Como um Consagrado a Virgem Santíssima Recebe a Comunhão

Na preparação para a comunhão, devemos:

Antes da Comunhão:


1º – Humilhar-nos profundamente diante de Deus;
2º – Renunciar ao nosso fundo mau, todo corrompido, e às nossas más disposições, embora o nosso amor próprio as faça parecer boas;
3º – Renovar a nossa consagração dizendo: “’Todo Vosso sou, ó querida Mãe, e tudo o que tenho é Vosso!‘ (Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt!)”4;
4º – Suplicar a Virgem Maria que nos empreste o seu Coração de Mãe, para nele receber seu Filho com as disposições dela. 
Pois, a glória de seu Filho exige que não seja recebido num coração tão manchado e tão inconstante como o nosso. Se recebermos o Senhor em nosso coração, este não demorará em fazer-nos perdê-Lo, ou em privar-nos da Sua glória. Mas, se Nossa Senhora quiser vir habitar em nosso coração para receber seu Filho, poderá fazê-lo pelo domínio que tem sobre os corações. Dessa forma, seu Filho será bem recebido, sem mancha nem perigo de ser ultrajado ou perdido. Então, digamos confiantemente a Mãe de Deus que tudo o que lhe oferecemos dos nossos bens é bem pouca coisa para honrá-la. Por isso, desejamos dar-lhe, pela santa comunhão, o mesmo presente que o Pai Eterno lhe deu: seu Filho Jesus Cristo. Deste modo, a Virgem Maria será mais honrada do que se lhe oferecêssemos todos os bens do mundo. Podemos dizer a Virgem de Nazaré que seu Filho Jesus a ama muito particularmente, e que ainda quer ter nela as suas alegrias e o seu repouso, mesmo que agora seja em nossa alma, mais suja e pobre que o estábulo5, onde Jesus não pôs dificuldades em vir, porque ela lá estava. Enfim, peçamos a Nossa Senhora o seu Coração, com estas ternas palavras: “Tomo-Vos como toda a minha riqueza. Dai-me o Vosso Coração, ó Maria!”6.

Durante a Comunhão:
Segundo a devoção ensinada por São Luís Maria, quando se aproximar o momento sublime de receber Jesus Cristo, depois do “Pai-Nosso”, diremos três vezes: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo!7, cada uma delas por uma pessoa da Santíssima Trindade:
1ª – A primeira vez será para dizer ao Pai Eterno que não somos dignos de receber seu Filho Unigênito, por causa dos nossos maus pensamentos e ingratidões para com um Pai tão bom. Mas eis que Maria, a Serva do Senhor, está conosco, representa-nos e dá-nos confiança e esperança singulares junto da Divina Majestade8;
2ª – A segunda vez, diremos ao Filho que não somos dignos de recebê-Lo por causa das nossas inúteis e más palavras, por causa da nossa infidelidade ao Seu serviço. Suplicaremos a Jesus que tenha piedade de nós, porque O introduziremos na casa da sua própria Mãe e nossa. Diremos que não O deixaremos partir sem que venha morar na casa de Maria: “Detive-o e não o deixarei até o introduzir na casa de minha Mãe e no quarto daquela que me gerou”9. Pediremos a Cristo que se levante e venha descansar no lugar do seu repouso, na arca da sua santificação: “Levantai-Vos, Senhor, entrai no Vosso repouso, tu e a arca da tua santidade”10. Não colocaremos nenhuma confiança nos nossos méritos, em nossas forças e na nossa preparação, como Esaú, mas nas mãos de Maria, nossa querida Mãe, como o jovem Jacó se colocou aos cuidados de Rebeca11. Embora pecador e Esaú que somos, ousamos aproximar-nos da santidade do Filho de Deus apoiados e revestidos dos méritos e virtudes de sua Santa Mãe;
3ª – Na terceira vez, diremos ao Espírito Santo que não somos dignos de receber a obra-prima da sua caridade, por causa da tibieza e iniquidade das nossas ações e das nossas resistências às suas inspirações, mas que toda a nossa confiança está em Maria, sua Fiel Esposa. Com São Bernardo, exclamaremos: “Ela é a minha grande confiança, é toda a razão da minha esperança!”12 Neste momento, podemos pedir ao Espírito de Deus que venha mais uma vez a Virgem Maria, sua esposa inseparável; que seu seio é tão puro e seu Coração tão abrasado como sempre; e que sem que Ele desça à nossa alma, Jesus e Maria nela não poderão ser bem acolhidos, nem bem formados.

Depois da Comunhão:
Depois da santa comunhão, interiormente recolhidos, com os olhos fechados, introduziremos espiritualmente Jesus Cristo no Coração de Maria. Nós O daremos “à sua Mãe, que O receberá amorosamente, O instalará honorificamente, O adorará profundamente, O amará perfeitamente, O abraçará com amor e Lhe tributará, em espírito e verdade, várias homenagens que nos são desconhecidas, a nós, envoltos nessas densas trevas”13. Ou então, permaneceremos profundamente humilhados em nosso coração, na presença de Jesus fazendo sua morada em Maria. Ou ficaremos como um escravo à porta do palácio do Rei, onde Ele está a falar com a Rainha e, enquanto Eles falam, sem precisar de nós, iremos em espírito ao Céu e pela Terra inteira para pedir a todas as criaturas que agradeçam, adorem e amem Jesus em Maria, por nós. “Vinde, adoremos, vinde!”14. Ou então, nós mesmos pediremos a Jesus, em união com Maria, a vinda do seu Reino sobre a Terra, por intermédio de sua Santa Mãe. Ou pediremos a Sabedoria Divina, ou o Amor Divino, ou o perdão dos nossos pecados, ou qualquer outra graça, mas sempre por Maria e em Maria. Então diremos, considerando-nos com desconfiança: Senhor, não olheis para os nossos pecados, mas que os Vossos olhos só vejam em nós as virtudes e os méritos de Maria. E, recordando-nos dos nossos pecados, acrescentaremos: “Foi o inimigo que fez isto!”15. Pois, nós mesmos somos o maior inimigo com quem temos que lutar; fomos nós que cometemos estes pecados. Ou então: Livrai-nos, Senhor, do homem perverso e mentiroso16, que somos nós mesmos. Podemos dizer ainda: meu Jesus, é necessário que vós cresçais na minha alma e que nós diminuamos17. Ó Maria, é necessário que cresçais em nós, e que sejamos menores do que nunca! “Crescei e multiplicai-vos”18: ó Jesus e Maria, crescei em nós, e multiplicai-Vos fora de nós nos outros.


O rito de consagração e a bênção das cadeias


Conheça o rito da consagração a Virgem Maria 

e duas fórmulas para a bênção e a

imposição das cadeias.

Neste artigo, apresentamos, de forma simples e resumida, o rito da consagração a Santíssima Virgem Maria e duas fórmulas possíveis para a bênção própria das cadeias ou correntes e a para a sua imposição. São Luís Maria Grignion de Montfort nos ensina – no final do seu clássico e precioso livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria” – quando e como deve ser o rito de consagração[1]. O Apóstolo da Virgem também recomenda que usemos as cadeias ou correntes como sinal da amorosa escravidão a Jesus Cristo e a Nossa Senhora.
O rito da consagração a Jesus por Maria
Quando a consagração é feita durante a Santa Missa, depois da comunhão – que deverá ser feita conforme o número 266 do Tratado – recita-se a fórmula de consagração, de preferência de joelhos. Esta recitação pode ser feita no próprio lugar onde estamos. Pode-se combinar das pessoas que se consagram sentarem num lugar à parte. Mas, também é possível fazer a consagração em frente ao altar, ou a uma imagem de Jesus Cristo ou de Nossa Senhora. A respeito de onde será feita a recitação da fórmula, recomendamos que seja consultado previamente o Sacerdote celebrante, para que não haja dúvidas, imprevistos ou mal-entendidos no solene momento da consagração.
Depois do solene ato de consagração, a pessoa que se consagrou e o Padre – ou outra testemunha – assinam a folha com a fórmula da consagração. Porém, lembramos que ter uma pessoa como testemunha da consagração é facultativo, ou seja, não é obrigatório.
1ª opção de fórmula para bênção e imposição das cadeias
O Padre abençoa as correntes, segundo o rito abaixo:
“Abençoai, Senhor, esta cadeia e aquele que a vai usar toda a vida, como símbolo de entrega total a Vós pelas mãos da Virgem Santíssima”.
Depois, o Sacerdote faz a imposição ou entrega das cadeias:
Recebe ____________ esta cadeia, que voluntariamente quiseste usar e trazer durante toda a tua vida, como símbolo da tua doação total, da tua escravidão de amor à Santíssima Virgem Maria, nossa Rainha, Senhora e Mãe e, por meio d`Ela, a Nosso Senhor Jesus Cristo, para que por Ela te receba e te guarde no Seu Santíssimo Coração, já aqui nesta terra, e das suas mãos te receba, quando entrares na Eternidade.
Que esta cadeia de amor mantenha diante dos teus olhos e do teu coração os votos e promessas do teu Batismo; que sirva para mostrar que não te envergonhas de ser escravo e servo de Jesus Cristo e de Maria Santíssima, e que renunciais à funesta escravidão do mundo, do pecado e do demônio; e que, assim, ela te sirva de garantia e preservação das cadeias do pecado e do demônio.
Que esta prática exterior seja um vivo reflexo do teu totus tuus, da tua vivência da Santa Escravidão de Amor, ou seja, fazer todas as ações por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, a fim de mais perfeitamente as fazeres por Jesus Cristo, com Jesus Cristo, em Jesus Cristo e para Jesus Cristo, para honra e glória da Santíssima Trindade. Amém.
Ao final, o Padre ou o próprio consagrado coloca as cadeias.
2ª opção de fórmula para bênção e imposição das correntes
Bênção e Imposição da Cadeia de Escravidão amorosa e voluntária a Jesus e ao seu Reino nos corações dos homens e na terra:
V: Mostrai-nos Senhor, tua misericórdia.
R: E dá-nos Tua salvação.
V: Escuta, Senhor, minha oração.
R: E chegue a Ti meu clamor.
V: O Senhor esteja convosco.
R: Ele está no meio de nós.
Oremos:
Ó Sabedoria Eterna e Encarnada, ó amabilíssimo e adorável Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Filho único do Eterno Pai e de Maria sempre Virgem, eis que é chegada a hora do vosso Reino no mundo e nos corações dos homens, e em cumprimento de vosso Reino abençoa esta cadeia de caridade que servirá de sinal de escravidão amorosa e voluntária a Vós e ao Vosso Reino nos corações e no mundo, que usarão aqueles que se consagram como vossos fiéis escravos por meio de Maria, para que usando lembrem-se dos votos e compromissos do Batismo, a renovação perfeita das promessas batismais que fizeram por esta devoção, e a estrita obrigação em que estão de se conservar fiéis. Em Nome do + Pai e do + Filho e do Espírito + Santo.
V. Amém.
A continuação asperge-se a cadeia com água benta e depois o impõe na pessoa ou pessoas (a cada um separadamente), dizendo a cada uma:
Recebe esta bendita cadeia de caridade, sinal visível e palpável da vinda e estabelecimento do Reino de Jesus que já chegou e está no meio de nós, para que teu corpo e alma possam participar da mesma escravidão completa em ti.
R: Que assim seja.
Referências:

SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, 231.
Idem, 236-242.
Idem, 231.
Idem, ibidem.




NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO


Neste mês de outubro, meditemos sobre a dignidade de Nossa Senhora e as excelências do Santo Rosário.
Nossa Senhora do Rosário, cuja festa celebramos no mês de Outubro, nos recorda que a devoção mariana é muito querida em toda a Igreja, não somente pelos leigos, mas por todo o novo povo de Deus. Muitos santos e santas foram grandes devotos de Maria e do Rosário, como São Domingos de Gusmão, Santa Teresa d’Ávila, São Luís Maria Grignion de Montfort, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, São Pio de Pietrelcina e tantos outros homens e mulheres de Deus. Muitos Papas também ficaram conhecidos por sua especial devoção a Virgem Maria e ao Santo Rosário. Entre os vários Sumo Pontífices rosarienses, destacamos alguns dos mais importantes: “Sixto V, de feliz memória, aprovou o antigo costume de recitar o Rosário; Gregório XIII instituiu a festa do Rosário; Clemente VIII introduziu-a no Martirológio; Clemente XI estendeu-a a toda a Igreja; e Benedito XIII inseriu-a depois no Breviário Romano”
Nossa Senhora das Vitórias do Rosário

Há uma relação entre a devoção a Nossa Senhora do Rosário e as grandes vitórias em batalhas proeminentes da história do Ocidente. Foi assim logo no princípio do surgimento da oração do Rosário, quando o Conde Simão de Montfort enfrentava os albigenses com o Rosário na mão, e obtinha vitórias desproporcionais enfrentando e vencendo, com mil, a 100 mil homens.
Evidentemente que precisamos levar em conta a mentalidade da época, que considerava a crueldade da guerra um dado cultural, para compreender o significado que estas vitórias têm para nós hoje. Entre as diversas batalhas vencidas, atribuídas à oração do Rosário e à intervenção de Nossa Senhora, destaca-se a Batalha de Lepanto.
No século XVI, o Império Turco, islâmico, crescia espantosamente e tudo empreendia para dominar e destruir os países cristãos da Europa. Diante do perigo iminente, o Papa Pio V convoca uma aliança de contingentes entre as nações européias para enfrentar o inimigo. Contudo havia uma grande desproporcionalidade de forças. Mas Pio V, santo, confiava mais na providência de Deus e na proteção de Maria do que na força das armas. Entregou ao generalíssimo João da Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte de Nossa Senhora do Rosário, que foi hasteado no dia 07 de outubro de 1571, sobre as pequenas esquadras cristãs, que corajosamente avançavam sobre as águas do golfo de Lepanto em direção a numerosíssima frota de Ali-Pachá. Ao final da breve batalha, os inimigos, já derrotados e aprisionados, confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu e incutira-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Enquanto isso, o povo rezava assiduamente o Rosário suplicando pela vitória da armada católica. São Pio V, grande devoto do Rosário, teve uma visão sobrenatural da vitória que só fora confirmada duas semanas depois, com a chegada da boa notícia. Com a Vitória de Lepanto, ficou consagrada, definitivamente, a oração do Rosário na preferência do povo cristão. Para imortalizar este triunfo, Pio V instituiu o dia 7 de outubro para comemorar a festa de Nossa Senhora das Vitórias, cujo nome foi mudado para Nossa Senhora do Rosário pelo seu sucessor, o Papa Gregório XVIII, que reconheceu no Rosário a arma da vitória. Depois de outras vitórias atribuídas à oração do Rosário e ocorridas em outubro, como a de Viena (1683) e de Paterwaradino (1716), o Papa Clemente XI instituiu a festa do Rosário no primeiro domingo de outubro. Hoje ela é celebrada novamente no dia 7.

Histórico do Rosário


A recitação dos Salmos, desde do século IX, continua sendo a oração oficial da Igreja, conhecido como Liturgia das Horas. Os 150 Salmos recitados pelos monges eram assistidos pelos fieis. Contudo, desejavam participarem desta bela prática de oração. Isto, porém, para a época era muito difícil, pois a maioria do povo não tinham acesso ao estudo, poucos sabiam ler e, para decorá-los era impossível.
Foi, então, que um monge teve a iniciativa de recitar 150 Pai-Nossos em substituição aos Salmos. Para contar os Pai-Nossos, os fieis utilizavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas. Mais tarde, passaram a usar um cordão com 150 nós.
Paralelamente à recitação dos Pai-Nossos, foram introduzindo a expressão bíblica da Saudação Angélica e a Exclamação de Isabel, como recitamos hoje na Ave-Maria.
No século XIII, alguns teólogos perceberam que alguns Salmos continha certas profecias sobre os mistérios da redenção. Assim, compuseram uma série de louvores e preces a Jesus e deram o título de “Saltérios de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Por volta do ano 1365, o monge Cartuxo Henrique de Halkar separou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando entre cada dezena um Pai-Nosso.
Mas foi, especificamente, por meio de um frade Dominicano – Alan de Rupe -, em 1470, que teve origem o Rosário com um pensamento recitado junto a cada Ave-Maria.
No século XV, com o Renascimento, houve grandes mudanças no pensamento, nas artes, na vida cristã e na liturgia da Igreja. Era um novo florescimento e, um novo desafio para a Igreja.
O Rosário, também, passa por reformulações. Passa a citar um só pensamento entre cada dezena, relembrando os principais mistérios da redenção. Formando-se assim os 15 mistérios do Rosário. Hoje, de16 outubro de 2003, o Papa, João Paulo II, acrescenta um novo bloco para completar as contemplações do mistério Cristo.

O Rosário no Brasil

No Brasil a devoção ao Santo Rosário foi trazida pelos missionários da colônia e logo se espalhou, principalmente entre os pretos escravos que nele encontravam as orações mais simples e populares: o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Eles usavam o Rosário pendurado ao pescoço e depois dos trabalhos do dia reuniam-se em torno de um “tirador de reza” e ouviam-se, então, no interior das senzalas, o sussurrar das preces dos cativos. O Terço era toda a liturgia dos pobres, dos que não sabiam ler nem escrever, mas que elevavam sua alma na contemplação dos mistérios da vida do Divino Filho de Maria. Uma pergunta se faz: por que os pretos africanos, sofrendo a escravidão, escolheram a Virgem do Rosário como patrona? Alguns historiadores afirmam que os escravos de procedência Banto, principalmente os de Angola e Congo, assim agiram porque a senhora do Rosário já era sua padroeira na África, cujo culto para lá fora levado pelos primeiros missionários que acompanharam a colônia portuguesa. Hoje, no Brasil, existem mais de 100 paróquias dedicadas a ela, e quase todas são muito queridas da população negra.
 


O Rosário Hoje

O Rosário de Maria, é um instrumento eficaz para lembrar e anunciar Jesus de Nazaré como a verdade, a vida e como o único caminho para Deus? Lembramos, ainda, que a oração do Rosário se firma quando à sua prática e à intervenção da Virgem são atribuídas inúmeras vitórias em batalhas dadas como perdidas. A festa litúrgica de Nossa Senhora do Rosário foi instituída para comemorar a vitória na batalha de Lepanto. Estas vitórias têm para nós, hoje, um conteúdo simbólico, isto é, com o terço na mão seremos invencíveis no enfrentamento das árduas lutas da vida na busca da verdade, da justiça e da paz. Também, não podemos esquecer que a devoção a Nossa Senhora do Rosário no Brasil é uma herança dos ancestrais negros, que tiveram uma história de discriminação e exclusão com conseqüências sentidas ainda hoje. Portanto, seja a prática da oração do Rosário para nós um instrumento de consolação e força dos pobres, de inclusão dos marginalizados e de resgate da efetiva fraternidade entre os homens.

DIA de NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - 7 de OUTUBRO


Meditemos os Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.
A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.
Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Canção Nova.

Experimente a Libertação pela Palavra de Deus



Nesta manhã, dia nublado, frio e meio sombrio. O meu interior estava exatamente como a natureza, mas o Senhor veio em meu socorro, pois Ele sabe das minhas necessidades e me ama como filho predileto. Experimentava uma solidão e um vazio, muitas coisas passavam pela minha cabeça, eram dores intensas, porque eu não sei ser pela metade, só sei ser todo. Uma lágrima tão duida e ácida teima em correr pelo rosto, na verdade eu já tinha ido dormir mal, fui tomado pelo Espírito de Deus e peguei essa seqüência de Salmos. Experimentei o poder da Palavra, poder de libertação, de cura, pois eles falavam exatamente o que eu queria dizer para o meu Deus. Senti que muitas coisas ruins e velhas saiam do meu coração, mágoa, ressentimento, decepção, um sentimento de que tinha feito tudo errado, uma sensação de estar no lugar errado, vontade de não continuar, mas O Senhor veio em meu socorro, depois de rezá-los sentia-me livre, liberto.

Salmo 121 O Senhor é o meu guarda e meu vigia.
1. Para os montes levanto os olhos: de onde me virá socorro?
2. O meu socorro virá do Senhor, criador do céu e da terra.
3. Ele não permitirá que teus pés resvalem; não dormirá aquele que te guarda.
4. Não, não há de dormir, nem adormecer o guarda de Israel.
5. O Senhor é teu guarda, o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.
6. De dia, o sol não te fará mal; nem a lua durante a noite.
7. O Senhor te resguardará de todo o mal; ele velará sobre tua alma.
8. O Senhor guardará os teus passos, agora e para todo o sempre.
Então entrei cantando e orando esta canção: “O Senhor é meu guarda meu guarda, o Senhor é meu abrigo sempre ao meu lado, Ele é o guarda de Israel, ô ô ô.
Salmo 122 A alegria de estar na casa do Senhor e na Sua presença.
1. Que alegria quando me vieram dizer: Vamos subir à casa do Senhor…
2. Eis que nossos pés se estacam diante de tuas portas, ó Jerusalém!
3. Jerusalém, cidade tão bem edificada, que forma um tão belo conjunto!
4. Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo a lei de Israel, para celebrar o nome do Senhor.
5. Lá se acham os tronos de justiça, os assentos da casa de Davi.
6. Pedi, vós todos, a paz para Jerusalém, e vivam em segurança os que te amam.
7. Reine a paz em teus muros, e a tranqüilidade em teus palácios.
8. Por amor de meus irmãos e de meus amigos, pedirei a paz para ti.
9. Por amor da casa do Senhor, nosso Deus, pedirei para ti a felicidade.
Salmo 124 A vitoria contra o inimigo, Deus está comigo e é o meu libertador.
1. Se o Senhor não tivesse estado conosco, sim, diga-o Israel,
2. Se o Senhor não tivesse estado conosco, os homens que se insurgiram contra nós,
3. Se o Senhor não tivesse estado conosco, os homens que se insurgiram contra nós;
4. As águas nos teriam submergido. Uma torrente teria passado sobre nós.
5. Então nos teriam recoberto as ondas intumescidas.
6. Bendito seja o Senhor, que não nos entregou como presa aos seus dentes.
7. Nossa alma escapou como um pássaro, dos laços do caçador. Rompeu-se a armadilha, e nos achamos livres.
8. Nosso socorro está no nome do Senhor, criador do céu e da terra.
“Eu vos rendo graças, Senhor, porque vos irritastes; vossa cólera se aplacou e vós me consolastes. Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo, porque minha força e meu canto é o Senhor, e ele foi o meu salvador. Vós tirareis com alegria água das fontes da salvação, e direis naquele tempo: Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, fazei que suas obras sejam conhecidas entre os povos; proclamai que seu nome é sublime. Cantai ao Senhor, porque ele fez maravilhas, e que isto seja conhecido por toda a terra. Exultai de gozo e alegria, habitantes de Sião, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel”. ( Cf.Isaías 12).
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
Pe Luizinho - Canção Nova.

A Palavra tem poder de exorcizar!


“A Palavra de Deus têm o poder de te comunicar a Sabedoria que conduz a salvação pela fé no Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumenta, para corrigir, libertar e educar para a justiça”. (2 Timóteo 3,15-16).
Quando o Pe. Ruffus veio ao Brasil pela primeira vez em setembro de 2000 eu ainda era Diácono e estava na faculdade aprendendo teologia, inclusive tinha as matérias próprias de Sagrada Escritura. Já tinha experimentado o PODER da Palavra de Deus em minha vida e o conhecimento teológico me ajudou muito, mas existiam muitas dúvidas colocadas pela razão das curas e libertações que o próprio Cristo fez nos evangelhos.
O Senhor é minha luz e minha salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é quem defende a minha vida; a quem eu temerei?” (Salmo 27, 1.).
Quando acontecia o acampamento eu ia acompanhando os casos que o Pe. Ruffus atendia sempre muito sereno e equilibrado, rezava calmamente sem tocar nas pessoas. Ele simplesmente pedia que alguém escrevesse a historia de vida da pessoa e ela lia para ele e ali Deus lhe dava o discernimento, ele orava e a graça calmamente acontecia. Ele é sacerdote e é exorcista de encargo recebido pelo Vaticano, ou seja, ele tem autoridade!   Em um dos atendimentos e nas suas pregações descobri que toda a autoridade daquele padre vinha do Sacerdócio de Cristo e da PALAVRA, que ele pregava com simplicidade e muita sabedoria, pois ao rezar por alguém ele pronunciava baixinhas orações e a PALAVRA DE DEUS!
Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo, porque minha força e meu canto é o Senhor, e ele foi para mim libertação”. (Isaías 12).
Numa pregação ele contou o caso de um rapaz que o procurou para que rezasse por ele. Este rapaz tinha participado de todo tipo de ocultismo e o pior tinha feito consagração de sangue numa seita diabólica, tinha raspado a cabeça e ficou em um quarto escuro vários dias, para se tornar um “pai de santo”. O Pe. Ruffus disse: este caso vai ser muito difícil!
Para a surpresa do padre quando rezava não acontecia nada que ele esperava em caso de libertação e exorcismo. Após a sua oração ele perguntou: O que você fez e como você está? O rapaz respondeu: Logo que descobri Jesus e tomei consciência do meu erro, eu pensei o que estou fazendo com a minha vida e comecei a ler a BÍBLIA inteira procurando respostas e já li duas vezes antes desta oração a Bíblia toda. O Pe. Ruffus respondeu: Quem te libertou e exorcizou foi a PALAVRA de DEUS!
Por isso, não é preciso temer força oculta alguma, pois quem está em CRISTO é uma Nova Criatura, vamos manifestar a glória de Deus. Porque “a Sua Palavra tem poder para destruir toda a força contraria à Vontade de Deus na nossa vida. Manifeste a Glória de Deus através da Palavra na sua vida”. (Dei Verbum).
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João 8,32)

Cura interior com a Palavra de Deus (Lucas 24,13-35)




Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito deleQuando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”
Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. (Cf. 24,13-35).
Os discípulos de Emaús expressavam a tristeza de ter perdido a esperança, Jesus era a sua maior esperança de ser o grande libertador de Israel. E eles estavam decepcionados com todo o final da história, estavam presos à cruz e a morte. Esqueceram de todas as promessas do mestre. Andavam de cabeça baixa, sem auto-estima, experimentando o fracasso e tudo isto os levou a cegueira espiritual. Quantas vezes nos encontramos exatamente assim como os discípulos de Emaús, tristes, de cabeça baixa e decepcionados. A decepção tem a capacidade de arrancar a esperança e de instalar no nosso coração o espírito de morte e de fracasso. Vivemos em torno do problema, circulando, patinando em nossa dor, ai também se instala o espírito de auto-piedade: “não tem mais jeito, tudo acabou e não conseguimos ver nenhuma saída!”.
“Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles”. Deus caminha conosco e quer saber o que estamos passando, vivendo, sentindo, ou seja, Ele se interessa pela nossa causa e muitas vezes não enxergamos Jesus que caminha ao nosso lado. Ele não foge da dor e quer que falemos do assunto, Ele não mascara, faz com que a gente enfrente os nossos medos, decepções e fracassos, Ele prepara o terreno para darmos novos passos, enxergar novos horizontes. Jesus cura os nossos corações caminhando conosco, conversando, ou seja, deixa claro que o primeiro passo para cura interior é a oração. Ele usa a Palavra como pedagogia, relembra, refaz a historia com eles, por isso, a Palavra de Deus é outra grande fonte de cura interior: “Fortificai as mãos desfalecidas, robustecei os joelhos vacilantes”. (Isaías 35,3).
Ele utiliza o Amor, a essência de Deus, a presença que cativa, eles já estavam ardendo o coração quando Jesus lhes falava aos pés do ouvido o que mais o coração deles queria ouvir:“Ele esta vivo e esta no meio de nós!” O mestre devolve para eles a esperança, que ficou na dor, na perda, na oração de lamuria pelo caminho. E quando Jesus finge que vai embora, brota do coração deles uma simples e profunda oração: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Entra com eles e realiza um gesto muito conhecido, pega o pão, abençoa e distribui entre eles. Seus olhos se abrem e eles reconhecem o Senhor ao partir do pão. Nesta passagem acabamos de conhecer por excelência a presença de Jesus no meio de nós e a maior fonte de cura interior: A Celebração Eucarística. Este evangelho é uma síntese da celebração Eucarística, inflama os corações dos discípulos e lhes curam toda cegueira e decepção. Faz deles anunciadores corajosos e dispostos a anunciar sem importar que tivessem que fazer o mesmo caminho, mas agora à luz da vitória.
Oração de Cura: Permanece comigo Jesus, pois o dia já declina. Faz o meu coração arder pelo poder de Tua Palavra, poder que pode destruir todas as forças contrarias a Tua vontade na minha vida. Caminha comigo Senhor, mesmo que durante um bom percurso do caminho eu não Te reconheça. Refaz comigo o caminho de reconciliação com a minha história, de perdão, de aceitação e de atitude, pois quero enxergar além do que os meus olhos podem ver. Cura nos passos que dermos todo medo, decepção e fracasso que já vivi em minha vida, pois não quero viver do passado, mas celebrar a vida, para construir no presente o futuro de um coração curado, livre para anunciar que Jesus Cristo ressuscitou e ninguém mais precisa viver na dor, porque em Cristo somos mais que vencedores.
Façamos este caminho de cura interior e deixe seu comentário, pois acredite o Senhor caminha com você!


Ano A - Mateus 9,9-13

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