sexta-feira, 27 de maio de 2016

A vontade de Maria Santíssima




 Pelo pecado original, todos os filhos de Adão morreram para a graça, e somente Maria Santíssima, isenta do pecado, herdou as graças de inocência e favores que caberiam aos filhos de Adão, se eles tivessem permanecido em estado de inocência. Deus tornou Maria Santíssima depositária das suas graças.
Maria Santíssima deseja tanto que sejamos felizes!
São Bernardo diz que converteu mais almas por
meio da Ave-Maria que por meio de todos os seus
sermões, a Ave-Maria é uma oração que jamais
cansa, meio mais seguro de conhecermos a
vontade de Deus é rezarmos à nossa boa Mãe, Maria.

terça-feira, 24 de maio de 2016

A Santíssima Trindade


No ultimo final de semana celebramos a Santíssima Trindade.
A Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro, é a Solenidade litúrgica que a Igreja universal celebra hoje.
Em 2013, para explicar a algumas crianças as três pessoas da Santíssima Trindade, o Papa Francisco lhes disse que “o Pai cria o mundo, Jesus nos salva e o que o Espírito Santo faz? Ele nos ama, nos dá o amor”.
O mistério da Trindade não pode ser precisamente entendido porque é um mistério. Santa Joana de Arco afirmava que “Deus é tão grande que supera a nossa ciência”, portanto, supera o entendimento humano.
Em uma ocasião, Santo Agostinho caminhava pela praia, quando observou uma criança que fazia um buraco na areia. O santo perguntou ao menino o que pretendia fazer, e ele respondeu que queria colocar toda a água do mar naquele buraco.
Santo Agostinho, admirado, disse: “mas você não percebe que é impossível?”. O menino respondeu que “é mais possível colocar toda a água do mar neste buraco do que tentar colocar o mistério da Trindade em sua cabeça”.
O santo irlandês São Patrício, para explicar este mistério, comparava-o com um trevo. Dizia que cada folha é diferente, mas as três formam o trevo, e o mesmo acontece com Deus, onde cada pessoa é Deus e formam a Santíssima Trindade.

Nossa Senhora Auxiliadora



Hoje é celebrada Nossa Senhora Auxiliadora, que nos sustenta em tempos difíceis

“No céu, ficaremos gratamente surpreendidos ao conhecer tudo o que Maria Auxiliadora fez por nós na terra”, disse São João Bosco, grande propagador do amor a esta devoção mariana que se faz presente na Igreja e nas famílias cristãs nos momentos difíceis desde os tempos antigos.
Os cristãos dos primeiros séculos chamavam Virgem Maria com o nome de Auxiliadora. Tanto que os dois títulos que lidos nos monumentos antigos do oriente são: Mãe de Deus (Theotokos) e Auxiliadora (Boetéia).
Santos como São João Crisóstomo, São Sabas e São Sofrônio a nomeavam também com esta advocação, sendo São João Damasceno o primeiro a propagar a jaculatória: “Maria Auxiliadora, rogai por nós”.
“Ó Maria, és poderosa Auxiliadora dos pobres, valente Auxiliadora contra os inimigos da fé. Auxiliadora dos exércitos para que defendam a pátria. Auxiliadora dos governantes para que nos alcancem o bem-estar. Auxiliadora do povo humilde que necessita de tua ajuda”, proclamou tempos depois São Germano.
No século XVI, o Papa São Pio V, grande devoto da Mãe de Deus, após a vitória do exército cristão sobre os muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou que fosse invocada Maria Auxiliadora nas ladainhas.
Na época de Napoleão, o Papa Pio VII estava preso por este imperador e o Pontífice prometeu que, se ficasse livre, decretaria uma nova festa mariana na Igreja. Napoleão caiu, o Santo Padre retornou triunfalmente a sua sede pontifícia em 24 de maio de 1814 e decretou que todos os dias 24 desse mês seria realizada em Roma a Festa de Maria Auxiliadora.
No ano seguinte, nasceu São João Bosco, a quem a Virgem apareceu em sonhos pedindo que lhe construísse um templo com o título de Auxiliadora. Foi assim que o santo iniciou dois monumentos: o físico que é a Basílica de Maria Auxiliadora de Turin e o “vivo” formado pelas Filhas de Maria Auxiliadora.
São João Bosco assegurava a seis jovens que ele e muitos fiéis obtinham grandes favores do céu com a novena de Nossa Senhora Auxiliadora e a jaculatória dada por São João Damasceno.
“Confiai tudo a Jesus eucarístico e a Maria Auxiliadora e vereis o que são milagres”, afirmava São João Bosco.

Oração à Nossa Senhora Auxiliadora
Ó Maria, Virgem poderosa,
Tu, grande e ilustre defensora da Igreja,
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos,
Tu, terrível como exército ordenado em batalha,
Tu, que só destruíste toda heresia em todo o mundo:
nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo;
e na hora da morte, acolhe a nossa alma no paraíso.
Amém.

Ano do Senhor 2016: Um Pentecostes de Misericórdia!


Não há duvida, e não poderia ser diferente. No Ano da Misericórdia, sob o Pontificado do “Papa da misericórdia”, esse Pentecostes não pode ser outro que um grande e poderoso Pentecostes de Misericórdia! Eu creio!
Misericórdia é Amor! Misericórdia é ação eterna de Deus a nosso favor! Misericórdia é o Nome de Deus! Misericórdia é e será Pentecostes!
Como tem ensinado insistentemente o Papa, nenhum pecado humano, por mais grave que seja, pode prevalecer sobre a misericórdia ou limitá-la. Deus sempre perdoa tudo, oferece uma nova possibilidade a todos, concede a Sua Misericórdia a todos que pedem. Somos nós que não sabemos acolher o perdão e perdoar.
Na Bula do Ano Santo da Misericórdia, quando o Santo Padre mencionava o Espírito Santo, o fez dizendo justamente que Ele “conduz os passos dos crentes de forma a cooperarem para a obra da salvação realizada por Cristo”, e pedia ainda que Ele fosse “guia e apoio do povo de Deus a fim de o ajudar a contemplar o rosto da misericórdia” (Cf. MV 4).
Sim! Sem a graça e o toque divino do Espírito Santo o homem e a mulher nunca poderão experimentar o amor de Deus! Sem o arrependimento, dom d’Ele ao coração pecador, nunca ninguém teria condições de receber misericórdia e justificação! Estar aberto ao Espírito é a primeira e mais necessária de todas as nossas atitudes em relação ao acolhimento da graça, da misericórdia, do fruto do perdão do Calvário! Nada de misericórdia sem o Espírito Santo! Não foi assim naquele Pentecostes de perdão no Domingo de Páscoa quando Jesus entrou no Cenáculo?
Vivemos numa humanidade doente, com uma humanidade ferida. Todos nós possuímos grandes feridas. Todos nós precisamos de cura e perdão. Por isso, este Ano da Misericórdia se apresenta a cada um de nós como uma grande chance de um remédio eficaz, gratuito e divino: a própria Misericórdia do Senhor para todos! E como Pentecostes é derramamento do Amor, não podemos esperar algo diferente na conclusão deste Tempo Pascal: que venha um Grande Pentecostes de Amor em forma de Misericórdia! O Mundo precisa! O Brasil precisa! Eu preciso! Precisamos todos!
Como se preparar para este Pentecostes de Misericórdia?
Deseje! Seja honesto com seu próprio coração e sua história. Não esconda nem camufle suas condições. É vital desejar!
Reserve tempo para a oração! Este Pentecostes é também uma promessa condicionada a um estado de vida orante. Ore! Ore como um sedento. Supere cálculos e agenda. Dê o melhor tempo para Deus! Reserve!
Esvazie-se de si mesmo! Eis uma grande decisão interior. Aqui é você e você! O Espírito não pode preencher o que já está cheio. Deixe o orgulho e o excesso de racionalismo, como também sentimentalismos e situações superficiais que ocupam tua vida e atuais decisões. Livre-se do homem velho: vazio de si, cheio de Deus!
Torne-se íntimo de Deus e agrade o Seu Espírito! Amor de intimidade! Eis o amor que os santos tinham a Deus! Eis o amor esponsal que precisamos almejar Nele e por Ele! Amá-Lo e guardar a Doce Presença do Seu Espírito em nós. Eis o melhor fruto de um Pentecostes interior de misericórdia! Seja íntimo de Deus, escutando, saboreando, guardando e se movendo no Espírito!
Fé significa abrir espaço para Deus Amor, cujo poder é tremendo, cujo amor é infinito. Dizer todos os Domingos “Creio no Espírito Santo” é acreditar neste Amor sempre, é receber esse Amor sempre! Celebrar Pentecostes no Ano da Misericórdia seja um marco de amor em nossa vida cristã católica. Marque-nos para sempre, ó Deus, com o Teu Santo Espírito! Derrama sobre nós, a Igreja e o mundo, um Novo Pentecostes de Misericórdia! 
Amém!

Virgem do Rosário, de Fátima e do mundo inteiro és Senhora


Em cada aparição de Nossa Senhora, Maria colocou-se como mensageira de Deus para manifestar a vontade do Dele para aquele determinado lugar, naquele específico contexto histórico e transmitir tudo que venha da parte de Deus para seu povo. Assim deu-se a aparição que transformou o passado século.
Era o dia 13 de maio de 1967, em que três crianças brincavam e pastoreavam em um povoado simples de Portugal, a pequenina Fátima. Esse foi o dia e local que o Senhor escolheu para dar ao seu povo a visita doce, maternal e imaculada da Virgem Maria.
 “Andando a brincar com Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.
 – É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.
– Pois sim.
E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar, mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos.
Então Nossa Senhora disse-nos:
– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.
– Sou do Céu.
 (...)
Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos.
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
Em seguida, começou-Se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu”(Memórias da Irmã Lúcia I, 14ª Edição).

Conversão, oração, sacrifícios e arrependimento dos pecados são as palavras chaves de Nossa Senhora para que as pessoas novamente se encontrassem com o Senhor. E hoje, o que a Virgem Maria pede a nós?
Deus está e sempre esteve vigilante às necessidades do seu povo. Ele nos confia uma mãe. Porém, não como uma mãe desatenda e desacreditada nos seus filhos, mas uma Mãe que vem ao encontro dos seus no momento oportuno para comunicar a vontade de Deus e ajudar o seu povo a voltar-se inteiramente ao coração de Deus.
Da mesma forma, o apelo da Virgem Maria, mãe da Misericórdia é que nos voltemos ao Senhor, com o coração contrito e sincero. Ele abre-nos as portas da Misericórdia para que por ela passe todos os seus filhos e filhas. O Senhor não deseja perder nenhum.
A mensagem da Virgem de Fátima é mais atual que nunca. O convite à conversão permanece através dos fortes apelos do Santo Padre, da Santa Igreja e dos acontecimentos que mostram que é necessário converte-nos, mostram que o Senhor quer uma mudança de vida do seu povo. O Ano Jubilar da Misericórdia evidencia isso: “Que a palavra do perdão possa chegar a todos e a chamada para experimentar a misericórdia não deixe ninguém indiferente. O meu convite à conversão dirige-se, com insistência ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida. Penso de modo particular nos homens e mulheres que pertencem a um grupo criminoso, seja ele qual for. Para vosso bem, peço-vos que mudeis de vida. Peço-vos em nome do Filho de Deus que, embora combatendo o pecado, nunca rejeitou qualquer pecador” (Papa Francisco, Misericordiae Vultus).
Este ano, nos preparamos para celebrar os 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima e, poucos dias depois, os 50 anos de Renovação Carismática Católica no mundo, em 2017. Vamos olhar para os sinais e aproveitar o convite e a intercessão da Virgem Maria para que com a graça do Espírito Santo sejamos santos e irrepreensíveis diante do Senhor (cf. Ef 1,4).
Bendito seja Deus que nos deu Maria como mãe; bendita seja a santa Igreja Católica Apostólica Romana que a reconheceu por Nossa Senhora! Que sejamos filhos obedientes às ordens e a promessa da mãe:“Mas a graça de Deus será o vosso conforto”.

quinta-feira, 24 de março de 2016

A espiritualidade da Sexta-feira Santa


A Sexta-feira Santa é o dia em que se celebra a morte de Cristo

Neste dia que os antigos chamavam de “Sexta-feira Maior”, quando celebramos a Paixão e Morte de Jesus, o silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento. Ao contrário do que muitos pensam, a Paixão não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.
É preciso manter um “silêncio interior” aliado ao jejum e à abstinência de carne. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor de Deus que nos “deu o Seu Filho único para que quem n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). É um dia em que as diversões devem ser suspensas, os prazeres, mesmo que legítimos, devem ser evitados.
Uma prática de piedade valiosa é meditar a dolorosa Paixão do Senhor, se possível diante do sacrário, na igreja, usando a narração que os quatro evangelistas fizeram.

Aprender o quanto é grande o pecado

Outra possibilidade será usar um livro para meditação como “A Paixão de Cristo segundo o cirurgião”, no qual o Dr. Pierre Barbet, francês, depois de estudar por mais de vinte anos a Paixão, narra com detalhes o sofrimento de Cristo. Tudo isso deve nos levar a amar profundamente Jesus Crucificado, que se esvaziou totalmente para nos salvar de modo tão terrível. Essa meditação também precisa nos levar à associação com a Paixão do Senhor, no sentido de tomar a decisão de “gastar a vida” pela salvação dos outros. Dar a vida pelos outros, como o Senhor deu a Sua vida por nós. “Amor só se paga com amor”, diz São João da Cruz.
A meditação da Paixão do Senhor deve mostrar-nos o quanto é hediondo o pecado. É contemplando o Senhor na cruz, destruído, flagelado, coroado de espinhos, abandonado, caluniado, agonizante até a morte, que entendemos quão terrível é o pecado. Não é sem razão que o Catecismo diz que pecado é “a pior realidade para o mundo, para o pecador e para a Igreja”. É por isso que Cristo veio a este mundo para ser imolado como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Só Ele poderia oferecer à Justiça Divina uma oblação de valor infinito que reparasse todos os pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares.

Celebração das 15 horas

O ponto alto da Sexta-feira Santa é a celebração das 15 horas, horário em que Jesus foi morto. É a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Nas leituras, meditamos a Paixão do Senhor, narrada pelo evangelista São João (cap. 18), mas também prevista pelos profetas que anunciaram os sofrimentos do Servo de Javé. Isaías (52,13-53) coloca, diante de nossos olhos, “o Homem das dores”, “desprezado como o último dos mortais”, “ferido por causa dos nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes”. Deus morreu por nós em forma humana.
Neste dia, podemos também meditar, com profundidade, as “sete palavras de Cristo na cruz” antes de sua morte. É como um testamento d’Ele:
“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”
“Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe”
“Tenho Sede!”
“Eli, Eli, lema sabachtani? – Meus Deus, meus Deus, por que me abandonastes?”
“Tudo está consumado!”
“Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”.
À noite, as paróquias fazem encenações da Paixão de Jesus Cristo com o sermão da descida da cruz; em seguida, há a Procissão do Enterro, levando o esquife com a imagem do Senhor morto. O povo católico gosta dessas celebrações, porque põe o seu coração em união com a Paixão e os sofrimentos do Senhor. Tudo isso nos ajuda na espiritualidade deste dia. Não há como “pagar” ao Senhor o que Ele fez e sofreu por nós; no entanto, celebrar com devoção o Seu sofrimento e morte Lhe agrada e nos faz felizes. Associando-nos, assim, à Paixão do Senhor, colheremos os Seus frutos de salvação. (fonte: Canção Nova - Prof Felipe Aquino).


As dores de uma mãe


As dores de uma mãe são como espada transpassada na alma

“E uma espada transpassará a tua alma” (Lucas 2,35) disse Simeão à Maria, mãe de Jesus, ao profetizar sobre os momentos dífíceis que ela haveria de passar.
Por amor, não existe cruz que não possa ser carregada ou momentos difíceis que não possam ser superados. Ao vivenciarmos a Procissão do Encontro somos convidados a meditar as dores de uma mãe e seu filho que ali em meio a multidão nos levam a entender o que realmente é confiar.
Na noite desta quarta-feira, 23, o silêncio no santuário do Pai das Misericórdias foi quebrado pela oração. Nos olhos atentos de cada pessoa ali presente foi possível compreende uma pequena fração daquele grande mistério, em que Virgem das Dores e seu filho Jesus nos levam a refletir sobre nossas sofrimentos. Para uma mãe, muitas vezes é difícil entender a dor da perda, sentimento pelo qual jamais se imagina passar.
Marilene tem três filhos e em suas orações pede a Deus que se lembre de cada um deles e faz da Virgem das Dores seu modelo de mãe e mulher: “A gente sente uma vontade muito grande de ser como ela”, afirmou Marilene.
De alguma, forma vivenciar esse encontro nos leva a adentrar no sofrimento vivido por mãe e filho, Maria em seu semblante deixa claro o quanto é doloroso ver o filho que ela concebeu, criou e amou, desfigurado com sua cruz caminhando até o calvário.
Para viver bem esse momento é preciso uma entrega total, Thilda Menezes é baiana, mãe e avó, afirma ser mãe duas vezes, ela do início ao fim da procissão permaneceu com o neto no colo.
A cada dor refletida ela se identificava quase que de imediato e como Maria que não deixou seu filho e que em todo momento se fez presente durante o sofrimento vivido por Ele, Thilda conta que se sentiu literalmente mergulhada naquele mistério.
“No momento que Nelsinho falava senti como se estivesse ali com Jesus, eu lhe dizia: eu estou aqui, eu estou aqui Jesus! E com Ele me coloquei a caminhar rumo ao calvário, como mãe que não deixa seu filho. Não há lugar mais seguro que os braços da mãe”, destacou Thilda ao falar dos filhos da como exemplo a maneira com que seu neto está deitado em seu colo.
“Quando eles são pequenos a gente leva no braço, a gente cuida, mas chega uma hora que a gente não pode mais estar com os filhos nobraço, mas ainda sim quer proteger como se tivesse. Mas não pode né”, afirmou a senhora.
Durante a oração a avó permanece com olhos fechados e segurando firmemente seu neto, nem mesmo a chuva que caia fora do Santuário e os relampagos que insistiam em mostrar sua força, foram capazes fazê-la esquecer aquele momento.
“Aos poucos fui lembrando dos meus outros netos, da minha família e das situações que a gente vive que acabam sendo também um calvário. Tem momentos que a gente pode resolver as coisas com a mão, faz isso ou faz aquilo, mas os momentos que a gente não pode, é preciso lembrar que tenho Nossa Senhora e Jesus que me fazem permanecer confiante, que eles possam providenciar tudo. É entrega, o que a gente não pode fazer é pedir a Deus que faça, é acreditar que Ele está a frente de tudo.
No decorrer da procissão, somos convidados a fazerem um momento de profunda espiritualidade e meditar o Sermão das Sete Palavras de Cristo e as sete dores da Mãe de Deus.
Sobre a procissão
A Procissão do Encontro é um momento de profunda espiritualidade em que as pessoas são convidadas a meditarem o Sermão das Sete Palavras de Cristo e as sete dores da Mãe de Deus.
Na Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), este evento ocorreu na noite desta quarta-feira, 23, às 18h, no Santuário do Pai das Misericórdias.
Na primeira palavra, “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem (Lucas 23, 34a)”, o diácono Nelsinho Corrêa convidou os participantes a refletirem sobre a atitude que possuem quando ofendidos e caluniados e assim, como Cristo, os incentivou a corresponderem com amor. Quanto a primeira dor de Maria indicada pela profecia de Simeão – “E uma espada transpassará a tua alma” (Lucas 2:35) -, diácono Nelsinho convidou, de maneira especial, as mães a entregarem seus filhos a Nossa Senhora das Dores.
Já na segunda palavra – Hoje estarás comigo no paraíso (Lucas 23,43), padre Márcio Prado instigou as pessoas a perdoarem umas as outras assim como Cristo perdoou o ladrão na Cruz. A dor de Maria causada pela perseguição de Herodes e a fuga para o Egito, o sacerdote clamou por todas as famílias do mundo todo.
Na terceira palavra – Mulher, eis aí o teu filho, filho, eis aí a tua mãe (João 19, 26-27), diácono Gilberto pediu que os fieis acolhessem Maria como a própria mãe. Ao meditar a terceira dor de Nossa Senhora dada pelo encontro com Seu filho carregando a Cruz, o religioso explicou que o sofrimento de Cristo será válido a partir do momento que cada cristão assumir a salvação para si. A terceira dor meditada foi a perda do menino Jesus no templo.
Com a quarta palavra, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? (Marcos 15-34), padre Marcos Valadares pediu que os presentes entregassem a vida a Cristo, mesmo quando se sentem desamparados pelo mesmo. Ao meditar a quarta dor de Nossa Senhora dada pelo encontro com Seu filho carregando a Cruz, o religioso explicou que o sofrimento de Cristo será válido a partir do momento que cada cristão assumir a salvação para si.
“Tenho sede” (João 19,39a), foi a quinta palavra a qual padre Clayton explicou que a sede dita por Cristo se dá na sede de almas, sede de amor da humanidade para com Ele. Segundo o presbítero, a dor da Mãe de Deus recorrente da crucificação do filho, é um momento único em que uma mãe vê seu filho morrer, diante disso, ele convidou as pessoas entregarem todas as situações da vida que não possuem respostas.
Na sexta palavra, “Tudo está consumado” (João 19,30a), padre João Marcos propôs aos participantes que se entregassem por completo a Deus. A sexta dor de Maria se deu ao receber nos braços o corpo de Jesus descido da Cruz.
Por fim, ao refletir a sétima palavra – “Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23,46b) e última dor de Maria quando ela deposita Jesus no sepulcro, diácono Nelsinho Corrêa finalizou entregando todo o país nas mãos de Deus.
A procissão encerrou-se em profundo silêncio atendendo o convite feito pela Igreja Católica para que todo cristão vivencie a Semana Santa tempo voltado à reflexão e introspecção. (Fonte - Canção Nova)

Esta é a oração que o Papa Francisco faz à Virgem Maria

  Cada um de nós poderia passar por momentos muito difíceis, as vezes perdemos de vista o horizonte e até caímos em desespero. Diante disso,...