Neste mês de outubro, meditemos sobre a dignidade de Nossa Senhora e as excelências do Santo Rosário.
Nossa Senhora do Rosário, cuja festa celebramos no mês de Outubro, nos recorda que a devoção mariana é muito querida em toda a Igreja, não somente pelos leigos, mas por todo o novo povo de Deus. Muitos santos e santas foram grandes devotos de Maria e do Rosário, como São Domingos de Gusmão, Santa Teresa d’Ávila, São Luís Maria Grignion de Montfort, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, São Pio de Pietrelcina e tantos outros homens e mulheres de Deus. Muitos Papas também ficaram conhecidos por sua especial devoção a Virgem Maria e ao Santo Rosário. Entre os vários Sumo Pontífices rosarienses, destacamos alguns dos mais importantes: “Sixto V, de feliz memória, aprovou o antigo costume de recitar o Rosário; Gregório XIII instituiu a festa do Rosário; Clemente VIII introduziu-a no Martirológio; Clemente XI estendeu-a a toda a Igreja; e Benedito XIII inseriu-a depois no Breviário Romano”
Nossa Senhora das Vitórias do Rosário
Há uma relação entre a devoção a Nossa Senhora do Rosário e as grandes vitórias em batalhas proeminentes da história do Ocidente. Foi assim logo no princípio do surgimento da oração do Rosário, quando o Conde Simão de Montfort enfrentava os albigenses com o Rosário na mão, e obtinha vitórias desproporcionais enfrentando e vencendo, com mil, a 100 mil homens.
Evidentemente que precisamos levar em conta a mentalidade da época, que considerava a crueldade da guerra um dado cultural, para compreender o significado que estas vitórias têm para nós hoje. Entre as diversas batalhas vencidas, atribuídas à oração do Rosário e à intervenção de Nossa Senhora, destaca-se a Batalha de Lepanto.
No século XVI, o Império Turco, islâmico, crescia espantosamente e tudo empreendia para dominar e destruir os países cristãos da Europa. Diante do perigo iminente, o Papa Pio V convoca uma aliança de contingentes entre as nações européias para enfrentar o inimigo. Contudo havia uma grande desproporcionalidade de forças. Mas Pio V, santo, confiava mais na providência de Deus e na proteção de Maria do que na força das armas. Entregou ao generalíssimo João da Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte de Nossa Senhora do Rosário, que foi hasteado no dia 07 de outubro de 1571, sobre as pequenas esquadras cristãs, que corajosamente avançavam sobre as águas do golfo de Lepanto em direção a numerosíssima frota de Ali-Pachá. Ao final da breve batalha, os inimigos, já derrotados e aprisionados, confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu e incutira-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Enquanto isso, o povo rezava assiduamente o Rosário suplicando pela vitória da armada católica. São Pio V, grande devoto do Rosário, teve uma visão sobrenatural da vitória que só fora confirmada duas semanas depois, com a chegada da boa notícia. Com a Vitória de Lepanto, ficou consagrada, definitivamente, a oração do Rosário na preferência do povo cristão. Para imortalizar este triunfo, Pio V instituiu o dia 7 de outubro para comemorar a festa de Nossa Senhora das Vitórias, cujo nome foi mudado para Nossa Senhora do Rosário pelo seu sucessor, o Papa Gregório XVIII, que reconheceu no Rosário a arma da vitória. Depois de outras vitórias atribuídas à oração do Rosário e ocorridas em outubro, como a de Viena (1683) e de Paterwaradino (1716), o Papa Clemente XI instituiu a festa do Rosário no primeiro domingo de outubro. Hoje ela é celebrada novamente no dia 7.
O Rosário no Brasil
No Brasil a devoção ao Santo Rosário foi trazida pelos missionários da colônia e logo se espalhou, principalmente entre os pretos escravos que nele encontravam as orações mais simples e populares: o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Eles usavam o Rosário pendurado ao pescoço e depois dos trabalhos do dia reuniam-se em torno de um “tirador de reza” e ouviam-se, então, no interior das senzalas, o sussurrar das preces dos cativos. O Terço era toda a liturgia dos pobres, dos que não sabiam ler nem escrever, mas que elevavam sua alma na contemplação dos mistérios da vida do Divino Filho de Maria. Uma pergunta se faz: por que os pretos africanos, sofrendo a escravidão, escolheram a Virgem do Rosário como patrona? Alguns historiadores afirmam que os escravos de procedência Banto, principalmente os de Angola e Congo, assim agiram porque a senhora do Rosário já era sua padroeira na África, cujo culto para lá fora levado pelos primeiros missionários que acompanharam a colônia portuguesa. Hoje, no Brasil, existem mais de 100 paróquias dedicadas a ela, e quase todas são muito queridas da população negra.
Histórico do Rosário
A recitação dos Salmos, desde do século IX, continua sendo a oração oficial da Igreja, conhecido como Liturgia das Horas. Os 150 Salmos recitados pelos monges eram assistidos pelos fieis. Contudo, desejavam participarem desta bela prática de oração. Isto, porém, para a época era muito difícil, pois a maioria do povo não tinham acesso ao estudo, poucos sabiam ler e, para decorá-los era impossível.
Foi, então, que um monge teve a iniciativa de recitar 150 Pai-Nossos em substituição aos Salmos. Para contar os Pai-Nossos, os fieis utilizavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas. Mais tarde, passaram a usar um cordão com 150 nós.
Paralelamente à recitação dos Pai-Nossos, foram introduzindo a expressão bíblica da Saudação Angélica e a Exclamação de Isabel, como recitamos hoje na Ave-Maria.
No século XIII, alguns teólogos perceberam que alguns Salmos continha certas profecias sobre os mistérios da redenção. Assim, compuseram uma série de louvores e preces a Jesus e deram o título de “Saltérios de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Por volta do ano 1365, o monge Cartuxo Henrique de Halkar separou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando entre cada dezena um Pai-Nosso.
Mas foi, especificamente, por meio de um frade Dominicano – Alan de Rupe -, em 1470, que teve origem o Rosário com um pensamento recitado junto a cada Ave-Maria.
No século XV, com o Renascimento, houve grandes mudanças no pensamento, nas artes, na vida cristã e na liturgia da Igreja. Era um novo florescimento e, um novo desafio para a Igreja.
O Rosário, também, passa por reformulações. Passa a citar um só pensamento entre cada dezena, relembrando os principais mistérios da redenção. Formando-se assim os 15 mistérios do Rosário. Hoje, de16 outubro de 2003, o Papa, João Paulo II, acrescenta um novo bloco para completar as contemplações do mistério Cristo.
Foi, então, que um monge teve a iniciativa de recitar 150 Pai-Nossos em substituição aos Salmos. Para contar os Pai-Nossos, os fieis utilizavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas. Mais tarde, passaram a usar um cordão com 150 nós.
Paralelamente à recitação dos Pai-Nossos, foram introduzindo a expressão bíblica da Saudação Angélica e a Exclamação de Isabel, como recitamos hoje na Ave-Maria.
No século XIII, alguns teólogos perceberam que alguns Salmos continha certas profecias sobre os mistérios da redenção. Assim, compuseram uma série de louvores e preces a Jesus e deram o título de “Saltérios de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Por volta do ano 1365, o monge Cartuxo Henrique de Halkar separou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando entre cada dezena um Pai-Nosso.
Mas foi, especificamente, por meio de um frade Dominicano – Alan de Rupe -, em 1470, que teve origem o Rosário com um pensamento recitado junto a cada Ave-Maria.
No século XV, com o Renascimento, houve grandes mudanças no pensamento, nas artes, na vida cristã e na liturgia da Igreja. Era um novo florescimento e, um novo desafio para a Igreja.
O Rosário, também, passa por reformulações. Passa a citar um só pensamento entre cada dezena, relembrando os principais mistérios da redenção. Formando-se assim os 15 mistérios do Rosário. Hoje, de16 outubro de 2003, o Papa, João Paulo II, acrescenta um novo bloco para completar as contemplações do mistério Cristo.
O Rosário no Brasil
No Brasil a devoção ao Santo Rosário foi trazida pelos missionários da colônia e logo se espalhou, principalmente entre os pretos escravos que nele encontravam as orações mais simples e populares: o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Eles usavam o Rosário pendurado ao pescoço e depois dos trabalhos do dia reuniam-se em torno de um “tirador de reza” e ouviam-se, então, no interior das senzalas, o sussurrar das preces dos cativos. O Terço era toda a liturgia dos pobres, dos que não sabiam ler nem escrever, mas que elevavam sua alma na contemplação dos mistérios da vida do Divino Filho de Maria. Uma pergunta se faz: por que os pretos africanos, sofrendo a escravidão, escolheram a Virgem do Rosário como patrona? Alguns historiadores afirmam que os escravos de procedência Banto, principalmente os de Angola e Congo, assim agiram porque a senhora do Rosário já era sua padroeira na África, cujo culto para lá fora levado pelos primeiros missionários que acompanharam a colônia portuguesa. Hoje, no Brasil, existem mais de 100 paróquias dedicadas a ela, e quase todas são muito queridas da população negra.
O Rosário Hoje
O Rosário de Maria, é um instrumento eficaz para lembrar e anunciar Jesus de Nazaré como a verdade, a vida e como o único caminho para Deus? Lembramos, ainda, que a oração do Rosário se firma quando à sua prática e à intervenção da Virgem são atribuídas inúmeras vitórias em batalhas dadas como perdidas. A festa litúrgica de Nossa Senhora do Rosário foi instituída para comemorar a vitória na batalha de Lepanto. Estas vitórias têm para nós, hoje, um conteúdo simbólico, isto é, com o terço na mão seremos invencíveis no enfrentamento das árduas lutas da vida na busca da verdade, da justiça e da paz. Também, não podemos esquecer que a devoção a Nossa Senhora do Rosário no Brasil é uma herança dos ancestrais negros, que tiveram uma história de discriminação e exclusão com conseqüências sentidas ainda hoje. Portanto, seja a prática da oração do Rosário para nós um instrumento de consolação e força dos pobres, de inclusão dos marginalizados e de resgate da efetiva fraternidade entre os homens.
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