quarta-feira, 24 de março de 2021

DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES

 

Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.


Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.

Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Eis as Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores:

1ª - Porei a paz em suas famílias.

2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

 

Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
 

Eis as Graças:

1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.

2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.

ORAÇÃO INICIAL

Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à devoção de vossas Dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora, de vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas Dores e Lágrimas a graça...



1º Oração 

Pela dor que sofrestes ao ouvir a profesia de Simeão de que uma espada de dor transpassaria o vosso coração, Mãe de Deus, ouve a nossa prece...

Ave Maria .... Glória ao Pai...


2º Oração 

Pela dor que sofrestes quando fugiu para o Egito, apertando ao peito Virginal o Menino Jesus, para o salvar da fúria do ímpio Herodes, Virgem imaculada ouve a nossa prece...

Ave Maria...Glória ao Pai...

3ª Oração

Pela dor que sofrestes quando da perda do Menino Jesus por três dias, Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece...


 Ave Maria... Glória...





4ª Oração

Pela dor que sofrestes quando viste o querido Jesus com a cruz ao ombro, a caminho do Calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa Prece. ..

Ave Maria... Glória...


 





5ª Oração

Pela dor que sofreste quando assististes à morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões, Mãe da Divina Graça, ouvi a nossa prece. ..

Ave Maria... Glória...






6ª Oração

Pela dor que sofreste quando recebestes em vossos braços o corpo inanimado de Jesus, descido da Cruz, Mãe dos Pecadores, ouvi a nossa prece. ..

Ave Maria... Glória...







7ª Oração

Pela dor que sofrestes quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando Vós na mais triste solidão, Senhora de Todos os Povos, ouvi a nossa prece. ..

Ave Maria... Glória...





Oração Final

   ​ Dai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a " Mãe das Dores", para 

    que possamos participar de vosso sofrimento e vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. 

    Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco 

    no céu.

    Amém.



Consagração diária a Nossa Senhora

    Ó Santa Mãe Dolorosa de DEUS, ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração afim de que o conserveis             intacto como o Vosso Coração Imaculado.

    Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e de bondade, de pureza 

    e verdade. Eu Vos ofereço a minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de DEUS.

    Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angustias, minhas tribulações e minhas            lágrimas, no meu presente e meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao Vosso Divino FILHO, para 

    purificação da minha vida.

    Mãe Compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas        tentações, de minha aridez, de minha indiferença e das minha negligencias. Escutai-me ó Mãe, guiai-me,                       sustentai- me e defendei-me, contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade.


    Assim seja!


    Amém.




  

A devoção das sete dores de Nossa Senhora

 


É antiga a tradição que faz memória dessas dores de Nossa Senhora

e que busca difundir a devoção a essa Mãe dolorosa.

No dia 15 de setembro celebramos a memória de Nossa Senhora das Dores. Não é por acaso que esta celebração esteja tão próxima da festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos no dia anterior. A cruz de Jesus, uma das dores, talvez a mais forte, de Maria, é instrumento da nossa salvação. E junto a essa mesma cruz se faz explicita a missão de Nossa Senhora de ser a mãe de todos os discípulos de Jesus. A Cruz e Maria estão unidos pelo laço de amor que une uma mãe a seu filho.

Durante a vida de Maria outras cruzes a prepararam para esse momento da morte de seu filho e outras ainda seguiram depois dela. É antiga a tradição que faz memória dessas dores de Nossa Senhora e que busca difundir a devoção a essa Mãe dolorosa. Já no século oitavo os escritores eclesiásticos falavam da “compaixão da Virgem”, fazendo referência a participação da Mãe de Deus nas dores do Crucificado. 

Quais são as 7 dores de Nossa Senhora?

 

1. A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas 2, 34-35)
2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13-21);
3. O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas 2, 41-51);
4. O encontro entre Maria e Jesus no caminho do Calvário (Lucas 23, 27-31);
5. Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João 19, 25-27);
6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61);
7. Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas 23, 55-56).

A partir dessas dores, podemos pensar em como Maria nos auxilia em nosso peregrinar de fé:

 "Como poderíamos olhar para Nossa Senhora dolorosa e ao mesmo tempo querer que a nossa própria vida não tenha nada de dor?"

Podemos ver que a experiência dolorosa acompanhou Maria durante toda a sua vida. Desde que era uma jovem, quando apresenta seu recém-nascido no templo, cumprindo com a Lei dos judeus, até o momento ápice de dor, ao ver seu filho morto na Cruz. Só nesse aspecto poderíamos meditar durante muito tempo, porque o mundo em que vivemos parece ir em uma direção totalmente contrária a essa. Mesmo sabendo que não é possível uma vida sem dor, muitos parecem gastar sua vida inteira tentando fugir de qualquer experiência negativa, acreditando inclusive em falsos profetas que prometem o fim de todas as dores já aqui nesse mundo.

 Como poderíamos olhar para Nossa Senhora dolorosa e ao mesmo tempo querer que a nossa própria vida não tenha nada de dor? A perspectiva precisa ser outra, a perspectiva que ela teve pela fé. A dor, o sofrimento e a morte, se unidos ao seu Filho Jesus, nunca têm a última palavra. É a vida e a ressurreição que reinam ao final para aqueles que souberam permanecer firmes na fé.

E foi isso que Maria fez. Permaneceu firme na fé em todos os momentos difíceis, inclusive, conta o Evangelho, que estava de pé junto a cruz, como símbolo de sua fé viva, mesmo em meio a tanto ódio contra seu Filho. Por isso ela é capaz de recebe-lo em seus braços, morto, e de sepultá-lo com a esperança de que ao que ela estava vivendo sucederia a vitória do amor. O amor venceria a morte e nos traria a salvação, a reconciliação da humanidade com Deus.

Que nesse dia possamos unir-nos às dores de Maria, para que aprendamos com ela a viver a dimensão da Cruz que todo cristão está chamado a viver, para com Jesus sairmos também vitoriosos nessa caminhada que estamos fazendo até o encontro definitivo com Deus no céu.


Esta é a oração que o Papa Francisco faz à Virgem Maria

  Cada um de nós poderia passar por momentos muito difíceis, as vezes perdemos de vista o horizonte e até caímos em desespero. Diante disso,...