terça-feira, 22 de dezembro de 2020

14 fotos incríveis de Missas em zonas de guerra

 


Domínio Público

Nada é mais importante que a Santa Missa, e a Igreja se sente na necessidade de celebrá-la em todo tempo. E isso inclusive em tempos de guerra.

Aqui estão algumas fotos de sacerdotes celebrando a Santa Missa em zonas de guerra, ou ao menos em campos militares.

Soldados americanos na Catedral de Colônia Bombardeada (Marzo, 1945)

via imgur

Guerra civil – Estados Unidos (1861 – 1865)

Domínio Público / via imgarcade.com

Uma capela bombardeada em Dommartin, França (Segunda Guerra Mundial)

Wikimedia Commons

Quinto regimento da marinha dos Estados Unidos em Tirkit (procurar melhor tradução), Iraque (Abril, 2003).

Força Aérea Real (RAF) na Birmania Central (Segunda Guerra Mundial)

Wikimedia Commons / Dominio público

111º Batalhão de Construção Naval na Normandía (Junho, 1944)

Dominio público / lee.ekstrom / Flickr

Primeira Missa católica em um hangar japonês (Segunda Guerra Mundial)

Dominio público / Emily Barney, Flickr

Soldados estadunidenses da 80ª Divisão “Blue Ridge” (Segunda Guerra Mundial)

Dominio público / lee.ekstrom, Flickr

Soldados do primeiro batalhão da Companhia Alfa no Afeganistão (Fevereiro, 2010)

U.S. Army / Flickr

65º Batalhão AAA em Okinawa (Julho, 1951)

Dominio público / lee.ekstrom, Flickr

Santa Bárbara, França (Segunda Guerra Mundial)

Dominio público / Wikimedia Commons

Catedral de São Paulo em Münster, Alemanha (1946)

via catholicvs.blogspot.com

Um marinheiro recebendo a Santa Eucaristia de joelhos na boca no Monte Suribachi, Iwo Jima (pesquisar) (Fevereiro, 1945)

Dominio público / via ww2db.com

Fr. Kapaun celebrando a Santa Missa na Coréia (1950 – 1953)

via thepapist.org
Fonte: https://pt.churchpop.com/14-fotos-incriveis-de-missas-em-zonas-de-guerra/

A vitória do Imaculado Coração de Maria na Segunda Guerra Mundial

 

http://catedralmoc.com/

O Papa Pio XII, em 31 de outubro de 1942, consagrou o Mundo ao Imaculado Coração de Maria. O Santo Padre não consagrou somente a Igreja Católica, mas toda a humanidade.

A consagração solene ao Imaculado Coração de Maria foi pronunciada em um momento crítico da Segunda Guerra Mundial. Os alemães tinham conquistado partes estratégicas da África do Norte e estavam avançado para o canal de Suez, na Ásia, o Japão ocupava territórios cada vez maiores.

Diante da situação, o Papa Pio XII, convocou uma cruzada de oração para a Rainha da Paz, porque somente ela poderia ajudar. Em seguida, dedicou todo o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria.

[Leia também: Conheça a Verdadeira origem do rosário]

(…) Rainha do Santíssimo Rosário, auxílio dos cristãos, refúgio do gênero humano, vencedora de todas as grandes batalhas de Deus! Ao vosso trono suplicantes nos prostramos, seguros de conseguir misericórdia e de encontrar graça e auxílio oportuno nas presentes calamidades, não pelos nossos méritos, de que não presumimos, mas unicamente pela imensa bondade do vosso Coração materno. (…) ao vosso Coração Imaculado, nesta hora trágica da história humana, confiamos, entregamos, consagramos não só a Santa Igreja, corpo místico de vosso Jesus, que pena e sangra em tantas partes e por tantos modos atribulada, mas também todo o mundo, dilacerado por exiciais discórdias, abrasado em incêndios de ódio, vítima de suas próprias iniquidades.
(
…)  V
ós, Mãe de misericórdia, impetrai-nos de Deus a paz! E primeiro as graças que podem num momento converter os humanos corações, as graças que preparam, conciliam, asseguram a paz! Rainha da paz, rogai por nós e dai ao mundo em guerra a paz por que os povos suspiram, a paz na verdade, na justiça, na caridade de Cristo. Dai-lhe a paz das armas e das almas, para que na tranqüilidade da ordem se dilate o Reino de Deus. (…)

Historiadores observam que, de fato, a situação na guerra melhorou notadamente para os Aliados depois do ato de consagração. Pouco depois, na Segunda Batalha de El Alamein, as forças britânicas obtiveram uma virada de grande importância. Segundo Winston Churchill – que não era conhecido como devoto mariano -, pode-se praticamente dizer que, antes de El Alamein, não tivemos nenhuma vitória, mas, depois, nenhuma derrota. No Pacífico, as forças dos Estados Unidos venceram uma batalha crucial poucos dias depois da consagração. A queda de Stalingrado teve início poucos dias depois, com o cerco de 19 de novembro de 1942. A rendição dos alemães ocorreu em 2 de fevereiro de 1943, dia da festa mariana da Candelária. A opinião não é unânime, mas é popular entre os devotos marianos do Papa Pio XII.

A consagração à Virgem Maria feita pelo Papa significa o início de uma “era da Igreja”: por intermédio de Maria, compreendemos o destino sobrenatural da humanidade e de todos os seres humanos.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Ato de Reparação ao Sagrado Coração de Jesus

 


Em 1928, o Papa Pio XI entregou uma oração urgente a toda a Igreja: o ato de reparação ao Sagrado Coração de Jesus. Aprenda a rezá-lo e conheça a teologia por trás dessa importante prática de piedade.

 

A verdade, porém, é que "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre" (Hb 13, 8). Se os primeiros cristãos completavam na sua carne o que faltava à paixão de Cristo, conforme o testemunho da própria Escritura (cf. Cl 1, 24), quem somos nós para agir de outra forma ou ainda sugerir o contrário? Afirmar levianamente que o Evangelho poderia mudar com os tempos, ou que parte dele se tornou "ultrapassada", é indício, na verdade, de uma grande petulância, quando não de uma tremenda falta de fé. Ora, se Jesus de Nazaré é verdadeiramente Deus e homem — como sempre acreditou a Igreja —, se Ele é, de fato, "a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai", como diz o Catecismo (§ 65), como poderia a sua revelação ser considerada insuficiente, incompleta ou adaptável? Estariam por acaso "fora de moda" os ensinamentos do próprio Deus? Será que somos tão soberbos a ponto de pretendermos corrigir o que Ele mesmo e os seus Apóstolos não só pregaram como viveram?

Se ainda resta, portanto, um pouquinho de fé que seja na cabeça de nossos contemporâneos, para confirmar o dever que temos de reparar as ofensas cometidas por nós mesmos contra Deus, nada melhor do que recordar o ensinamento sólido do Magistério da Igreja sobre esse assunto.

A seguir, você encontra alguns trechos preciosos da encíclica Miserentissimus Redemptor [1], com a qual o Papa Pio XI deu à Igreja universal a belíssima oração do "Ato de Reparação ao Sagrado Coração de Jesus" (que também se encontra logo abaixo). Neste documento, o Santo Padre responde, com a Tradição e as Sagradas Escrituras, aos principais obstáculos que geralmente são colocados à prática da reparação, ajudando nossa inteligência a compreender a teologia por trás dessa sadia devoção popular.

Ora, ainda que a copiosa Redenção de Cristo abundantemente nos tenha "perdoado todos os nossos pecados" (cf. Col 2, 13), em virtude daquela admirável disposição da divina Sabedoria, pela qual se deve completar em nossa carne o que falta às tribulações de Cristo por seu Corpo, que é a Igreja (cf. Col 1, 24), aos louvores e satisfações que Cristo, em nome dos pecadores, ofereceu a Deus, não só podemos como, ainda mais, devemos acrescentar também os nossos próprios louvores e satisfações.

[...] Mas como podem estes atos expiatórios consolar a Cristo, que reina ditosamente nos céus? "Dá-me um coração que ame e entenderás o que digo", respondemos com estas palavras de Santo Agostinho, tão convenientes a este ponto.

Com efeito, quem ama verdadeiramente a Deus, se considera os fatos passados, vê e contempla a Cristo trabalhando em favor do homem, sofrendo, suportando as mais duras penas, quase desfeito sob o peso da tristeza, de angústias e opróbrios "por nós homens e para a nossa salvação", "esmagado por nossas iniquidades" ( Is 53, 5) e curando-nos com suas chagas. Ora, quanto mais profundamente penetram as almas piedosas estes mistérios, mais claro veem que os pecados e crimes dos homens, em qualquer tempo perpetrados, foram a causa de que o Filho de Deus se entregasse à morte; e ainda agora esta mesma morte, com suas mesmas dores e tristezas, de novo Lhe é infligida, já que cada pecado renova a seu modo a Paixão do Senhor: "Novamente crucificam o Filho de Deus e O expõe a vilipêndios" (Hb 6, 6). E se por causa também dos nossos pecados futuros, por Ele previstos, a alma de Cristo padeceu aquela tristeza de morte, não há dúvida de que algum consolo Cristo recebeu também de nossa futura, mas também prevista, reparação, quando "o anjo do céu Lhe apareceu" (Lc 22, 43) para consolar seu Coração oprimido de tristeza e angústias. Por isso, podemos e devemos consolar aquele Coração Sacratíssimo, incessantemente ofendido pelos pecados e pelas ingratidões dos homens, por este modo admirável, mas verdadeiro, pois, como se diz na Sagrada Liturgia, o mesmo Cristo, pelos lábios do salmista, se queixa a seus amigos de ter sido abandonado: "Impropério e miséria esperou meu coração: e busquei quem compartilhasse da minha tristeza e não houve ninguém; busquei quem me consolasse e não encontrei" (Sl 69, 21).

Acrescenta-se que a Paixão expiatória de Cristo se renova e, de certo modo, continua e se completa em seu Corpo Místico, que é a Igreja, já que, servindo-nos outra vez das palavras de Santo Agostinho ( In Ps., 86), "Cristo padeceu quanto devia padecer, e nada falta à medida de sua Paixão. A Paixão, pois, está completa, mas na Cabeça; faltava ainda a Paixão de Cristo no Corpo". Nosso Senhor mesmo se dignou declará-lo quando, ao aparecer a Saulo, "que respirava ameaças e morte contra o discípulos" (At 9, 1), lhe disse: "Eu sou Jesus, a quem persegues" (At 9, 5), significando claramente que nas perseguições contra a Igreja é a Cabeça divina da Igreja a quem se atinge e impugna. E isso com razão, porque Jesus Cristo, que ainda padece em seu Corpo Místico, deseja ter-nos por sócios na expiação, e isto no-lo exige nossa própria incorporação a Ele: pois sendo como somos "corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros" (1Cor 12, 27), é necessário que o que padece a Cabeça, padeçam-no com Ela os seus membros (cf. 1Cor 12, 26).

Quão necessárias sejam, especialmente em nossos tempos, a expiação e a reparação, é coisa clara a quem olhe e contemple este mundo que, como dissemos no início, "está sob poder do mal" ( 1Jo 5, 19). De todas as partes chega a Nós o clamor de povos que gemem, cujos príncipes ou governantes se congregaram e conspiraram juntos contra o Senhor e sua Igreja (cf. Sl 2,2). Por essas regiões vemos atropelados todos os direitos divinos e humanos; demolidos e destruídos os templos, os religiosos e as religiosas expulsos de suas casas, afligidos com ultrajes, tormentos, cárceres e fome; multidões de meninos e meninas arrancadas do seio da Madre Igreja e induzidos a renunciar e blasfemar contra Jesus Cristo e a cometer também os mais horrendos crimes da luxúria; todo o povo cristão duramente ameaçado e oprimido, colocado a todo instante em ocasião de, ou apostatar da fé, ou padecer uma terrível morte. Tudo isso é tão triste que nestes acontecimentos parece prenunciar-se "o princípio daquelas dores" que precederiam "o homem de pecado que se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é cultuado" (2Ts 2, 4).

E ainda é mais triste, veneráveis irmãos, que entre os próprios fiéis, lavados no Batismo com o sangue do Cordeiro Imaculado e enriquecidos com a graça, haja tantos homens de toda classe que, com inacreditável ignorância das coisas divinas e envenenados de falsas doutrinas, vivem longe da casa do Pai uma vida repleta de vícios; uma vida, pois, não iluminada pela luz da verdadeira fé, nem reconfortada pela esperança da felicidade futura, nem aquecida e fomentada pelo calor da caridade, de modo que eles parecem verdadeiramente jazer na escuridão e na sombra da morte. Ademais, aumenta cada vez mais entre os fiéis a negligência da disciplina eclesiástica e daquelas antigas instituições em que toda a vida cristã se funda e pela qual a sociedade doméstica é governada e se defende a santidade do matrimônio; totalmente menosprezada ou depravada com lisonjas de bajulação a educação das crianças, até mesmo negado à Igreja o poder de educar a juventude cristã; o esquecimento deplorável da modéstia cristã na vida e principalmente no vestido da mulher; a cobiça desenfreada das coisas perecíveis, o desejo desproporcional das honrarias mundanas; a difamação da autoridade legítima e, finalmente, o desprezo da palavra de Deus, de maneira que a fé é destruída ou é posta à beira da ruína.

Formam o cúmulo destes males tanto a preguiça e a negligência dos que, dormindo ou fugindo como os discípulos, vacilantes na fé, miseravelmente desamparam a Cristo oprimido de angústias e rodeado dos sequazes de Satanás, quanto a deslealdade dos que, à imitação do traidor Judas, ou temerária e sacrilegamente comungam, ou desertam para os acampamentos inimigos. Deste modo, inevitavelmente se nos apresenta ao espírito a ideia de que se aproximam os tempos preditos por Nosso Senhor: "E, ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos se esfriará" ( Mt 2, 24). [...]

Oração:

Ato de Reparação ao Sacratíssimo Coração de Jesus


Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é por eles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na Vossa presença, para Vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o Vosso amorosíssimo coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós mais de uma vez cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a Vossa misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não Vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da Vossa santa lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-Vos, mais particularmente da licença dos costumes e imodéstia do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra Vós e Vossos Santos, dos insultos ao Vosso Vigário e a todo o Vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino amor e, enfim, dos atentados e rebeldias das nações contra os direitos e o Magistério da Vossa Igreja.

Oh! Se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniqüidades!

Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, Vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação, que Vós oferecestes ao eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre nossos altares.

Ajudai-nos Senhor, com o auxílio da Vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a vivência da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nosso próximo, impedir, por todos os meios, novas injúrias de Vossa divina Majestade e atrair ao Vosso serviço o maior número de almas possíveis.

Recebei, ó benigníssimo Jesus, pelas mãos de Maria santíssima reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes, até à morte, no fiel cumprimento de nossos deveres e no Vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à pátria bem-aventurada, onde Vós com o Pai e o Espírito Santo viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.

Amém.


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

“Somos o que seremos”

 


“Amar a Deus e salvar a  alma”, deveria ser para todos a única preocupação iminente durante a vida inteira, já que fomos criados para Deus e, perde-lo, por culpa, significa a falência completa, a infelicidade eterna.

Nesses dias que antecederam o chamado “reinado de Momo” e agora em plena festa, ponho-me a pensar na efemeridade da vida. Minha lembrança volta-se à cerimônia tocante e comovente – que deveria impregnar a alma de todos com um sincero desejo de retorno para Deus –  quando o sacerdote, usando vestes de penitência, impõe, em nossas cabeças, as sagradas cinzas com uma admoestação severa e solene:
” Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris” (Gn 3, 19)
“Lembra-te, ó homem, que és pó e que em pó te hás de tornar.
Santo Inácio de Loyola, falando sobre o objetivo central do homem nesta terra, dizia ter sido  o homem feito para “amar a Deus e salvar a sua alma”.
“Amar a Deus e salvar a  alma”, deveria ser para todos a única preocupação iminente durante a vida inteira, já que fomos criados para Deus e, perde-lo, por culpa, significa a falência completa, a infelicidade eterna.
Como salvar a nossa alma? Praticando os mandamentos! E todos estão contidos no primeiro: ” Amar a Deus sobre todas as coisas!”
Estamos vivendo em tempos piores do que o do dilúvio. Nesses tempos verdadeiramente das trevas, a humanidade rompeu com seu Criador, a criatura torna-se senhor de sua própria existência. Deus é banido da sociedade e das leis do Estado. Cresce uma nova humanidade que brada aos quatro ventos o seu laicismo : sem religião, sem Deus, sem nada.
Nos tempos de carnaval,  festa pagã e da carne, afloram, de maneira mais escancarada todas as inclinações para o mal. E se existe alguma barreira ainda não rompida, o espírito carnavalesco corrói sem muitas dificuldades toda e qualquer resistência, visto que é comum nesses dias de folia, a abolição de toda ou quase toda moralidade.
Não preciso aqui lembrar  como os santos enxergavam essas festas e como condenavam veementemente esses dias de folia. E olha que eles viveram em tempos remotos, mais tranquilos, quando não havia, ainda, o total declínio dos valores. O que diriam eles hoje?
Os santos levaram a sério a sua meta: “amar a Deus e salvar a alma”. Sabiam eles que tudo isso aqui era passageiro e que, cedo ou tarde, estariam  diante de Deus para um julgamento contra o qual ninguém poderá escapar.
Vivemos no cronos e nele devemos melhorar a cada instante, renunciando sempre ao mal, crescendo na prática das virtudes e eliminando o que não presta em nós.
S. Paulo gostava de comparar a vida espiritual, à busca da santidade, que exige renúncias, com o atleta que prepara-se a vida inteira, no labor constante, para poder ganhar a coroa da vitória. Ora, se alguém é capaz de fazer isso por glórias passageiras, não deveria nós, cientes do nosso fim terreno, já que somos pó, empenharmos para , amando a Deus sobre todas as coisas, salvar a nossa alma?
Fala-nos a “Imitação de Cristo”:
“Mui depressa chegará teu fim neste mundo; vê, pois, como te preparas: hoje está vivo o homem, e amanhã já não existe.
Entretanto, logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. Ó cegueira e dureza do coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro! De tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte.
Melhor fora evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido?..” ( Cap 23)
É no cronos que devemos batalhar para salvar a nossa alma, pois na eternidade estaremos para sempre como  sairmos deste mundo. Na amizade de Deus ou Dele afastados eternamente.
Por esses dias fui visitar ,numa cidade não tão distante daqui ,uma religiosa pela qual tenho grande apreço. De uma inteligência privilegiada, perspicaz, conversava sobre tudo e sabia compreender bem a alma humana. Poliglota, tradutora e eficaz em tudo que se dispunha realizar. Depois de  anos que não a via, fui informado, aqui, que começara o seu declínio, ficando esquecida já no início do mal de alzheimer. Dirigi-me até lá, ao convento. Encontrei-a aparentemente bem, mas já não era mais a mesma. Esquecida completamente de muitas coisas ..Percebi então que começara o seu declínio que a levará ao ocaso evidente.
Refleti bem sobre isso tudo. Nossa vida é “poeira que passa”. cedo ou tarde estaremos em nosso ocaso. E o que vale é termos aproveitado bem o tempo que Deus nos deu para que ascendêssemos a Ele.
“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes…”
“Lembra-te que és pó!”…
Como nos recordava o Pe. Antônio Vieira num dos seus sermões quaresmal, sabemos que nos tornaremos pó. Claro. Vemos a morte a nos rodear. Olhamos para o que ela fez com os outros, com os nossos entes…O que restou deles? Apenas o pó, nada mais. Mas duas tragédias nos tomam de inopino: a ilusão de que nunca nos tornaremos pó, e a cegueira que nos impede enxergar o pó que já somos.
“Lembra-te que és pó….e que em pó de hás de tornar!”
Seremos aquilo que já somos.
Multidões brincam, despreocupadamente, um carnaval avassalador, que destrói tudo o que é cristão, tudo o que é virtude e que nos aproxima de Deus. Quantos pecados! Quantas blasfêmias!
Se no tempo dos santos antigos essa festa já era nociva à alma, hoje afirmamos ser impossível dela participar sem se afastar de Deus, pelo pecado.
Claro que muitos dirão: ” É radical demais, esse discurso. Temos que nos divertir também! O importante é não ter maldade! Cada um faz o seu carnaval! O cristão brinca como cristão!..
Enganosa e falsa essas afirmações que provém de pessoas que querem servir ” a dois senhores”, como se fosse possível, servindo às trevas, querer também servir ao Reino de Deus.
Não existe meio termo para a mensagem do Evangelho e não existem santos sem radicalidade. Ninguém pode ser ” meio honesto”, ” meio casto”, “meio verdadeiro”. Ou é ou não é! Este é o preço e a exigência que Nosso Senhor nos faz.
“Seja o vosso falar ‘sim, sim; não, não’. O que passar disso é de procedência maligna” (Mateus 5:37).
E ainda:
“E, se um dos teus olhos te faz pecar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno.” ( Marcos 9:47)
Ora, o carnaval em tudo que ele contem é impraticável para todo aquele que deseja o céu. Impraticável sobretudo para os cristãos que devem assemelhar-se em tudo a Cristo.
Há como brincar o carnaval de forma cristã? Não!  A abundância de comida para um obeso ou alguém que está de dieta não inibirá os desejos, muito pelo contrário. Pode-se ir até com boa intenções, mas as músicas, os gestos sensuais, os trajes imorais e as práticas pagãs destruirão por completo toda e qualquer inocência.
Diante de tanta profanação do corpo que é templo do Espírito Santo, de tanta imoralidade, de tantas almas que se perdem, de tanta irreverência contra Deus, fiquemos com o exemplo dos santos: aproveitemos o Kairós – o  cronos – o tempo presente que nos foi dado.
S. Domingos Sávio, em tenra idade foi capaz de dizer e viver: 
” ANTES MORRER QUE PECAR”
Saibamos o que somos e o que seremos: Pó, apenas pó…nada mais que isso!
E do pó lançado à terra..um dia, surgirá e vida novamente
“Assim também agora vós tendes tristeza, mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar."
João 16.22


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Renovação da Consagração a Santíssima Virgem Maria

 


Nesta Festa da Imaculada Conceição - 08 de dezembro 2020.

Renovado a Consagração - um passo a mais em direção a santidade.

O método de consagração de São Luís Maria não é novo nem mesmo original. Foi o próprio Jesus Cristo que, aos pés da cruz, como que num testamento espiritual, confiou-nos à sua Mãe Santíssima e quis que nos confiássemos a ela (cf. Jo 19, 25-27). A partir deste fato, desde os primórdios da Igreja, os cristãos eram formados para entregar-se inteiramente aos cuidados da Virgem Maria. A partir disso, homens sábios e santos a desenvolveram e a formularam a teologia, mais especificamente a mariologia, dessa entrega a Jesus por Maria.

No final do século XVII, São Luís de Montfort tem contato com a doutrina mariológica da consagração existente na época, à qual acrescentou algumas contribuições importantes. Essa mariologia de São Luís nos ajuda a compreender com mais profundidade a consagração e a sua importância em nossas vidas. No seu livro: “O Segredo de Maria”, temos como que um esboço de suas formulações sobre a consagração. Em 1712, o Santo desenvolveu e formulou, a partir de elementos já existentes, o seu método definitivo de consagração, que nos foi transmitido no “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.

O método de São Luís Maria é o resultado de uma mariologia sólida, desenvolvida através dos séculos, que teve a sua formulação final inspirada pelo Espírito Santo para os tempos difíceis que viriam.

Este método foi testado e aprovado pelos fiéis da Igreja Católica nos últimos três séculos. Nesse período, muitos santos se consagraram a Santíssima Virgem pelo método de São Luís Maria. Dentre eles, citamos: Santa Teresinha do Menino Jesus, São João Bosco, São Pio de Pietrelcina e São João Paulo II. Este último, o mais ilustre e recente deles, foi o maior propagador da consagração a Jesus por Maria dos últimos tempos.

O método de São Luís é seguro, pois foi testado na vida dos santos e aprovado pela Igreja. Sendo assim, se queremos trilhar esse caminho seguro de santificação, nos consagremos por esse método, inspirado por Deus aos seus santos.

Link relacionado:

PADRE PAULO RICARDO. Consagração Total a Nossa Senhora


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A Devoção ao Santo Rosário

 

15 afirmações dos santos que te farão amar ainda mais o rosário

Desde que se começou a propagar a devoção ao Santo Rosário, por pedido da Virgem Maria no século XIII, muitos santos e beatos ao longo do tempo tiveram uma profunda devoção a esta oração mariana e ajudaram na sua difusão. A seguir, apresentamos 15 frases de quem cresceu na santidade com o Rosário:

1. São Pio X

“Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias, em família, o Santo Rosário”.

2. São Francisco de Sales

“O Santo Rosário é a melhor devoção do povo cristão”.

3. São Luis Maria Grignion de Montfort

“A prática do Santo Rosário é verdadeiramente grande, sublime, divina. Foi o Céu que vo-la deu para converter os pecadores mais endurecidos e os hereges mais obstinados”.

4. Santo Afonso Maria de Ligório

“Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas orações, aplicando-lhes especialmente o Santo Rosário, que lhes dá grande alívio”.

5. Santo Antônio Maria Claret

“Felizes as pessoas que rezam bem o Santo Rosário, porque Maria Santíssima lhes obterá graças na vida, graças na hora da morte e glória no Céu”.

6. São João Maria Vianney (Cura d’Ars)

“Com esta arma, afastei muitas almas do diabo”.

7. São João Bosco

“Todas as minhas obras e trabalhos têm como base duas coisas: A Missa e o Rosário”.

8. Santa Teresinha do Menino Jesus (Teresinha de Lisieux)

“Pelo Rosário, podemos tudo alcançar. Segundo uma bela comparação, é uma longa cadeia que liga o céu e a terra: uma das extremidades está entre as nossas mãos e a outra nas da Santíssima Virgem. Enquanto o Rosário for rezado, Deus não poderá abandonar o mundo, pois essa oração é poderosa em seu coração”.

9. Beato Paulo VI

“A recitação do Rosário requer um ritmo tranquilo e certa demora a pensar, que favoreçam, naquele que ora, a meditação dos mistérios da vida do Senhor, vistos através do Coração d’Aquela que mais de perto esteve em contato com o mesmo Senhor”.

10. São João XXIII

“O Rosário é uma excelente forma de oração meditada, composta como uma coroa mística”.

11. São João Paulo II

“O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto”.

12. Santa Teresa de Calcutá

“Apegue-se ao Rosário como as folhas de hera se agarram na árvore; porque sem Nossa Senhora não podemos permanecer”.

13. São Pio de Pietrelcina

“Amai Nossa Senhora e tornai-A amada. Rezai sempre o seu Rosário e divulgai-o”.

14. São João Berchmans

“Deem-me minhas armas: a cruz, a coroa do Rosário da Santíssima Virgem e as regras da Companhia. Estas são minhas três prendas mais amadas; com elas morrerei feliz”.

15. São Miguel Febres (Santo Hermano Miguel)

“Um cristão sem Rosário é um soldado sem armas”.

Publicado originalmente em ACI Digital.

Nossa Senhora do Rosário

 

As aparições em que ela pediu para rezá-lo e mudar o mundo


Créditos: Youtube / Gisela Giraldo

A Virgem do Rosário apareceu em várias ocasiões e em cada uma delas nos exortou a rezar o rosário. E o motivo é que ele tem um poder imenso para transformar o mundo!

Em uma sociedade que cada vez mais se afasta de Cristo e do Evangelho, Nossa Mãe volta a nos recordar um “segredo” simples e eficaz para combater o mal: rezar o rosário.

Sem contar as inumeráveis aparições marianas que se reclamam como legítimas, existem seis revelações reconhecidas pela Igreja, em que a Virgem nos lembra o poder que tem a oração do rosário.

Nossa Senhora do Rosário: as aparições em que pediu para rezá-lo e mudar o mundo:

Aparição a São Domingos de Gusmão

Esta é a primeira das aparições, na qual a Virgem ensinou a São Domingos como devia rezar o rosário e a que lhe deu o título de devoção. Este santo havia ido à capela rezar, pedindo auxílio de Nossa Senhora diante do avanço das heresias cátara e albigense.

A Virgem lhe apareceu na capela, com um rosário na mão e lhe ensinou a rezá-lo. Além disso, mandou-o espalhar pelo mundo e veria como os pecadores se converteriam e obteriam abundantes graças.

As promessas reveladas ao beato Alano della Rupe

No século XV, dois séculos depois da aparição a São Domingos, a devoção ao rosário começou a diminuir. Então a Virgem do Rosário apareceu ao beato Alano della Rupe e lhe pediu que revivesse esta devoção.

Foi a este beato que ela comunicou as 15 promessas do Santo Rosário. Entre elas, disse que a oração seria um fortíssimo escudo de defesa contra o inferno, e que destruiria os vícios, liberaria dos pecados e exterminaria as heresias.

Nossa Senhora de Lourdes

Nesta célebre aparição, a Virgem Maria se manifestou levando o rosário na mão. Isto já é uma declaração sobre sua importância, mas também disse a Santa Bernadette: “roga a Deus pelos pecadores! Beija a terra em penitência pelos pecadores”. Rezar o rosário e fazer penitência é uma forma eficaz de combater o mal do mundo.

Santa Bernardette relata: “Então coloquei a mão no bolso e tirei o rosário… A Senhora pegou o rosário que tinha em suas mãos e fez o sinal da cruz… Me ajoelhei e rezei o rosário na presença da linda Senhora. Ela passava as contas do seu rosário entre os dedos, mas sem mover os lábios. Somente ao final de cada dezena repetia comigo o Glória”.

Nossa Senhora de Fátima

A Virgem de Fátima apareceu aos pastorinhos em 1917, no contexto da Primeira Guerra Mundial. Mas além das promessas sobre o seu Imaculado Coração, Maria pediu insistentemente que rezassem o rosário.

Na terceira aparição, ocorrida em 13 de julho, Nossa Mãe disse a Lúcia: “Eu quero que continues rezando o rosário todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz no mundo o fim da guerra, porque só Ela pode te ajudar”.

Na última aparição, em 13 de outubro de 1917, a Virgem lhes disse: “Eu sou a Virgem do Rosário. Continuem sempre rezando o rosário todos os dias. A guerra terá fim e os soldados logo regressarão para suas casas”. A guerra terminou no ano seguinte.

Nossa Senhora de Akita

A aparição a Ir. Agnes Sasagawa no Japão em 1973. Nesta manifestação sobrenatural reconhecida pela Igreja, uma imagem da Virgem Maria chorou 101 vezes durante quase seis anos e suou sangue.

Nas mensagens, Nossa Mãe disse à irmã Anges: “Como te disse, se os homens não se arrependerem e melhorarem, o Pai inflingirá um terrível castigo a toda a humanidade. Será um castigo maior que o dilúvio, tal como nunca se viu antes. Cairá fogo do céu e eliminará grande parte da humanidade, tanto os bons quanto os maus, sem fazer distinção nem de sacerdotes nem fiéis”.

E ainda: “Os sobreviventes se encontrarão tão desolados que invejarão os mortos. As únicas armar que lhes restarão serão o rosário e o sinal deixado pelo meu Filho. Todo dia recite as orações do rosário. Com ele, reza pelo Papa, pelos bispos e pelos sacerdotes”.

“Reze muito as orações do rosário. Só eu ainda posso salvar-vos das calamidades que se aproximam. Aqueles que colocam sua confiança em mim se salvarão”.

A Virgem do Rosário de São Nicolas

Em uma das últimas aparições reconhecidas pela Igreja, que aconteceu em 1983 na Argentina, Nossa Senhora voltou a revelar-se como a Virgem do Rosário. Entre o conjunto de mensagens, afirmou:

“O santo rosário é a arma mais temida pelo inimigo. É a arma que o o inimigo treme, o refúgio para aqueles que buscam alívio e a porta para entrar em meu coração”. (Fonte.:https://pt.churchpop.com/)

Rezar o rosário todos os dias pode mudar o mundo!

Esta é a oração que o Papa Francisco faz à Virgem Maria

  Cada um de nós poderia passar por momentos muito difíceis, as vezes perdemos de vista o horizonte e até caímos em desespero. Diante disso,...