Cada filho de Maria: Confissões de um filho pródigo mariano

Conheça um pouco do testemunho do ex-pastor presbisteriano, Dr. Scott Hahn, em seu primeiro “encontro” com Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe
Com toda a minha piedade recém-descoberta, eu tinha ainda quinze anos e era muito consciente da minha “tranquilidade”. Havia apenas alguns meses, eu tinha deixado para trás vários anos de culpa juvenil e aceitado Jesus como meu Senhor e Salvador. Meus pais, que não eram particularmente presbiterianos devotos, notaram em mim uma mudança e, de coração, me aprovaram. Se a religião fosse para me manter fora daquela culpa juvenil, então que assim fosse.
O zelo pela minha nova fé me consumia a maior parte do tempo. No entanto, num dia de primavera, eu estava consciente de que algo mais me inquietava. Tive um problema estomacal com todos os desagradáveis sintomas. Expliquei minha situação para o meu professor na sala de aula, que me mandou para a enfermaria da escola. A enfermeira, depois de verificar minha temperatura, me pediu para deitar, enquanto ligava para minha mãe.
A partir da conversa que ouvi, eu poderia dizer que iria para casa. Senti um alívio imediato e cochilei. Acordei com um som que me golpeou como uma navalha. Era a voz da minha mãe, que estava cheia de piedade materna.
“Ah”, ela me disse quando me viu ali.
Então, de repente, me ocorreu: Minha mãe vai me levar pra casa. O que vão pensar meus colegas ao verem minha mãe saindo comigo daqui? E se ela tentar colocar seu braço sobre mim? Serei motivo de chacota…
A humilhação estava a caminho. Eu já podia ouvir os caras zombando de mim: “Você viu a mãe dele enxugando sua testa?”
Se eu fosse católico, sentiria, nos quinze minutos seguintes, o meu purgatório. Para minha imaginação evangélica, porém, o inferno. Então, olhei fixo para o teto, acima do sofá da enfermeira, e tudo o que eu podia ver era um longo e insuportável futuro como “o filhinho da mamãe”.
Sentei-me para enfrentar aquela mulher se aproximando de mim com a máxima piedade. Na verdade, foi a piedade dela que eu achei mais repugnante; afinal, dentro da compaixão de toda mãe, está a necessidade do seu “pequeno” – e aquela forma de carência e pequenez, definitivamente, não era legal.
“Mãe”, sussurrei antes que ela pudesse dizer uma palavra. “Você não poderia sair daqui antes de mim? Não quero que meus colegas vejam você me levando pra casa.”
Minha mãe não disse uma palavra. Deu meia-volta, saiu da enfermaria e da escola, direto para o carro. De lá, me levou para casa, perguntou-me como eu me sentia e se certificou de que eu fosse para cama com os remédios habituais.
Foi por um triz, mas eu tinha a certeza de ter escapado com tranquilidade. Fui me deitar numa quase perfeita paz.
Naquela noite eu pensei sobre a minha “calma” novamente. Meu pai foi até meu quarto para ver como eu estava me sentindo. “Bem”, respondi. Então, ele me olhou seriamente.
“Scottie”, disse ele, “sua religião não significará muito se tudo não passar de simples palavras. Você tem que pensar sobre a maneira como trata as outras pessoas.” E aí, veio o “puxão de orelha”: “Nunca se envergonhe de ser visto com sua mãe”.
Eu não precisava de explicações; podia ver que papai estava certo, e tive vergonha de mim mesmo por ter me envergonhado de minha mãe.
Adolescentes espirituais
No entanto, não é assim com muitos cristãos? Morrendo pregado à cruz, em seu último testamento e sua última vontade, Jesus nos deixou uma mãe. “Quando Jesus viu Sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que Ele amava, disse a Sua mãe: ‘Mulher, eis aí o seu filho!’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe!”. E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19,26-27).
Nós somos Seus discípulos amados, Seus irmãos mais novos (ver Hb 2,12). Sua casa celeste é a nossa, Seu Pai é nosso e Sua mãe é nossa. Quantos cristãos, porém, a estão recebendo em suas casas?
Além disso, quantas igrejas cristãs estão cumprindo a profecia do Novo Testamento de que “todas as gerações” a chamarão “Bem-aventurada” (Lc 1,48)? Muitos ministros protestantes – e aqui eu falo da minha própria experiência passada – evitam até mesmo mencionar a mãe de Jesus, por medo de serem acusados de “católicos ocultos”. Às vezes, os membros mais zelosos de suas congregações têm sido influenciados por polêmicas anticatólicas incômodas. Para eles, a devoção mariana é uma idolatria que coloca Maria entre Deus e o homem ou que exalta Maria à custa de Jesus. Assim, por vezes, você vai encontrar igrejas protestantes nomeadas como de São Paulo, São Pedro, São Tiago, ou São João, mas dificilmente chamada de Santa Maria. Você vai encontrar frequentemente pastores pregando sobre Abraão ou Davi, antepassados distantes de Jesus, mas praticamente nunca ouvirá um sermão sobre Maria, Sua mãe. Longe de chamá-la de Bem-aventurada, a maioria das gerações protestantes vivem a vida sem nunca a chamar em nada…
Esse não é somente um problema protestante. Muitos católicos e ortodoxos têm abandonado a rica herança das devoções marianas. Foram intimidados pelas polêmicas dos fundamentalistas, envergonhados pelo riso de teólogos dissidentes, ou se envergonharam até de boa intenção, mas estão equivocados na sensibilidade ecumênica. Eles estão felizes por terem uma mãe que reza por eles, prepara suas refeições e mantém suas casas; mas somente desejam que ela fique, com certeza, fora de vista, quando outros estiverem ao redor, pois simplesmente não os entenderiam.
Maria, Maria, muito pelo contrário
Eu também me sinto culpado por essa filial negligência não só com a minha mãe terrena, mas também com minha mãe em Jesus Cristo, a Bem-aventurada Virgem Maria. O caminho da minha conversão me levou para o ministério presbiteriano. Ao longo dessa caminhada, tive meus momentos antimarianos a partir de uma culpa juvenil.
Meu primeiro encontro com a devoção mariana veio quando minha avó faleceu. Ela era a única católica dos dois lados da minha família, uma calma, humilde e santa alma. Como eu era o único praticamente de uma religião na família, meu pai me deu os artigos religiosos de minha avó quando de seu falecimento. De repente, eu olhei para aquilo horrorizado. Segurei seu rosário entre minhas mãos e, à parte, arrebentei-o, dizendo: “Deus, liberte-a das correntes do catolicismo que a prendiam”. Eu quis dizer isso mesmo. Eu via o Rosário e a Virgem Maria como obstáculos que se colocavam entre minha avó e Jesus Cristo.
Mesmo quando lentamente fui me aproximando da fé Católica – atraído inexoravelmente por uma verdade após outra da doutrina –, eu não poderia aceitar para mim mesmo os ensinamentos da Igreja sobre Maria.
A prova de sua maternidade viria para mim somente quando tomei a decisão de me deixar ser seu filho. Apesar de todos os poderosos escrúpulos da minha formação Protestante – lembre-se, havia poucos anos, eu dilacerara as contas do terço de minha avó –, eu mesmo, um dia, peguei o terço e comecei a rezar. Rezei numa intenção bem específica, praticamente impossível de ser atendida. No dia seguinte, peguei o terço e rezei de novo, e no outro dia também, e no outro, e no outro… Meses se passaram antes de eu perceber que minha intenção, uma situação praticamente impossível, tinha sido revertida desde o primeiro dia em que peguei no rosário e comecei a rezar. O meu pedido tinha sido atendido.
A partir desse momento, eu conheci minha mãe. A partir desse momento, acreditei, realmente conheci a minha casa na aliança da família de Deus: sim, Cristo era meu irmão. Sim, Ele me ensinara a rezar o “Pai-Nosso”. Agora, no meu coração, eu aceitava a Sua ordem para “receber” a minha mãe.
Você pode saber um pouco mais sobre esta linda história no livro “SALVE, SANTA RAINHA”. Além disso neste livro, com base nas escrituras e fundações históricas, Hahn apresenta um novo olhar na doutrina Mariana: Sua Concepção Imaculada, Virgindade Perpétua, Assunção e Coroação. Ele guia os leitores modernos através destas passagens cheias de mistérios e poesia, e os ajuda a redescobrir a arte antiga e a ciência da leitura das Escrituras para se adquirir um entendimento mais profundo das veracidades e a relação da fé com a prática da religião no mundo contemporâneo. Vale a pena conhecer este livro!  (Fonte: Canção Nova - Prof Felipe Aquino)

O grande segredo do Papa Francisco!

O grande segredo do Papa Francisco






Papa Francisco e sua velha Bíblia…Um caminho de encontro com Deus!
Na minha opinião, este ensinamento do Papa Francisco foi um dos mais lindos que ele já nos deu, e se entrarmos na essência deste ensinamento, entraremos num caminho profundo de Cura e Libertação para nossas vidas pessoais!!
Papa Francisco nos ensina como ler a Bíblia, como deixar – se olhar por Deus, como rezar com a Palavra, nos exalta a força da Palavra de Deus, nos incentiva a juntos procurarmos Deus, nos ensina a escutar Deus, nos ensina a termos paciência ante o silêncio de Deus; e destaca que não importa nem mesmo se dormirmos rezando, pois ó importante é nos sentirmos filhos próximos ao Seu Pai…
Por isso separei num único texto todo ensinamento que o Papa Francisco nos deu...É fabuloso! Devíamos ler e reler todos os dias…Estou pessoalmente tocado por esse ensinamento, tanto que eu o escrevi na primeira pagina da minha Bíblia, para nunca mais esquecer dele!

“Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia!

“Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia! [A Bíblia] é algo divino, um livro como fogo, um livro por meio do qual Deus fala.
Meus queridos jovens amigos, se vocês vissem a minha Bíblia, talvez vocês não ficariam por nada tocados. Diriam: “O que? Esta é a Bíblia do Papa? Um livro assim velho, muito usado!
Poderiam também me presentear uma nova, quem sabe uma de 1.000 euros: não, eu não gostaria. Amo a minha velha Bíblia, aquela que me acompanhou metade da minha vida. Viu a minha alegria, foi banhada pelas minhas lágrimas: é o meu inestimável tesouro. Vivo dela e por nada no mundo eu faria menos dela.
Quero dizer uma coisa a vocês: hoje, mais do que no início da Igreja, os cristãos são perseguidos; por qual razão? São perseguidos porque usam uma cruz e dão testemunho de Cristo; são condenados porque possuem uma Bíblia. Evidentemente a Bíblia é um livro extremamente perigoso, que causa tanto risco, que em certos países quem possui uma Bíblia é tratado como se escondesse no armário bombas de mão!
Papa Francisco faz ainda um pequeno comentário sobre um pensador hinduísta Mahatma Gandhi, que não era cristão e uma vez disse:
A vocês cristãos é confiado um texto que tem em si uma quantidade de dinamite suficiente para fazer explodir em mil pedaços a civilização inteira, para colocar de cabeça para baixo o mundo e levar a paz a um planeta devastado pela guerra. Tratam-na, porém, como se fosse simplesmente uma obra literária, nada além disto.
Papa Franscisco continua: “O que vocês têm, então, em mãos? Uma obra-prima literária? Uma seleção de antigas e belas histórias?
Neste caso, seria necessário dizer aos muitos cristãos que se deixam aprisionar e torturar pela Bíblia: ‘Vocês são realmente tolos e pouco sábios: é somente uma obra literária!’
Não, com a Palavra de Deus a luz veio ao mundo e nunca mais se apagou. Vocês têm entre as mãos, portanto, algo de divino: um livro como fogo, um livro no qual Deus fala. Por isto, recordem-se: a Bíblia não é feita para ser colocada em uma prateleira, mas é feita para ser levada na mão, para ser lida frequentemente, a cada dia, sozinhos ou acompanhados.
Vocês praticam esporte acompanhados? Vão ao shopping acompanhados? Por que então não ler juntos, em dois, em três ou em quatro a Bíblia? Quem sabe ao ar livre, mergulhados na natureza, no bosque, na beira do mar, de noite à luz de velas… vocês fariam uma experiência forte e envolvente…Ou quem sabe vocês têm medo de parecer ridículos diante dos outros?
Leiam com atenção. Não permaneçam na superfície, como se faz com histórias em quadrinho! A Palavra de Deus não pode ser lida com um passar de olhos…
Perguntem-se: “O que diz este texto ao meu coração? Por meio desta palavra, Deus está me falando? Talvez esteja suscitando anseios, a minha sede profunda? O que devo fazer? ”. Somente assim a Palavra de Deus poderá mostrar toda a sua força; somente assim a nossa vida poderá transformar-se, tornando-se plena e bela.”

O grande segredo do Papa Francisco!

“Quero confidenciar a vocês como leio a minha velha Bíblia. Frequentemente a pego, a leio um pouco, depois a deixo de lado e me deixo olhar pelo SenhorNão sou eu que olho para Ele, mas Ele que olha para mim: Deus está realmente ali presente. Assim me deixo observar por Ele e escuto – e não é um certo sentimentalismo – percebo no mais profundo de meu ser aquilo que o Senhor me diz…
Às vezes [Ele] não fala: e então não ouço nada, somente vazio, vazio, vazio…Mas, paciente, permaneço lá e O espero assim, lendo e rezando…
Rezo sentado, porque me faz mal ficar de joelhos. Às vezes, rezando, até mesmo adormeço, mas não tem problema: sou como um filho próximo ao seu pai, e isto é aquilo que conta!” – Papa Francisco 03/12/2015.
Deus abençoe voce!
Deixe seus comentários abaixo, será importante saber sua experiência ou opinião sobre o assunto! (fonte Canção Nova - Danilo Geraldo)

Papa Francisco abre Porta Santa e dá início ao Ano da Misericórdia


Nesta terça-feira, 8, o Papa Francisco abriu o Jubileu extraordinário da Misericórdia, o 29ª Ano Santo vivido na história da Igreja. Também hoje, celebra-se o 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II.
Antes de abrir a Porta Santa, o Santo Padre presidiu na Praça São Pedro a Santa Missa da Solenidade da Imaculada Conceição.
Na homilia, Francisco destacou que o gesto “altamente simbólico” da abertura da Porta Santa da Misericórdia acontece à luz da Palavra de Deus escutada na liturgia de hoje, que evidencia a primazia da graça, que envolveu a Virgem Maria, tornando-a digna de ser mãe de Cristo.
“A plenitude da graça é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que muda a história da humanidade”, reforçou o Pontífice.

Amor que perdoa

O Papa disse ainda que a festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. “Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva”.
O Santo Padre recorda que há sempre a tentação do pecado, que se exprime no desejo de projetar a própria vida, independentemente da vontade de Deus. Segundo ele, esta é a “inimizade” que ameaça continuamente a vida dos homens, contrapondo-os ao desígnio de Deus.
Todavia, afirma o Pontífice, a própria história do pecado só é compreensível à luz do amor que perdoa. “Se tudo permanecesse ligado ao pecado, seríamos os mais desesperados entre as criaturas. Mas não! A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai”.

Descobrir a misericórdia de Deus

Francisco destacou que também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça e entrar pela Porta Santa significa “descobrir a profundidade da misericórdia do Pai” que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um.
O Papa explicou que, neste ano, os fiéis são convidados a crescer na convicção da misericórdia, e disse que, quando se afirma, em primeiro lugar, que os pecados são punidos pelo julgamento de Deus, fazemos uma grande injustiça à Ele e à sua graça, pois eles são perdoados, primeiramente, por sua misericórdia.
Nesse sentido, o Santo Padre expressou seu desejo de que atravessar a Porta Santa permita a todos sentirem-se participantes deste mistério de amor. “Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma”.

50 anos do Concílio Vaticano II

O Pontífice recordou ainda que, há 50 anos, os padres do Concílio Vaticano II escancaram outra porta ao mundo. E destacou que, a riqueza deste evento, não está apenas nos documentos elaborados, mas primariamente, no verdadeiro encontro que ocorreu entre a Igreja e os homens deste tempo.
“Um encontro marcado pela força do Espírito que impelia a sua Igreja a sair dos baixios que por muitos anos a mantiveram fechada em si mesma, para retomar com entusiasmo o caminho missionário. Era a retomada de um percurso para ir ao encontro de cada homem no lugar onde vive”, ressaltou.
Por fim, Francisco enfatizou que também o jubileu exorta a cada um a esta abertura, ao impulso missionário, a não esquecer o espírito que surgiu no Vaticano II: o do samaritano.

Abertura da Porta Santa

Ao final da Missa, o Papa Francisco dirigiu-se à Porta Santa da Basílica de São Pedro. Após uma breve oração, subiu os degraus em silêncio e com três toques abriu a Porta Santa, dando início ao Ano da Misericórdia.
O Pontífice foi o primeiro a atravessar a Porta Santa, seguido pelo Papa emérito Bento XVI e pelos demais concelebrantes, outros sacerdotes, religiosos e por alguns fiéis.
Francisco dirigiu-se ao Altar da Confissão no interior da Basílica de São Pedro e concluiu a Santa Missa com uma oração e sua benção apostólica.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição



Neste dia, estamos solenemente comemorando a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Rainha de todos os santos
Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.
A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”.
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

Nossa Senhora do Rosario


Meditemos os Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.
A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.
Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

Memória de Nossa Senhora do Rosário

A Igreja, celebrando hoje a memória de Nossa Senhora do Rosário, nos propõe uma página de São Lucas que ilumina a récita piedosa e tradicional do santo Terço. O Evangelho deste dia traz justamente o episódio da saudação angélica, que imortalizou uma das mais singelas e conhecidas orações católicas: a "Ave-Maria". É importante termos em mente, antes de tudo, que este trecho de São Lucas é único; trata-se, com efeito, do único passo de toda a Sagrada Escritura em que um anjo se dirige elogiosa e humildemente a um ser humano. À exceção desta, todas as demais narrativas bíblicas apresentam um anjo a chamar a atenção do homem, a adverti-lo, mas nunca a elogiá-lo. O Evangelista Lucas, no entanto, nos mostra aqui o Arcanjo São Gabriel a chamar à Virgem Maria "cheia de graça" (κεχαριτωμένη). Ele enfim encontrara alguém dentre os homens que amasse a Deus mais do que ele próprio era capaz de amar. Daí a surpresa, a como que admiração que Gabriel deixa transparecer neste seu encontro com uma criatura cujo amor a faz transbordar de graça.

Repetir estas palavras do anjo—"Ave, cheia de graça!"—é também uma arma espiritual, como São Pio de Pietrelcina chamava ao Rosário. Mas uma arma para quê? contra quem, afinal? "Não é contra homens de carne e de sangue", responde São Paulo, "mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares" (Ef 6, 12). O Rosário, nesse sentido, faz frente a Lúcifer e seus demônios: joga-lhes em rosto a grandeza da Virgem Maria; fere-lhes o orgulho ao mostrar como Nossa Senhora pôde, pela humildade e pelo amor, tornar-se Rainha do Céu e da terra. Devido a este imenso amor que a Virgem tem por Deus, Gabriel lhe diz: "O Senhor é contigo." Maria está com Deus, ela O vê face a face, O ama para sempre, goza de Sua companhia. E como isso deve enfurecer a Satanás, que por soberba rejeitara a Deus e se fechara em si mesmo! Como as palavras de Gabriel devem fazer roer de inveja estes pobres demônios, que nunca viram nem nunca verão o rosto do Senhor!

Esta verdade do amor de Deus no coração de Maria é uma das mais eficazes armas conta as investidas do diabo, contra os ataques daqueles que não podem aceitar que não é orgulho, mas somente a humildade que nos faz reinar com Deus. Rezemos, pois, o Rosário todos os dias e peçamos à Virgem Santíssima, que roga por nós e nos deseja ver junto de si na glória celeste, o seu doce auxílio agora, mas sobretudo na hora de nossa morte. (fonte: Pe Paulo Ricardo)

Aprenda a oração 'Augusta Rainha dos céus'

Em 1864, na França, Nossa Senhora apareceu a um sacerdote e ensinou-lhe uma oração poderosa para combater e derrotar os poderes do inferno.

No dia 13 de Janeiro de 1864, o Bem-aventurado Padre Luís-Eduardo Cestac foi subitamente atingido por um raio da luz divina. Ele viu demônios espalhados por toda a terra, causando uma imensa confusão. Ao mesmo tempo, ele teve uma visão da Virgem Maria. Nossa Senhora lhe revelou que realmente o poder dos demônios fora desencadeado em todo o mundo e que então, mais do que nunca, era necessário rezar à Rainha dos Anjos e pedir a ela que enviasse as legiões dos santos anjos para combater e derrotar os poderes do inferno.
“Minha Mãe", disse o padre, “vós sois tão bondosa, por que então não enviais por vós mesma estes anjos, sem que ninguém vos peça?"
“Não", respondeu a Santíssima Virgem, “a oração é uma condição estabelecida pelo próprio Deus para a obter esta graça."
“Então, Mãe santíssima – disse o sacerdote – ensinai-me como quereis que se vos peça!"
Foi então que o Bem-aventurado Luís-Eduardo Cestac recebeu a oração “Augusta Rainha dos céus". “Meu primeiro dever – disse ele – era apresentar esta oração a Monsenhor La Croix, bispo de Bayonne, que se dignou a aprová-la. Cumprido este dever, fiz imprimir 500.000 cópias, e providenciei que fossem distribuídas em todos os lugares. (...) Não devemos esquecer que, da primeira vez que as imprimimos, a máquina impressora chegou a quebrar duas vezes".
Esta oração foi indulgenciada pelo Papa São Pio X no dia 8 de julho de 1908. Recomenda-se que seja aprendida de cor: 

Oração revelada ao Bem-aventurado Padre Louis-Edouard Cestac (13 de janeiro de 1864) 
Augusta Rainha dos céus, soberana mestra dos Anjos, 
Vós que, desde o princípio, recebestes de Deus 
o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás, 
Nós vo-lo pedimos humildemente, 
Enviai vossas legiões celestes para que, 
sob vossas ordens, e por vosso poder, 
Elas persigam os demônios, combatendo-os por toda a parte, 
Reprimindo-lhes a insolência, e lançando-os no abismo. 
Quem é como Deus? 
Ó Mãe de bondade e ternura, 
Vós sereis sempre o nosso Amor e a nossa esperança. 
Ó Mãe Divina, 
Enviai os Santos Anjos para nos defenderem, 
E repeli para longe de nós o cruel inimigo. 
Santos Anjos e Arcanjos, 
Defendei-nos e guardai-nos. Amém.
Fonte: padrepauloricardo.org

Santa Mônica, Mãe de Santo Agostinho



Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever:“Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica é o exemplo claro do poder da oração das mães pelos filhos. Ela nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.
Deus estabeleceu uma lei: precisamos pedir a Ele as graças necessárias em nossa vida, para sermos atendidos. Jesus foi enfático: “E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.  Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (Lc 11,8-10). Quem não pede não recebe.
Jesus disse isso depois de contar aquele caso do vizinho que bateu na porta da casa do outro para pedir um pouco de pão à meia noite, porque tinha recebido uma visita e estava sem pão. Como o outro não quis atendê-lo, Jesus disse: “Eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.
Ora, o que Jesus está querendo nos ensinar com isso?
Que devemos fazer o mesmo com Deus. Importuná-lo! Mas, por que Deus faz assim? É para saber se de fato confiamos Nele; se temos fé de verdade, como aquela mulher cananeia, que não era judia, mas que pediu com insistência que curasse o seu filho endemoniado  (Mt 15, 22). Se a gente pede uma vez ou duas, e não recebe, e não pede mais, é porque não confiamos Nele.
Santo Agostinho ensinou o seguinte: “Deus não nos mandaria pedir, se não nos quisesse ouvir.  A oração é uma chave que nos abre as portas do céu.  Quando vires que tua oração não se apartou de ti, podes estar certo de que a misericórdia tão pouco se afastou de ti. Os grandes dons exigem um grande desejo porquanto tudo o que se alcança com facilidade não se estima tanto como o que se desejou por muito tempo. Deus não quer dar-te logo o que pedes, para aprenderes a desejar com grande desejo”.
Ninguém como ele entendeu a força da oração de uma mãe por seu filho; pois durante vinte anos sua mãe, Santa Mônica, rezou pela conversão dele, e conseguiu. Ele mesmo conta isso no seu livro “Confissões”.
Ele disse que sua mãe ia três vezes por dia diante do Sacrário em Hipona, e pedia a Jesus que seu Agostinho se tornasse “um bom cristão”. Era tudo que ela queria, não pedia que ele fosse um dia padre, bispo, santo, doutor da Igreja e um dos maiores teólogos e filósofos de todos os tempos. Mas Deus queria lhe dar mais. Queria de Agostinho esse gigante da Igreja, então, ela precisava rezar mais tempo e sem desanimar. E Santa Mônica não desanimou, por isso temos hoje esse gigante da fé. Fico pensando se ela parasse de rezar depois de pedir durante 19 anos… Não teria o seu filho convertido. E nós não teríamos o Doutor da Graça.
Quando Agostinho deixou a África do Norte, e foi ser o orador oficial do imperador romano, em Milão, ela foi atrás dele. Tomou o navio, atravessou o Mediterrâneo, e foi rezar por seu filho. Um dia, foi ao bispo de Milão, em lágrimas, dizer-lhe que não sabia mais o que fazer pela conversão de seu Agostinho, que o bispo bem conhecia por sua fama. Simplesmente o bispo lhe respondeu: “Minha filha, é impossível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas”.
E aconteceu. Santo Agostinho, ouvindo as pregações de Santo Ambrósio, bispo de Milão, se converteu; foi batizado por ele, e logo foi ordenado padre, escolhido para bispo, e um dos maiores santos da Igreja. Tudo porque aquela mãe não se cansou de rezar pela conversão de seu filho… vinte anos!
Santo Agostinho disse nas “Confissões” que as lágrimas de sua mãe diante do Senhor no Sacrário, eram como “o sangue do seu coração destilado em lágrimas nos seus olhos”.  Que beleza! Que fé!
É exatamente o que a Igreja ensina: que nossa oração deve ser humilde, confiante e perseverante. Humilde como a do publicano que batia no peito e pedia perdão diante do fariseu orgulhoso; confiante como a da mãe cananeia e perseverante como a da mãe Mônica. Deus não resiste às lágrimas e as orações de uma mãe que reza assim.
Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.
O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”. Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo.
Prof. Felipe Aquino

Nossa Senhora das Dores


Celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucificação de Jesus
“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucificação de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.
A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucificação , morte e sepultura de Jesus Cristo.
Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.
A sensibilidade de piedosa compaixão do povo cristão está eloquentemente expressa no quadro da Pietá. Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. É o momento que se reveste da incomensurável dor uma paixão humana e espiritual única: a conclusão do sacrifício de Jesus Cristo, cuja morte sobre a cruz é o ponto culminante da Redenção. 

Mas como a morte de Cristo está já implícita, como em embrião, desde os primeiros momentos de sua existência de homem, também a com-paixão está implícita no inicial: “Faça-se em mim segundo a tua palavra.” Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida. Eis porque a imagem da pietá típica da arte gótica e do Renascimento (a mais conhecida é a escultura de Michelangelo) exprime só um momento desta dor da Virgem Mãe. 

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a deposição da cruz, a sepultura. Mas como o objetivo do martírio de Maria é o martírio do Redentor, desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre a compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais. 

Em 1667 a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII tinham instituído a “Companhia de Maria Dolorosa”) obteve a aprovação de celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro. 

Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a uma simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. 

Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria.

Natividade de Nossa Senhora, celebramos o nascimento da Mãe de Jesus




Natividade de Nossa Senhora



Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe 
do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus
Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o
Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes
que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída
com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.
Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor,
por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos
Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e
Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e
orações, alcançaram esta graça de Deus.
De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos
séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua
vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é 
feito com os outros santos.
Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento,
o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo:
a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.
Nossa Senhora, rogai por nós!

Consagração dos filhos a Nossa Senhora


Ó boa Mãe, três vezes admirável, tu que és a Mãe do Filho de Deus e que adotaste a nós como teus filhos, compreendes muito bem quão sublime, grandiosa e bela é a missão que nos foi confiada como pais de família. Nas nossas mãos, Deus colocou o futuro da Igreja e da sociedade. A nós deu o poder de colaborar com Ele na criação, educação e formação dos homens de amanhã.
Cientes de nossa responsabilidade e conhecendo a realidade da vida, sentimo-nos incapazes de, por nós próprios, realizar a grande missão que nos foi confiada.
Por isso, Mãe, cheios de confiança, ajoelhamo-nos diante de ti, para confiar-te e consagrar-te os nossos filhos. Tu bem sabes a quantos perigos eles estão expostos e como o mundo e o demônio os perseguem, querendo destruir neles a sua dignidade de filhos de Deus e lançá-los na lama do pecado! Mãe, suplicamos-te humildemente: vem em auxílio dos nossos filhos e revela nestes a tua admirável arte de educar! Acolhe-os no teu bondoso coração, assiste-os e ampara-os em todas as dificuldades, sobretudo nas horas de tentação. Conserva-os puros e ensina-lhes a lutar sempre pelo bem. Estende-lhes a tua mão e guia-os para Deus.
Afasta-os das más companhias e livra-os de todo o mal. Guarda neles a graça santificante que receberam no batismo e não permitais que venham ofender Deus pelo pecado grave.
Querida Mãe, zela por nossos lares e por nossos filhos. Cuida que jamais nos falte o pão material e o alimento espiritual. Fazei crescer em todos nós a fé, a esperança e a caridade. Suscita entre nós costumes cristãos, de oração, prática de boas obras e espírito de sacrifício. Ajuda-nos a ter sempre atitudes cristãs, de caridade fraterna, perdão mútuo e solidariedade. Sê tu a Mãe e educadora dos nossos filhos. Que eles vivam realmente como filhos de Deus. Encaminha-os na vocação que o Pai Celeste previu para eles desde a eternidade. Guia-os pela vida e acompanha-os na hora da morte.
Ajuda-nos, Mãe, para que nós, pais, sejamos para os nossos filhos verdadeiras imagens de Deus, a fim de que eles encontrem em nós todo apoio, amor, segurança e compreensão de que necessitam.
Vem, fica conosco no nosso lar. Torna-o semelhante ao lar de Nazaré, onde reine sempre a paz, a união, a alegria e o amor. Amém. (fonte: Canção Nova)

Confiança em Maria


Estejamos confiantes, sempre confiantes, quando invocarmos a Maria. “Ó Virgem fidelíssima – diz Santo Efrém – não temos, nem podemos ter confiança senão em Vós. Se nos abandonardes, que será de nós?” E São Germano põe as seguintes palavras nos lábios de Nossa Senhora: “Eu sou o grande hospital para os enfermos do pecado. Sou a fonte perene da saúde, a ruína do demônio, cidade do refúgio para os que a mim percorrem. Chegai-vos, hauri em mim, com fé, toda abundância das graças”.
Santo Ildefonso, outra voz autorizada, assim se dirige à Virgem: “A Divina Majestade resolver confiar às tuas mãos, ó Maria, todas as graças que determinou conceder-nos”.
Não é, pois, Maria a mediadora de todas as graças? Confiemos muito na sua proteção. Nas tristezas do exílio, desamparados das criaturas que nos desprezam, de nós se esquecem e nos ferem o coração, só Maria Santíssima, só Ela, Mãe carinhosa, não nos abandona! Confiança, confiança em Maria!
“Por que recearmos – escreve São Bernardo – de nos aproximar de Maria? Somos fracos? Ela se mostra doce e suave aos mais pobres e miseráveis. A todos abre o seio da sua Misericórdia. Ao prisioneiro dá liberdade, ao doente, saúde, ao pecador, perdão, ao justo a graça. Ninguém se pode subtrair ao império da sua Misericórdia. Podemos desconfiar ainda, sem a ofender?”
Oh! Hei de bradar sempre: “Maria! Maria” Confio em Vós!”
Trecho retirado do livro: O Breviário da Confiança

Maria é a mulher que na fé venceu todas as barreiras e foi coroada no Céu



Há um livro que nos ensina a viver como Maria: “Imitação de Maria”. São tantas as virtudes da Virgem Maria, que não basta um artigo para descrevê-las. Maria é Aquela que “achou graça diante do Senhor”, a cheia de graça divina: “Entrando o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28).
Por ter sido escolhida por Deus, desde toda a eternidade, para ser a Mãe do Seu Filho encarnado, a Virgem Maria foi concebida sem pecado original e foi assunta ao Céu de corpo e alma. São Luiz de Montfort disse que “Deus reuniu todas as águas e deu o nome de mar; reuniu todas as graças e deu o nome de Maria”. Ela é Mãe de Deus: “Donde me vem esta honra de vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (Lc 1, 43), proclama Isabel, cheia do Espírito Santo.
A primeira lição que a Virgem nos dá é a da entrega absoluta de sua vida a Deus, na fé: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Maria é a mulher que faz a vontade de Deus. Ela não pensou em nada, em si mesma, quando o Anjo anunciou a encarnação do Verbo. Com esta sua doação total ela fere a cabeça do demônio (Gn 3,15) e começa a devastar o seu reino de morte, que será destruído totalmente pelo seu Filho Jesus. Imitemos Maria na entrega de nossa vida a Deus, sem medo dos problemas e das preocupações, na certeza de que Deus cuida de nós como cuidou dela.
Maria é a mais humilde serva do Senhor. Foi sua humildade que atraiu sobre ela os olhos de Deus. “Ele olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,48). Santo Irineu disse que Maria, com sua humildade e obediência, desatou o nó da desobediência de Eva. Ela é para nós, modelo e exemplo de humildade, a virtude mais importante. “Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes” (1 Pe 5,5). Ela é a mulher que mais poderia fazer exigências de glória e de elogios; é a Mãe do Messias salvador, mas se esconde, e se põe a servir.
E, como Deus exalta os humildes, ela cantou: “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1, 48). Imitemos a humildade de Maria, no escondimento, fugindo das glórias e honras humanas, sem querer aparecer e receber elogios e aplausos. Que a nossa glória venha só de Deus. Como disse Santa Catarina de Sena: “Não sejamos ladrões da glória de Deus”. O Salmista disse: “Não a nós Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai glória” (Sl 113,9 ou 115,1 – hebraico).
Deus realizou maravilhas em Maria, fez dela o primeiro Sacrário da Terra, o primeiro templo de Cristo. “Realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome é Santo” (Lc 1,49). E pode fazer também maravilhas em nós, se imitarmos a humildade, fé, abandono e o desprendimento de Maria. Quantos imitaram Maria e fizeram maravilhas para Deus! Seu único apego era Jesus, nada mais. Quando o perdeu em Jerusalém, ficou aflita: “Meu filho, por que fizestes isso, teu pai e eu estávamos aflitos” (Lc 3,48).
Deus é a alegria e o júbilo de Maria. Que seja também o nosso: “Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1,1). Que nossa alegria seja estar perto de Deus, ter Deus como Tudo em nossa vida. “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos. O Senhor está perto…” (Fil 4,4).
Maria é a mulher toda pura, Virgem perpétua, diz o Catecismo (n. 499). “Virgem antes, durante, e depois do parto”, diz Santo Agostinho. Ela é a mãe da pureza e da castidade. Neste mundo enlameado de tanta pornografia, homossexualidade, adultério, fornicação, orgias e coisas semelhantes, a Virgem Maria continua sendo um baluarte da pureza e santidade. Recorramos a ela e imitemos sua pureza para agradar a Deus.
Maria é modelo de mansidão e misericórdia. Mesmo vendo seu Filho divino, santo, ser massacrado pelos criminosos, não levantou a voz para amaldiçoa-los. Apenas entregava Seu Filho à Justiça divina em seu holocausto sangrento. Por isso, Ela é modelo de fé. Mesmo na maior dor, quando a espada de Simeão penetrou seu coração até o fundo, ela não se desesperou, confiou em Deus que de todo mal sabe tirar o bem (cf. Rom 8,28). E entregou-se nas mãos de Deus na hora de sua compaixão diante da paixão de Jesus. Estava de pé aos pés da Sua Cruz, para receber de Jesus cada um de nós como filho seu. “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’” (Jo 19, 26-27).
Se Jesus é o “Homem das dores”, como disse Isaías, Nossa Senhora é a “Mulher das dores”. Desde o início de sua vida, ouviu esta dura sentença do profeta: “E uma espada transpassará a tua alma” (Lc 2, 35). Esta espada a acompanhou durante toda a vida. Nos primeiros dias de vida de Jesus teve de fugir para o Egito (Nossa Senhora do desterro!); atravessando o deserto do Sinai com uma criancinha recém nascida… Um dia perdeu Seu Jesus em Jerusalém e experimentou a aflição por três dias. No caminho do Calvário o encontrou flagelado, coroado de espinhos, carregando uma cruz onde o verá ser crucificado, levantado por três horas na agonia da morte. Que mulher forte! Ela o recebe destruído em seus braços; nem mesmo o pode velar porque era a véspera do Sábado sagrado dos judeus. O sepulta às pressas… e vive a dor da solidão e da saudade! (Nossa Senhora da Soledade!)
Uma lança transpassou o coração do Cristo na Cruz. Uma espada de dor transpassou o coração de Maria no Calvário! (Nossa Senhora do Calvário). Ela nos ensina a sofrer na fé, sem desespero, certa de que “Deus não perde batalhas”. Depois da morte de Jesus, o viu ressuscitado, recebeu o Espírito Santo com os Apóstolos e se tornou Mãe da Igreja. Peçamos a Ela que nos faça pacientes e fervorosos diante dos mais dolorosos sofrimentos de nossa vida, sem nunca desanimar.
Maria é a mulher que serve, diligente. Tão logo recebeu a visita do Anjo e a notícia de que a velha parenta Santa Isabel estava grávida, deixou Nazaré e foi a casa de Isabel, em Ain Karen, para prestar-lhes seus serviços, até que a idosa prima desse a luz. Nas bodas de Caná, ela percebeu o constrangimento do casal. “Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles não tem mais vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse então sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser” (Jo 2, 3-5). E Jesus fez o milagre antes da hora. Ela confia no Seu Filho, sabe que Ele vai fazer alguma coisa. Que nós tenhamos esse mesmo espírito serviçal de Maria, de fé, e de compaixão pelos que estão em dificuldade.
Maria é o exemplo de discípula, que aprende com o Mestre e medita Suas palavras. Por isto, como doce discípula Maria “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2, 19.51). Meditava e as guardava!
Maria é a mulher que na fé venceu todas as barreiras e foi coroada no Céu: “Apareceu em seguida um grande sinal no Céu: uma Mulher revestida de sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1). O Apocalipse descreve que esta mulher “estava grávida e (…) deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações…” (Ap 12, 2.5). “Os justos resplandecerão como o sol” (Mt 13, 43). Como Maria.
Prof. Felipe Aquino

Ano A - Mateus 9,9-13

  S ÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA Festa – Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência. – A alegria da voca...