Somos seduzidos por fraqueza ou escolhemos pecar?

Nossa consciência, lugar onde Deus habita, nos inquieta; ainda assim, 
muitas vezes, fazemos o mal. Isso é resultado de nossa fraqueza ou de 
nossa livre escolha?


13 de maio - Nossa Senhora de Fátima


Segundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em três ciclos: 
Angélico, 
Mariano e 
Cordimariano.
O Ciclo Angélico se deu em três momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois como o Anjo de Portugal e, por fim, o Anjo da Eucaristia.
Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando a Santíssima Virgem Maria se apresentou mais brilhante do que o sol a três crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento.
Na Cova da Iria aconteceram seis aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano.
Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam sofrendo por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde mais aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos.
Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do Santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Enfim, por intermédio dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia. A mensagem de Fátima é dirigida ao mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo.
Expressão do Coração Imaculado de Maria que, no fim, irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia: 
“Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!”
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

Nossa Senhora de Fátima, Rogai por Nós


A Mensagem de Fátima é um convite e uma escola de salvação. 
Foi iniciada pelo Anjo da Paz (1916) e completada por Nossa Senhora (1917). 
Foi vivida de maneira histórica pelos Três Pastosinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta.

A mensagem de Fátima sublinha os seguintes pontos:

- a conversão permanente;
- a oração e nomeadamente o rosário,
- o sentido da responsabilidade colectiva e a prática da reparação.

A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado. 

As orações ensinadas em Fátima pelo Anjo e Nossa Senhora ajudam a viver a Mensagem, que, como disse João Paulo II, em Fátima em 1982, é a conversão e a vivência na graça de Deus.

Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe

 

Quando nos consagramos a Nossa Senhora estamos realizando um ato jurídico, estamos dando a ela aquilo que a ela pertence. Nós somos dela. Todo filho pertence à Mãe! É preciso que o filho seja devolvido à Mãe.

Quantas vezes vemos questões jurídicas intrincadas, em que o juiz acaba devolvendo à mãe o filho que lhe pertence. É um direito mais do que natural. Ela o gerou no seu ventre.

É preciso que nós, que somos filhos, sejamos devolvidos a Maria, que é nossa Mãe.É uma questão de direito. Justiça é dar a cada um o que lhe pertence. O filho deve ser devolvido à mãe porque ele pertence a ela. É uma questão de justiça. Nós e todos os seus filhos precisamos ser devolvidos a Virgem Maria, porque é uma questão de justiça: pertencemos a ela. Somos os seus filhos. Ela é nossa Mãe. É urgente, é dever de justiça dar a ela o que é dela: todos os seus filhos.

A Palavra de Deus, em Colossenses 1,15, nos diz que Jesus foi escolhido pelo Pai para ser o Primogênito de todas as criaturas. E o que é um primogênito? Primogênito é o seu primeiro filho no meio dos outros filhos. Na minha casa, por exemplo, eu sou o primogênito, tenho mais cinco irmãos. Porque nós seis somos filhos do mesmo pai e da mesma mãe e eu nasci primeiro, por isso, sou entre eles o primogênito.

No Seu maravilhoso plano, o Pai quis ter uma multidão de filhos, entre os quais quis que Jesus fosse o Primogênito. Quando o Senhor projetou esse plano precisava que Jesus e os Seus demais filhos tivessem uma Mãe. Para que Jesus fosse o Primogênito de todas as criaturas era preciso que a Mãe d'Ele fosse também a Mãe de todos os outros irmãos.

No pensamento de Deus, a primeira criatura projetada foi aquela que Ele escolheu para ser a Mãe do seu Filho, feito homem, e de todos os outros filhos. A primeira de todas as criaturas é Maria. Foi no alto do Calvário que Cristo acabou assinando, não com a tinta, mas com o Seu Sangue, aquela escritura na qual declarava que Maria era nossa Mãe. São João testemunha esse fato no seu Evangelho:

“Vendo assim a sua mãe, e perto dela o discípulo que ele amava, Jesus disse à sua mãe: 'Mulher, eis aí o teu filho'. A seguir, disse ao discípulo: 'Eis a tua mãe'” (João 19, 26-27a)

Nosso Senhor Jesus Cristo estava realizando uma questão jurídica. Ali, no Calvário, Ele assinava com Seu Sangue, derramado naquele momento, e promulgava, com a Sua Palavra, do alto da cruz: “Mulher, eis aí o teu filho, eis a tua mãe”. Estava falando em linguagem jurídica romana, porque era preciso fazer o documento e promulgá-lo.

Desde toda a eternidade, desde que Deus é Deus, desde que o Pai concebeu esse plano maravilhoso: Seu Filho viria a este mundo, se chamaria Jesus e seria o Primogênito de toda criatura. Desde esse momento, Maria já era a escolhida d'Ele para ser a nossa Mãe.

Preste atenção: “Para ser a minha Mãe desde toda a eternidade. Maria já tinha sido escolhida pelo Pai. Mãe de Jesus, minha Mãe e Mãe de todos os meus irmãos, para que Ele fosse o Primogênito de todas as criaturas”.

Proclame:

“Eu pertenço a Maria desde toda a eternidade. Desde quando Deus Pai concebeu esse lindo plano no qual Jesus seria o Primogênito no meio de uma multidão de irmãos, Ele já escolhera Maria para ser a Mãe de Jesus, minha Mãe e Mãe de todos os meus irmãos. Muito obrigado, ó Pai, pela linda escolha! Desde toda a eternidade, antes que eu existisse, Maria já era minha Mãe e eu o seu filho”.


Semana Santa - Sábado Santo

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Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "tudo está consumado".


Vigília Pascal:

Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, 
meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e 
esperando na oração e no jejum sua ressurreição. Todos os elementos 
especiais da Vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: 
a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida. 
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, de 
maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc 12, 
35-36), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu 
Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e 
os convide a sentar à sua mesa. 

Bênção do fogo

Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta
o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida o círio pascal é 
apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o presidente faz nele uma 
cruz dizendo as palavras que falam da eternidade de Cristo. 
Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de 
Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Reden-
ção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade.

Procissão do Círio Pascal

As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o círio
e o ergue por algum tempo proclamando: Eis a luz de Cristo! Todos res-
pondem: Demos graças a Deus!
Os fiéis acendem suas velas no fogo do círio pascal e entram na igreja.
O círio pascal representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de
luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra pro-
metida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa

O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da cele-
bração incensa o círio pascal. Em seguida a Páscoa é proclamada.
Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da
Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos.
Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a
proclamação apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra

Esta noite a comunidade cristã se detém mais que o usual na 
proclamação da Palavra. 
As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor 
chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, per-
correndo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) 
o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).

Liturgia Batismal

A noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os 
sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside nesta noite 
tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível 
a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, chamam-se os catecúmenos, que são apre-
sentados pelos padrinhos à Igreja reunida.

Ladainha de todos os Santos

Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do céu,
reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos
precederam na glória do Cristo ressuscitado.

Bênção da água batismal

Durante a oração o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma 
ou três vezes. Se houver batismo cada catecúmeno renuncia ao 
demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água se trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o 
que fez por meio da água ao longo da História da Salvação, 
implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito 
de vida sobre os batizados.

Renovação das promessas batismais

Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos em 
pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas do batismo, o sacerdote 
asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste 
dia é omitido o creio, em seguida é presidida a oração dos fiéis.

Liturgia Eucarística

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia
central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira
Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu
Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa

O Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, antecede as comemorações 
do domingo de Páscoa, da Ressurreição de Jesus. Durante o dia, a 
Igreja permanece meditando a Paixão e esperando a Ressurreição.

Depois do anoitecer, a Vigília Pascal inicia com a Liturgia da Luz, que começa 
com as luzes da igreja apagadas e a reunião dos fiéis. Abençoa-se o fogo, símbolo 
do esplendor do Ressuscitado. Prepara-se o círio pascal, vela em que o celebrante 
marca uma cruz e as letras Alfa e Ômega, que representam Cristo, Princípio e 
Fim de tudo e de todos. Entre os braços da cruz está o ano em curso. O círio é 
usado em todo o Tempo Pascal, permanecendo na igreja, e durante todo o 
ano em batismos, crismas e funerais, lembrando a todos que Cristo é a luz do 
mundo.

A vela é acesa e segue o antigo rito do Lucernário. Um sacerdote ou
diácono carrega o círio pela igreja escura, parando três vezes e
aclamando: “Lumen Christi” (Luz de Cristo), e a assembleia
responde “Deo Gratias”(Graças a Deus). A vela prossegue pela
igreja e todos acendem velas menores pelo Círio Pascal , represen-
tando a “Luz de Cristo” se espalhando por todos. A escuridão
diminui. Depois de colocada em destaque, a vela é incensada e entoa-se
solenemente o canto Exulted, de tradição milenar. A Igreja pede
que as forças do céu exultem a vitória de Cristo sobre a morte.

Apagam-se as velas e inicia-se a Liturgia da Palavra, composta 
de sete leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de 
toda a História da Salvação.Cada leitura é seguida por um salmo 
e uma oração. Depois de concluir estas leituras, é entoado solene-
mente o Gloria in excelsis Deo (“Glória a Deus nas alturas”). Os 
sinos, sinetas e campainhas da igreja devem ser tocados. É a 
primeira vez que se entoa o “Glória” desde a Quarta-feira de Cinzas, 
com exceção da Quinta-feira Santa. Lê-se um texto da Epístola 
aos Romanos e o Salmo 118.


O “Aleluia” é cantado também de forma muito solene, pois não 
se entoava desde o início da Quaresma. Na Liturgia Batismal, a 
água da pia batismal é solenemente abençoada e pode-se 
haver batizados neste momentos. Depois, todos renovam os 
seus votos batismais e recebem a aspersão da água. A oração 
dos fiéis se segue e a Liturgia Eucarística continua como de 
costume. Esta é a primeira Missa do dia da Páscoa.






Semana Santa - Sexta-Feira da Paixão





Sexta-feira da Paixão  - Mistério de amor

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de 
Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de 
salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de 
João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo 
Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado. Há um ato simbólico 
muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa Cruz, momento 
em que é apresentada solenemente a cruz à comunidade.




Via-sacra

Ao longo da Quaresma muitos fiéis realizam a Via Sacra com uma forma de 
meditar e fazer memória do caminho doloroso que Jesus viveu até a crucifixão
 e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na 
doação e misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias 
e comunidades são realizadas a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição 
de Jesus Cristo, através da meditação das 14 estações da Via Crúcis.


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Nada o detém na sua entrega amorosa




Vamos começar nossa reflexão a partir das palavras que São João usa 
para sintetizar o que aconteceu na Última Ceia e na Paixão de Jesus
“Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” 
(Jo 13, 1).
Amar até o fim significa que, no caminho da sua entrega por nós 
na cruz, Jesus seguiu todas as etapas, sem deixar uma só, e che-
gou até o final. As penúltimas palavras que pronunciou na cruz 
foram: “Tudo está consumado” (Jo 19, 30), antes de clamar: “Pai, 
nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23, 46).
Mas amar até o fim também significa que Cristo, na cruz, nos amou sem 
limite algum, sem recuo algum, sem se poupar em nada, até o extremo. 
Nada limitou o amor do Senhor por nós. Não se deteve em barreiras, não 
O arredou nenhuma dor, nenhum sacrifício, nenhum horror. Acima do Seu 
bem-estar, da Sua honra, 
da Sua vida, colocou a salvação dos que amava, de cada um de nós.
Já pensamos no que é um amor ilimitado? Um amor que não depende 
de nada, nem exige nada, para se dar por inteiro?
O amor de Cristo começa sem que nós O tenhamos amado, não é retri-
buição, é puro dom; e chega até o extremo ainda que nós não o corres-
pondamos, melhor dizendo, no meio de uma brutal falta de correspondên-
cia. Nisso consiste o amor – esclarece São João –: “Não em termos nós 
amado a Deus, mas em que Ele nos amou primeiro e enviou o seu Filho 
para expiar os nossos pecados” (1 Jo 4, 10).


A meditação da Paixão, neste sentido, é transparente. Nenhum sofrimento 
físico aparta Jesus da cruz. Basta que contemplemos – como numa sequência
 rápida de planos cinematográficos – Cristo preso, amarrado, arrastado 
indignamente, esbofeteado, açoitado até a Sua carne se converter numa 
pura chaga, coroado de espinhos, esfolado e esmagado sob o peso da 
cruz e de nossos pecados, cravado com pregos ao madeiro, torturado pela
dor, pela sede, pelo esgotamento... Nada O detém na Sua entrega amorosa.
Podemos projetar também – em flashes consecutivos – a sequência dos sofri-
mentos morais do Senhor, e perceber que tampouco conseguiram afastá-Lo 
de chegar até o fim. É caluniado, ridicularizado, julgado iniquamente, conde-
nado injustamente; alvo de dolorosa ingratidão, de hedionda traição; é ferido 
pela infidelidade, pela falta de correspondência dos que amava e escolhera 
como Apóstolos; é atingido pelas troças mais grosseiras, pelos insultos mais
 ferinos, por escarros e tapas no rosto...
Nada O faz recuar, nem sequer a última humilhação, pois não O deixa-
ram morrer em paz, e desrespeitaram com zombarias e insultos até os 
últimos instantes da Sua agonia. Os que passavam perto da cruz sacu-
diam a cabeça e diziam: “Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”
Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam 
de Jesus nessa hora: “Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! 
Se é rei de Israel, desça agora da cruz e creremos nele; confiou em Deus, que
 Deus o livre agora, se o ama...” (Mt 27, 39-43). Esta doação sem limites de 
Cristo é o Amor que nos salva, o caminho que Ele quis escolher para nos 
livrar do mal, afogando-o em si – no Seu Amor – como num abismo.
Ao mesmo tempo, é um contínuo apelo ao nosso amor. “Quem não amará o 
Seu Coração tão ferido? – perguntava São Boaventura. Quem não retribuirá 
o amor com amor? Quem não abraçará um Coração tão puro? Nós, que so-
mos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o nosso Ferido, a 
quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. 

Peçamos que se digne prender o nosso coração com o vínculo do Seu 
amor e feri-lo com uma lança, pois é ainda duro e impenitente.

Ano A - Mateus 9,9-13

  S ÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA Festa – Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência. – A alegria da voca...