Virgem do Rosário, de Fátima e do mundo inteiro és Senhora


Em cada aparição de Nossa Senhora, Maria colocou-se como mensageira de Deus para manifestar a vontade do Dele para aquele determinado lugar, naquele específico contexto histórico e transmitir tudo que venha da parte de Deus para seu povo. Assim deu-se a aparição que transformou o passado século.
Era o dia 13 de maio de 1967, em que três crianças brincavam e pastoreavam em um povoado simples de Portugal, a pequenina Fátima. Esse foi o dia e local que o Senhor escolheu para dar ao seu povo a visita doce, maternal e imaculada da Virgem Maria.
 “Andando a brincar com Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.
 – É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.
– Pois sim.
E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar, mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos.
Então Nossa Senhora disse-nos:
– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.
– Sou do Céu.
 (...)
Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos.
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
Em seguida, começou-Se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu”(Memórias da Irmã Lúcia I, 14ª Edição).

Conversão, oração, sacrifícios e arrependimento dos pecados são as palavras chaves de Nossa Senhora para que as pessoas novamente se encontrassem com o Senhor. E hoje, o que a Virgem Maria pede a nós?
Deus está e sempre esteve vigilante às necessidades do seu povo. Ele nos confia uma mãe. Porém, não como uma mãe desatenda e desacreditada nos seus filhos, mas uma Mãe que vem ao encontro dos seus no momento oportuno para comunicar a vontade de Deus e ajudar o seu povo a voltar-se inteiramente ao coração de Deus.
Da mesma forma, o apelo da Virgem Maria, mãe da Misericórdia é que nos voltemos ao Senhor, com o coração contrito e sincero. Ele abre-nos as portas da Misericórdia para que por ela passe todos os seus filhos e filhas. O Senhor não deseja perder nenhum.
A mensagem da Virgem de Fátima é mais atual que nunca. O convite à conversão permanece através dos fortes apelos do Santo Padre, da Santa Igreja e dos acontecimentos que mostram que é necessário converte-nos, mostram que o Senhor quer uma mudança de vida do seu povo. O Ano Jubilar da Misericórdia evidencia isso: “Que a palavra do perdão possa chegar a todos e a chamada para experimentar a misericórdia não deixe ninguém indiferente. O meu convite à conversão dirige-se, com insistência ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida. Penso de modo particular nos homens e mulheres que pertencem a um grupo criminoso, seja ele qual for. Para vosso bem, peço-vos que mudeis de vida. Peço-vos em nome do Filho de Deus que, embora combatendo o pecado, nunca rejeitou qualquer pecador” (Papa Francisco, Misericordiae Vultus).
Este ano, nos preparamos para celebrar os 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima e, poucos dias depois, os 50 anos de Renovação Carismática Católica no mundo, em 2017. Vamos olhar para os sinais e aproveitar o convite e a intercessão da Virgem Maria para que com a graça do Espírito Santo sejamos santos e irrepreensíveis diante do Senhor (cf. Ef 1,4).
Bendito seja Deus que nos deu Maria como mãe; bendita seja a santa Igreja Católica Apostólica Romana que a reconheceu por Nossa Senhora! Que sejamos filhos obedientes às ordens e a promessa da mãe:“Mas a graça de Deus será o vosso conforto”.

A espiritualidade da Sexta-feira Santa


A Sexta-feira Santa é o dia em que se celebra a morte de Cristo

Neste dia que os antigos chamavam de “Sexta-feira Maior”, quando celebramos a Paixão e Morte de Jesus, o silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento. Ao contrário do que muitos pensam, a Paixão não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.
É preciso manter um “silêncio interior” aliado ao jejum e à abstinência de carne. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor de Deus que nos “deu o Seu Filho único para que quem n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). É um dia em que as diversões devem ser suspensas, os prazeres, mesmo que legítimos, devem ser evitados.
Uma prática de piedade valiosa é meditar a dolorosa Paixão do Senhor, se possível diante do sacrário, na igreja, usando a narração que os quatro evangelistas fizeram.

Aprender o quanto é grande o pecado

Outra possibilidade será usar um livro para meditação como “A Paixão de Cristo segundo o cirurgião”, no qual o Dr. Pierre Barbet, francês, depois de estudar por mais de vinte anos a Paixão, narra com detalhes o sofrimento de Cristo. Tudo isso deve nos levar a amar profundamente Jesus Crucificado, que se esvaziou totalmente para nos salvar de modo tão terrível. Essa meditação também precisa nos levar à associação com a Paixão do Senhor, no sentido de tomar a decisão de “gastar a vida” pela salvação dos outros. Dar a vida pelos outros, como o Senhor deu a Sua vida por nós. “Amor só se paga com amor”, diz São João da Cruz.
A meditação da Paixão do Senhor deve mostrar-nos o quanto é hediondo o pecado. É contemplando o Senhor na cruz, destruído, flagelado, coroado de espinhos, abandonado, caluniado, agonizante até a morte, que entendemos quão terrível é o pecado. Não é sem razão que o Catecismo diz que pecado é “a pior realidade para o mundo, para o pecador e para a Igreja”. É por isso que Cristo veio a este mundo para ser imolado como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Só Ele poderia oferecer à Justiça Divina uma oblação de valor infinito que reparasse todos os pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares.

Celebração das 15 horas

O ponto alto da Sexta-feira Santa é a celebração das 15 horas, horário em que Jesus foi morto. É a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Nas leituras, meditamos a Paixão do Senhor, narrada pelo evangelista São João (cap. 18), mas também prevista pelos profetas que anunciaram os sofrimentos do Servo de Javé. Isaías (52,13-53) coloca, diante de nossos olhos, “o Homem das dores”, “desprezado como o último dos mortais”, “ferido por causa dos nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes”. Deus morreu por nós em forma humana.
Neste dia, podemos também meditar, com profundidade, as “sete palavras de Cristo na cruz” antes de sua morte. É como um testamento d’Ele:
“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”
“Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe”
“Tenho Sede!”
“Eli, Eli, lema sabachtani? – Meus Deus, meus Deus, por que me abandonastes?”
“Tudo está consumado!”
“Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”.
À noite, as paróquias fazem encenações da Paixão de Jesus Cristo com o sermão da descida da cruz; em seguida, há a Procissão do Enterro, levando o esquife com a imagem do Senhor morto. O povo católico gosta dessas celebrações, porque põe o seu coração em união com a Paixão e os sofrimentos do Senhor. Tudo isso nos ajuda na espiritualidade deste dia. Não há como “pagar” ao Senhor o que Ele fez e sofreu por nós; no entanto, celebrar com devoção o Seu sofrimento e morte Lhe agrada e nos faz felizes. Associando-nos, assim, à Paixão do Senhor, colheremos os Seus frutos de salvação. (fonte: Canção Nova - Prof Felipe Aquino).


As dores de uma mãe


As dores de uma mãe são como espada transpassada na alma

“E uma espada transpassará a tua alma” (Lucas 2,35) disse Simeão à Maria, mãe de Jesus, ao profetizar sobre os momentos dífíceis que ela haveria de passar.
Por amor, não existe cruz que não possa ser carregada ou momentos difíceis que não possam ser superados. Ao vivenciarmos a Procissão do Encontro somos convidados a meditar as dores de uma mãe e seu filho que ali em meio a multidão nos levam a entender o que realmente é confiar.
Na noite desta quarta-feira, 23, o silêncio no santuário do Pai das Misericórdias foi quebrado pela oração. Nos olhos atentos de cada pessoa ali presente foi possível compreende uma pequena fração daquele grande mistério, em que Virgem das Dores e seu filho Jesus nos levam a refletir sobre nossas sofrimentos. Para uma mãe, muitas vezes é difícil entender a dor da perda, sentimento pelo qual jamais se imagina passar.
Marilene tem três filhos e em suas orações pede a Deus que se lembre de cada um deles e faz da Virgem das Dores seu modelo de mãe e mulher: “A gente sente uma vontade muito grande de ser como ela”, afirmou Marilene.
De alguma, forma vivenciar esse encontro nos leva a adentrar no sofrimento vivido por mãe e filho, Maria em seu semblante deixa claro o quanto é doloroso ver o filho que ela concebeu, criou e amou, desfigurado com sua cruz caminhando até o calvário.
Para viver bem esse momento é preciso uma entrega total, Thilda Menezes é baiana, mãe e avó, afirma ser mãe duas vezes, ela do início ao fim da procissão permaneceu com o neto no colo.
A cada dor refletida ela se identificava quase que de imediato e como Maria que não deixou seu filho e que em todo momento se fez presente durante o sofrimento vivido por Ele, Thilda conta que se sentiu literalmente mergulhada naquele mistério.
“No momento que Nelsinho falava senti como se estivesse ali com Jesus, eu lhe dizia: eu estou aqui, eu estou aqui Jesus! E com Ele me coloquei a caminhar rumo ao calvário, como mãe que não deixa seu filho. Não há lugar mais seguro que os braços da mãe”, destacou Thilda ao falar dos filhos da como exemplo a maneira com que seu neto está deitado em seu colo.
“Quando eles são pequenos a gente leva no braço, a gente cuida, mas chega uma hora que a gente não pode mais estar com os filhos nobraço, mas ainda sim quer proteger como se tivesse. Mas não pode né”, afirmou a senhora.
Durante a oração a avó permanece com olhos fechados e segurando firmemente seu neto, nem mesmo a chuva que caia fora do Santuário e os relampagos que insistiam em mostrar sua força, foram capazes fazê-la esquecer aquele momento.
“Aos poucos fui lembrando dos meus outros netos, da minha família e das situações que a gente vive que acabam sendo também um calvário. Tem momentos que a gente pode resolver as coisas com a mão, faz isso ou faz aquilo, mas os momentos que a gente não pode, é preciso lembrar que tenho Nossa Senhora e Jesus que me fazem permanecer confiante, que eles possam providenciar tudo. É entrega, o que a gente não pode fazer é pedir a Deus que faça, é acreditar que Ele está a frente de tudo.
No decorrer da procissão, somos convidados a fazerem um momento de profunda espiritualidade e meditar o Sermão das Sete Palavras de Cristo e as sete dores da Mãe de Deus.
Sobre a procissão
A Procissão do Encontro é um momento de profunda espiritualidade em que as pessoas são convidadas a meditarem o Sermão das Sete Palavras de Cristo e as sete dores da Mãe de Deus.
Na Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), este evento ocorreu na noite desta quarta-feira, 23, às 18h, no Santuário do Pai das Misericórdias.
Na primeira palavra, “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem (Lucas 23, 34a)”, o diácono Nelsinho Corrêa convidou os participantes a refletirem sobre a atitude que possuem quando ofendidos e caluniados e assim, como Cristo, os incentivou a corresponderem com amor. Quanto a primeira dor de Maria indicada pela profecia de Simeão – “E uma espada transpassará a tua alma” (Lucas 2:35) -, diácono Nelsinho convidou, de maneira especial, as mães a entregarem seus filhos a Nossa Senhora das Dores.
Já na segunda palavra – Hoje estarás comigo no paraíso (Lucas 23,43), padre Márcio Prado instigou as pessoas a perdoarem umas as outras assim como Cristo perdoou o ladrão na Cruz. A dor de Maria causada pela perseguição de Herodes e a fuga para o Egito, o sacerdote clamou por todas as famílias do mundo todo.
Na terceira palavra – Mulher, eis aí o teu filho, filho, eis aí a tua mãe (João 19, 26-27), diácono Gilberto pediu que os fieis acolhessem Maria como a própria mãe. Ao meditar a terceira dor de Nossa Senhora dada pelo encontro com Seu filho carregando a Cruz, o religioso explicou que o sofrimento de Cristo será válido a partir do momento que cada cristão assumir a salvação para si. A terceira dor meditada foi a perda do menino Jesus no templo.
Com a quarta palavra, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? (Marcos 15-34), padre Marcos Valadares pediu que os presentes entregassem a vida a Cristo, mesmo quando se sentem desamparados pelo mesmo. Ao meditar a quarta dor de Nossa Senhora dada pelo encontro com Seu filho carregando a Cruz, o religioso explicou que o sofrimento de Cristo será válido a partir do momento que cada cristão assumir a salvação para si.
“Tenho sede” (João 19,39a), foi a quinta palavra a qual padre Clayton explicou que a sede dita por Cristo se dá na sede de almas, sede de amor da humanidade para com Ele. Segundo o presbítero, a dor da Mãe de Deus recorrente da crucificação do filho, é um momento único em que uma mãe vê seu filho morrer, diante disso, ele convidou as pessoas entregarem todas as situações da vida que não possuem respostas.
Na sexta palavra, “Tudo está consumado” (João 19,30a), padre João Marcos propôs aos participantes que se entregassem por completo a Deus. A sexta dor de Maria se deu ao receber nos braços o corpo de Jesus descido da Cruz.
Por fim, ao refletir a sétima palavra – “Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23,46b) e última dor de Maria quando ela deposita Jesus no sepulcro, diácono Nelsinho Corrêa finalizou entregando todo o país nas mãos de Deus.
A procissão encerrou-se em profundo silêncio atendendo o convite feito pela Igreja Católica para que todo cristão vivencie a Semana Santa tempo voltado à reflexão e introspecção. (Fonte - Canção Nova)

Nossa Senhora das Dores



Nosssa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.                         

O culto

O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na então Germânia, hoje, Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores como hoje a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença, na Itália, no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria, uma ordem profundamente mariana.

As sete dores de Nossa Senhora

1.       A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
2.       A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
3.       O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
4.       O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
5.       O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
6.       Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
7.       O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Imagem de Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto. Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa). Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando assim origem à famosa escultura chamada Pietà.

Nossa Senhora das Dores, mãe de todos os homens

Foi aos pés da Cruz, quando Maria viveu a sua dor mais crucial, que ela recebeu do Filho a missão de ser a Mãe de todos homens, Mãe da Igreja (Corpo Místico), Mãe de todos os fiéis. Foi naquele momento de dor que Jesus disse a ela: Mãe, eis aí o teu filho (este filho está simbolizando a todos os fiéis). Foi nesse mesmo momento que Jesus disse a São João, que ali representava a todos nós: Filho, eis aí tua mãe.É por isso que a devoção a Nossa Senhora das Dores se reveste de grande importância para todos os cristãos.

Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores

Nas revelações dadas a Santa Brígida, aprovadas pela Igreja Católica, vemos sete graças maravilhosas que Nossa Senhora prometeu a quem rezar a cada dia sete Ave-Marias em honra de suas Sete dores, fazendo uma pequena meditação sobre essas dores. As promessas são as seguintes:
1ª - Porei a paz em suas famílias.  2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.  3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.  4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.  5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.  6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.  7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhes-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria. 

Promessas de Jesus a Santo Afonso

Santo Afonso Maria de Ligório recebeu revelações em que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.  3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.  4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que delas disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.

Terço de Nossa Senhora das Dores

Rosário das Lágrimas, ou, Terço das Lágrimas, ou Terço de Nossa Senhora das Dores é também um símbolo de Nossa Senhora das Dores. Ele tem 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada. Cada uma dessas sete partes representa uma das sete dores de Nossa Senhora. Contempla-se uma Dor de Maria e reza-se um Pai Nosso e sete Ave-Marias.

Oração a Nossa Senhora das Dores

Esta é a oração inicial do terço de Nossa Senhora das Dores.
Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares, graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos mérito de Vossas Dores e lágrimas, a graça...(pedir a graça). Amém.
Em seguida, reza-se o Terço das Dores, contemplando cada Dor e rezando 1 Pai Nosso e 7 Ave Marias em cada dor contemplada.

Maria nas Bodas de Caná


“Três dias depois, celebravam-se as bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos.
Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho.
Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse, então, sua mãe aos serventes: ‘Fazei o que ele vos disser’. Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas.
Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima.Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram.
Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.
Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.” João 2, 1-11

Três dicas para trilhar o percurso de Maria e permanecer de pé diante da cruz

Maria nos ensina, através deste evento, a como chegar aos pés da cruz. Maria fez um percurso de fé. Ela encontrou o Cristo Menino no seu ventre, ela encontrou o Cristo no início da manifestação dos milagres de Jesus. Não tem como estar agarrado a cruz de Cristo se, primeiro, eu não encontrá-Lo.

Primeiro: Atenção de Maria

“Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho.” (João 2, 2). Maria era mulher, e como mulher foi na cozinha, ela, atenta, percebeu que faltava vinho.
Quem encontra o Cristo fica atento às necessidades alheias. Quem não O encontra, fica preso às própria necessidades.Quem encontra a Cristo fica atento ao que acontece à sua volta, mas vai encontrar, também, as necessidades do outro.
Quem encontra com o Cristo tem os mesmos sentimentos de Cristo. Foi com Ele que Maria aprendeu. Percebendo que faltava o vinho, Maria não foi fofocar sobre a desorganização, ou que faltava vinho, mas ela foi apresentar as necessidades de um outro a Deus.
A Carta Encíclica “Deus Caritas Est”, afirma: CARTA ENCÍCLICA DEUS CARITAS EST  “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.”
É preciso encontrar o Cristo e permanecer.

Segundo: Testamento de Maria

“Disse, então, sua mãe aos serventes: ‘Fazei o que ele vos disser’” (João 2, 5).
Não ouvimos mais a voz de Maria, porque ela deixou o testamento aqui. Ela não via o milagre, mas ela acreditou. Quem encontra o Cristo tem o testamento: Eu não vejo, mas acredito.
Quando Maria pediu para Jesus fazer o milagre, Ele disse: “Minha hora ainda não chegou”. Mas, ainda assim, Maria acreditou.
Alguém que encontrou o Cristo e que quer permanecer com Cristo, sua vida precisa falar: “fazei tudo o que Ele vos disser”. Maria não falou: “faça o que eu quero”. Nao! Maria falou: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Nesse testamento, ela apontou quem é o Senhor. Porque ela foi a primeira evangelizadora, porque ela anunciou.
Quem encontra o Cristo não se contém, mas transborda para os outros. Quem encontra com o Cristo, evangeliza.

Terceiro: o desejo de Maria

O desejo de Maria era que todos soubessem quem era Jesus. Ela não falou: “ Ele é o Messias”, ela só falou: “fazei tudo o que Ele vos disser”. “Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era – se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água -, chamou o noivo”(João 2, 9).
O desejo de Maria é que trilhemos o percurso de fé para chegarmos aos pés da cruz. Aqueles serventes sabiam quem tinha realizado o milagre. Agora eles sabiam quem era Jesus.
Quem encontra o Cristo sabe fazer manifestação sem fazer barraco. Quem encontra o Cristo sabe quem é, e por isso, não tem medo de oposição. Maria não fez barraco. Quem encontra com o Cristo não é corrupto, quem encontra com o Cristo sabe o seu lugar. Maria poderia procurar na festa de Caná os noivos, mas ela não quis causar tumulto, barraco. Maria indicou, conduziu. Cristo não precisaria de Maria, mas Cristo quis precisar de Maria. Seria mais difícil este percurso sem Maria.
Se Jesus quis usar da gente, de um pregador, para levar Sua palavra, imagine a sua mãe!
Para estar de pé na cruz é preciso viver a atenção, o testamento e o desejo de Maria.
Fonte: Padre Anderson Marçal –  arquivo cancaonova.com

Onze coisas que todo católico deve saber sobre a Quarta-feira de Cinzas



Início da Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa, que começou na quarta-feira, 10, recordamos algumas coisas essenciais que todo católico precisa saber para poder viver intensamente este tempo.
1.- O que é a Quarta-feira de Cinzas?
É o primeiro dia da Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a Igreja chama os fiéis a converter-se e a preparar-se verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa.
A Quarta-feira de Cinza é uma celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final da Missa, abençoam e impõem as cinzas obtidas da queima dos ramos usadas no Domingo de Ramos do ano anterior.
2.- Como nasceu a tradição de impor as cinzas?
A tradição de impor a cinza é da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na cabeça e se apresentavam ante a comunidade com um “hábito penitencial” para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.
A Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos quase 400 anos d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma impõe as cinzas no início deste tempo.
3.- Por que impõem as cinzas?
A cinza é um símbolo. Sua função está descrita em um importante documento da Igreja, mais precisamente no artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia:
“O começo dos quarenta dias de penitência, no Rito romano, caracteriza-se pelo austero símbolo das Cinzas, que caracteriza a Liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Próprio dos antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica, o gesto de cobrir-se com cinza tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus. Este não era um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal. Devem ajudar aos fiéis, que vão receber as Cinzas, para que aprendam o significado interior que este gesto tem, que abre a cada pessoa a conversão e ao esforço da renovação pascal”.
4. O que simbolizam e o que recordam as cinzas?
A palavra cinza, que provém do latim "cinis", representa o produto da combustão de algo pelo fogo. Esta adotou desde muito cedo um sentido simbólico de morte, expiração, mas também de humildade e penitência.
A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” (Gn 2,7); “até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).
5.- Onde podemos conseguir as cinzas?
Para a cerimônia devem ser queimados os restos dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Estes recebem água benta e logo são aromatizados com incenso.
6.- Como se impõe as cinzas?
Este ato acontece durante a Missa, depois da homilia e está permitido que os leigos ajudem o sacerdote. As cinzas são impostas na fronte, em forma de cruz, enquanto o ministro pronuncia as palavras Bíblicas: “és pó e em pó te tornarás” ou “convertam-se e cream no Evangelho”.
7.- O que devem fazer quando não há sacerdote?
Quando não há sacerdote, a imposição das cinzas pode ser realizada sem Missa, de forma extraordinária. Entretanto, é recomendável que antes do ato participem da liturgia da palavra.
É importante recordar que a bênção das cinzas, como todo sacramental, somente pode ser feita por um sacerdote ou um diácono.
8.- Quem pode receber as cinzas?
Qualquer pessoa pode receber este sacramental, inclusive as não católicas. Como explica o Catecismo (1670 ss.) “sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela”.
9.- A imposição das cinzas é obrigatória?
A Quarta-feira de Cinzas não é dia de preceito e, portanto, não é obrigatória. Não obstante, nesse dia muitas pessoas costumam participar da Santa Missa, algo que sempre é recomendável.
10.- Quanto tempo é necessário permanecer com a cinza na fronte?
Quanto tempo a pessoa quiser. Não existe um tempo determinado.
11.- O jejum e a abstinência são necessários?
O jejum e abstinência são obrigatórios durante a Quarta-feira de Cinzas, como também na Sexta-feira Santa, para as pessoas maiores de 18 e menores de 60 anos. Fora desses limites, é opcional. Nesse dia, os fiéis podem ter uma refeição “principal” uma vez durante o dia.
A abstinência de comer carne é obrigatória a partir dos 14 anos. Todas as sextas-feiras da Quaresma também são de abstinência obrigatória. Outras sextas-feiras do ano também, embora segundo o país pode ser substituído por outro tipo de mortificação ou oferecimento como a oração do terço.
Fonte ACI Digital.

Nossa Senhora de Lourdes


Nossa Senhora de LourdesA Virgem Maria se apresentou como a Imaculada Conceição, confirmando assim o dogma decretado anos antes

Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.
“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.
Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.
Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.
Lá, onde as multidões afluem, o clero e vários Papas lá estiveram. Agora, temos a graça de ter o Papa Francisco para nos alertar sobre este chamado.
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!
Fonte: Canção nova.



Ano A - Mateus 9,9-13

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