Saiba como renovar a sua consagração total a Jesus Cristo pelas mãos maternas da Santíssima Virgem Maria.
São Luís Maria Grignion de Montfort recomenda, no “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, que renovemos a consagração todos os anos pelo menos uma vez, no mesmo dia que nos consagramos. Porém, como facilmente esquecemos nossos compromissos, o Santo nos diz que podemos renovar a consagração todos os meses (cf. TVD 233). São Luís Maria diz ainda mais, que podemos renovar nossa consagração todos os dias (cf. TVD 233), com estas breves palavras: “Todo Vosso sou, ó querida Mãe, e tudo o que tenho é Vosso!” (TVD 266), que em latim se diz: Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt!
São Luís Maria nos ensina que para renovar a consagração devemos fazer as mesmas práticas da preparação para a consagração, durante três semanas (cf. TVD 233). Não é necessário fazer novamente os doze dias preliminares para esvaziar-nos do espírito do mundo (cf. TVD 227). Devemos começar a preparação para a renovação da consagração a partir da primeira semana, aplicando todas as nossas orações e atos de piedade para pedir o conhecimento de nós mesmos e a contrição pelos nossos pecados. Devemos fazer tudo em espírito de humildade (cf. TVD 228).
Nesta primeira semana, na busca do conhecimento de nosso fundo mau, Montfort recomenda que leiamos o números 78 e 79 do Tratado. O Santo diz ainda para: “Considerar-se durante os dias dessa semana como caracóis, lesmas, sapos, porcos, serpentes, bodes. Ou meditem estas três palavras de São Bernardo: ‘Pensa no que foste, um pouco de lama; no que és, um vaso de estrume; no que serás, alimento de vermes!’ Pedirão a Nosso Senhor, e ao divino Espírito Santo que os esclareça, repetindo as palavras: ‘Senhor, que eu veja!’ (Lc 18, 41). Ou: ‘Que eu me conheça!’ Ou: ‘Vinde, Espírito Santo!’ (cf. TVD 228). Como na preparação para a consagração, devemos rezar todos os dias a ladainha do Espírito Santo e a oração que se segue (cf. TVD 228). Recorreremos à Santíssima Virgem, pedindo-lhe a grande graça do conhecimento de nós mesmos, que deve ser o fundamento de todas as outras. Para isso, rezaremos todos os dias o hino mariano “Ave Maris Stella” (tradução do latim: Ave, estrela do mar) e a ladainha de Nossa Senhora (cf. TVD 228).
Na segunda semana, como na preparação para a consagração, São Luís pede que nos apliquemos, “em todas as orações e obras de cada dia, a conhecer a Santíssima Virgem” (TVD 229). O Santo recomenda que peçamos este conhecimento de Nossa Senhora ao Espírito Santo e, para isso, podemos ler e meditar o que ele escreveu sobre a Mãe do Senhor. Durante esta semana, devemos rezar, “como na primeira semana, a ladainha do Espírito Santo e o ‘Ave Maris Stella’, ajuntando um Rosário cada dia, ou pelo menos um Terço, por esta intenção” (TVD 229).
Na terceira semana, devemos nos empenhar em conhecer Jesus Cristo. Para adquirir este conhecimento do Senhor, São Luís Maria nos diz que poderemos ler e meditar o que escreveu a respeito de Jesus e ler a oração de Santo Agostinho, que está no número 67 do Tratado. Poderemos dizer e repetir, com Agostinho, mil e mil vezes ao dia: “’Senhor, que eu Vos conheça!’ Ou então: ‘Senhor, fazei que eu veja quem sois Vós!’” (TVD 230). Como nas semanas anteriores, devemos rezar a a ladainha do Espírito Santo e o “Ave Maris Stella”, acrescentando todos os dias a ladainha do Santíssimo Nome de Jesus (cf. TVD 230).
Por fim, ao final dessas três semanas, como na preparação para a consagração, devemos nos confessar. No dia da renovação deve-se comungar com a intenção de nos entregar a “Jesus Cristo na qualidade de escravos de amor, pelas mãos de Maria” (TVD 231). Depois da comunhão, renova-se a consagração dizendo novamente a fórmula da consagração. São Luís não diz, mas recomenda-se que, como na consagração, façamos uma oferta a Jesus Cristo e a Virgem Maria, “quer como penitência da sua passada infidelidade às promessas do Batismo, quer para protestar a sua dependência do domínio de Jesus e Maria. Esse tributo será segundo a devoção e a capacidade de cada um. Poderá ser um jejum, uma mortificação, uma esmola, uma vela. Ainda mesmo que não dessem mais que a homenagem de um alfinete, mas de todo o coração, isso bastaria, pois Jesus só olha a boa vontade” TVD 232).
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