terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Dia 08 de dezembro de 2014 - Imaculado Coração de Maria
DIA MUITO ESPECIAL PARA MINHA VIDA, REALIZEI - DIA 08 DE DEZEMBRO DE 2014, RENOVEI MINHA CONSAGRAÇÃO TOTAL A VIRGEM SANTÍSSIMA, PELO METODO DE SÃO LUIS MARIA G MONFORT.
VVVVIIIIIVVVVVAAAA MMMAAARRRRIAA, SAAANTTTÍÍÍÍSSIMAAA , MMMMÃÃÃEEEE DO MMEEEUU SSEEENHHHOOOORRR JJJJEEEESSSSUUUUSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
MUITO OBRIGADO MMMÃÃÃÃEEEE POR ME ACEITAR COMO TEU ESCRAVO....!!!!!!!!!!
José Julio
Sob o Manto Sagrado da Virgem Santíssima!!!!
08/12/2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Ó doce Virgem Maria
Por Santo Afonso Maria de Ligório
Grande Mãe
de Deus e minha Mãe, ó Maria, é verdade que eu não sou digno de proferir o
vosso nome; mas vós, que me tendes amor e desejais minha salvação, concedei-me,
apesar de minha indignidade, a graça de invocar sempre em meu socorro vosso
amantíssimo e poderosíssimo nome. Pois é ele o auxílio de quem vive e salvação
de quem morre.
Puríssima
e dulcíssima Virgem Maria, fazei que seja vosso nome de hoje em diante o alento
de minha vida. Senhora, não tardeis a socorrer-me quando vos invocar. Pois, em
todas as tentações que me assaltarem, em todas as necessidades que me
ocorrerem, não quero deixar de chamar-vos em meu socorro, repetindo sempre:
Maria!
Maria! Assim espero fazer durante a vida, assim espero fazer particularmente na
hora da morte, para ir depois louvar eternamente no céu vosso querido nome, ó
clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
A Grandeza da Misericordia da Santissima Virgem
Por Santo Afonso Maria Ligorio
Transite ad me omnes qui
concupiscitis me, et a generationibus meis implemini – “Passai-vos a mim
todos os que me cobiçais, enchei-vos dos meus frutos” (Ecclus. 24, 26). Quando
a Santíssima Virgem vivia ainda na terra, já não podia ver algum necessitado
sem socorrê-lo. Quanto mais misericordiosa não será agora que está no céu,
de onde melhor vê as nossas misérias e nos ama com coração de Mãe! Não nos
descuidemos portanto de recorrer a uma Mãe tão boa em todas as nossas
necessidades e de pôr nela toda a nossa esperança.
Mas, ao mesmo tempo, deixemos de lhe
amargurar o coração pela nossa tibieza e pelos nossos pecados.
I. Considera que Maria é uma advogada
tão piedosa, que não só ajuda ao que a ela recorre, mas ela mesma vai à
procura dos miseráveis para os defender e salvar.Eis como ela convida a
todos, animando-nos a esperarmos todos os bens, se a ela recorrermos: “Passai-vos
a mim todos e enchei-vos dos meus frutos.” – “O demônio”, diz São Pedro,
“vai sempre ao redor de nós, buscando quem possa tragar”; mas nossa
divina Mãe, acrescenta Bernardino de Bustis, vai sempre ao redor de nós
buscando a quem possa salvar: Circuit, quaerens quem salvet.
Maria é Mãe de misericórdia porque a
piedade que tem de nós faz que de nós se compadeça e procure sempre
salvar-nos; assim com uma mãe não pode ver seus filhos em perigo de se perderem
e deixar de os ajudar. E que, depois de Jesus Cristo, pergunta São Germano,
interessa-se mais pela nossa salvação do que vós, ó Mãe de
misericórdia? – Ela certamente nos ajudará quando a invocarmos e nunca
jamais foi alguém por ela desamparado. Isso, porém, não basta a seu
Coração piedoso. Como diz Ricardo de São Victor, ela previne as nossas
súplicas e procura ajudar-nos antes que nós a invoquemos. Apenas vê
alguma miséria, socorre logo e não pode
ver algum necessitado sem o ajudar.A
Santíssima Virgem assim praticava desde a sua vida terrestre, como sabemos
pelo fato sucedido nas bodas de Caná na Galileia. Vindo a faltar o
vinho, ela não esperou até ser rogada; mas, compadecendo-se da
aflição e do pejo daqueles esposos, pediu ao Filho que os consolasse
dizendo: Vinum non habent (1) – “Eles não tem vinho”; e obteve que
seu Filho, por um milagre, convertesse a água em vinho. Pois bem, diz São
Boaventura, se foi tão grande a piedade de Maria para com todos quando estava ainda em terra, muito maior sem dúvida será a sua
piedade para nos socorrer, agora que está no céu, onde conhece melhor as
nossas misérias e mais de nós se compadece.
II. Ah! Não nos descuidemos jamais de
recorrer à nossa divina Mãe em todas as nossas necessidades, pois que
sempre será achada com as mãos repletas de misericórdia; sempre disposta a
ajudar ao que a invoque, e tão desejosa de nos fazer bem e de nos ver
salvos, que ela mais deseja conceder-nos graças do que nós desejemos
recebê-las. São Boaventura chega a dizer que a Bem aventurada Virgem se
julga ofendida não só pelos que a injuriam positivamente, mas também por
aqueles que lhe não
pedem graças. Recorramos, pois,
sempre a esta Mãe de misericórdia e digamos-lhe o que dizia o mesmo Santo:
In te, Domina, speravi, non confundar in aeternum – “Em vós, Senhora, esperei,
não
Recebei-me, então para vosso servo, e
não me rejeiteis como o merecera. Ó minha Mãe, em vós hei posto todas as
minhas esperanças. Eu bendigo e agradeço a Deus, que por sua misericórdia
me deu esta confiança em vós. Verdade é que, no passado, caí
desgraçadamente no pecado; mas tenho confiança de haver obtido perdão
pelos merecimentos de Jesus e vossas orações.
Entretanto, isto não basta, ó minha
Mãe; um pensamento me aflige: posso de novo perder a graça de Deus. Os perigos
são contínuos, os inimigos não dormem, novas tentações virão assaltar-me. Ah!
Soberana minha, protegei-me, socorrei-me nos assaltos do inferno, e não
permitais me aconteça ainda no futuro cometer pecado e ofender a vosso
divino Filho Jesus. Não, não perca eu de novo a minha alma, o paraíso e
Deus. Peço-vos esta graça, ó Maria, não me a recuseis, antes alcançai-m'a pela vossa intercessão. Assim espero.
(*II 152.) (fonte: Paróquia Nossa Senhora do Brasil)
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
A tarefa do cristão não tem limites
Os três versículos da segunda leitura do vigésimo terceiro domingo do Tempo
Comum são marcados pelo tema do amor enquanto cumprimento da Lei. O amor
é a raiz de tudo o que deve ser feito e o modo pelo qual tudo deve ser feito.
Paulo sintetiza isso em uma frase lapidar: “Não tenham nenhuma dívida para com
ninguém, a não ser a de se amarem unas aos outros”.
Comum são marcados pelo tema do amor enquanto cumprimento da Lei. O amor
é a raiz de tudo o que deve ser feito e o modo pelo qual tudo deve ser feito.
Paulo sintetiza isso em uma frase lapidar: “Não tenham nenhuma dívida para com
ninguém, a não ser a de se amarem unas aos outros”.
Diante disso, nós nos perguntamos: essa dívida que contraímos com o nosso
próximo é pagável ou impagável? Temos crédito ou débito? A resposta a essa
questão fica mais clara à luz do tema central da Carta aos Romanos. E o tema
central é este: a humanidade toda tinha, em relação a Deus, uma dívida que
jamais poderia saldar, pois o ser humano não reunia condições para se salvar
ou se justificar
próximo é pagável ou impagável? Temos crédito ou débito? A resposta a essa
questão fica mais clara à luz do tema central da Carta aos Romanos. E o tema
central é este: a humanidade toda tinha, em relação a Deus, uma dívida que
jamais poderia saldar, pois o ser humano não reunia condições para se salvar
ou se justificar
por força própria ou em vista de seus méritos. Então, Deus intervém com
a grande novidade: Ele anistia a humanidade inteira, salvando-a em Cristo
Jesus, morto e ressuscitado. Para a humanidade, não resta senão um gesto
capaz de responder a esse amor inesperado e extraordinário, ou seja, acre-
ditar em Jesus e procurar responder, com a mesma intensidade, ao amor que
Ele manifestou.
a grande novidade: Ele anistia a humanidade inteira, salvando-a em Cristo
Jesus, morto e ressuscitado. Para a humanidade, não resta senão um gesto
capaz de responder a esse amor inesperado e extraordinário, ou seja, acre-
ditar em Jesus e procurar responder, com a mesma intensidade, ao amor que
Ele manifestou.
São Paulo mostra em que consiste amar a Deus e a seu Filho Jesus:
“Quem amao próximo, cumpriu a Lei. De fato, os mandamentos: Não cometerás
adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros, estão
reunidos nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”Note-se que,
em todo esse trecho, não se menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja
faltando algo, mas não está, porque não há muitas formas de amarmos a Deus.
Na verdade, há uma só, que é amando o próximo, cada pessoa, do jeito que ela
é, pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para amá-lo. Ele simplesmente
se apresenta como dom de Deus e também como desafio à nossa capacidade
de amar. Nesse sentido, todos somos devedores de uma dívida impagável, a
não ser que sejamos capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se
entregou totalmente por amor.
“Quem amao próximo, cumpriu a Lei. De fato, os mandamentos: Não cometerás
adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros, estão
reunidos nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”Note-se que,
em todo esse trecho, não se menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja
faltando algo, mas não está, porque não há muitas formas de amarmos a Deus.
Na verdade, há uma só, que é amando o próximo, cada pessoa, do jeito que ela
é, pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para amá-lo. Ele simplesmente
se apresenta como dom de Deus e também como desafio à nossa capacidade
de amar. Nesse sentido, todos somos devedores de uma dívida impagável, a
não ser que sejamos capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se
entregou totalmente por amor.
Por Dom Eurico dos Santos Veloso – Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Santo Antônio e a Natividade da Virgem Maria
Santo Antônio de Pádua, doutor da Igreja, pronunciou um Sermão no dia do nascimento de Nossa Senhora (8 de setembro). Segue o texto:
1. Digamos: A gloriosa Virgem Maria foi como a estrela da manhã entre as nuvens.
Escreve o Eclesiástico: A beleza do céu é a glória das estrelas, que ilumina o mundo (Eclo 43, 10). Nestas três palavras observam-se os três fatos que resplandeceram admiravelmente na Natividade de Maria Santíssima. Primeiramente, a exultação dos Anjos, quando se diz: A beleza do céu. Conta-se que um homem santo, mergulhado em devota oração, ouviu a doce melodia dum canto angélico no céu. Passado um ano, no mesmo dia, voltou a ouvi-lo e perguntou ao Senhor que lhe revelasse o que vinha a ser aquilo.
Foi-lhe respondido que nesse dia nascera Maria Santíssima. Por esse motivo, os Anjos no céu cantavam louvores ao Senhor. Esta a razão de se celebrar nesse dia a Natividade da gloriosa Virgem. Na segunda palavra observa-se o segundo fato, a pureza da sua Natividade, quando se afirma: A glória das estrelas. Assim como uma estrela difere de outra estrela em claridade (1Coríntios 15,41), assim a Natividade da Virgem Maria difere da natividade de todos os santos. Na terceira palavra observa-se o terceiro fato, a iluminação de todo o mundo, quando se diz: Que ilumina o mundo. A natividade da gloriosa Virgem iluminou o mundo, coberto de trevas e da sombra da morte. E por isso diz bem o Eclesiástico: Como estrela da manhã no meio da névoa etc. Maria Santíssima, mensageira do Salvador e perfeita em tudo.
2. A estrela da manhã precedendo o sol e anunciando a manhã, com a luz do seu fulgor afasta as trevas da noite. A estrela da manhã é Maria Santíssima, que, nascida no meio da névoa, afugentou a névoa tenebrosa, e na manhã da graça anunciou o sol da justiça aos que habitavam nas trevas. Dela diz o Senhor a Jó “És tu porventura que fazes aparecer a seu tempo a estrela da manhã” (Jó 38,32).
Quando chegou o tempo da misericórdia (Salmo 101,14), o tempo de edificar a casa do Senhor, o tempo aceitável e o dia da salvação, o Senhor fez aparecer a estrela da manhã, Maria Santíssima, para luz dos povos. Os povos devem dizer o que disseram a Judite, como se lê no seu livro: “O Senhor abençoou-te com a sua fortaleza, porque ele por ti aniquilou os nossos inimigos… Ó filha, tu és bendita do Senhor Deus altíssimo, sobre todas as mulheres que há sobre a terra. Bendito seja o Senhor, que criou o céu e a terra, que te dirigiu para cortares a cabeça ao príncipe dos nossos inimigos. Porque hoje engrandeceu o teu nome tanto, que nunca o teu louvor se apartará da boca dos homens” (Judite 13, 22-25).
Foi, portanto, Maria Santíssima, na sua Natividade, como a estrela da manhã. Dela diz ainda Isaías: “Sairá uma vara do tronco de Jessé, e uma flor brotará da sua raiz” (Isaías 11, 1). Repare-se que Maria Santíssima se chama vara, por causa das cinco propriedades que esta possui: é longa, reta, sólida, grácil e flexível. Maria Santíssima foi longa na contemplação, reta na perfeição da justiça, sólida na estabilidade do entendimento, grácil na pobreza, flexível na humildade. Esta vara saiu da raiz de Jessé, pai de Davi, de quem proveio Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo (Mateus 1, 16). Por isso se lê no Evangelho de hoje: Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi (Mateus 1,1).
3. Sairá uma vara da raiz de Jessé e uma flor sairá das suas raízes. Vejamos o que significam, no sentido moral, as três palavras: raiz, vara, flor. A raiz significa a humildade de coração; a vara, a retidão da confissão e a disciplina da satisfação; a flor, a esperança da felicidade eterna. Jessé interpreta-se ilha ou sacrifício, e significa o penitente, cujo espírito deve ser uma espécie de ilha. Chama-se ilha, por estar situado no sal, isto é, no mar. O espírito do penitente situa-se no mar, ou seja, na amargura. O penitente é batido pelas ondas das tentações e, todavia, fica firme. E oferece ao Senhor um sacrifício em odor de suavidade. A raiz de Jessé é a humildade da contrição, de que sai a vara da confissão reta e a disciplina da discreta mortificação. E observe-se que a flor não brota do cimo da vara, mas da raiz. Uma flor brotará da sua raiz, porque a flor, ou a esperança da felicidade eterna, brota, não da mortificação do corpo, mas da humildade do espírito. Com tudo isto concorda o que se lê no Evangelho de hoje, em que São Mateus, descrevendo a geração de Cristo, primeiro põe Abraão, em segundo lugar Davi, em terceiro a transmigração da Babilônia. Abraão que disse: “Falarei ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza” (Gênesis 18, 27), designa a humildade do coração; Davi, cujo coração reto esteve com o Senhor: “Encontrei Davi, um homem segundo o meu coração” (Atos 13, 22), a retidão da confissão; a transmigração de Babilônia, a disciplina da mortificação e a tolerância da tribulação. Se existirem em ti estas três gerações, conseguirás a quarta geração, a de Jesus Cristo, que nasceu da Virgem Maria, de cuja Natividade se diz hoje: Como a estrela da manhã no meio da névoa.
4. E enfim: E como a lua cheia brilha durante a sua vida. Maria Santíssima chama-se lua cheia, porque perfeita sob todos os aspectos. A lua é imperfeita no quarto crescente ou minguante, porque tem mancha e pontas. Mas a gloriosa Virgem nem na sua Natividade teve mancha, porque foi santificada no ventre materno e guardada pelos Anjos, nem durante a vida possuiu as pontas da soberba, e, por isso, brilha plena e perfeita. Chama-se luz, por diluir as trevas. Rogamos-te, portanto, Senhora nossa, que tu, Estrela da manhã, afastes com o teu esplendor a névoa da sugestão diabólica, que encobre a terra do nosso espírito; tu que és a lua cheia, enchas o nosso vazio, diluas as trevas dos nossos pecados, a fim de que mereçamos chegar à plenitude da vida eterna, à luz da glória sem falha. Auxilie-nos o Senhor, que te criou para seres a nossa luz. Para nascer de ti, fez-te nascer hoje. A Ele seja prestada honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém.
Santo Antônio de Lisboa, Obras Completas, Lello & Irmão – Editores, 1987, Volume I, pp. 901-905. Compilação: Frei Antônio Corniatti, OFM
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Natividade da Mãe de Deus
O nascimento de Maria Santíssima traz ao mundo o anuncio jubiloso de
uma boa nova: a Mãe do Salvador já está entre nós. Ele é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da
obra da Redenção.
uma boa nova: a Mãe do Salvador já está entre nós. Ele é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da
obra da Redenção.
E "como celebraremos o nascimento de Maria?"
Essa pergunta, feita por São Pedro Damião em seu "Segundo Sermão sobre a Natividade de Nossa Senhora", ainda surge hoje quando se trata de comemorar essa solenidade. O acontecimento é grande demais. E assim o santo justificou sua perplexidade:
Por ocasião do nascimento de Maria, as trevas desaparecem, o céu recobre-se de cores festivas, toda a natureza se enche de júbilo: Jesus ainda não aparece, mas seus primeiros raios resplandecem em Maria, como numa aurora de graça e amor |
"Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heroicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas. Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?"
Uma Festa de Alegria
Está inteiramente de acordo com o espírito da Igreja festejar com alegria a Festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria. Sua comemoração é feita no dia 8 de Setembro. "A celebração de hoje é para nós o começo de todas as festas", afirma o Calendário Litúrgico Bizantino. O nascimento de Maria Santíssima traz ao mundo o anuncio jubiloso de uma boa nova: a mãe do Salvador já está entre nós. Ele é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da obra da Redenção.
São Pedro Damião afirma em sua homilia para essa festa:
"Deus onipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu Ele encarnar-se em Maria." "Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Casa linda, porque, se a Sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio de Maria está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo. Salomão celebrou de modo soleníssimo a inauguração de um templo de pedra. Como celebraremos o nascimento de Maria, templo do Verbo encarnado? Naquele dia a glória de Deus desceu sobre o templo de Jerusalém sob forma de nuvem, que o obscureceu.
São Joaquim, seu pai, e Nossa Senhora menina |
O Senhor que faz brilhar o sol nos céus, para a sua morada entre nós escolheu a obscuridade (1Rs 8,10-12), disse Salomão na sua oração a Deus. Este mesmo templo estará repleto pelo próprio Deus, que vem para ser a luz dos povos."
***
A Natividade de Maria era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Ela tem provavelmente sua origem em Jerusalém, em meados do século V. Foi em Jerusalém que se manteve viva a tradição que a Virgem teria nascido junto à Porta da Piscina Probática.
Nessa festa o mundo católico admira Nossa Senhora como sendo Ela a aurora que anuncia o Sol de justiça que dissipa as trevas do pecado. Nela, a Igreja convida a "contemplarmos uma menina como todas as outras, e que ao mesmo tempo é única, pois, Ela é a "bendita entre todas as mulheres" (Lc 1, 42), a Imaculada "filha de Sião", destinada a tornar-se a Mãe do Messias".(João Paulo II, Audiência de 8/9/2004)
Alegria até para os Anjos
A alegria nas comemorações da festa litúrgica do nascimento de Nossa Senhora é justificadamente incentivada a todos, até aos anjos:
"Alegrem-se os Patriarcas do Antigo Testamento que, em Maria, reconheceram a figura da Mãe do Messias. Eles e os justos da Antiga Lei aguardavam há séculos, serem admitidos na glória celeste pela aplicação na fé dos méritos de Cristo, o bendito fruto da Virgem Maria.
"Alegrem-se todos os homens porque o nascimento da Virgem veio anunciar-lhes a aurora do grande dia da libertação pela qual aspiram todos os povos. Alegrem-se todos os anjos porque neste dia foi-lhes dada pela primeira vez a ocasião de reverenciar a sua futura Rainha." (Lehmann, P. JB. Na luz Perpétua, 1959 p.268)
"Alegrem-se todos os homens porque o nascimento da Virgem veio anunciar-lhes a aurora do grande dia da libertação pela qual aspiram todos os povos. Alegrem-se todos os anjos porque neste dia foi-lhes dada pela primeira vez a ocasião de reverenciar a sua futura Rainha." (Lehmann, P. JB. Na luz Perpétua, 1959 p.268)
Só no Céu houve Festa
Ainda que sendo Maria a "Virgem bela e Gloriosa" que Deus amou com predileção desde a sua eternidade, desde toda a Criação como sua obra-prima, enriquecida das graças mais sublimes e elevada à excelsa dignidade de Mãe de Deus, (Patriarca Fócio, Homilia sobre a Natividade,PG 43) visivelmente, nenhum acontecimento extraordinário acompanhou o nascimento de Maria.
Os Evangelhos nada dizem sobre sua natividade. Nenhum relato de profecia, nem aparições de anjos, nem sinais extraordinários são narrados pelos Evangelistas. Só no Céu houve Festa, pois o Filho de Deus vê sua Mãe nascer.
* * * * * *
Maria, santa desde o primeiro instante de sua vida
Maria, santa desde o primeiro instante de sua vida
Os Santos e outros abalizados autores, de diversas maneiras exprimiram essa doutrina. Em um de seus arrebatadores sermões dedicados a Nossa Senhora, São Tomás de Villanueva ensina: "Era necessário que a Mãe de Deus fosse também puríssima, sem mancha, sem pecado. E assim não apenas quando donzela, mas em menina foi santíssima, e santíssima no seio de sua mãe, e santíssima em sua concepção. Pois não convinha que o santuário de Deus, a mansão da Sabedoria, o relicário do Espírito Santo, a urna do maná celestial, tivesse em si a menor mácula. Pelo que, antes de receber aquela alma santíssima, foi completamente purificada a carne até do resíduo de toda mancha, e assim, ao ser infundida a alma, não herdou nem contraiu pela carne mancha alguma de pecado, como está escrito: "Fixou sua habitação na paz" (Sl. LXXV, 3). Quer dizer, a mansão da divina Sabedoria foi construída sem a inclinação para o pecado.
Santa Ana, sua mãe, e Nossa Senhora menina |
Ao assinalar os principais privilégios que acompanharam a Imaculada Conceição de Maria, escreve São João Eudes:
"A gloriosa Virgem não apenas foi preservada do pecado original em sua concepção, como foi também adornada da justiça original e confirmada em graça desde o primeiro momento de sua vida, segundo muitos eminentes teólogos, a fim de ser mais digna de conceber e dar à luz o Salvador do mundo. Privilégio que jamais foi concedido a criatura alguma humana nem angélica, pertencendo somente à Mãe do Santo dos Santos, depois de seu Filho Jesus […]
"Todas as virtudes, com todos os dons e frutos do Espírito Santo, e as oito bem-aventuranças evangélicas se encontram no coração de Maria desde o momento de sua concepção, tomando inteira posse e estabelecendo n'Ela seu trono num grau altíssimo e proporcionado à eminência de sua graça".
"Santo Afonso de Ligório, por sua vez, comenta: "A nossa celeste menina, tanto por causa de seu ofício de medianeira do mundo, como em vista de sua vocação para Mãe do Redentor, recebeu, desde o primeiro instante de sua vida, graça mais abundante que a de todos os Santos reunidos. E que admirável espetáculo para o Céu e para a Terra, não seria a alma dessa bem-aventurada menina, encerrada ainda no seio de sua mãe! Era a criatura mais amável aos olhos de Deus, pois que, já cumulada de graças e méritos, podia dizer: 'Quando era pequenina agradei ao Altíssimo'. E ao mesmo tempo era a criatura mais amante de Deus, de quantas até então haviam existido.
"Houvera, pois, nascido imediatamente após a sua Imaculada Conceição, e já teria vindo ao mundo mais rica em méritos e mais santa do que toda a corte dos Santos. Imaginemos, agora, quanto mais santa nasceu a Virgem, vendo a luz do mundo só depois de nove meses, os quais passou adquirindo novos merecimentos no seio materno!"
"Preciosa pérola no seio de Sant'Ana
"Com seu gracioso estilo, o Pe. Manuel Bernardes nos apresenta Maria no seio materno sempre santa: "Uma pérola deu a Rainha Cleópatra a Marco Antônio, que se avaliava em muitos mil talentos. Em quanto avaliaremos nós esta pérola animada, que se formou na concha do ventre de Sant'Ana? Há nas Índias pérolas, que, em razão de sua diferente grandeza e figura, se chamam pérolas Ave Marias e pérolas Padre-nossos. Ó que ricas Índias se descobrirão hoje na casa da gloriosíssima e felicíssima matrona Sant'Ana, donde nos veio tal pérola Ave Maria, que nos deu tal pérola Padre Nosso? Por certo que ainda que todo o firmamento fora um livro (como o considera São João no Apocalipse), e se escrevesse todo de letras de algarismo, não somariam o valor destas duas pérolas. Porque, enfim, como dizíamos, e é certo, tudo o que devemos a Cristo Filho de Deus, devemos por conseguinte a Maria, escolhida para Mãe de Deus, e que foi a que deu pés a Deus, para andar com os homens na Terra".
"Como fecho dos comentários ao presente louvor, ouçamos estas ardorosas palavras do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
A Igreja convida a contemplarmos uma menina como todas
as outras, e que ao mesmo tempo é única, pois, Ela é a "bendita entre todas as mulheres " (Lc 1, 42), a Imaculada "filha de Sião, destinada a tornar-se a Mãe do Messias" (Beato João Paulo II, Audiência de 8/9/2004) |
""Porque concebida sem pecado original, Nossa Senhora, afirmam os teólogos, foi dotada do uso da razão desde o primeiro instante de seu ser. Portanto, já no ventre materno Ela possuía altíssimos e sublimíssimos pensamentos, vivendo no seio de Sant'Ana como num verdadeiro tabernáculo.
"Temos uma confirmação indireta disso no que narra a Sagrada Escritura (Lc. I, 44) a respeito de São João Batista. Ele, que fora engendrado no pecado original, ao ouvir a voz de Nossa Senhora saudando Santa Isabel, estremeceu de alegria no seio de sua mãe.
"Assim, pode-se acreditar que a Bem-aventurada Virgem, com a altíssima ciência que recebera pela graça de Deus, já no seio de Sant'Ana começou a pedir a vinda do Messias e, com Ele, a derrota de todo mal no gênero humano. E desde o ventre materno se estabeleceu, com certeza, no espírito de Maria, aquele elevadíssimo intuito de vir a ser, um dia, a servidora da Mãe do Salvador.
"Na realidade, por essa forma Nossa Senhora já começava a influir nos destinos da humanidade. Sua presença na Terra era uma fonte de graças para todos aqueles que d'Ela se aproximavam na sua infância, ou mesmo quando ainda se encontrava no seio de Sant'Ana. Pois se da túnica de Nosso Senhor - conta o Evangelho (Lc. VIII, 44-47) - se irradiavam virtudes curativas para quem a tocasse, quanto mais da Mãe de Deus, Vaso de Eleição!
Fonte ("Mons. João Scognamiglio Clá - Arautos.org)
Natividade de Nossa Senhora, celebramos o nascimento da Mãe de Jesus
Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.
Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.
De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.
Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.
Nossa Senhora, rogai por nós!
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