segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nossa Senhora de Lourdes


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Nossa Senhora de Lourdes rogai por nós, e parabéns pelos seu dia - 11 de fevereiro.

Ao completarem-se 155 anos das aparições de Nossa Senhora na gruta de Massabielle nossos olhos se voltam para a menina a quem Nossa Senhora falou. Sua vida, transcorrida em acrisolada virtude, expressa com eloqüência porque Deus "escondeu estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelou aos pequeninos" (Lc 10, 21).
Tamara Victório Penin
Lourdes! Onde encontraremos os termos que alcancem exprimir tudo quanto esse nome significa para a piedade católica no mundo inteiro? Quem poderá traduzir em palavras o ambiente de paz que envolve a gruta sagrada na qual, há exatos 152 anos, a Santíssima Virgem apareceu à humilde Bernadette e inaugurou, de modo definitivo, um novo vínculo com a humanidade sedenta de refrigério e paz? Por desígnio da Divina Providência, a esse lugar associou-se uma ação intensa da graça, especialmente capaz de transmitir aos milhares de peregrinos, vindos de longe, a certeza interior de serem suas preces benignamente ouvidas, seus dramas apaziguados, e suas esperanças fortalecidas.
Com efeito, ao longo deste século e meio, as ásperas rochas de Massabielle tornaram-se palco das mais espetaculares conversões e curas, legando à Santa Igreja Católica um tesouro espiritual de valor incalculável.
Em Lourdes fatos se revestem de uma grandiosidade peculiar, diante da qual nossa língua emudece. Ali está, diante de nós, a sublimidade do milagre. Entretanto, não se pode falar de Lourdes sem nos lembrarmos com veneração da personagem ligada de modo indissociável a essa história de bênçãos e misericórdias.
A modesta pastorinha a quem Nossa Senhora apareceu é o primeiro e maior prodígio de Lourdes: ela simboliza a íntegra fidelidade aos apelos de conversão e penitência, que naqueles dias foram lançados pela Rainha dos Céus, os quais haveriam de chegar aos mais longínquos recantos da Terra.
Infância marcada pela Fé
Bernadette nasceu num século de profundas transformações. Animada, de um lado, pelo surto de devoção mariana que o pontificado do Beato Pio IX estava suscitando, a segunda metade do século XIX presenciava o avanço insolente do ateísmo e do materialismo.
Os espíritos estavam divididos e, a fim de agir precisamente nessa encruzilhada da História, Maria Santíssima quis servir-se da filha primogênita do casal Soubirous.
Quão distantes, porém, desta sorte de considerações, estavam François e Louise, em 7 de janeiro de 1844! Nascia-lhes a filha Bernadette, no Moinho Bolly, nas cercanias de Lourdes, durante os dias felizes de fartura ali trasta bernadette_4.........jpgnscorridos. A menina foi batizada, recebendo o nome de sua madrinha Bernard, ao qual se acrescentou o da Senhora que haveria de lhe aparecer. Marie- Bernard, eis como se chamava Bernadette, sem escapar do diminutivo carinhoso que a acompanharia para o resto da vida.
No Moinho Bolly transcorreu sua primeira infância, marcada por uma religiosidade autêntica e sincera. Além da freqüência aos Sacramentos, a oração em conjunto aos pés do crucifixo e uma exímia prática dos princípios cristãos correspondiam a um dever moral para aquele casal de camponeses. Bernadette cresceu, por assim dizer, respirando a santa Fé Católica do mesmo modo que respirava o puro ar da montanhosa região dos Pirineus.
A miséria visitou o lar dos Soubirous
A época era difícil e os negócios de François Soubirous iam mal. Quando Bernadette tinha 8 anos, mudaramse para um moinho mais simples, e ao cabo de três anos alugaram uma cabana à beira da estrada. Já crescida, ela acompanhava os progressivos insucessos dos pais e enfrentava, com admirável resignação, a situação de indigência a que se viram reduzidos em 1856, a ponto de terem de mudar para o antigo cárcere da rua Petits- Fosées: um cubículo úmido e pestilento, que as autoridades locais haviam julgado inadequado até mesmo para os presos.
A pobreza era ali completa. O cômodo media menos de 20 m² e a família não possuía absolutamente nada, além da mobília mais indispensável e das roupas. A luz do Sol nunca penetrava no recinto, marcado pela grade da janela e pelo ferrolho da pesada porta - reminiscências do antigo calabouço. Ali vivia o casal Soubirous e as quatro crianças, constantemente atormentados pela fome. Quando conseguia comprar pão, a mãe o dividia entre os pequenos, que ainda assim se sentiam insaciados. Bernadette, não raras vezes, privava-se de sua pequena porção em favor dos mais novos, sem nunca demonstrar o menor descontentamento por isso.
À noite, sem conseguir dormir, atormentada pela asma, Bernadette chorava. A causa principal daquele desafogo, porém, não eram a doença ou as duras privações materiais.
O único desejo da angelical menina era fazer a Primeira Comunhão, mas a necessidade de cuidar dos irmãos e da casa a impedia de freqüentar o catecismo, de aprender a ler e escrever e até de falar francês. De fato, quando a Santíssima Virgem lhe dirigiu a palavra, o fez em patois, o dialeto da região de Lourdes. Se Bernadette desejou algo para si, nos dias de sua infância, foi apenas receber o Santíssimo Sacramento, o Senhor ofendido pelos pecados dos homens, que ela aprendera tão cedo a consolar.
Dias de pastoreio em Bartrès
As poucas vezes que Bernadette freqüentou as aulas de catecismo em Lourdes foram malogradas, porque não conseguia acompanhar as demais crianças, bem mais novas e adiantadas que ela. Louise Soubirous preocupava-se com a filha, de treze anos, que ainda não fizera a Primeira Comunhão, e resolveu pedir à amiga Marie Lagües que a recebesse em Bartrès - vilarejo não muito distante de Lourdes - a fim de que Bernadette lá pudesse freqüentar as aulas de catecismo.
Por consideração e amizade, Marie Lagües a recebeu em sua casa, mas não foi tão fiel à promessa quanto seria de se esperar. Logo ocupou Bernadette nos serviços da casa e no cuidado das crianças. E seu marido encontrou nela a pastora ideal para seu rebanho de cordeiros. Foi nesse períodoque Bernadette solidificouse na oração, durante as longas horas transcorridas no mais completo silêncio em meio ao privilegiado panorama pirenaico. Contemplativa, ela montava um pequeno altar em honra da bernadete_1.jpgSantíssima Virgem e aí passava horas de grande fervor recitando o Rosário, a única oração que conhecia.
Um fato passado com Bernadette por essa época demonstra a pureza cristalina de seu coração. Certo dia, quando François Soubirous foi visitar a filha, encontrou-a triste e cabisbaixa. Perguntou-lhe o que a afligia.
- Todos os meus cordeiros têm as costas verdes - respondeu ela.
O pai, percebendo tratar-se da marca posta por um negociante, fez um ameno gracejo: - Eles têm as costas verdes porque comeram muita erva.
- E podem morrer? - perguntou assustada Bernadette.
- Talvez...
Penalizada, ela começou a chorar no mesmo instante. O pai, então, contou-lhe a verdade: - Vamos, não chores. Foi o negociante que os marcou assim.
Mais tarde, quando a chamaram de boba por ter acreditado em semelhante brincadeira, sua resposta constituiu uma demonstração involuntária de sua elevada virtude: - Eu nunca menti; não podia supor que aquilo que o meu pai me dizia não era verdade.
Os dias se escoavam lentamente na pequena aldeia, havendo completado sete meses que Bernadette lá chegara. Quanta esperança de aproximar- se da Mesa Eucarística trazia na chegada, e que decepção experimentava agora, após poucas aulas de insignificante instrução! Aquela espera interminável a afligia, mas, como tudo na vida do homem, foi permitida por Nosso Senhor.
"Sofre as demoras de Deus; dedicate a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça" (Eclo 2, 3). Essas palavras, desconhecidas para Bernadette, significam exatamente o modo como Deus procedeu a seu respeito. Ao mesmo tempo que a graça inspirava em sua alma um ardente desejo das coisas do alto, estas pareciam ser-lhe tiradas. Com isso, seu anseio se robustecia, e tudo o que era terreno ia se afigurando como pouca coisa aos seus olhos, cada vez mais aptos para compreender as realidades sobrenaturais.
Como costuma ocorrer com as almas que Deus prova por meio de longas esperas, estavam-lhe reservadas grandes graças.
Celestial surpresa
De volta à casa paterna, Bernadette retomou os antigos afazeres. Na manhã inolvidável de 11 de fevereiro de 1858, saiu com a irmã Toinette e a amiga Jeanne Abadie para o bosque, a fim de recolherem gravetos para a lareira e ossos para vender a fim de comprarem algum alimento. Andaram bastante até chegarem à gruta de Massabielle, onde Bernadette nunca havia estado. Enquanto as vivazes meninas atravessavam a água gelada do rio Gave, Bernadette se preparava para fazer o mesmo.
Eis sua própria narração do que então sucedeu: "Escutei um barulho, como se fosse um rumor. Então, virei a cabeça para o lado do prado; vi que as árvores absolutamente não se mexiam. Continuei a descalçar-me. Escutei de novo o mesmo barulho. Levantei a cabeça, olhando para a gruta. Avistei uma Senhora toda de branco, com um vestido branco, um cinto azul e uma rosa amarela sobre cada pé, da cor da corrente do seu terço: as contas do terço eram brancas" 1.
Era a Santíssima Virgem sorrindolhe, e chamando-a para se aproximar d'Ela. Temerosa, Bernadette não se adiantou, mas puxou o terço e começou a rezar. O mesmo fez a "linda Senhora", a qual embora sem mover os lábios, a acompanhava com seu próprio terço. Após o término do Rosário, Ela desapareceu.
A impressão causada por essa primeira aparição em Bernadette foi profunda. Sem reconhecer nEla a Mãe celeste, a menina sentia-se irresistivelmente atraída por figura tão amável e admirável, na qual não podia parar LOURDES_A.................jpgde pensar. Quando uma freira lhe perguntou, anos mais tarde, na enfermaria do convento, se a Senhora era bela, ela respondeu: - Sim! Tão bela que, quando se vê uma vez, deseja-se a morte só para tornar a vê-la!
Dezoito encontros em Massabielle
Por mais que Bernadette tivesse pedido segredo às suas duas companheiras, às quais contou o que vira, elas não se mantiveram caladas por muito tempo. Logo, dezenas de pessoas comentavam na vizinhança o sobrenatural acontecimento. E era apenas o começo: a impressionante popularidade das aparições assumiram proporções tais, que no dia 4 de março, estavam junto a Bernadette nada menos que vinte mil peregrinos.
Antes de cada visita de Nossa Senhora, Bernadette sentia irresistível desejo de ir a Massabielle. Assim aconteceu nos dias 14 e 18 de fevereiro, quando um pressentimento interior a conduziu até a gruta. Na segunda aparição, a Virgem Santíssima permaneceu novamente em silêncio; disse algo apenas no dia 18, conforme no-lo narra a obediente menina: "A Senhora só me falou na terceira vez. Ela perguntou-me se eu queria ir lá durante quinze dias. Eu respondi que sim, depois que pedisse licença a meus pais" 2.
A quinzena de aparições, que se deu entre 18 de fevereiro e 4 de março, com exceção dos dias 22 e 26, constituiu o cerne da mensagem confiada a Bernadette. A cada dia multiplicava- se o número dos assistentes que empreendiam penosas viagens, atraídos pelos celestiais colóquios. Embora mais ninguém além de Bernadette visse a "Senhora", todos sentiam Sua presença e se comoviam com os êxtases da camponesa.
- Ela não parecia ser deste mundo - disse uma testemunha.
As palavras de Nossa Senhora não foram muitas, mas de expressivo significado. Disse a Bernadette no mesmo dia 18: "Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no outro". E nas outras vezes: "Eu quero que venha aqui muita gente". "Pede a Deus pelos pecadores! Beije a terra pelos pecadores!". "Penitência, penitência, penitência!" "Vá e diga aos padres que construam aqui uma capela. Quero que todos venham em procissão".
Ainda durante a quinzena, a Rainha dos Céus confiou três segredos e ensinou uma oração a Bernadette, a qual ela recitou com insuperável fervor todos os dias de sua vida. Após um longo silêncio a respeito de sua identidade, a Senhora revelou seu nome a Bernadette na 16ª aparição, em 25 de março de 1858: "Eu sou a Imaculada Conceição". Era uma solene confirmação do dogma proclamado pelo Beato Pio IX, quatro anos antes; a pureza da doutrina seria coroada, daqui por diante, pela beleza dos milagres.
Transformada por Nossa Senhora
Um dos critérios de prudência adotados pela Santa Igreja para verificar a autenticidade de revelações como as que recebeu Bernadette, consiste em observar atentamente a conduta dos videntes. Neles, se reflete invariavelmente a veracidade e o teor do que dizem ver: seu testemunho pessoal é decisivo.
No caso de Lourdes, tal como depois sucedeu com os pastorinhos de Fátima, a mudança operada em Bernadette pode ser considerada um milagre da graça. Seus gestos, modos, palavras e, sobretudo sua piedade adquiririam indescritível brilho pelo contato com a Rainha dos Céus: "Na sua atitude, nos seus traços fisionômicos, via-se que a sua alma estava arrebatada. Que paz profunda! Que serenidade! Que elevada contemplação! O olhar da criança para a aparição não era menos maravilhoso que o seu sorriso. Era impossível imaginar algo tão puro, tão suave, tão amável..." 3.
Após os êxtases, ela mantinha a clave de sublimidade que a pervadira: o modo como fazia o sinal-dacruz, sua compostura durante a oração e sua fineza de trato, aliados à simplicidade, eram mais distintos que os de qualquer dama que tivesse passado a vida vitral-lourdes........jpginteira exercitando-se na arte do "savoir-plaire".
"Não escapa aos pais que se operou nela uma transformação no decorrer deste último mês. Não foram vãs para ela a contemplação e as lições celestes. [...] Tendo visto chorar a Senhora de Massabielle pelo pecado e pelos pecadores, esta criança analfabeta compreendeu o grande dever da penitência e da oração" 4.
Até mesmo o Pe. Peyramale, o pároco de Lourdes, célebre pela desconfiança em realção a todos os fatos ocorridos com Bernadette, confessou: "tudo nela evolui de maneira impressionante" 5.
Respondendo aos magistrados
Os espíritos céticos estavam à espreita dos acontecimentos. Sumamente irritados pela afluência multitudinária à gruta, diziam: "É incrível quererem fazer-nos crer em aparições em pleno século XIX". Tais homens colocavam suas esperanças mais em seus "modernos" inventos que na onipotência de Deus: "É estupidez e obscurantismo admitir a possibilidade de aparições e milagres na época do telégrafo elétrico e da máquina a vapor" 6.
Foi diante de autoridades com essa mentalidade que Bernadette teve de depor três vezes no curto período de uma semana, ainda durante a quinzena das aparições. Durante os intermináveis inquéritos em que a crivaram de perguntas capciosas, Bernadette ouviu coisas brutais: "Vamos prenderte! O que é que vais procurar à gruta? Por que fazes correr tanta gente? Vamos meter-te na prisão! Matar-te-emos na prisão!" 7. Chamaram-na de mentirosa, visionária, louca. A tudo isso ela apenas respondia com a verdade, suportando esses sofrimentos com humildade e doçura. Suas respostas acertadas confundiram os magistrados, que nunca tiveram qualquer motivo legal para prendê-la.
A opinião final que formaram a respeito de Bernadette, e que enviaram ao Ministro da Justiça de então, foi esta: "Segundo o reduzido número daqueles que pretendem ter a seu lado o bom senso, a razão e a ciência, Bernadette Soubirous é portadora de uma enfermidade mental conhecida: está sendo vítima de alucinações, apenas isto!" 8. Teriam eles, como pretendiam, a razão do seu lado? A resposta não demorou a se tornar clara.
A fonte milagrosa e o chamado à expiação
Na aparição de 25 de fevereiro, a Santíssima Virgem disse a Bernadette: "Vai beber à fonte". Bernadette foi ao rio Gave e bebeu. Contudo, não era ao rio que Ela se referia, mas sim a um canto da gruta onde havia apenas água suja. A menina cavou e bebeu.
Daquela nascente obscura brotou discretamente a água milagrosa, que dali a alguns dias borbulhava em abundância para maravilhamento de todos.Os doentes não demoraram em servir-se dela e as curas inexplicáveis se iniciaram em 1º de março.santuario_1........jpg Enfermos desenganados "pela razão e pela ciência" viam seus males desaparecer num instante, e os argumentos de inúmeros corações reticentes se transformavam em cânticos de fé.
Mas, quando Bernadette, mais tarde, serviu- se da água para suas penosas doenças, ela não lhe foi eficaz. Perguntaram, então: - Essa água cura os outros doentes: por que não te cura a ti? - Talvez a Santíssima Virgem queira que eu sofra - foi a sua resposta. De fato, a sua vocação era sofrer e expiar pela conversão dos pecadores.
A água da fonte não era para ela.
Essa filha predileta de Maria compreendeu com profundidade sua singular missão. Tudo quanto haveria de padecer física e moralmente dali em diante - o que não foi pouco - ela desejava unir aos méritos infinitos do Redentor crucificado, para que fosse pleno o efeito das graças derramadas na gruta. Nunca um murmúrio, uma queixa ou um ato de impaciência se desprendeu de seus resignados lábios, afeitos de modo heróico ao silêncio e à imolação.
No Asilo e em Nevers
Após o ciclo das aparições, todos queriam ver Bernadette e tocá-la. Pediam-lhe bênçãos, roubavam relíquias... Homens ilustres empreendiam longas viagens para conhecê-la e altas figuras eclesiásticas não escondiam sua admiração diante dela.
Todavia, quanto a faziam sofrer por causa disso! Em sua acrisolada humildade, Bernadette sentia-se incomodada perante tantas manifestações de deferência. Seu maior desejo era ser esquecida, queria que apenas a Virgem Santíssima fosse objeto de enlevo e amor.
Em Lourdes, ela viveu ainda nVirgendeLourdes.............jpgove anos no Asilo, administrado pelas Irmãs de Caridade e da Instrução Cristã, de Nevers. Ajudava no atendimento aos doentes, nos serviços da cozinha, na atenção às crianças. Aos 23 anos partiu para a Casa-Mãe da Congregação, em Nevers, desejando avidamente a vida de recolhimento e oração: - Vim aqui para esconder-me - disse ela.
Seus treze anos de vida religiosa foram vincados pela prática de todas as virtudes. De modo especial, o desprendimento de si mesma e o amor ao sofrimento. Desse período, passou nove anos de ininterruptas enfermidades: a asma inclemente, um doloroso tumor no joelho, que evoluiu até uma terrível cárie dos ossos. No dia 16 de abril de 1879, aos 35 anos de idade, ela entregou sua alma ao Criador.
"Encontrar-me-eis junto ao rochedo"
Seus restos mortais incorruptos constituem um dos mais belos vestígios da felicidade eterna que Deus tenha outorgado aos pobres mortais neste Vale de Lágrimas. Intocado, puro, angélico é o corpo de Bernadette, diante do qual o peregrino sente-se atraído a passar horas seguidas em oração, levantando-se depois com a doce impressão de ter penetrado na felicidade eterna de que goza a vidente de Massabielle.
Ali estão, cerrados, mas eloqüentes, os olhos que outrora contemplaram a Santíssima Virgem, a nos ensinar que os únicos a serem exaltados são os mansos e humildes de coração; a nos lembrar que, para realizar Suas grandes obras, Deus não precisa das forças humanas, mas sim da fidelidade à voz de Sua graça.
Sabemos que a missão de Bernadette não terminou. A ação benfazeja de sua intercessão se faz sentir junto à gruta, conforme ela mesma predisse: "Encontrar-me-eis junto ao rochedo que tanto amo". Que ela nos obtenha, neste ano do jubileu das aparições, uma confiança inquebrantável no poder dAquela que disse: "Eu sou a Imaculada Conceição".

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Senhor quer contar conosco



Coisas extraordinárias o Senhor está fazendo conosco! Somos a mais linda demonstração do que Ele pode fazer. Se um artista tem uma tela de primeira qualidade, tintas de primeira, pincéis de qualidade, é muito fácil pintar o quadro. Porém, se ele tem um material ruim, mas mesmo assim consegue pintar e o quadro sai uma obra-prima isso significa que ele é bom mesmo! Somos a demonstração de como o Senhor é “bom de serviço”!

Conosco e por meio de nós Deus está realizando coisas maravilhosas. Ele é artista! Somos um “povo” que precisa ser corrigido, transformado, um “povinho” ainda muito vaidoso, cheio de orgulho espiritual, ciumento, teimoso, desobediente... Somos assim, infelizmente. Mas o Senhor é “bom de serviço” e faz maravilhas em nós! Somos um milagre de Deus!

Graças a Deus, Ele já fez coisas maravilhosas em nossas vidas! Mas o lindo é o que Ele já fez, está fazendo e quer fazer também “por meio” de nós. Conosco o Senhor está transformando a sua Igreja. Aquilo que aconteceu no começo da Igreja está acontecendo agora! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

Educados por Maria na escola da santidade



A palavra "compaixão" vem do verbo compadecer-se, que significa "padecer com". As mães entendem perfeitamente isso, pois quando os filhos, independentemente da idade, adoecem, o que eles padecem, elas também padecem. O filho sofre no corpo; a mãe, no coração. Muitas vezes, gostaríamos de pedir ao Senhor que tivéssemos a dor no corpo no lugar de nossos filhos.

Foi isso o que Maria viveu. Ela sofreu no coração todas as dores de seu Filho. O que Jesus sofreu no corpo, Ela sofreu no coração. O sofrimento dela teve início desde o momento em que o anjo Gabriel anunciou-lhe que seria Mãe do Filho de Deus. Depois deste acontecimento, muitos outros se seguiram: a viagem que Ela fez com urgência à casa de Isabel, a incompreensão de José ao vê-la grávida, pois não sabia como lhe explicar que aquilo era obra do Espírito Santo.

Houve um momento importante em que Jesus, ao ver a Mãe junto do apóstolo a quem amava, disse-lhe: "‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" (João 19,26b-27). É isso o que o Senhor está dizendo mais uma vez à Virgem das Dores. Ele está apontando para você e dizendo a Ela: "Mulher, eis aí o teu filho". Ao chamá-la de "mulher", Jesus está recordando que Maria era a mulher do Gênese, a mulher das Bodas de Caná e também do Apocalipse. Jesus a chamou assim, porque, naquele momento da crucificação, Ela era a mulher que estava esmagando a cabeça da serpente.

Meus irmãos, Maria quer esmagar a “serpente” na sua vida. Ela quer vê-lo perto de Jesus e para isso precisa pisar na cabeça da serpente. Maria não quer que você caia em tentação, embora saiba que temos propensão ao pecado.

Hoje, Ela está lhe dizendo que é possível vencer a tentação. O que você vai fazer agora? Entregue a sua vida a Jesus, entregue-se a Ele. Renuncie a satanás, ao pecado. Viva o PHN.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Espírito Santo nos ressuscita integralmente


O Senhor quer restaurar a Sua Igreja. Restaurar é fazer voltar ao original. É devolver à forma primitiva aquilo que infelizmente foi estragado. Como fazem restauradores com obras de arte.
Aí está o lindo! É o Seu povo que o Senhor está querendo restaurar. Quando dizemos: “O Senhor quer restaurar a Igreja”, não pensamos em restaurar a hierarquia da Igreja, mas o povo que somos nós.

Infelizmente muita gente na Igreja não tem mais esperança, muita gente dentro da Igreja, muita gente ativa está decepcionada: trabalhou, deu o melhor de si, mas por mil motivos nada deu certo... e nessa hora a decepção caiu sobre ele...E agora está de braços caídos: “Nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta; estamos perdidos ” (Ezequiel 37, 11).

É uma verdadeira ressurreição! Eu sou resultado disso. Caí numa grande prostração por causa do ressentimento. Foi aí que o Senhor veio e me deu a grande graça: o batismo no Espírito Santo. O Senhor me ressuscitou física, psicológica e espiritualmente. Ele ressuscitou meu espírito, minha vocação, minha missão e meu sacerdócio.

“Renova as Tuas maravilhas no nosso tempo, como num novo Pentecostes. Concede à Tua Igreja que, unida num só espírito e perseverante em oração com Maria, a Mãe de Jesus, e seguindo a condução de Pedro, possa apressar o reino do nosso Divino Salvador, reino de verdade e de justiça, reino de amor e de paz. Amém” (Invocação do Espírito Santo pelo Papa João XXIII ).

Vem, Espírito Santo, e com o Teu poder renova a face da terra.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

Como ler corretamente as Sagradas Escrituras?



Palavras fe professor Felipe Aquino curso gratuito online catecismo igreja catolica como ler corretamente sagradas escrituras biblia 

Duração: 00:09:47

Descrição: Seguindo a série do estudo sobre o Catecismo da Igreja Católica, Professor Felipe Aquino nos explica a forma correta de lermos as Sagradas Escrituras, conforme nos direciona a Igreja pelo Catecismo.


http://www.webtvcn.com/video/15_como_ler_sagradas_escrituras

Descobrindo a beleza da vida

A felicidade se esconde na simplicidade
Os conceitos sobre beleza e felicidade variam muito de acordo com a maneira que cada pessoa vê a vida ou do momento que ela está vivendo. Basta observar quem está apaixonado, pois tudo fica lindo e vibrante ao seu redor. As mesmas paisagens adquirem um colorido diferente e o simples cantar de um pássaro tem um novo sentido.
Concordo com quem defende que a beleza da vida está escondida nas coisas simples, descomplicadas. Normalmente, as pessoas mais simples descobrem isso no dia a dia e são felizes com o que tem e onde estão.
Há quem diga ainda que as coisas mais bonitas da vida vêm do interior de cada um. As palavras sinceras e significativas, o sorriso espontâneo, o brilho dos olhos.
E ainda há quem diga que bonito mesmo é um dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão, quando quase todos passeiam e se divertem. Bonito é procurar estrelas no céu e dá-las de presente a um amigo, namorado, filho, neto. É brincar com um simples raio de sol que fende a janela ou atravessa a fresta no telhado, enchendo de alegria a nossa vida. Aliás, às vezes, deixamos de prestar atenção no próprio sol e admirar sua beleza, mas um raio de sol que insiste em vibrar, não há quem não o veja, não se encante e brinque com ele. Isso é belo.
Bonito é chorar quando sentir vontade e deixar as lágrimas rolarem sem vergonha ou medo de críticas. É gostar da vida e deixar-se embalar por um sonho ainda que este nunca deixe de ser só um sonho. É ver a realidade do hoje sem nunca ser extremista e acreditar na beleza de todos os acontecimentos; vendo neles as marcas do Autor da vida. É continuarmos sendo gente em qualquer situação, também nos momentos difíceis - principalmente nestes -, e ser quem somos, vivendo bem todos os dias desta bonita vida que temos.
Resolvi escrever, pois esta é também uma forma de eternizar a beleza das descobertas. Tomara que a leitura deste texto desperte em você o gosto e o prazer de viver.
O fato é que por trás de cada acontecimento, por mais simples que seja, esconde-se a beleza e a preciosidade da arte de viver.
“Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz...
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mais isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita.” (Gonzaguinha)
Dijanira Silva

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Motivos para não perder a esperança

 
10 passos para construir o Céu na Terra
Sempre desejamos que nossa vida seja um oásis de paz e harmonia. Porém, quando buscamos em nós mesmos estes sentimentos, ficamos confusos e, por vezes, acabamos nos desanimando. Descobrimos em nossa fragilidade que estamos longe do ideal que sonhamos. Contudo, é necessário nunca perdemos a esperança. O céu que buscamos começa a ser construído dentro de cada um de nós, no hoje da história.

Em nossa caminhada rumo ao céu que sonhamos, alguns passos são fundamentais:

1 – Respeitar o diferente
Nem sempre é fácil conviver com quem pensa diferente de nós. O respeito para com o outro nasce a partir do momento em que o reconhecemos não como um inimigo, mas como um ser humano limitado, necessitado de nossa ajuda e compreensão. Assim como ele, ainda estamos em processo de construção. Deus ainda não nos terminou.

2 – Evitar o julgamento
Todo o julgamento sempre nos conduz a graves desentendimentos. Jesus nunca julgou o outro, pelo contrário, sempre olhava para cada pessoa a partir das possibilidades que o ser humano carregava no seu coração. Quando julgamos o próximo, experimentamos, em nós mesmos, a consciência de que também não somos perfeitos.


3 – Reconciliar-se com o tempo
Queremos tudo para hoje e não damos ao tempo o período necessário para o amadurecimento interior de nossos sentimentos. Muitas pessoas têm se sufocado e sufocado outros com sua pressa e ansiedade. Quem colhe frutos verdes experimenta em si mesmo o amargo das antecipações.

4 – Reflexão interior
Cada gesto, atitude, palavra, olhar e decisão trazem em si as suas próprias consequências. Nossas escolhas sempre terão alguma consequência em nossa vida. Diante da vida e de seus desdobramentos, uma pergunta é sempre essencial: Qual lição eu aprendi com este acontecimento na minha vida? A cada lição aprendida, o tesouro da nossa sabedoria irá se enriquecendo com as pérolas do aprendizado.
5 – Viver em comunidade
Em tempos de comunidades virtuais, a vida real clama pela nossa presença. Nada pode substituir um abraço, um sorriso, um olhar carinhoso e terno. A vida em comunidade nos torna irmãos e irmãs. Quem se isola foge de si mesmo e dos outros.

6 – Ser solidário
A solidariedade é o amor ao próximo manifestado em gestos concretos. Nossos gestos solidários ganham inspiração cristã quando reconhecemos, em quem precisa de nossa ajuda, o próprio Cristo.

7 – Cultivar uma vida espiritual
A alma se alimenta daquilo que a ela oferecemos. Só iremos crescer interiormente quando alimentarmos nosso coração de uma espiritualidade madura e cristã, que reconheça a Cristo Ressuscitado como base de nossa fé.

8 – Alimentar-se da Palavra de Deus
Se o alimento é necessário à saúde biológica do nosso corpo, a Palavra de Deus é alimento seguro para a saúde de nossa vida interior. Quem busca, na Palavra de Deus, a luz para guiar seus passos terá seu caminho iluminado pelo amor do Pai.

9 – Ser amigo do silêncio
Tão importante quanto a fala é o silêncio. Se com ela ocorre a comunicação verbal, com o silêncio do nosso coração ocorre a comunicação espiritual. Coração silencioso é abrigo para as respostas de Deus à nossa vida.

10 – Vida de Oração
Quando descobrimos a Deus como um amigo, jamais podemos ficar um dia sem falar com Ele. Na oração fazemos a descoberta de uma amizade em que o filho se abandona totalmente nas mãos do Pai que o ama infinitamente. Se a oração é dialogo, a conversa que nasce desta relação entre nós e Deus se chama amor. (fonte: Canção Nova -
Padre Flávio Sobreiro)

Esta é a oração que o Papa Francisco faz à Virgem Maria

  Cada um de nós poderia passar por momentos muito difíceis, as vezes perdemos de vista o horizonte e até caímos em desespero. Diante disso,...