Início:
D-
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
R- Amém!
D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!
R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.
D- Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!
R- E vos seguimos no caminho da fé!
Oração Inicial:
Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos mérito de Vossas Dores e lágrimas, a graça...(pedir a graça)
1ª Dor - Profecia de Simeão
Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
A Santa Virgem Maria levou Jesus ao Templo de Jerusalém, como mandava a
tradição que dizia que todos os recém-nascidos deveriam ser abençoados no
Templo perante Deus. Lá, o velho sacerdote Simeão segurou o menino Jesus em
seus braços e o Espírito Santo encheu o seu coração. Simeão então reconheceu
Jesus como o Salvador prometido e elevou a criança na direção do Céu, dando
graças e louvor a Deus por ter cumprido a promessa que Ele havia feito a Simeão
– a de que ele viveria o suficiente para ver o Messias.
‘Eis que agora Vosso servo pode deixar em paz esta vida, meu Senhor’, disse
ele. Então, ele olhou para Maria e disse: ‘E tu, mulher, uma espada de dor irá
transpassar teu coração por conta do sofrimento que deve recair sobre o teu
filho’.
A Santíssima Virgem sabia que havia dado à luz o Salvador da humanidade, então
ela compreendeu e aceitou imediatamente a profecia de Simeão. Por mais que seu
coração tivesse sido tocado profundamente pela graça de ser portadora do menino
Jesus, ele permanecia pesado e atormentado, afinal ela sabia o que havia sido
escrito a respeito das provações e subsequente morte do Salvador. Sempre que
via seu filho, ela era constantemente relembrada dos sofrimentos aos quais ele
seria submetido, até que esse sofrimento tornou-se inerente ao dela.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, cujo coração padeceu além da conta por nós, ensinai-nos a
sofrer como vós sofrestes e, através do amor, a aceitar todo sofrimento pelo
qual Deus considerar necessário que passemos. Que nós soframos, e que nosso
sofrimento possa ser reconhecido por Deus somente, como o foi o vosso e o de
vosso filho, Jesus. Não deixai que demonstremos o nosso sofrimento ao mundo,
para que assim ele valha mais e possa ser usado para reparar os pecados de
todos. A vós, ó Mãe, que sofrestes com o Salvador, nós oferecemos nosso
sofrimento e o do mundo, por sermos todos filhos vossos. Uni nossas dores às
vossas e às de Nosso Senhor Jesus Cristo e então oferecei-as a Deus nosso pai,
para que Ele as reconheça – vós que sois a Mãe maior de tudo o que há.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor que o vosso terno coração sentiu
com a profecia do velho santo Simeão. Ó Mãe querida, pelo vosso tão aflito
coração, concedei-me a virtude da humildade e o dom salutar do temor de Deus.
Amém
2ª Dor - Fuga para o Egito
O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
O coração de Maria se partiu e suas perturbações só aumentaram quando José lhe
contou as palavras do anjo: eles deveriam levantar imediatamente e partir para
o Egito, porque o rei Herodes estava à procura de Jesus para matá-lo. A Santa
Virgem não teve nem tempo para decidir o que levar e o que deixar; ela pegou
seu filho e deixou todo o resto, saindo às pressas, à frente de José, para que
fossem rápidos conforme Deus havia pedido. Ela, então, disse: ‘Ainda que Deus
tenha poder sobre tudo, Ele quer que fujamos com Jesus, Seu filho. Deus nos
mostrará o caminho e nós chegaremos lá sem que o inimigo nos acompanhe’.
Por ser a mãe de Jesus, a Virgem Santíssima o amava mais do que qualquer outra
pessoa. Seu coração se perturbava profundamente só de pensar no incômodo de seu
filho e, portanto, ela sofreu muito por ele ter passado frio e temor. Enquanto
ela e seu marido estavam cansados, com sono e com fome durante a viagem de
fuga, o pensamento de Maria sempre se focava na segurança e no conforto de seu
filho. Ela temia se encontrar cara a cara com os soldados ordenados para matar
Jesus, afinal ela sabia que o inimigo ainda estava em Belém. Seu coração
permaneceu angustiado durante toda a fuga. Ela também sabia que, no lugar para
o qual estavam indo, eles não encontrariam rostos amigáveis que os dessem
boas-vindas.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, que tanto sofrestes, dai-nos o vosso coração tão valente.
Dai-nos força para que sejamos também corajosos e aceitemos com amor os
sofrimentos que Deus colocar em nosso caminho. Ajudai-nos também a aceitar todo
sofrimento que a nós mesmos sujeitamos e que nos são infligidos por outros. Ó
Mãe do Céu, vós somente purifiqueis o nosso sofrimento, para que sejamos gratos
a Deus e tenhamos salvas as nossas almas.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela angústia que o vosso sensibilíssimo
coração experimentou com a fuga para o Egito e a permanência naquela terra
estranha. Mãe querida, pelo vosso coração tão angustiado, alcançai-me a virtude
da liberalidade, especialmente com os pobres, e o dom da piedade. Amém
3ª Dor - Maria procura Jesus em
Jerusalém
Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
Jesus é o único filho gerado por Deus, mas ele foi também filho de Maria. A
Virgem Santíssima amou Jesus mais do que ela mesma, porque ele era Deus.
Comparado a outras crianças, ele era único justamente porque já vivia como
Deus. Quando Maria perdeu Jesus, na volta de Jerusalém, o mundo fez-se tão
vasto e fez dela tão solitária que ela sentiu que não poderia continuar vivendo
sem ele, tão grande era seu sofrimento (ela sentiu a mesma dor que seu filho
sentiu mais tarde, quando seus discípulos o abandonaram durante sua Paixão).
Enquanto procurava ansiosamente por seu filho amado, uma dor profunda
atravessava o coração da Santa Mãe. Ela se culpava, se perguntava como tinha
sido possível que não tivesse tido mais cuidado com ele. Mas não era culpa
dela; Jesus não mais precisava de sua proteção, como até então havia precisado.
O que doía mesmo em Maria era o fato de que seu filho havia decidido ficar sem
o consentimento dela. Jesus havia agradado a ela em tudo: nunca a havia
irritado de forma alguma e nem tinha feito desfeita alguma para com os seus
pais. No entanto, ela sabia que ele sempre fazia aquilo que era necessário e,
portanto, nunca suspeitou de sua obediência.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, ensinai-nos a aceitar todos os nossos sofrimentos por conta
de nossos pecados e também para que sirvam de reparação pelos pecados do mundo.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela tristeza e inquietação que o vosso
coração sofreu com a perda do vosso amado Jesus. Mãe querida, pelo vosso
coração tão vivamente agitado, alcançai-me a virtude da castidade e o dom da
ciência. Amém
4ª Dor - Jesus encontra a Sua Mãe no
caminho do Calvário
Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
Maria viu Jesus carregar a pesada cruz sozinho – a mesma na qual ele seria
crucificado. Isso não surpreendeu a Virgem Santa porque ela já sabia da morte
iminente de Nosso Senhor. Vendo que seu filho já estava quase abatido pelos
inúmeros e duros golpes dos soldados, ela se enchia de angústia com a sua dor.
Os soldados continuavam a puxá-lo e a apressá-lo, ainda que ele não tivesse
forças sobrando. Ele caiu, exausto, incapaz de se reerguer. Naquele momento, os
olhos de Maria, que tanto já haviam se enchido de amor e compaixão, encontraram
os dele, cheios de dor e cobertos de sangue. Seus corações, parecia, dividiam o
fardo: toda dor que ele sentia, ela sentia também. Eles sabiam que não podiam
fazer nada, a não ser esperar e acreditar em Deus e dedicar seus sofrimentos a
Ele. Tudo que podiam fazer era colocar tudo nas mãos de Deus.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, tão arrasada pela dor, ajudai-nos a suportar nossos
sofrimentos com amor e coragem, para que possamos aliviar o vosso coração
pesaroso e também o de Jesus, vosso filho. Ao fazê-lo, que possamos glorificar
Deus por ter nos dado Jesus, Seu filho amado, e também vós, ó Santa Mãe.
Ensinai-nos a sofrer paciente e silenciosamente, como vós sofrestes. Concedei a
graça de amar Deus em tudo. Ó Mãe Dolorosa, a mais aflita dentre todas as mães,
tende piedade de nós, pecadores do mundo inteiro.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela consternação que do vosso maternal
coração se apoderou quando encontrastes Jesus com a pesada cruz a caminho do
Calvário. Mãe querida, pelo vosso coração tão duramente provado, alcançai-me a
virtude da paciência e o dom da fortaleza. Amém
5ª Dor - Maria ao pé da Cruz de Jesus
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
A Santíssima Virgem Maria continua a subir o monte do Calvário, seguindo de
perto a Jesus, dolorosa e tristemente, embora sofresse em silêncio. Ela pôde
vê-lo cambaleando e caindo com a cruz mais algumas vezes, e testemunhou seu
filho sendo golpeado impiedosamente pelos soldados, que o puxavam pelo cabelo
para que ficasse novamente em pé.
Além de ser inocente, Jesus, quando chegou ao topo do Calvário, foi ordenado a
se manifestar perante a multidão, para que pudessem rir dele. Maria sentiu
profundamente a dor e a humilhação de seu filho, particularmente quando seus
opressores forçaram-no a despir o que havia sobrado de sua roupa. A Santa Mãe
teve dores no coração ao ver aqueles tiranos crucificarem seu filho
praticamente nu, envergonhando-o terrivelmente apenas para agradar a multidão
zombeteira (ele e Maria sentiam mais vergonha do que as pessoas normais, porque
eram santos e não conheciam o pecado).
A abençoada Virgem Maria sentiu uma dor insuportável quando Jesus foi estirado
na cruz. Seus assassinos cantavam alegremente enquanto se aproximavam dele com
martelos e pregos. Sentaram-se em cima dele, para que não pudesse se mover,
enquanto o fincavam na cruz. Ao martelarem em suas mãos e pés, Maria sentiu os
golpes em seu coração; os pregos perfuraram também a sua carne enquanto
rasgavam o corpo de seu filho. Ela sentia a própria vida se desvanecendo.
Quando os soldados ergueram a cruz para encaixá-la no buraco que haviam cavado,
eles empurraram-na para que caísse deliberadamente e, assim, fizesse com que o
peso do corpo de Jesus rasgasse ainda mais suas mãos e expusesse seus ossos. A
dor trespassou seu corpo como fogo líquido. Ele suportou três excruciantes
horas pregado à cruz, mas a dor física que sentia não era nada comparada à dor
agonizante que sentia no coração por ser obrigado a ver que sua mãe assistia ao
seu sofrimento de perto. Misericordiosamente, ele então morre.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, Rainha dos Mártires, dai-nos a coragem que tivestes durante
todo seu sofrimento para que possamos unir os nossos sofrimentos com os vossos
e glorificar a Deus. Ajudai-nos a seguir os mandamentos que ele nos deixou, e
também os da Igreja, para que o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo não
seja em vão e todos os pecadores do mundo sejam salvos.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pelo martírio que o vosso generosíssimo
coração padeceu, assistindo à agonia de Jesus. Mãe querida, pelo vosso tão
martirizado coração, alcançai-me a virtude da temperança e o dom do conselho.
Amém
6ª Dor - Maria recebe Jesus descido da
Cruz
Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
Os amigos de Jesus, José de Arimateia e Nicodemos, desceram da cruz seu corpo
morto e o colocaram nos braços abertos de sua Mãe Santíssima. Maria, então,
lavou-o com profundo respeito e amor, pois era sua mãe e sabia melhor do que
ninguém que ele era Deus encarnado, que tinha tomado um corpo de homem para ser
o Salvador de todos os homens.
Maria podia ver as feridas da flagelação pela qual Jesus havia passado por
ordens de Pilatos. Sua carne havia sido despedaçada, grandes tiras haviam sido
arrancadas de suas costas. Seu corpo todo havia sido tão dilacerado que algumas
feridas entrecruzavam-se, escancarando-o da cabeça aos pés. Maria descobriu que
as feridas causadas pelos pregos eram menos cruéis que as causadas pela
flagelação e pelo carregamento da cruz. Ela ficou horrorizada ao notar que seu
filho havia sido capaz de carregar aquela cruz tão pesada e lascada até o
Calvário. Ela viu a poça de sangue que havia se formado em sua testa por causa
da coroa de espinhos e, para seu horror completo, ela percebeu que muitos dos
espinhos farpados haviam penetrado tão fundo em sua cabeça que chegaram até a
perfurar seu cérebro.
Olhando para seu filho inteiramente [… ferido], a Santíssima Mãe sabia que sua
morte havia sido muito pior do que a tortura reservada ao mais perverso dos
criminosos. Enquanto limpava seu corpo, ela se recordava dele em cada etapa de
sua curta vida, rememorava o primeiro olhar que deu ao seu rosto de
recém-nascido enquanto estavam ainda deitados na manjedoura, e se lembrou
também de cada dia que se sucedeu a esse, até o fatídico e dilacerante momento
em que ela banhava gentilmente o seu corpo sem vida. Sua angústia era
implacável no momento em que preparava seu filho e Senhor para o sepultamento,
mas ela permanecia valente e forte, tornando-se assim a verdadeira Rainha dos
Mártires. Enquanto lavava seu filho, ela rezou por todos, para que
conhecêssemos as riquezas do Paraíso e entrássemos pelos portões do Céu. Ela
rezou por cada uma das almas do mundo, para que abraçassem a fé em Deus e,
assim, fizessem com que a morte dolorosa de seu filho não fosse em vão e
beneficiasse toda a humanidade. Maria rezou pelo mundo; ela rezou por todos
nós.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, nós vos agradecemos pela vossa valentia ao suportar a dor de
assistir o vosso filho padecer na cruz até o fim, para confortá-lo. No momento
em que o nosso Salvador deu seu último suspiro, vós vos tornastes uma grande
mãe de todos nós; vós vos tornastes a Santa Mãe do mundo. Bem sabemos que
tendes mais amor por nós do que os nossos próprios pais, e nós vos imploramos:
sede a nossa advogada perante o trono da graça e da misericórdia divinas, para
que possamos realmente nos tornar vossos filhos. Nós vos agradecemos por Jesus,
nosso Salvador e Redentor, e agradecemos a Jesus por ter vos dado a nós. Rogai
por nós, ó Santa Mãe de Deus.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela ferida que abriu no vosso
piedosíssimo coração a lança que rasgou o lado de Jesus e feriu o seu
amabilíssimo coração. Mãe querida, pelo vosso coração assim trespassado,
alcançai-me a virtude da caridade fraterna e o dom do entendimento. Amém
7ª Dor - Maria deposita Jesus no
Sepulcro
Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
Meditação (opcional):
A vida da Santíssima Virgem Maria foi tão proximamente ligada à de Jesus que
ela achou que não havia mais motivo para continuar vivendo após a morte de seu
filho. O único consolo que ela tinha era o de saber que a morte do filho havia
dado fim àquele seu sofrimento inenarrável. Nossa Mãe Dolorosa, com a ajuda de
João e da outra santa mulher, colocou cuidadosamente o corpo de Jesus no
sepulcro e o deixou lá, como se fazia com todos os outros mortos. Ela foi para
casa com uma dor terrível e uma tristeza aguda; pela primeira vez, ela estava
sem ele e essa solidão era um novo tipo de dor, mais amarga. Seu coração vinha
morrendo desde que o coração de seu filho havia parado de bater, mas ela ainda
assim estava certa de que o nosso Salvador logo ressuscitaria.
Oração (opcional):
Querida Mãe Maria, cuja beleza supera a de todas as mães; ó Mãe de
Misericórdia, Mãe de Jesus e de todos nós, nós somos os vossos filhos e
colocamos toda a nossa confiança em vós. Ensinai-nos a ver Deus em todas as
coisas e situações, até mesmo em nossos sofrimentos. Ajudai-nos a entender a
importância de sofrer e também o sentido que tem o nosso sofrimento, de acordo
com a vontade de Deus.
Vós fostes concebida sem pecado e preservada do pecado, a ainda sim sofrestes
mais do que qualquer um de nós. Vós aceitastes o sofrimento e a dor com amor e
insuperável coragem. Vós ficastes ao lado de vosso filho desde que ele foi
preso até que morresse. Vós sofrestes com ele, sentistes todas as dores e tormentos
que ele teve. Vós cumpristes a vontade de Deus nosso Pai, e, de acordo com a
Sua vontade, vos tornastes nossa salvadora junto de Jesus. Nós vos suplicamos,
ó Mãe, que nos ensineis a fazer como fez Jesus: ensinai-nos a aceitar nossa
cruz com coragem. Nós confiamos em vós, ó misericordiosa mãe, então ensinai-nos
a nos sacrificar por todos os pecadores do mundo. Ajudai-nos a seguir os passos
de vosso filho e a sermos capazes até de dar a nossa vida pelo outro.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor intensa que amargurou o vosso
amantíssimo coração na sepultura de Jesus. Mãe querida, pelo vosso imaculado
coração, amargurado ao extremo, alcançai-me a virtude da diligência e o dom da
sabedoria. Amém
Oração Final
Ó Rainha dos Mártires, vosso coração
muito sofreu. Eu vos imploro pelo mérito das lágrimas que chorastes durante
esses períodos tristes e terríveis, que concedeis a mim e a todos os pecadores
do mundo a graça de nos arrependermos sincera e verdadeiramente. Amém.
3x Ó Maria, que foi concebida sem
pecado e sofreu por todos nós, rogai por nós
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