Os três versículos da segunda leitura do vigésimo terceiro domingo do Tempo
Comum são marcados pelo tema do amor enquanto cumprimento da Lei. O amor
é a raiz de tudo o que deve ser feito e o modo pelo qual tudo deve ser feito.
Paulo sintetiza isso em uma frase lapidar: “Não tenham nenhuma dívida para com
ninguém, a não ser a de se amarem unas aos outros”.
Comum são marcados pelo tema do amor enquanto cumprimento da Lei. O amor
é a raiz de tudo o que deve ser feito e o modo pelo qual tudo deve ser feito.
Paulo sintetiza isso em uma frase lapidar: “Não tenham nenhuma dívida para com
ninguém, a não ser a de se amarem unas aos outros”.
Diante disso, nós nos perguntamos: essa dívida que contraímos com o nosso
próximo é pagável ou impagável? Temos crédito ou débito? A resposta a essa
questão fica mais clara à luz do tema central da Carta aos Romanos. E o tema
central é este: a humanidade toda tinha, em relação a Deus, uma dívida que
jamais poderia saldar, pois o ser humano não reunia condições para se salvar
ou se justificar
próximo é pagável ou impagável? Temos crédito ou débito? A resposta a essa
questão fica mais clara à luz do tema central da Carta aos Romanos. E o tema
central é este: a humanidade toda tinha, em relação a Deus, uma dívida que
jamais poderia saldar, pois o ser humano não reunia condições para se salvar
ou se justificar
por força própria ou em vista de seus méritos. Então, Deus intervém com
a grande novidade: Ele anistia a humanidade inteira, salvando-a em Cristo
Jesus, morto e ressuscitado. Para a humanidade, não resta senão um gesto
capaz de responder a esse amor inesperado e extraordinário, ou seja, acre-
ditar em Jesus e procurar responder, com a mesma intensidade, ao amor que
Ele manifestou.
a grande novidade: Ele anistia a humanidade inteira, salvando-a em Cristo
Jesus, morto e ressuscitado. Para a humanidade, não resta senão um gesto
capaz de responder a esse amor inesperado e extraordinário, ou seja, acre-
ditar em Jesus e procurar responder, com a mesma intensidade, ao amor que
Ele manifestou.
São Paulo mostra em que consiste amar a Deus e a seu Filho Jesus:
“Quem amao próximo, cumpriu a Lei. De fato, os mandamentos: Não cometerás
adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros, estão
reunidos nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”Note-se que,
em todo esse trecho, não se menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja
faltando algo, mas não está, porque não há muitas formas de amarmos a Deus.
Na verdade, há uma só, que é amando o próximo, cada pessoa, do jeito que ela
é, pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para amá-lo. Ele simplesmente
se apresenta como dom de Deus e também como desafio à nossa capacidade
de amar. Nesse sentido, todos somos devedores de uma dívida impagável, a
não ser que sejamos capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se
entregou totalmente por amor.
“Quem amao próximo, cumpriu a Lei. De fato, os mandamentos: Não cometerás
adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros, estão
reunidos nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”Note-se que,
em todo esse trecho, não se menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja
faltando algo, mas não está, porque não há muitas formas de amarmos a Deus.
Na verdade, há uma só, que é amando o próximo, cada pessoa, do jeito que ela
é, pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para amá-lo. Ele simplesmente
se apresenta como dom de Deus e também como desafio à nossa capacidade
de amar. Nesse sentido, todos somos devedores de uma dívida impagável, a
não ser que sejamos capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se
entregou totalmente por amor.
Por Dom Eurico dos Santos Veloso – Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
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