Semana Santa - Sábado Santo

Vela3.jpg

Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "tudo está consumado".


Vigília Pascal:

Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, 
meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e 
esperando na oração e no jejum sua ressurreição. Todos os elementos 
especiais da Vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: 
a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida. 
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, de 
maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc 12, 
35-36), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu 
Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e 
os convide a sentar à sua mesa. 

Bênção do fogo

Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta
o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida o círio pascal é 
apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o presidente faz nele uma 
cruz dizendo as palavras que falam da eternidade de Cristo. 
Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de 
Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Reden-
ção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade.

Procissão do Círio Pascal

As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o círio
e o ergue por algum tempo proclamando: Eis a luz de Cristo! Todos res-
pondem: Demos graças a Deus!
Os fiéis acendem suas velas no fogo do círio pascal e entram na igreja.
O círio pascal representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de
luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra pro-
metida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa

O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da cele-
bração incensa o círio pascal. Em seguida a Páscoa é proclamada.
Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da
Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos.
Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a
proclamação apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra

Esta noite a comunidade cristã se detém mais que o usual na 
proclamação da Palavra. 
As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor 
chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, per-
correndo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) 
o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).

Liturgia Batismal

A noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os 
sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside nesta noite 
tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível 
a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, chamam-se os catecúmenos, que são apre-
sentados pelos padrinhos à Igreja reunida.

Ladainha de todos os Santos

Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do céu,
reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos
precederam na glória do Cristo ressuscitado.

Bênção da água batismal

Durante a oração o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma 
ou três vezes. Se houver batismo cada catecúmeno renuncia ao 
demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água se trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o 
que fez por meio da água ao longo da História da Salvação, 
implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito 
de vida sobre os batizados.

Renovação das promessas batismais

Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos em 
pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas do batismo, o sacerdote 
asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste 
dia é omitido o creio, em seguida é presidida a oração dos fiéis.

Liturgia Eucarística

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia
central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira
Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu
Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa

O Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, antecede as comemorações 
do domingo de Páscoa, da Ressurreição de Jesus. Durante o dia, a 
Igreja permanece meditando a Paixão e esperando a Ressurreição.

Depois do anoitecer, a Vigília Pascal inicia com a Liturgia da Luz, que começa 
com as luzes da igreja apagadas e a reunião dos fiéis. Abençoa-se o fogo, símbolo 
do esplendor do Ressuscitado. Prepara-se o círio pascal, vela em que o celebrante 
marca uma cruz e as letras Alfa e Ômega, que representam Cristo, Princípio e 
Fim de tudo e de todos. Entre os braços da cruz está o ano em curso. O círio é 
usado em todo o Tempo Pascal, permanecendo na igreja, e durante todo o 
ano em batismos, crismas e funerais, lembrando a todos que Cristo é a luz do 
mundo.

A vela é acesa e segue o antigo rito do Lucernário. Um sacerdote ou
diácono carrega o círio pela igreja escura, parando três vezes e
aclamando: “Lumen Christi” (Luz de Cristo), e a assembleia
responde “Deo Gratias”(Graças a Deus). A vela prossegue pela
igreja e todos acendem velas menores pelo Círio Pascal , represen-
tando a “Luz de Cristo” se espalhando por todos. A escuridão
diminui. Depois de colocada em destaque, a vela é incensada e entoa-se
solenemente o canto Exulted, de tradição milenar. A Igreja pede
que as forças do céu exultem a vitória de Cristo sobre a morte.

Apagam-se as velas e inicia-se a Liturgia da Palavra, composta 
de sete leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de 
toda a História da Salvação.Cada leitura é seguida por um salmo 
e uma oração. Depois de concluir estas leituras, é entoado solene-
mente o Gloria in excelsis Deo (“Glória a Deus nas alturas”). Os 
sinos, sinetas e campainhas da igreja devem ser tocados. É a 
primeira vez que se entoa o “Glória” desde a Quarta-feira de Cinzas, 
com exceção da Quinta-feira Santa. Lê-se um texto da Epístola 
aos Romanos e o Salmo 118.


O “Aleluia” é cantado também de forma muito solene, pois não 
se entoava desde o início da Quaresma. Na Liturgia Batismal, a 
água da pia batismal é solenemente abençoada e pode-se 
haver batizados neste momentos. Depois, todos renovam os 
seus votos batismais e recebem a aspersão da água. A oração 
dos fiéis se segue e a Liturgia Eucarística continua como de 
costume. Esta é a primeira Missa do dia da Páscoa.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ano A - Mateus 9,9-13

  S ÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA Festa – Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência. – A alegria da voca...