreja vive da Eucaristia” e sem ela não pode existir. De forma real ou virtual, devemos comungar sempre com o Senhor. A Eucaristia foi feita para os cristãos e os cristãos para a Eucaristia.

Um pagão como o centurião romano (Mt 8, 5-17) viveu a experiência da comunhão espiritual quando disse: “Senhor, eu não sou digno de que entrei em minha casa mas dizei uma só palavra…”. A comunhão com o Messias, através de um ato de fé, de esperança e de amor, obteve sua conversão e a cura de seu servo.

Crer, desejar e adorar… já é comungar!

Por Padre Rafael Ibarguren, EP

Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/40925-A-Comunhao-Espiritual

Páscoa: O homem novo, enfim, deve nascer


A ressurreição é a confirmação que o Pai dá de que Jesus é verdadeiramente seu Filho, e Ele ressuscitou como primícia, como conquista e certeza da nossa ressurreição.

Se fôssemos resumir em uma palavra a festa da Páscoa, com certeza ela seria alegria. Uma alegria imensa, que explode e contagia! A Páscoa, o dia em que nasce o homem novo. Em todas as passagens das Sagradas Escrituras que falam da ressurreição de Cristo, duas ações sempre acontecem: encher-se de alegria e sair para comunicar aos outros. Ou seja, diante da realidade da ressurreição, alegro-me ao ponto de não conseguir reter esta felicidade, mas tenho como obrigação comunicá-la aos meus irmãos, que são também irmãos e filhos do Ressuscitado.

O Domingo de Páscoa é o dia mais alegre do ano, porque o Senhor da vida triunfa sobre a morte, sobre o pecado e sobre o mundo. E é tão intensa essa alegria, que perdura até a festa de Pentecostes. No tempo pascal, com efeito, a cada dia das sete semanas se vive a mesma alegria do domingo da ressurreição. O mistério é sempre atualizado!

Jesus está vivo!

A ressurreição é a confirmação que o Pai dá de que Jesus é verdadeiramente seu Filho, e Ele ressuscitou como primícia, como conquista e certeza da nossa ressurreição. É também a confirmação de nossa fé. Diz São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé, e nós somos os mais dignos de pena.” (1Cor 15,17) Quem, de fato, pode crer e esperar em um morto? Jesus está vivo! E nós somos os mais felizes, pois Aquele em quem depositamos a nossa fé está vivo e venceu as trevas do nosso pecado.

Um coração e um espírito novos são dons eminentemente pascais, que capacitam o fiel a cantar o ‘Aleluia’ constantemente, associando-se à alegria da Igreja para o anúncio do Ressuscitado, pois também o cristão ressuscitou para viver em Cristo para a glória de Deus.

Portanto, essa alegria deve ser proclamada, publicada e comunicada a cada homem e a cada mulher, a fim de que toda língua anuncie com alegria que Jesus ressuscitado é o Senhor (cf. Fl 2,9-11).

Mas como comunicá-la? Através das Sagradas Escrituras, sem dúvida, mas sobretudo através da nossa vida, da misericórdia encarnada em nossos gestos, da alegria que compartilhamos, através fidelidade incondicional ao Nosso Senhor e de nossos atos solícitos, genuínos e desinteressados em vista dos nossos irmãos.

Esta alegria que o Ressuscitado nos comunica é interior e, sobretudo, concreta, vivencial, prática, e objetiva: Deve o cristão unir-se a este coro universal e cantar as glórias do Ressuscitado, deixando triunfar em si a sua soberania: há de ceder-lhe todo direito e lugar; há de entregar-se sem reservas, para que seja Jesus o único Senhor de sua vida. O cristão é o Cristo encarnado em obras que são amores.

A ressurreição do Senhor, a sua passagem da morte para a vida, a sua páscoa que traz o homem novo, deve espelhar-se na ressurreição dos fiéis que se vai consumando pela passagem cada vez mais radical das fraquezas do velho homem para a vida nova em Cristo. E esta ressurreição só é possível com as mais profundas aspirações pelas coisas do Céu, por aquilo que não acaba nesta terra.

O espírito pascal, que é vivido de forma particular durante as próximas sete semanas, deve perdurar e renovar-se a cada dia, durante o ano inteiro, como disse de Charles de Foucauld: “Em vossa ressurreição, em vossa felicidade infinita e eterna, tenho fonte de felicidade inexaurível, base de felicidade que ninguém me pode tirar. Possuo eternamente o essencial do que constitui a minha felicidade, um bem que supera todo outro bem, o mais desejado dos meus desejos, que é a substância da felicidade dos anjos e dos santos, que fará da minha vida um céu, com única condição de que eu Vos ame!”.

A vida do cristão é uma Páscoa constante

Toda a nossa vida presente deve transcorrer no louvor a Deus, porque louvar o Senhor será também a alegria eterna da nossa vida futura. Ora, ninguém pode tornar-se apto para a vida futura se, desde já, não se prepara para ela. Se nosso louvor deve estar cheio de alegrias, nossa oração deve conter as nossas súplicas mais sinceras. É bom perseverarmos no desejo, até que a promessa se realize; colocando diante daquele que É todas as nossas necessidades e os empecilhos que ainda nos separam da tão almejada Pátria Celeste. Somente assim cessarão os gemidos e permanecerá somente o louvor.

Assim podemos considerar a existência de duas fases na nossa existência: a primeira, que acontece agora em meio às tentações e dificuldades da vida presente; e a segunda, que virá depois, na segurança e alegria eterna. Por isso, foram instituídas para nós duas celebrações: a do tempo antes da Páscoa e a do tempo depois da Páscoa. A certeza da vida eterna que é concretizada com a vitória de Cristo na Cruz deve ser o grande marco da biografia de cada cristão.

Antes e depois

O tempo antes da Páscoa representa as tribulações que passamos nesta vida. O que celebramos agora, depois da Páscoa, significa a felicidade que já acreditamos alcançar na vida futura. Portanto, antes da Páscoa, antes de nascer o homem novo, celebramos o que estamos vivendo; depois da Páscoa ansiamos o que ainda não possuímos — mas já desejamos ter. Eis por que passamos o primeiro tempo em jejuns e orações; no segundo, porém, que estamos celebrando, nos dedicamos ao louvor e à alegria. É este o verdadeiro significado do Aleluia que cantamos: a vida cristã é esse constante êxodo, a permanente passagem das trevas à luz.

Em Cristo, Homem encarnado, ambos os tempos foram manifestados. A paixão do Senhor mostra-nos as dificuldades da vida presente, em que é preciso trabalhar, sofrer e por fim morrer, para alcançar a coroa da salvação. A ressurreição e glorificação do Senhor nos revelam a vida que um dia nos será dada.

Agora, pois, irmãos, é tempo de louvar a Deus. É isto o que todos nós exprimimos mutuamente quando cantamos o Aleluia. É tempo de louvá-lo com todas as nossas forças, não só com a língua e com a voz, mas também com a nossa consciência reta, com as nossas vidas e com as nossas obras. É tempo de voltar para casa.

Que nesta Páscoa o homem novo em você possa nascer com a força da Ressurreição. Feliz Páscoa! 

Ano A - Mateus 9,9-13

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