Nossa Senhora Rainha


Hoje é o dia de Nossa Senhora Rainha, uma grande festa para toda a Igreja Católica.


Deus nos enviou Maria para ser redentora de toda a humanidade. Rainha dos Pecadores, e Medianeira de todas as Graças.
Assim como afirmam inúmeros santos da Igreja, todas as bênçãos, antes de ser concedidas, passam por Maria.
 
Foi A primeira que adorou o Santíssimo Sacramento, e a única que teve a graça de conceber o Filho de Deus.

Devemos sempre exaltar, TODOS os títulos de Nossa Senhora, pois isso é um agrado ao Nosso Senhor, principalmente no dia de hoje.
Oração de Santo Afonso a Nossa Senhora Rainha:
Ó grande, excelsa e gloriosíssima Senhora, prostrado aos pés do Vosso trono, nós Vos rendemos as nossas homenagens, daqui deste vale de lágrimas. Nós nos comprazemos na glória imensa, de que Vos enriqueceu o Senhor. Agora que já reinais como Rainha no céu e na terra, ah! Não nos esqueçais, pobres servos Vossos. Do Vosso trono excelso em que reinais, volvei os Vossos olhos a nós miseráveis. Vós quanto mais vizinha estais da fonte da graça, tanto mais nos podeis delas prover.
No céu, descobris melhor as nossas misérias, portanto é preciso que tenhais maior compaixão de nós e mais nos socorrais. Fazei que sejamos na terra vossos fiéis servos, para podermos mais tarde bendizer-vos no Paraíso.
Neste dia em que fostes feita Rainha do Universo, nós nos queremos consagrar a vosso serviço. No meio da Vossa grande alegria, consolai-nos também, aceitando-nos hoje por vossos vassalos. Sois Vós a nossa Mãe. Ah! Mãe suavíssima, Mãe amabilíssima, Vossos altares estão rodeados de muita gente que vos pede: uns Vos pedem a cura de suas enfermidades, outros o Vosso auxílio em suas necessidades; outros, uma boa colheita; outros, a vitória em qualquer demanda. Nós, porém, Vos pedimos coisas mais agradáveis ao Vosso coração.
Alcançai-nos ser humildes, desapegados da terra, e resignados à vontade divina. Impetrai-nos o santo amor de Deus, uma boa morte, o paraíso. Senhora, mudai-nos, mudai-nos de pecadores em santos. Fazei este milagre, que Vos dará mais honra se désseis a vista mil cegos e ressuscitastes a mil mortos.
Vós sois tão poderosa junto de Deus. Basta dizer que sois uma Mãe, a mais querida, cheia de sua graça: que Vos poderá Ele recusar? Ó Rainha, formosíssima nós pretendemos ver-Vos na terra, mas queremos ir ver-Vos no paraíso. A Vós compete alcançar-nos esta graça. Assim o esperamos de certo. Amém.
Fonte: Aposturado da Oração e Cleofas.

Dogma: A Assunção de Maria



O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.
Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:
“Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”.

Agora bem, porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assução da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:
“A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos”(966).
A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se “ex-cathedra”.
E… Que é um Dogma?Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.
Neste caso se diz que o Papa fala “ex-cathedra”, quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.
O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:
“Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da mrote”.

E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:
“O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular previlégio” (JPII, 2- Julho-97).

“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Crsito, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos” (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem'(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”(JPII, 15-agosto-97).
Os homens e mulheres de hoje vivemos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcane nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.
Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas ideias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.

O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.

Ave Maria

Uma introdução à Mariologia



A ORAÇÃO CRISTÃ só pode chegar até Deus no caminho que Ele 
próprio preparou. Do contrário, ela sairia do mundo em direção ao 
vazio, e cairia na tentação de tomar esse vazio por Deus, ou tomaria 
por Deus o próprio Nada. Deus não é um objeto mundano, mas não
 é, tampouco, um objeto supra-mundano que pode ser perseguido
 e conquistado em alguma espécie de viagem espacial do espírito, 
após uma preparação técnica adequada. Ele é a Liberdade infinita, 
que se torna acessível unicamente por sua própria iniciativa. Na 
medida em que Ele não apenas nos dirige sua Palavra, mas permite
 que ela habite entre nós, essa Palavra passa a ser não apenas a 
Palavra  que vem de Deus, mas também aquela que a Ele retorna. 
O atalho entre Deus e nós, homens, foi aberto nas duas direções: 
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”; “Eu vim como luz ao mundo; 
assim, todo aquele que crer em mim, não ficará nas trevas” (Jo 14,6; 
12,46). Mas de que modo chegou até nós o “Caminho”? Como a “Luz” 
nos invadiu e a “Palavra” habitou entre nós? Pois isso teria de acontecer, 
para que pudéssemos nos estabelecer em um caminho para Deus 
acessível aos homens. Se assim não fosse, a Luz teria apenas 
brilhado nas trevas e estas não a teriam percebido; a Luz teria vindo 
sobre o que é seu – pois o mundo, com efeito, pertence a Deus –, mas 
os seus não a teriam acolhido. Alguém teria de acolher a 
Palavra incondicionalmente, e de um modo tão pleno que nela se 
abrisse um espaço para que a própria Palavra se tornasse um 
homem, da mesma forma que um filho encontra espaço em uma mãe.
Essa mãe, que se abre e se oferece totalmente à Palavra de Deus, não
somos nós: nenhum de nós diz a Deus o “Sim” incondicional. Por isso, 
o “sim” perfeito nos é, a priori, inatingível. E, no entanto, ele é 
uma das condições exigidas para que a Palavra de Deus realmente 
chegue até nós e se torne o Caminho que pode ser percorrido por nós, 
homens. Em um coração que se decidisse por Deus apenas pela 
metade, Ele não teria conseguido se fazer carne, pois o filho é 
essencialmente dependente da sua mãe; ele se nutre de sua substância 
físico-espiritual e é educado a se tornar um verdadeiro e fecundo ser 
humano. A precedência da Mãe, que faz parte do estabelecimento do 
Caminho entre Deus e nós, não significa o seu isolamento, mas a 
abertura da possibilidade de que também nós nos tornemos capazes 
de dizer “sim”, de que a Palavra também chegue até nós, e de que 
nós, nEla, cheguemos a Deus. “Bem-aventurado o ventre que te trouxe, 
e os peitos que te amamentaram!” “Antes, bem-aventurados aqueles 
que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lc 11,27-28). “Aquele 
que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha 
mãe” (Mc 3,35).
A permanente precedência de Maria é o fundamento da nossa participa-
ção. A comunidade, que une Deus e a humanidade nela, Maria, na 
medida em que Ele se torna um filho humano, é a base de uma comu-
nidade que nos une entre nós, enquanto filhos de Deus, e que chama-
mos  de Igreja. A Mãe é a premissa perene, a fonte, a plena realização 
da Igreja, da qual podemos participar – se assim o desejarmos – como 
aqueles que estão a caminho do “sim” pleno, e de seu enraizamento em
 toda a nossa existência. Sendo assim, nós, os incompletos, podemos e 
devemos dizer àquela que já está completa, e que nos conduz e atrai 
para a sua completude: Ave Maria. Não, porém, como se a separásse-
mos do seu Filho: ela é apenas a resposta [Antwort]; Ele é a Palavra 
[Wort].
O evento entre o Filho e a Mãe constitui o centro do evento da reden-
ção, que não pode jamais perder seu caráter de atualidade, uma 
vez que a autorrevelação graciosa de Deus acontece sempre aqui e 
agora, seu fluxo jamais se afasta da fonte. Quem quiser participar, 
tem de mergulhar nessa fonte, no seu inesgotável mistério, de que a 
Palavra de Deus tenha realmente se mostrado a nós, que ela realmente
 tenha sido recebida entre nós e entre nós habitado, e que ela não
 tenha voltado para Deus sozinha, mas junto conosco. O que isso 
significa nós podemos vislumbrar no relacionamento entre essa Criança
 e essa Mãe. Ela se coloca inteiramente à disposição da Palavra, para 
que esta possa se fazer carne a partir dela, carne da sua carne. 
Porém, na medida em que essa Criança cresce, e entrega sua carne 
divina para a reconciliação do mundo com Deus, oferecendo-se como 
alimento eucarístico para todos os que recebem a Palavra na fé, ela 
atrai aquele que a recebe para sua própria carne, em primeiro lugar 
sua Mãe, modelo e origem da Igreja. Ambos, Cristo e Maria-Igreja,
são, portanto, “uma só carne”, um “Corpo”, em um acontecimento 
pleno de reciprocidade: primeiramente, é Cristo quem recebe a carne 
terrena de Maria, e, em seguida, é Maria-Igreja quem se torna parti-
cipante de sua carne celestial. Maria é a “Bendita entre as mulheres” 
apenas porque, enquanto Mãe, coloca sua carne à disposição da encar-
nação da Palavra, mas isso é apenas o prelúdio para aquilo que vem a 
seguir, “Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”, que produziu a res-
posta da carne terrena, a resposta de Maria-Igreja, e continua a produ-
zi-la na Eucaristia; também de nossa parte, os membros do Corpo, 
que, de acordo com a pureza e plenitude do nosso “sim”, podemos tam-
bém nos tornar seus membros fecundos, tornado-nos um colo acolhedor.
Podemos, então, juntamente com o anjo enviado por Deus, saudar 
Maria e, em seguida, com Isabel, bendizê-la, pois “Deus está com ela”; 
com isso, podemos rezar junto com a própria Maria, em sua resposta à 
Palavra divina, em seu “Sim”, não mais nos dirigindo a ela, mas, com 
ela, a Deus. A “Ave-Maria” é um exercício e uma integração na 
oração mariana/eclesial. Mesmo a oração litúrgica oficial da Igreja – 
aberta ou veladamente, consciente ou inconscientemente – é sempre 
oração mariana. Apesar disso, aqui embaixo jamais atingimos a 
perfeição de Maria – enquanto condição constitutiva para o Caminho, 
que é Cristo, ela não é apenas exemplo, mas o protótipo original. 
Por isso, podemos sempre pedir sua intercessão: “agora e na hora 
de nossa morte”, ou seja, em cada momento da nossa vida, durante
a qual permanecemos tentando sem jamais chegar ao êxito pleno, e
 naquela hora em que somos, forçadamente, levados ao caminho de
 Deus, àquela passagem amarga e abençoada em que nós, pelo bem 
ou  pelo mal, “como que através do fogo”, teremos de aprender o “sim” 
perfeito. Nós vivemos para essa hora, para ela exercitamos nossa fé. 
E se Maria não exercitou o seu “sim”, senão como orante, muito menos 
ainda seremos nós capazes de realizar o nosso “sim” com as nossas 
próprias forças, mas teremos de nos remeter, agradecidos, a ela, que
 pôde verdadeiramente realizá-lo. É por essa razão que se pode sempre, 
após o final da saudação – “agora e na hora de nossa morte, amém” 
–, recomeçar imediatamente, desde o início – “Ave, Maria”.

Fonte: O FIEL CATÓLICO

Ano A - Mateus 9,9-13

  S ÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA Festa – Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência. – A alegria da voca...